quinta-feira, 23 de maio de 2019

Lawfare: EUA ‘fabricam’ 17 novas denúncias contra Julian Assange

Por Esmael Morais

Lawfare: EUA ‘fabricam’ 17 novas denúncias contra Julian Assange

Publicado em 23/05/2019
Assange WikiLeaksO departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quinta-feira (17) novas denúncias contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, principalmente relacionadas a leis contra a espionagem. Os Estados Unidos responsabilizam Assange por ter colocado em risco algumas de suas fontes com a publicação, em 2010, de 750 mil documentos militares e diplomáticos.
Washington também acusa Assange de “conspirar” com a ex-analista de informática americana Chelsea Manning, condenada em 2013 por vazar milhares de documentos.
Segundo o comunicado da Justiça, Assange é suspeito de “ajudar a obter informação confidencial ciente de que poderia ser utilizada em detrimento dos Estados Unidos e em benefício de uma nação estrangeira”.
Austrália e seus partidários afirmam que Assange não pode ser perseguido por publicar tais documentos, com base no princípio de liberdade de imprensa.
“O departamento leva a sério o papel dos jornalistas em nossa democracia, mas Julian Assange não é um jornalista”, declarou o vice-secretário de Justiça, John Demers.
Assange, que está preso na Grã-Bretanha, foi detido em 11 de abril na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há sete anos, após um pedido de extradição dos Estados Unidos.
As novas denúncias podem acarretar em dez anos de prisão cada uma.
A Suécia também reabriu o caso contra Assange por suposto estupro.
*As informações são da France Press

Haddad vai à Amazônia para defender a liberdade de Lula

23 DE MAIO DE 2019, 21H36

Haddad vai à Amazônia para defender a liberdade de Lula

Comitiva visitou fábrica da Zona Franca, em Manaus, e comunidades da região. Educação e previdência públicas também são temas da caravana pela região Norte
No encontro das águas dos rios Negro e Solimões, Haddad leva a mensagem de Lula e ouve as necessidades do povo manauara (Foto: Ricardo Stuckert)
  
Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual 
O ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad está na Amazônia. A caravana, que já percorreu o Sul e o Sudeste em defesa da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou nesta quinta-feira (23) à região Norte do Brasil.
A comitiva visitará as cidades de Manaus, Santarém, Belém do Pará e Concórdia. O objetivo, além de levar a mensagem sobre a importância de Lula livre para a democracia brasileira, é estar ao lado do povo na luta contra a reforma da Previdência e em defesa da educação e das universidades públicas, duramente atacadas pelos cortes de recursos promovidos pelo ministro Abraham Weintraub e o governo Jair Bolsonaro.
Logo pela manhã, Haddad visitou a fábrica da Honda, na Zona Franca de Manaus. O polo industrial, reestruturado a partir do governo Lula, está sob ameaça no atual governo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou mais de uma vez a intenção de mudar a relação com a Zona Franca e privilegiar outros estados zerando impostos como o sobre produtos industrializados (IPI).
“Quem ataca a Zona Franca de Manaus não entende nada de economia”, contestou Hadadd, lembrando que se os incentivos fiscais à região não forem estimulados, o estado acabará criando mais pobreza e não riqueza como sempre fez ao longo de décadas. “Se Paulo Guedes continuar ameaçando a Zona Franca, como está, vão desindustrializar a região e abrir espaço para um tipo de atividade econômica mais predatória. O emprego industrial é o caminho para salvar o ambiente e produzir com tecnologia e ciência empregos de qualidade e sustentabilidade.”
Ex-ministro da Educação, Haddad destacou a importância das universidades e institutos federais públicos para a região. “Sem a produção de ciência não haverá recursos humanos para atrair investimentos à Zona Franca. Temos de combinar um plano de desenvolvimento para a Amazônia. Mas hoje o que existe é a ameaça de liquidar o que sobrou.”
A observação de um repórter, sobre a possibilidade aventada por Bolsonaro de explorar, compartilhar a Amazônia com os EUA, foi classificada por Haddad como “falta de juízo”. “Isso é soberania nacional. Ele se elegeu por quatro anos, não tem liberdade de ficar negociando partes do território brasileiro.”
Para Haddad, o aumento recorde do desmatamento e a liberação de dezenas de agrotóxicos evidenciam uma “concepção antiga de economia” nesse governo. “Emprego gerado com desmatamento, com exploração mineral em área de reserva ambiental, em reserva indígena, isso não se faz mais, é uma visão muito arcaica e nós temos que defender o meio ambiente.”
Barqueata para ouvir o povo 
Uma barqueata seguiu a caravana pelo Rio Negro, até o encontro das águas com o Solimões. O vice-presidente Nacional do PT e coordenador da caravana, Marcio Macedo, relata que durante o trajeto intelectuais, professores, ambientalistas fizeram um debate com Haddad sobre a região e a tentativa do Bolsonaro de incentivar o agronegócio em detrimento da preservação ambiental. “Também sobre os riscos que corre a biodiversidade brasileira com essas políticas. Nosso patrimônio brasileiro precisa ser preservado com políticas públicas eficientes e que hoje estão claramente em risco.”
Haddad ouviu as demandas do povo manauara a respeito da educação, as questões indígenas, os movimentos de mulheres e o desenvolvimento econômico do Amazonas. “Estou aqui pra ouvir vocês e aprender, para saber o que bancada do PT pode fazer no Congresso para defender essa agenda progressista e impedir retrocessos”, declarou.
A cidade de Manaus, por exemplo, possui o maior empreendimento do Minha Casa Minha Vida. Inaugurado em 2014 pela presidenta Dilma Rousseff, o residencial Viver Melhor 2 possui 5.384 unidades habitacionais e beneficia ao menos 21 mil pessoas.
Haddad lembrou, ainda, os investimentos dos governos petistas no Luz para Todos, no transporte das comunidades ribeirinhas, na educação. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) – onde a caravana encerra as atividades desta quinta, com um ato em defesa da educação – teve o número de vagas triplicado durante os governos petistas, com inauguração de novos campi.
“Temos que proteger este patrimônio educacional do nosso estado. No dia da paralisação da educação, no dia 15, mais de 30 mil pessoas saíram às ruas. Aqui no Amazonas as mudanças que houve quando ele era ministro e Lula presidente são inquestionáveis”, afirmou o secretário de comunicação do PT-AM, Moisés Aragão.
Na sexta-feira (24), a comitiva seguirá para o Pará, onde novos atos em prol da educação serão realizados pela manhã na Universidade do Oeste do Pará, em Santarém, e à tarde na Universidade Federal do Pará (UFPA), na capital Belém.
A Caravana Lula Livre com Haddad na Amazônia será encerrada na manhã do sábado (25), com ato na cidade de Concórdia, em defesa da educação e contra a reforma da Previdência.

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