quinta-feira, 4 de março de 2021

Os destaques da noite no 247

 

Ouça áudio de Dallagnol relatando a outra procuradora conversa conspiratória com
juíza Gabriela Hardt

Carmen Lúcia teria mandado TRF4 descumprir HC
para que Lula
não fosse solto

Lewandowski autoriza acesso do STJ
às conversas
entre procuradores
da Lava Jato

'Vai comprar vacina! Só se for na casa da tua mãe', diz Bolsonaro (vídeo)

André Constantine
é solto após
prisão arbitrária
por "desacato"

Com desastre no Brasil, Bolsonaro fica estagnado e vê Lula se aproximar em ranking
de popularidade digital

Mais notícias

Em Uberlândia, polícia prende homem que fez postagem "ameaçando" Bolsonaro

"Chega de mimimi. Vão ficar chorando até quando?", diz Bolsonaro sobre recorde de mortes (vídeo)

Covid-19: Brasil tem 1.699 mortes em 24h e passa das 260 mil

Aprovação do governo Bolsonaro cai pela primeira vez abaixo de 30%; evangélicos são seu apoio principal

No STF, defesa de Lula tenta suspender julgamento sobre suspeição de desembargadores do TRF4

Bretas condena Cabral a mais de dez anos por corrupção

Covid-19: Ministério Público vai sugerir que CBF suspenda o futebol no Brasil

Presidente do Santos defende paralisação do futebol: "qualquer medida para salvar uma vida vale"

"Ontem calaram um reitor. Hoje, prenderam André Constantine. É a ditadura", diz Maria do Rosário


OperaMundi

 

Clique e assista o programa SUB40 com Breno Altman e Humberto Matos
Assista o programa SUB40 desta quinta.

Nesta edição, Breno Altman entrevista Humberto Matos, professor de história, educador popular, militante marxista e comunicador socialista do YouTube.

Não perca a entrevista de Breno Altman e Humberto Matos!

Todas as quintas-feiras, às 20h, o fundador de Opera Mundi entrevista, ao vivo, uma personalidade da nova geração que está pautando a discussão política e cultural no país. O nome do programa vem a partir daí: uma conversa com as novas caras do debate público – aqueles com até 40 anos (ou um pouco mais) – para entender suas ideias e antecipar tendências.
Assista agora!

Agência Pública : 10 anos

 



Neste mês de março, a Agência Pública completa dez anos. Fundada em 2011 por repórteres mulheres, a Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil. Para comemorar este marco tão importante, vamos realizar ao longo do mês uma série de seis conversas para debater o presente e o futuro do Brasil. Entre os convidados estão Ailton Krenak, Anielle Franco, Lilia Schwarcz e Gregório Duviviver.


Os debates serão realizados online com inscrições gratuitas, que podem ser feitas logo abaixo. As conversas serão realizadas nos dias 6, 13 e 20 de março. Também teremos uma edição comemorativa do podcast Pauta Pública. Confira a programação completa a seguir.


Próxima mesa

Entender e explicar o Bolsonarismo como força política é a ideia da mesa com estes dois grandes pensadores. O que o presidente representa para seus apoiadores e para o cenário político do país como um todo? 


O Bolsonarismo

06/03 - 16h30


Lilia Schwarcz

Historiadora e antropóloga


Marcos Nobre

Professor de filosofia - Unicamp

MEDIADOR


Thiago Domenici

Repórter e editor na Agência Pública

mais sobre a mesa

Programação completa

Confira todos os debates que preparamos para nossa comemoração de 10 anos!


O Bolsonarismo

06/03 - 16h30

Gênero e Religião

06/03 - 18h30

A juventude acredita em quê?

13/03 - 16h30

Militares e a política

13/03 - 18h30

Barbárie na Política

20/03 - 16h30

Negacionismo Científico e Mudanças Climáticas

20/03 - 18h30

Podcast Pauta Pública Especial


Ruptura ou congelamento

 

 
Ruptura ou congelamento
Pedro Amaral e Roberto Amaral
 

O processo social não se resolve na disputa eleitoral quando não enseja a ruptura

     A frente política finalmente se pôs de pé, no Congresso Nacional, mas puxada pela extrema direita, para dar sustentação ao seu governo. Não nasceu a sonhada frente democrática. A frente de esquerda segue ainda mais distante, como longe está a frente simplesmente oposicionista, visto lhe faltarem união, programa e rumo.
A frente governista, porém, se fortalece no casamento do reacionarismo com o fisiologismo larvar. Estrutura-se para sustentar, a peso de ouro, um situacionismo envilecido que investe contra a nação e desmonta o Estado social, mas que ainda tem muitos recursos para distribuir e está disposto a pagar o preço do mercado de votos.
     Urdido no submundo da pequena política, no tugúrio da caserna e nas franjas do crime organizado, esse é o mais autêntico governo da casa-grande em toda a história republicana, por isso tem o apoio sincero dos generais. Tem o apoio, no fundamental, dos grandes meios de comunicação de massa, porta-vozes dos interesses do 1% de brancos ricos e rentistas que nos governam desde a Colônia; é sustentado pelo grande capital financeiro, nacional-internacional, que jamais errou na identificação de seu lado na luta de classes. E conta com a aprovação de significativos segmentos da classe média e das populações das periferias, abandonadas pelas esquerdas quando, iludidas pela miragem da conciliação, desertaram da batalha ideológica. 
Trata-se de adversário que, pelas armas que terça, impõe a unidade de ação a quem se decida a fazer-lhe frente. Essa unidade, porém, será de pouca valia se não tivermos competência para analisar o processo político das últimas décadas e nele rever nosso papel.
     Em que pesem os avanços que logramos produzir, o fato é que mantivemos intocado o monopólio da terra e o império da propriedade privada, quando tínhamos o compromisso histórico com a reforma agrária; não movemos uma palha pela reforma tributária, mantendo um sistema fiscal que beneficia o capital e agrava a injustiça social; não demos um só passo com vistas à reforma do Judiciário, o centro do poder oligárquico; nos esquivamos da reforma do Estado e, ao cabo de treze anos, o devolvemos à direita como o havíamos recebido; não cuidamos da formação de nossos oficiais, deixando intocado um ensino antirrepublicano, reacionário, que alimenta a concepção de casta sem compromisso com a sociedade nem submissão ao poder civil; mantivemos o oligopólio midiático e não nos preparamos para a batalha da comunicação de massa, que assumiu novíssimos contornos na era digital. Ou seja, historicamente revolucionários, não ousamos sequer ser reformistas.
Por fim, confiamos cegamente no “republicanismo” de almanaque, na isenção do aparato jurídico-policial, ignorando que, em sociedade capitalista, as instituições servem fundamentalmente à reprodução do domínio de classe. Negamo-nos a interpretar os idos de 2013, não compreendemos o recado de 2014, nos surpreendemos com o golpe de 2016 e não pudemos impedir a prisão ilegal de Lula. Por fim, a manifestação da soberania popular rejeitou nosso retorno em 2018. E ainda há quem insista que não há o que rever…
     O governo de militares e milicianos põe em marcha o projeto da classe dominante brasileira, baseado na concentração de renda e no desmonte do Estado em sua capacidade de combate à desigualdade social e à pobreza. Desmonta a soberania nacional, promove a alienação de empresas estatais estratégicas, fomenta o privatismo na bacia das almas e abre nossa economia ao pasto das multinacionais, com o auxílio de uma política externa que prima pela sabujice. 
Diante disso, o que fazer? 
     Antes de tudo, é preciso ter claro que a fortaleza a ser destruída é o projeto reacionário da classe dominante brasileira, que tem no bolsonarismo sua mais perfeita tradução. Portanto, suplantar o deplorável governo que aí está, embora tarefa primordial, não é um fim em si nem o único desafio: precisamos, derrotando-o, vencer a direita tradicional e aquela batizada de “centro” pelos jornalões, que se apresenta como alternativa “democrática” aos mandos e desmandos do capitão. 
      Para esse desafio, os dados disponíveis põem em evidência que a unidade das esquerdas é um imperativo. A tarefa cobra disciplina e inteligência para superar as querelas estéreis, o desperdício de tempo e energia com o “fogo amigo”, e centrar nossa artilharia no inimigo principal.
       Se o processo político acena com as eleições de 2022, é preciso ter em conta que o processo social não se resolve na disputa eleitoral quando não enseja a ruptura. E é para ela que devemos nos voltar estrategicamente, conscientes de que é preciso enfrentar o nó górdio do desafio histórico: a alteração na estrutura e na gênese do poder governante. 
        Vivemos, ao longo da história, todas as experiências oferecidas pelos manuais de ciência política. Transitamos da Colônia ao Estado nacional, da monarquia à República, projeto sempre por efetivar-se. Exercitamos o escravagismo e o etnocídio. Nossa história cruenta conta um sem-número de insurreições, golpes de Estado, quarteladas, eleições fraudadas, eleições legítimas e períodos de franquias democráticas ao lado de ditaduras diversas e longas, como a última, do mandarinato militar. Nossos líderes conheceram o degredo, o exílio, a prisão, a tortura e o assassinato; governos militares cassaram mandatos eletivos e suspenderam direitos políticos de cidadãos; o Congresso foi várias vezes posto em recesso ou sitiado pelas Forças Armadas; contam-se as deposições de presidentes, o suicídio de um deles, a renúncia de outros dois, e mais de um mandatário conheceu o exílio. Nada disso, porém, alterou a composição e a natureza do poder e o mando político, intocável: o poder da casa-grande que nos governa desde sempre, mesmo quando o povo, aproveitando lapsos do sistema, elege governos democráticos e populares. 
       Cada vez mais se revela impensável que as reformas sociais e econômicas se façam nos termos prescritos pelo sistema. Sempre que essa perspectiva se coloca, a classe dominante intervém, a ferro e fogo, para impor o congelamento.
É preciso dar conteúdo político transformador à insatisfação e à revolta que a precarização massacrante inevitavelmente desperta. Parcelas expressivas da sociedade, com destaque para a juventude, não estão apáticas, nem indiferentes, nem inertes. Pelo contrário, mobilizam-se de formas diversas por causas igualmente múltiplas, no geral convergentes com as bandeiras da esquerda – porém, repelem as palavras de ordem e os ritos desgastantes e desgastados de nossas organizações partidárias. Precisamos dialogar com essa militância sem partido, com os trabalhadores não sindicalizados, com as populações das periferias; disputá-los com a direita e com o liberalismo que se disfarça de progressista, integrando-os ao projeto de construção socialista.
 
*Pedro Amaral é mestre em Relações Internacionais e doutor em Letras pela PUC-Rio; Roberto Amaral é escritor e ensaísta, e foi ministro de Ciência e Tecnologia (2003/2004).
 
 
______________

Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia

Boletim Carta Maior

 



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