domingo, 31 de maio de 2020

Morre Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor, aos 63 anos

Morre Gilberto Dimenstein, jornalista e escritor, aos 63 anos

O fundador do site ‘Catraca Livre’ e ganhador de prêmios literários
enfrentava um câncer desde 2019

O escritor e jornalista Gilberto Dimenstein.REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS
JOANA OLIVEIRA
São Paulo - 29 MAY 2020 - 13:37 BRT

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O jornalista e escritor Gilberto Dimenstein, fundador do site Catraca
Livre, morreu nesta sexta-feira, em São Paulo, aos 63 anos, em
decorrência de um câncer de pâncreas que enfrentava desde 2019. De
acordo com o Catraca Livre, ele faleceu em casa, enquanto dormia.
“Morre hoje, 29, o jornalista Gilberto Dimenstein. A luta contra o
câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em
construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua
nesta página”, diz uma postagem publicada no perfil do site nas redes
sociais.

Em um vídeo postado numa rede social em abril, o jornalista disse que
vivia o momento mais difícil de sua vida. “Meu nome é Gilberto
Dimenstein, sou fundador do Catraca Livre, sou presidente do Conselho
da Orquestra Sinfônica Heliópolis, e vivo o momento mais difícil da
minha vida. Estou há oito meses lutando contra um câncer de pâncreas
que criou metástase. Estou lutando, ainda vou vencer, mas estou
lutando”, afirmou.

Autor de mais de dez livros, principalmente focados em problemas
sociais, Gilberto Dimenstein venceu as principais premiações
brasileiras de jornalismo, inclusive o prêmio Esso, em mais de uma
ocasião. Em 1994, ganhou o prêmio Jabuti por O Cidadão de Papel, obra
de ficção em que relaciona o assassinato de crianças, a violência, a
fome e a falta de escola com o desenvolvimento da economia, a crise da
educação e o desemprego para denunciar o desrespeito aos direitos
humanos na sociedade brasileira. Centrada no papel dos jovens como
cidadãos e seus direitos e deveres, a obra é um retratado das
desigualdades social e econômica do país.

O jornalista também escreveu livros como Aprendiz do Futuro -
Cidadania Hoje e Amanhã (2005), Quebra-Cabeça Brasil - Temas de
Cidadania na História do Brasil (2003) e Meninas da Noite (1992), que
resultou em uma série de investigações sobre prostituição infantil na
Amazônia, no início da década de 1990, após o escritor receber uma
bolsa de estudos da MacArthur Foundation (considerada uma bolsa para
“gênios”).

Formado em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo,
Gilberto Dimenstein começou a trabalhar na revista Shalon, da
Comunidade Judaica do Brasil, e passou por algumas das principais
Redações do país. Foi colunista da Folha de S. Paulo, diretor da
sucursal de Brasília e correspondente em Nova York pelo mesmo jornal,
foi comentarista da Rádio CBN e também trabalhou n’O Globo, Jornal do
Brasil, Correio Braziliense, Última Hora e nas revistas Educação,
Visão e Veja.

Sempre ligado à reflexão e engajamento sobre problemas sociais, o
jornalista e escritor também foi um dos fundadores da ONG Agência
Nacional de Direitos da Infância (Andi), que busca ampliar e aprimorar
a abordagem do tema da infância e da adolescência na grande imprensa.
Em reconhecimento ao trabalho ganhou, junto com o cardeal Paulo de
Evaristo Arns, o Prêmio Nacional de Direitos Humanos.

Catraca Livre✔@catracalivre

Morre hoje, 29, o jornalista Gilberto Dimenstein. A luta contra o
câncer levou o fundador da Catraca Livre, mas sua determinação em
construir uma comunidade mais igualitária, saudável e gentil, continua
nesta página

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11:26 - 29 de mai de 2020
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Dimenstein também fundou a ONG Cidade Escola Aprendiz, criada a partir
de um projeto experimental de comunicação e educação com alunos do
ensino médio em 1997, o Bairro-escola, que foi reconhecido pelo Unicef
(Fundo das Nações Unidas para a Infância) como modelo em educação a
ser replicado mundialmente. Graças a ele, Dimenstein recebeu o Prêmio
Criança e Paz, do Unicef.

O escritor e jornalista deixa a esposa, Ana Penido, dois filhos,
Marcos Dimenstein e Gabriel Dimenstein, e um neto.

https://brasil.elpais.com/cultura/2020-05-29/morre-gilberto-dimenstein-jornalista-e-escritor-aos-63-anos.html

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29 DE MAIO DE 2020

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O Brasil ultrapassou os Estados Unidos no número de mortes causadas pela covid-19 por milhão de habitantes no número diário de confirmações. A alta brasileira no número de vítimas diárias por milhão de pessoas se mantém constante desde o dia 22 de maio até esta sexta-feira (29/05), segundo os dados da Our World in Data, um projeto vinculado à Universidade de Oxford, no Reino Unido. No dia 22 de maio, o Brasil registrou 5,59 mortes por milhão causadas pelo novo coronavírus, enquanto os EUA registraram 3,82 óbitos. A liderança dos dois países continua a ser brasileira até esta sexta-feira, quando o país latino-americano contabiliza 5,44 vítimas por milhão de pessoas, frente às 3,55 norte-americanas.
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