domingo, 12 de fevereiro de 2012

Va pensiero

Silvio Berlusconi desafiado por Giuseppe Verdi.

No último dia 12 de março a Itália festejava os 150 anos de sua criação, ocasião em que a Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi, símbolo da unificação do país, que invoca a escravidão dos Judeus na Babilônia, uma obra não só musical, mas também política, à época em que a Itália estava sujeita ao império dos Habsburgos (1840).

Sylvio Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida pelo maestro Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, Gianni Alemanno - ex-ministro do governo Berlusconi, discursou, protestando contra os cortes nas verbas da cultura, o que contribuiu para politizar o evento.

Como Mutti declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, clima que se transformou numa verdadeira «noite de revolução» quando se sentiu uma atmosfera de tensão ao iniciarem-se os acordes do coral «Va pensiero», o famoso hino contra a dominação. «Há situações que não se podem descrever, mas apenas sentir; o silêncio absoluto do público, na expecativa do hino, clima que se transforma em fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reação visceral do público quando o côro entoa - 'Ó minha pátria, tão bela e perdida'».

Ao terminar o hino, os aplausos da plateia interrompem a ópera e o público manifesta-se com gritos de «bis», «viva Itália», «viva Verdi». Das galerias são lançados papéis com mensagens políticas.
Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro La Sacala de Milão, o maestro hesitou, pois,como ele depois disse: «não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular». Dado que o público já havia revelado o seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público e, com ele, o próprio Berlusconi.

Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de «longa vida à Itália» disse:
- «Sim, longa vida à Itália mas... [aplausos] não tenho mais 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto concordo com o vosso pedido de bis para Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o côro que cantava 'Ó meu pais, belo e perdido', eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente 'bela e perdida' [aplausos retumbantes, incluindo dos artistas da peça].

Reina aqui um 'clima italiano'; eu, Mutti, me calei por longos anos. Gostaria agora...  nós deveriamos dar sentido a este canto; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um côro que cantou magnificamente, e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos.»

Foi assim que Mutti convidou o público a cantar.Toda a ópera de Roma se levantou... O coro também.Foi um momento magnífico na ópera! Vê-se, também, o pranto dos artistas.
Aquela noite não foi apenas uma apresentação do Nabuco mas, sobretudo, uma declaração do teatro da capital dirigida aos políticos.




Informativo semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

A blogueira mentirosa está trabalhando para o Instituto Millenium.
Para quem não conhece, o Instituto Millenium é uma espécie de “nirvana” da direita brasileira. É financiado pelo que há de “melhor” entre os nossos golpistas e conservadores, começando pelo Estado de São Paulo e Editora Abril, além de financiamento da Vale (eleita recentemente como a pior empresa do mundo) e de outras empresas. Quer saber quem escreve para o Instituto Millenium? Apenas “gênios” como Reinaldo Azevedo, Denis Rosenfield, Ali Kamel, Merval Pereira, Marcelo Madureira, Carlos Alberto Sardenberg e Carlos Alberto Di Franco, um dos integrantes mais ilustres da Opus Dei no Brasil. Como se vê, a “fina flor” da direita mais rançosa.
O Instituto Millenium se apresenta como “apartidário”, mas teve uma participação ativa na campanha presidencial de 2010 no Brasil. Em março daquele ano, em seminário promovido pelo instituto em São Paulo, representantes de grandes empresas de comunicação do país afirmaram que o PT é um partido contrário à liberdade de expressão e à democracia e que, se Dilma fosse eleita, o “stalinismo seria implantado no Brasil”. “Então tem que haver um trabalho a priori contra isso, uma atitude de precaução dos meios de comunicação. Temos que ser ofensivos e agressivos, não adianta reclamar depois”, disse na época o ex-cineasta Arnaldo Jabor.
Pois agora o Instituto Millenium contratou uma nova articulista. Trata-se da blogueira mentirosa cubana Yoani Sánchez que passa a ser “colaboradora”.
• Renda no RJ sobe mais. A diferença entre o rendimento médio real dos trabalhadores da região me-tropolitana de São Paulo e os trabalhadores no restante do país está menor. De 2003 a 2011, o salário dos paulistas teve alta de 13,8% e foi o que menos cresceu entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde 2003, quando foi implementada a nova metodologia da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), o rendimento médio que mais cresceu foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (33,8%), seguida por Belo Horizonte (32,1%) e Salvador (30,9%).
• Guerra total contra Cuba (1). A administração Obama aprovou um orçamento milionário para fomentar o que já é chamado de “cibermercenarismo” contra Cuba. O projeto é bem simples, criar através da internt uma rede de “blogueiros” prontos para difamar sobre Cuba através das tecnologias de comunicação. O próprio jornal The New York Times publicou em junho de 2010 que a Casa Branca lidera um esforço global para criar uma “internet das sombras” e sistemas de telefonia móveis para “dissidentes” com o objetivo de “minar governos incômodos”.
A ciberguerra é potencializada para subverter outras nações, convertendo a Internet em um campo de batalha, onde se empregam como armas as ferramentas virtuais, computadores e redes digitais. Nesse esquema, a estratégia subversiva não é uma opção secundária, mas a preparação de uma guerra armada frontal, que sempre começa com a fabricação dos pretextos para uma invasão.
Contra Cuba, ela se materializa através da propagação permanente na web de conteúdos contrarrevolucionários por mercenários na ilha ou indivíduos e organizações anticubanas radicadas dentro do próprio território estadunidense e em países aliados na Europa. E o financiamento para estas atividades provém de 20 milhões de dólares anuais que o Congresso dos Estados Unidos destina para a subversão contra o país caribenho, o qual se canaliza através da USAID, organização especializada em planos desestabilizadores contra Cuba.
• Guerra total contra Cuba (2). Luis Posada Carriles, o megaterrorista que vive em Miami às custas de Obama, não se cansa de tramar contra Cuba. Segundo Percy Francisco Alvarado, jornalista de “Rebelión”, Posada Carriles estaria estreitando relações com outros conhecidos terroristas (Santiago Álvarez Fernandez Magriñá, Enrique Encinoza, Gaspar Jiménez Escobedo, Pedro Crispín Remón Rodríguez, Reynold Rodríguez, Luis Zúñiga Rey, Dionisio Suárez Esquivel e outros) para elaborarem uma pauta de ações contra o regime cubano.
Da pauta constaria um plano para causar distúrbios durante a visita do Papa a Cuba; um projeto para usar aviões de pequeno porte para lançar panfletos contrarevolucionários na Ilha; tentativa de sabortar a Feira do Livro, que acontece em Havana e muitas outras atividades.
• Eles não desistem. Deputados estadunidenses defenderam nesta terça-feira (07) a manutenção do bloqueio contra Cuba, após cinco décadas do decreto do embargo comercial, que é criticado pela imensa maioria da comunidade internacional e já foi condenado várias vezes pela ONU. Em um comunicado conjunto, os congressistas Ileana Ros-Lehtinen, David Rivera, Mario Díaz Balart, do Partido Republicano, e Albio Sires, do Partido Democrata, insistiram na permanência da medida que pretende dificultar a vida dos cubanos e desmontar o sistema político do país. Apesar das crescentes críticas de mais de 185 nações da comunidade internacional expressadas em votações sucessivas das Nações Unidas durante os últimos 20 anos, o governo Obama mantém essa política.
• Professores mexicanos cansaram de esperar. A Cidade do México amanheceu nesta sexta-feira (3) tomada por professores de todo o país. Os docentes foram para a capital no segundo dia de uma greve nacional de 48 horas, contra a política conservadora do governo nacional. Pela manhã, os educadores realizaram uma passeata desde a Praça do Zócalo até Câmara dos Deputados. Enquanto isso, integrantes da Coordenação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) mantiveram bloqueados durante quase três horas os acessos do Palácio Legislativo.
• Chávez tem 74,6% de aprovação. Uma pesquisa divulgada na última semana pelo Ivad (Instituto Venezuelano de Análises de Dados) apontou que a aprovação ao governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chegou a 74,6%. De acordo com a pesquisa, feita em todo o país, entre os dias 23 e 30 de janeiro, mais de 74% dos entrevistados consideram a gestão de Chávez como positiva – levando-se em conta categorias como excelente, boa e regular para boa. As eleições presidenciais na Venezuela estão previstas para acontecer no próximo dia 7 de outubro.
• Denúncia contra a Inglaterra na ONU. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou nesta terça-feira (07), que o chanceler de seu país, Héctor Timerman, denunciará a militarização do Atlântico Sul por parte da Inglaterra ao Conselho de Segurança e à Assembléia Geral da ONU. “Mais uma vez, estão militarizando o Atlântico Sul. Não podemos interpretar de nenhuma outra maneira o envio de um destróier [navio de guerra] acompanhando o herdeiro real”, disse, em referência ao príncipe William, que chegou às ilhas na semana passada para a realização de exercícios militares como piloto de caça da força aérea britânica.
• Marcha de protesto na Espanha. Cerca de 150 mil funcionários públicos de Madri realizaram uma marcha pelo centro da capital espanhola para protestar contra os cortes nos serviços públicos e denunciar a “Lei de Medidas Fiscais e Administrativas”, aprovada em dezembro passado.
• Demissões para combater desemprego? Não se trata de uma piada... Por meio de um decreto, o governo espanhol aprovou nesta sexta-feira (10) uma reforma trabalhista para flexibilizar o mercado, facilitando as demissões nas empresas, para “reduzir o alto índice de desemprego no país”! E, dando uma grande demonstração de “democradura”, a medida já entra em vigor nesta segunda-feira (13) para depois ser votada no Parlamento espanhol.
A Espanha tem hoje 22,85% de sua população desempregada – quase 5,3 milhões de pessoas -, e quer tornar mais barata a demissão de empregados para combater o desemprego! A partir de agora, demitir alguém por justa causa será um processo mais simples e irá gerar uma indenização ao funcionário de apenas 20 dias por ano trabalhado. Para a vice-presidente do governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, a reforma fomenta a contratação. A ministra do Trabalho, Fátima Báñez, também defendeu a reforma ao dizer que ela foi desenvolvida “pensando-se nos cidadãos que estão parados, especialmente os jovens, que agora não tem oportunidades”. Então, tá!
• É a direita bem articulada. A Suprema Corte da Espanha condenou nesta quinta-feira (09) o juiz Bal-tasar Garzón por ordenar escutas ilegais em um caso de uma rede de corrupção que teria envolvido lideranças do PP (Partido Popular), atualmente no governo do país. Garzón não poderá exercer sua profissão durante 11 anos. A acusação contra o juiz refere-se a um caso ocorrido em 2009, quando Garzón teria ordenado a gravação de conversas na prisão entre advogados de defesa e presos que estariam ligados a uma rede de corrupção.
Baltasar Garzón é conhecido por ter decretado a prisão do ditador chileno Augusto Pinochet e também por ter investigado desaparecimentos que ocorreram durante o governo do general Francisco Franco (1939-1975).
• E a Grécia se curva, mais uma vez. Os líderes dos partidos políticos que apóiam o governo grego a-provaram o acordo proposto pela Troika - formada por FMI (Fundo Monetário Internacional), UE (União Euro-peia) e BCE (Banco Central Europeu) -, que, apesar de permitir um novo empréstimo ao país, estabelece uma série de duras medidas de austeridade. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (09) pelo presi-dente do BCE, Mario Draghi. Entre outras medidas a Troika está exigindo que o país faça cortes de 20% em aposentadorias acima de 1 mil euros e uma substancial diminuição dos complementos que superem 150 euros em todas as pensões.
• Hospital grego é ocupado pelos trabalhadores. Os trabalhadores e trabalhadoras do hospital de Kil-kís, na Grécia, resolveram ocupar o prédio e declarar publicamente que a instituição se encontra sob “controle operário”. A ocupação acontece em protesto contra as medidas de austeridade impostas pelo governo. O hospital está sendo administrado por controle direto de seus funcionários e todas as decisões são tomadas em assembléia.
• Greve Geral de 48 horas na Grécia. Começou na sexta-feira (10) a Greve Geral de 48 horas contra o pacote de políticas de austeridade que o governo de Atenas aprovou na quinta-feira (09).  A paralisação terminou na noite de ontem e contou com o apoio dos principais sindicatos de trabalhadores dos setores público e privado. O novo pacote de austeridade prevê um corte de 22% no salário mínimo e uma redução de 15% nas pensões complementares. Em breve, o governo de Lucas Papademos deve demitir 15 mil funcionários públicos como parte dos 150 mil cortes de postos de trabalho estabelecidos para o setor até o ano 2015.
A dívida grega é estimada em 350 bilhões de euros, o que equivale a 160% do PIB (Produto Interno Bruto) do país. União Europeia, FMI e Banco Central Europeu, os principais credores dos cofres gregos exigem que esse nível seja reduzido para 120% do PIB em um prazo de oito anos.
• Esta é muito boa! Como diz o ditado, “seria cômico, se não fosse tão sério”! A secretária de Estado da Saúde da França, Nora Berra, tem enfrentado fortes críticas da população e da imprensa local desde o último sábado. Na ocasião, Nora, cujo cargo equivale ao de uma ministra, publicou um conselho desastrado em seu blog recomendando aos sem-teto “que ficassem em suas casas” para se protegerem do rigoroso inverno que afeta boa parte do continente europeu e já matou dezenas de pessoas.
A matéria está em http://tempsreel.nouvelobs.com/le-reveil-politique/20120206.OBS0722/avis-de-grand-froid-nora-berra-recommande-aux-sdf-d-eviter-de-sortir-de-chez-eux.html
• Jovens são os mais atingidos pela crise. Os jovens são quase 24% dos trabalhadores pobres no mundo, somando 152 milhões de pessoas. É o que mostra relatório sobre a situação mundial dos jovens no mundo do trabalho feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas e divulgado na segunda-feira (06). Entre os que estão empregados, muitos relataram enfrentar longa jornada de trabalho, instabilidade, poucas oportunidades para avançar na carreira, não ter benefícios de saúde e trabalham na informalidade. Por isso, não conquistam a independência financeira e nem conseguem complementar a renda familiar. Outros disseram que sequer conseguem emprego de meio período para custear os gastos com os estudos.
• Isto vai causar uma grave crise nos EUA. Teerã e Pequim discutirão nos próximos dias a substituição do dólar como moeda para o pagamento do petróleo que a China compra do Irã, por causa das dificuldades impostas pelos EUA aos iranianos. Segundo a agência Mehr, as conversas surgiram pelos cada vez mais numerosos obstáculos ao uso do dólar para o pagamento a Teerã, devido às sanções impostas pelos EUA às empresas que têm negócios com o país e também às entidades financeiras, incluindo o Banco Central iraniano. As importações chinesas de petróleo iraniano, segundo a fonte, aumentaram em 2011 30% com relação ao ano anterior e se situaram em uma média de 557 mil barris diários, segundo dados das autoridades de Pequim.
• E o mundo continua olhando para o lado? Um comercial (dizem) produzido e veiculado em Israel mostra a verdadeira face do terrorismo internacional. Trata-se de um pequeno filme que simula a explosão de uma usina nuclear iraniana por agentes do Mossad, serviço secreto israelense. O comercial foi produzido para anunciar um aplicativo de um canal de TV israelense para o tablete Galaxy, da Samsung.
A Samsung divulgou um comunicado no qual condenou a produção do comercial. Além disso, a marca sul-coreana afirma que a peça publicitária foi completamente produzida pela emissora de televisão israelense e, portanto, a Samsung não possui responsabilidade sobre a produção.
Por que um “comercial” assim teria sido produzido? Será apenas um comercial ou Israel está mesmo preparando a opinião pública para o que pretende fazer? Por que a ONU não se pronuncia quanto aos constantes ataques feitos ao Irã?
• Irã não é uma ameaça para Israel. A afirmação é feita por um historiador militar israelense e a matéria está publicada no Opera Mundi. Até mesmo o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, declarou que teme pela possibilidade de um ataque israelense contra as instalações nucleares iranianas a partir do próximo mês de março. Na comunidade internacional, os israelenses fazem lobby para que a ONU (Organi-zação das Nações Unidas) adote sanções cada vez mais agressivas contra o Irã, atingindo, principalmente, sua economia e sua produção de petróleo.
Apesar da tensão entre os dois países, Martin van Creveld, historiador pela Universidade Hebraica de Jerusalém, especialista em estratégia militar e Ph.D pela London School of Economics, afirma que o Irã está longe de ser uma ameaça a Israel. Para ele, as declarações de Teerã buscam atrair o apoio árabe na região. No entanto, mesmo afastando a possibilidade de uma ação militar iraniana, van Creveld não descarta que Israel pode dar o primeiro passo.
• Só é legal para um lado? No sábado (04), a Rússia e a China vetaram uma resolução que vinha sendo proposta no Conselho de Segurança da ONU, pelos EUA e seus aliados, contra a Síria. O “plano”, se aprovado, pedia a renúncia do presidente da Síria, Bashar al-Assad. Mas a Rússia e a China estragaram a farsa montada por Obama & Cia ao vetarem a tal proposta. O ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov explicou a Rússia vetou a resolução sobre a Síria porque, nos termos em que estava redigida, a resolução seria unilateral.
Mas o curioso deste caso é que vários jornais, aqui e no exterior, escreveram matérias dizendo que seria um absurdo este poder de veto e que os EUA e seus aliados estariam montando um esquema para “passar por cima” dos vetos. Mas, curiosamente, nenhum desses jornais fala em quantas vezes os EUA já vetaram resoluções contra Israel no mesmo Conselho de Segurança. Também esquecem de dizer que o governo Obama vetou uma resolução da ONU contra o golpe em Honduras. E nem dizem que os EUA desprezam sistematicamente as resoluções da ONU contra o bloqueio a Cuba. Curioso, não é?
• Nenhuma novidade! Esta é uma pratica comum dos governos estadunidenses: financia “oposições” para criarem crises em países que não se submetem aos seus desejos. Agora a Wikileaks desmascara mais uma trama e mostra que o governo dos EUA financiou a “oposição” ao regime de Bashir Assad por meio da campanha “Anunciando a Democracia Síria”. A revelação é de um telegrama de 27 de fevereiro de 2006, vazado pelo site Wikileaks em 30 de agosto de 2011.
No documento, enviado por Stephen Seche, diplomata na embaixada em Damasco, o governo dos EUA afirma que a campanha contra o presidente sírio inicialmente provocou reações contraditórias entre os membros da oposição local. Basil Dahdouh, deputado independente, achava que a oferta de dinheiro era um importante sinal do apoio dos EUA à oposição na Síria. Era um indicativo que os EUA estavam dispostos a cooperar com a queda do regime de Assad.
• Continua a repressão em Washington. Membros do movimento “Occupy Washington” declararam no domingo (05) que as manifestações estão longe de acabar e que continuarão denunciando a avareza das grandes corporações estadunidenses e a desigualdade econômica que se instalou no país. A declaração foi feita pouco depois de a polícia desalojar os manifestantes que estavam acampandos no McPherson Square e prender 11 ativistas.
• Protestos contra a polícia, em Nova Iorque. Na segunda-feira (06), em Nova Iorque, mais de 500 pessoas realizaram uma caminhada pelas ruas do Bronx para protestar contra o tiroteio de policiais contra um adolescente que estava desarmado na casa de seus pais. Ramarley Graham, de 18 anos, foi atingido por vários tiros. O chefe de polícia, Ray Kelly, defendeu a ação dizendo que “ele parecia estar armado” e “era suspeito de levar um pacote de maconha”. Mas nada foi encontrado no apartamento... Nem arma e nem maconha!
Fonte: http://www.democracynow.org/es/2012/2/7/titulares#1
• Alta tecnologia, para matar! O Pentágono já tem em seu poder a mais moderna arma para matar a longa distância! Uma equipe de cientistas do Laboratório Nacional de Sandia, em Albuquerque, preparou um novo tipo de munição capaz de eliminar alvos com total certeza. Um projétil dotado de aletas estabilizadoras e um sistema ótico (a laser). Mesmo sendo de pequeno calibre, é altamente mortal e pode ter uma carga explosiva ou de venenos mortais. É capaz de atingir uma pessoa a uma distância de 2.000 metros e é utilizado através de um rifle de nova geração que pode ser carregado por atiradores de elite.
Para desenvolver o projeto, o Laboratório da Sandia recebeu uma verba de 14,5 milhões de dólares que saíram dos fundos da Agência de Pesquisas e Projetos Avançados de Defesa, um órgão do governo.
Fonte: http://percy-francisco.blogspot.com/2012/02/usa-crea-una-eficiente-arma-para.html
• Querem ser a “polícia do mundo”. Durante palestra para donos de concessionárias de automóveis em Las Vegas, o ex-presidente dos EUA George W. Bush criticou o atual Chefe de Estado do país, Barack Obama, e defendeu a intervenção estadunidense em outros países. Ele assegurou que “Ainda temos muita força. Somos líder mundial, mas isso requer políticas decentes”.
As declarações de Bush provocaram aplausos e grande apoio da plateia que acompanhava seu discurso. A palestra fez parte do encerramento da convenção anual da NADA (associação dos distribuidores de veículos dos EUA). Mas não custa lembrar que foi durante o governo de George W. Bush (2001-2009) que as montadoras do país receberam benefícios para vencer a crise. Graça à ajuda do governo, por exemplo, GM e Chrysler conseguiram evitar suas falências em 2009.
• A cidade mais miserável dos EUA! No final da semana passada, a revista Forbes surpreendeu muita gente no sul da Flórida ao afirmar que a qualidade de vida em três cidades do estado é a pior em todos os EUA. E em primeiro lugar aparece Miami, a cidade emblema, chamada de “Porta das Américas” pela publicidade turística, ou o “Eldorado”, segundo a propaganda política. Seguem-se Fort Lauderdale e West Palm Beach, onde a nata dos milionários estadunidenses possui suas casas de verão. Exatamente Miami, residência oficial de terroristas fugitivos e golpistas de todo o mundo!
Segundo a revista, a crise imobiliária, o alto custo de vida, a taxa de criminalidade, a corrupção política, a falta de serviços sociais e a pouca atenção de qualidade dos hospitais públicos, são as principais razões para considerar o sul da Flórida como um inferno para viver. A situação é tão ruim que a Forbes não consegue deixar de chamar a atenção para o fato de que, em termos globais, o caso de Miami é ainda mais dramático que o de Detroit, considerada a cidade dos Estados Unidos com o maior número de homicídios e assaltos.
E os pobres, incluindo a classe média, vivem seus piores momentos. Além da desvalorização de suas casas, o desemprego atingiu níveis galopantes (13%, maior que a média nacional de 10%), os serviços sociais foram recortados, as ajudas aos idosos praticamente desapareceram e, acima de tudo, os programas de auxilio à recolocação dos imigrantes já não existem. Até as bibliotecas, um lugar onde mais de 50% dos leitores habituais de Miami acodem para poder consultar a internet e ler, dado os altos preços dos livros, estão sendo fechadas ante a falta de fundos públicos para mantê-las abertas.
Os jornais locais raramente falam dos problemas sociais. A crise local é sempre abordada de um ponto de vista financeiro e não social. Durante os anos 1990, a organização de direitos humanos America’s Watch, considerou Miami como a pior cidade dos Estados Unidos em matéria de liberdade de expressão.
• Quem são os “heróis” estadunidenses? O grupo de hackers conhecido como “Anonymous” está prestando um grande favor à humanidade e mostrando quem são os “valorosos soldados estadunidenses”. O exército dos EUA identificou os soldados que urinavam sobre cadáveres de afegãos, mas não divulgou os nomes. Mas o grupo “Anonymous” também identificou os soldados e fez mais do que isto: divulgou a conversa deles na internet.
Eis uma das mensagens trocadas entre os soldados: “... passamos banha de porco neles, nos mortos, e demos como alimento para os cães. Mas isto não deveria ser publicado na internet”.
Em outra mensagem, um dos canalhas diz: “Não divulgue isto na internet. Ouvi dizer que dois do grupo já foram identificados pelas fotos.”
Fonte: http://alt1040.com/2012/02/anonymous-expone-el-intercambio-de-correos-entre-los-marines-que-orinaron-sobre-los-cadaveres-afganos
• Especialistas dizem que são falsos os dados sobre a recuperação dos EUA. As autoridades esta-dunidenses estão anunciando que os dados sobre o emprego chegaram ao menor nível dos últimos três anos e que isto demonstraria que a crise está sendo superada. Mas analistas econômicos de lá dizem que é tudo uma farsa.
John Hussman, presidente do fundo de investimentos Hussman Founds, analisou os dados do Departamento de Trabalho e disse que trata-se de uma manipulação. Os índices que aparecem como 8,3% de desempregados é irreal, porque o número de pessoas demitidas, em todos os setores, aumentou. Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia, também disse que não há nada para comemorar.
• Desemprego de jovens universitários nos EUA atinge maior nível. A matéria está no site do Opera Mundi e mostra que apenas 54,3% dos estadunidenses entre 18 e 24 anos estão empregados, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira (09) pelo Pew Research Center. Este é o pior índice registrado para este grupo de idade desde o início da série histórica do levantamento, de 1948.
O levantamento do Pew Center saiu dias após o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos ter divulgado um dado otimista – a queda do índice de desemprego pelo quinto mês seguido. A taxa de desemprego dos EUA registrada no último mês de janeiro foi de 8,3%, face aos 9,1 d do mesmo mês no ano passado.
• Imperialismo é isto aí! Um deputado estadual do Mississipi, ao sul dos EUA, Steve Holland, apresentou um projeto para rebatizar o Golfo do México que passaria a ser chamado de “Golfo da América”. O recurso foi apresentado ao Comitê de Recursos Marinhos da Câmara dos Representantes. O projeto de lei tem apenas 12 linhas e não apresenta qualquer argumentação que justifique a proposta.
• Completamente louco. Newt Gingrich, um dos candidatos republicanos que disputam a indicação para disputar a presidência dos EUA, está dando demonstrações de total delírio. Em uma mensagem aos moradores de Ohio, um dos locais onde acontecerão as prévias, ele disse que o Irã estaria desenvolvendo uma arma muito potente e que poderia usar contra os EUA. “Pensem no perigo que isto poderia representar (...). Seriam 300.000 mil mortos e mais de meio milhão de feridos. Isto é um perigo real. Não é ficção.”
Fonte: http://www.democracynow.org/es/2012/2/9/titulares#7