sexta-feira, 25 de maio de 2018

O Quarto Poder - Episódio 1


Acessem


https://www.youtube.com/watch?v=yugXhh7EUuw&feature=push-u-sub&attr_tag=fHdlUdnsnPHo4uMJ-6

O Quarto Poder. Episódio 2

Acessem:

https://www.youtube.com/watch?v=Bw6aPL9moGM

VÍDEO – Fernando Pimentel passa sabão em Temer na posse da nova diretoria da FIEMG



VÍDEO – Fernando Pimentel passa sabão em Temer na posse da nova diretoria da FIEMG

 
2

0

Entenda por que a foto de Moro com Pedro Parente em Nova York explica o caos no abastecimento no Brasil

Entenda por que a foto de Moro com Pedro Parente em Nova York explica o caos no abastecimento no Brasil. Por Joaquim de Carvalho

  
9
 
0
Moro, senhora Moro e Pedro Parente
Moro, senhora Moro e Pedro Parente
Anselmo Braga e o protesto dos petroleiros

PUBLICIDADE
Estas três fotos explicam o Brasil: A de Moro com Pedro Parante em Nova York é o retrato do movimento que saqueia o Brasil, a do coordenador dos petroleiros e o protesto em Minas mostra a defesa do patrimônio brasileiro: é simples assim.
Agora leia o texto e entenda:
As panelas estão silêncio, mas paneleiros renintes, com a cabeça feita pelos analistas da Globo, continuam tagarelando nas redes sociais, e tentam colocar a culpa do caos gerado na vida dos brasileiros aos governos de Dilma e Lula.
Incrível.
Michel Temer assumiu o governo com a mão grande e, imediatamente, implantou o plano de governo derrotado nas urnas.
O PSDB é condômino de um governo que não nasceu das urnas.
A promessa era que, com Dilma fora, os investimentos voltariam, o dólar cairia e o desemprego diminuiria.
PUBLICIDADE
Basta olhar os números para ver o que fizeram ao Brasil: com Dilma, a gasolina custava R$ 2,99, o gás de cozinha, R$ 50,00, e a taxa de desemprego estava em 4,8%.
A gasolina está agora a R$ 4,90 (mas no dia de hoje é mais fácil encontrar uma nota de 100 reais na rua do que o combustível no posto).
O gás de cozinha custa R$ 75,00.
O desemprego atinge 14% da população e o dólar está em R$ 3,95.
Os números não mentem, mas os mentirosos manipulam os números. Na Globo, os analistas continuam tentando, de alguma maneira, culpar Dilma pelo caos:
Ao comentar o locaute, que a Globo de protesto, Alexandre Garcia deu um jeito de enfiar o PT na história: nesta manhã, ele disse que a corrupção quase destruiu a Petrobras e agora o que a ameaça é a fraqueza do governo Temer.
Os ministros negociaram com a corda no pescoço e decidiram que o governo dará à Petrobras R$ 4,9 bilhões até o fim do ano.
É uma maneira de compensar a redução de 10% nos preços do diesel. “O contribuinte vai pagar a conta”, alertou o jornalista.
O que a velha imprensa não diz, os petroleiros estão dando um jeito de mostrar.
Em Minas, houve uma paralisação de oito horas, preparativa para uma greve maior, conforme explicou o coordenador do Sindipetro em Minas Gerais:
— Essa paralisação de hoje é o início de uma greve que está sendo construída nacionalmente, que pretende parar todas as refinarias do país e as plataformas, e aí é importante ter a população do nosso lado. A greve não é por benefício nem por salário. É para que o governo deixe os petroleiros trabalhar. As refinarias estão trabalhando com carga baixa a mando do governo, para que os importadores tragam combustíveis mais caros para o país.
Bingo!
É isso que está acontecendo: com o dólar mais alto, o preço do produto sobe de acordo com a variação da moeda.
Com a refinaria trabalhando com menor capacidade, os custos de refino da Petrobras diminuem, e o lucro aumenta.
Resultado: essa política é boa para que tem ações da empresa — os dividendos podem aumentar e as ações podem subir.
O que atrapalhou esse plano foi a paralisação, porque obrigou a Petrobras a reduzir o preço do diesel, ainda que temporariamente.
As ações caíram — mas logo voltam a subir, pode apostar.
Quem vai cobrir o prejuízo por esse modelo perverso de gestão do petróleo no Brasil é o pobre.
No final, ele é quem vai pagar a conta, porque o governo se comprometeu a subsidiar o preço do produto.
Para fazer isso, terá que mudar o orçamento.
Sairá dinheiro de uma área e irá para outra. E, em situações assim, quem perde é a saúde, a educação, a assistência social e, se conseguirem mudar a Constituição, a Previdência.
São os setores que não têm lobby no governo.
Quem defende uma política que inclua o pobre no orçamento é o PT e os partidos de esquerda. Entende agora por que seus líderes estão sendo presos?
É nesse ponto que assume relevância a figura do juiz Sergio Moro.
Pedro Parente continuaria com sua empresa de gestão de fortunas ou como executivo de alguma multinacional, como a importadora e exportadora Bunge, se Moro não tivesse fornecido o argumento para destruir a economia brasileira, com a farsa do maior escândalo de corrupção na história da Via Láctea encontrado na Petrobras.
A atuação dele direta nos negócios do governo terminou em 2003 (quando Lula assumiu), depois de gerir o Ministério das Minas e Energia, no período em que houve racionamento de energia.
Com a mudança de governo, Pedro Parente foi chamado para tomar conta da Petrobras, justo ele que era chamado de “ministro do apagão”.
Sem Moro, não existiria Parente na Petrobras. Sem a Petrobras sob gestão de Parente, certamente Moro não seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos como Personalidade do Ano.
É por razões como esta que a eleição de outubro se tornou a mais importante da história do Brasil.
Só o eleitor pode dar um basta nesta política que não atende aos interesses dos brasileiros.
Muitos paneleiros continuarão ligados no que diz a Globo, como robôs, mas ainda há uma parcela que pode se libertar.

Rio lança rede “Somos Lula” com comitês de defesa da democracia


Rio lança rede “Somos Lula” com comitês de defesa da democracia

Ato com líderes políticos e representantes de movimentos populares acontece no Armazém da Utopia

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ)
,
Ouça a matéria:
Comitês defendem direito de ex-presidente, preso há quase 50 dias, ser candidato / Ricardo Stuckert
O combate à escalada fascista no Brasil e a defesa da democracia e do direito de o ex-presidente Lula concorrer na eleição de outubro vão ganhar força no Rio de Janeiro com o lançamento, neste sábado (26), de uma rede de comitês que vai se chamar “Somos Lula”. O evento é aberto a todos que quiserem participar e vai acontecer das 14h às 17h, no Armazém da Utopia, na Zona Portuária.
Entre os confirmados no ato, estão a ex-presidenta Dilma Rousseff, o senador Lindbergh Farias, os ex-ministros Celso Amorim e Gilberto Carvalho, deputados federais da frente progressista, o dirigente nacional do MST, João Pedro Stédile, líderes de movimentos populares, além da cineasta Maria Augusta Ramos, diretora do documentário “O Processo”, que mostra os bastidores do processo de impeachment de Dilma.
Em conversa com o Brasil de Fato, o senador Lindbergh Farias (PT) afirmou que o lançamento dos comitês no Rio de Janeiro, assim como vem ocorrendo em todo o Brasil, tem por objetivo reiterar o futuro registro da candidatura do ex-presidente Lula no dia 15 de agosto.
“Querem impedir Lula de ser candidato porque querem massacrar o povo trabalhador. Prenderam Lula porque sabem que como candidato ele ganha a eleição. Eu vejo os escândalos de Michel Temer com assessor que tem mala de dinheiro e continua na Presidência da República, Aécio Neves no Senado… Por isso, nós vamos lançar Lula com toda a força, registrando como candidato no dia 15 de agosto, porque o Lula é querido pelo povo, porque as pessoas lembram que viviam diferente, que a vida do trabalhador era muito melhor”, disse o senador petista.
Fundadora de uma das dezenas de CDDLs no Rio, Vaniza Pinto, que representa o comitê de Santa Teresa, na região central, conta que a criação da associação surgiu da necessidade de moradores do bairro de debater a política suprapartidária e atual do país. Ela acrescenta, ainda, que o objetivo final do Comitê é sair das salas de reuniões para criar ações políticas constantes na região.
“Nas entidades que temos no bairro, como a associação de moradores, não existe um espaço específico para tratar da política. Isso nos mobilizou a criar um comitê suprapartidário em que a gente pudesse discutir e aprofundar todas as questões da política e da democracia, porque são elas que garantem uma convivência harmônica entre as pessoas, de um modo geral. No nosso entendimento, isso se realiza na luta pela liberdade do Lula, porque a democracia, na sua essência, está em garantir que as pessoas tenham o contraditório, o direito de defesa”, explicou Vaniza.
Durante o evento, haverá também o debate sobre a pré-candidatura do deputado federal Wadih Damous (PT), com a participação de lideranças políticas, representantes de movimentos populares e cidadãos.
Edição: Vivian Virissimo

Família Marinho repete posicionamentos históricos em apoio a golpes

COLUNA

Família Marinho repete posicionamentos históricos em apoio a golpes

Imagem de perfil do Colunista
Mas o que O Globo faz agora não chega a surpreender, pois vem repetindo a mesma posição ao longo do tempo, haja vista em agosto de 1954 / Divulgação
Isso quer dizer que autocríticas do esquema Globo não servem para coisa alguma
A família Marinho, proprietária do esquema Globo, realmente não se emenda. Depois da apoiar os golpes de 1964 e 2016, que resultou na ascensão de Michel Temer, o editorial do jornal O Globo agora prega uma intervenção militar na Venezuela para derrubar o presidente recém reeleito Nicolás Maduro.
Isto quer dizer que os filhos de Roberto Marinho, agora controladores do grupo midiático, simplesmente seguem a rota golpista do patrono da empresa. No caso da Venezuela, da mesma forma que no Brasil nos anos mencionados, O Globo seguiu a orientação do Departamento de Estado Norte-Americano de apoiar o golpe militar.
No caso do golpe de 1964, O Globo chegou  a fazer autocrítica, que não passou de mais uma mentira para enganar a opinião pública, que conhecendo o que estava escondido pelo próprio  jornal da família Marinho passou a repudiar o que havia ocorrido na longa noite escura que se abateu sobre o Brasil.
Isso quer dizer na prática que as autocríticas do esquema Globo não servem para coisa alguma, ou melhor, servem apenas para tentar enganar os incautos. A pregação golpista lida no editorial de terça-feira (22) de alguma forma ajuda à tomada de posição do governo de Michel Temer, que se posicionou junto com Donald Trump e os integrantes do tal grupo de Lima, contra a reeleição de Nicolás Maduro, na verdade desrespeitando a vontade do povo venezuelano.
Mas o que O Globo faz agora não chega a surpreender, pois vem repetindo a mesma posição ao longo do tempo, haja vista em agosto de 1954, que culminou com a morte do presidente Getúlio Vargas. Nos dias de hoje, a família Marinho se sente proprietária da verdade e não aceita nenhum outro posicionamento que não seja a decretação de guerra contra o governo venezuelano, bem como a aprovação de medidas que favoreçam poderosos grupos econômicos nacionais e estrangeiros, como, por sinal, vem fazendo o atual governo de Michel Temer, principal responsável pelo pesadelo que se abate sobre a nação.
Quanto a Temer, a sua tomada subserviente de posição contra o governo da Venezuela tem validade zero e envergonha o Brasil, por seguir tudo o que o governo dos Estados Unidos exige. Internacionalmente, as principais lideranças mundiais sabem perfeitamente quem é ocupante do governo brasileiro. Trocando em miúdos, poucos no mundo levam a sério a tomada de posição de Temer, seja que matéria for. E fica claro que o motivo principal é exatamente fazer o que manda o governo de ''Michel Trump''.
Internamente nem se fala. O lesa pátria desistiu de ser candidato a continuar ocupando o governo e tenta emplacar o aposentado do Banco de Boston, Henrique Meirelles como candidato à Presidência. Na verdade, o que Temer quer mesmo é que o seu substituto se comprometa em livrá-lo de uma ação judicial que terá de responder pela série de acusações de corrupção que pesam contra ele.
Nesse sentido, a candidatura Meirelles pode não ser para valer, mas apenas uma jogada para daqui algumas semanas tentar unir a tal direita que se apresenta como centro, cujos representantes são também Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia, cujo pai foi condenado por falcatruas cometidas quando era prefeito do Rio de Janeiro, e outros ainda menos votados, segundo indicam as mais recentes pesquisas.
Edição: Jaqueline Deister

Sob cerco evangélico, guarani-kaiowás sofrem com intolerância no Mato Grosso do Sul


VIOLÊNCIA

Sob cerco evangélico, guarani-kaiowás sofrem com intolerância no Mato Grosso do Sul

Avanço pentecostal dentro das comunidades indígenas tem violado direito constitucional da liberdade de culto

Brasil de Fato | São Paulo (SP)
,
"Os pastores usam as igrejas como um instrumento para impedir e desorganizar uma estrutura tradicional dos kaiowás", diz historiador / Wikimedia Commons
A intolerância religiosa e o avanço evangélico pentecostal têm crescido no país, inclusive dentro de comunidades indígenas. Uma das regiões mais afetadas é o Mato Grosso do Sul, onde só nos primeiros meses de 2018, o número de denúncias à Justiça de casos de intolerância religiosa aumentou 800% em comparação a todo o ano de 2017, segundo dados da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e Coordenadoria de Igualdade Racial.
Izaque João, da Aldeia Panambi, no município sul-mato-grossense de Douradina, é historiador e pesquisador kaiowá. Ele vive em diálogo frequente com as comunidades indígenas e deu início às pesquisas que norteiam o documentário Monocultura da Fé, lançado no ano passado.
A produção percorre aldeias do Mato Grosso do Sul para mostrar denúncias das cada vez mais frequentes violências cometidas por grupos evangélicos contra rezadores tradicionais guarani-kaiowás. Izaque conta que essas redes nacionais e internacionais de igrejas têm forte ligação com políticos e fazendeiros.
"As igrejas vêm entrando em massa nas comunidades indígenas, inferiorizando a cultura tradicional e desvalorizando os conhecimentos tradicionais. Eles [os pastores] usam as igrejas como um instrumento para impedir e desorganizar uma estrutura tradicional, que os kaiowás, ao longo dos tempos, vêm construindo. Mas eu vejo que a organização social e tradicional ainda é um dos pilares principais que existe nas comunidades indígenas", afirma. 
O contraste entre os cultos evangélicos e os rituais xamânicos também refletem as disputas de terra, como informa Izaque. "Os indígenas estão sempre retomando suas áreas tradicionais e, para impedir isso, usam o instrumento principal das igrejas, porque nelas eles recebem a orientação de que não podem reocupar uma área tradicional, mas estar presos nas igrejas e pregar a palavra de Deus". 
O historiador conta que a inserção da cultura pentecostal nas comunidades indígenas tenta afastar os rezadores tradicionais quando os kaiowás mais precisam: nos momentos de enfermidade. O indígena diz que os líderes pentecostais prometem curas em troca de dinheiro. "O pastor fala que essa pessoa que morreu não tem fé para ter a cura ou, se não usar essa palavra, diz que Deus recolheu essa pessoa". 
Spensy Pimentel, antropólogo, jornalista e professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), também participou das pesquisas do documentário. Ele diz que a faceta mais visível da intolerância religiosa tem sido as denúncias dos terreiros de candomblé e umbanda e que os ataques aos grupos indígenas permanecem mais abafados. Pimentel afirma que a liberdade de culto, prevista por lei, não pode ser violada da forma como vem acontecendo no Mato Grosso do Sul.
"A liberdade individual não pode se tornar uma desculpa para crime de ódio, que é o que a gente tem visto lá, quer dizer, pastores incentivando os seus fiéis a demonizarem essas figuras, que têm uma importância que não se restringe só ao campo religioso, mas que guardam toda uma série de conhecimentos cronológicos, ambientais, históricos, ou seja, guardiões da memória e da cultura indígena", diz. 
Pimentel completa que as denúncias de intolerância religiosa contra rezadores xamânicos raramente são registradas, porque muitas vezes envolvem pessoas idosas, que mal falam o português e não tem o costume de saírem das aldeias. 
Para Marco Antônio Delfino, procurador do Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul, a invisibilidade e a impunidade refletem o ódio étnico-racial em seu grau máximo. Delfino, que tem atuação profissional e acadêmica na proteção e reparação de violações de Direitos Humanos de Povos Indígenas, Comunidades Quilombolas e Populações Tradicionais, lembra que os casos sul-mato-grossenses não são isolados e recentes, mas frutos de uma construção histórica genocida.
"Esse processo de discriminação abarca toda a sociedade, o Judiciário, as forças policiais, o próprio Ministério Público. Se você tem uma agressão de um indígena contra um não-índio a velocidade que esse inquérito anda, é uma. Se você tem uma agressão de um não-índio em relação a um indígena, a velocidade é outra. O processo de julgamento é outro, as decisões são outras. Índios são queimados, índios são linchados, índios são mortos, índios são enforcados, então é algo que supera o mero racismo", relata.
Izaque diz que, a muito custo, os guarani-kaiowás resistem na luta por seus direitos e pela preservação de sua cultura. "Recentemente teve um encontro em Caarapó, em uma retomada de terra. Eles conversam, fazem um documento, encaminham para a Justiça e para as autoridades competentes, mas há pouca ação para proteger as lideranças tradicionais e espirituais". 
O Brasil tem uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) levantados no ano passado. Para conhecer alguns casos entre os anos de 2008 e 2017, acesse o Mapa da Intolerância Religiosa no Brasil, feito pelo Dossiê Intolerância Religiosa.
Edição: Juca Guimarães

Federação da Agricultura Familiar doa alimentos para a vigília Lula Livre

SOLIDARIEDADE

Federação da Agricultura Familiar doa alimentos para a vigília Lula Livre

Caravana de camponeses até a sede da PF denuncia o corte de diversos programas de incentivo rural

Brasil de Fato | São Paulo (SP)
,
A Caravana da Agricultura Familiar percorreu mais de 1.300 km no Paraná / Gibran Mendes
Cerca de 300 agricultores familiares engrossaram, na manhã desta sexta-feira (25), o coro de “bom dia, presidente Lula”, entoada todas as manhãs na Praça Olga Benário, em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde Lula está preso desde 7 de abril. Eles concluem em Curitiba a IV Caravana da Agricultura Familiar, que percorreu mais de 1.300 km por todo o Paraná até chegar à capital, onde participarão da Vigília Lula Livre e do ato de lançamento da pré-candidatura de Lula à Presidência da República, no domingo (27).
Durante toda a sexta-feira (25), a programação da Vigília está por conta da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar do Paraná (Fetraf-PR). O primeiro ato, foi a doação de alimentos para os integrantes da vigília. Após o bom dia, a  Fetraf-PR promoveu um debate sobre alimentação saudável e segurança alimentar.
Coordenador-geral da Fetraf-PR, Neveraldo Oliboni, explicou por que os agricultores decidiram encerrar sua caravana na vigília. “Nós queremos demonstrar para a sociedade e para as autoridades nacionais que o Lula é um preso político. Alguém que fez tanto bem para a sociedade e, no nosso caso específico, para a agricultura familiar, não pode estar preso. Estamos aqui para trazer nossa solidariedade e nossa reivindicação. Queremos o Lula livre para que ele continue nos orientando, possa ser nosso presidente, mas se não for presidente, que possa estar no meio de nós, trazendo sua energia e suas ideias para que nós lá no campo possamos continuar produzindo alimento”, disse.
Ele citou as diversas políticas públicas implantadas nos 13 anos de governo do PT, que já foram suspensas ou severamente cortadas nos dois últimos anos, durante o governo Temer. “Poderíamos numerar muitas políticas, mas a questão mais fundamental foi o aumento dos juros e a redução do dinheiro investido na agricultura familiar é uma das questões. O Pronaf está cada vez mais difícil de chegar ao agricultor. Políticas públicas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Penae (Programa Nacional de Alimentação Escolar), que é de distribuição de alimentos, não têm recursos para a agricultura familiar. O programa de habitação rural, que vinha trazendo dignidade para as pessoas no campo, foi totalmente cortado. Não dá para trabalhar dessa forma”. 
O corte nos programas de aquisição de alimentos da agricultura familiar também foi um dos motivos para trazer Neusa Viana, de Santo Antônio do Sudoeste até Curitiba. “Estou aqui porque tenho plena convicção de que o Brasil só volta a crescer quando o Lula for presidente de novo. A prisão de Lula é o desmonte de um projeto muito bom que existia para o nosso país e, em particular, para a agricultura familiar. É o desmonte de todos os nossos direitos e conquistas dos últimos anos”, disse. “Um fato muito importante foi na questão do PAA. Presidentes de cooperativas chegaram a ser presos e hoje praticamente não temos esse projeto e, em alguns casos, como o do leite, estamos pagando para produzir”.
Ela contou que não foi fácil organizar a vida no campo para conseguir estar na vigília, mas disse que vale o sacrifício. “Enquanto estamos aqui, alguém da família está na propriedade cuidando da produção ou da criação. Até à solidariedade dos vizinhos nos apegamos para estar aqui. Não é fácil deixar nosso trabalho e nossa família para traz, mas temos que lutar”.

Edição: Juca Guimarães

Entenda quais são as forças à frente das mobilizações dos caminhoneiros


COMBUSTÍVEIS

Entenda quais são as forças à frente das mobilizações dos caminhoneiros

Entidades do setor estão divididas sobre acordo proposto pelo Planalto

Brasil de Fato | Brasília (DF)
,
Manifestação na BR-040, no Rio de Janeiro / Marcelo Camargo/Agência Brasil
As entidades que representam os caminhoneiros em Brasília estão divididas sobre os termos do acordo negociado por parte das organizações com o governo Michel Temer (PMDB). O documento foi apresentado na noite da quinta-feira (24). O documento contém, basicamente, medidas de desoneração e isenção fiscal. Algumas organizações não acataram o teor do texto.  
Parte dos representantes, entretanto, chegou a se retirar da mesa de negociações e afirmou não ter aderido ao acordo governamental, que tinha como contrapartida uma trégua por parte dos manifestantes. Além disso, caminhoneiros que estão nos bloqueios em estradas têm afirmado não reconhecer os negociadores como representantes da categoria. A origem exata das mobilizações ainda é incerta, mas trabalha-se com a hipótese de que tenha sido iniciada de forma espontânea através de grupos de WhatsApp, tendo sido assumida posteriormente pelas entidades representativas nacionais. 
Temer anunciou na tarde desta sexta-feira (25) que autorizou o emprego das Forças Armadas e de órgãos de segurança federais para desbloquear estradas onde ocorrem manifestações de caminhoneiros.
Nas mobilizações locais, o movimento é conduzido, basicamente, por três setores: patronal, constituído pelas empresas de logística e transporte; entidades de empregados dessas empresas e organizações que representam caminhoneiros autônomo, ou seja, que trabalham de forma individual ou são microempresários. Algumas das últimas são as que mais resistem a aceitar o acordo. Estima-se que cerca de 30% dos transportes sejam realizados por esta categoria.
A Confederação Nacional dos Transportes, representante patronal no setor, formalmente não participa e não apoia a paralisação, mas participou das negociações convidada pelo governo e defendeu o teor das propostas. 
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) aderiu à proposta do governo, mas outras duas que também representam o mesmo setor, a União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam,) são as principais entidades a resistir, pedindo medidas permanentes e concretas em relação a questão dos combustíveis.  

Edição: Juca Guimarães