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Material foi divulgado por André Marinho, filho de Paulo Marinho, apoiador e articulador da campanha do atual presidente, e teria sido gravado seis dias antes da morte do ex-ministro
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Ainda na época da campanha, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu que Gustavo Bebbiano, um dos principais articuladores de sua campanha e que foi ministro da Secretaria-Geral, processasse Carlos Bolsonaro, seu filho 02. Bebbiano foi demitido do cargo em fevereiro de 2019 e, na época, atribuiu sua exoneração a Carlos, que é vereador no Rio de Janeiro.
A revelação está em um vídeo divulgado por André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, que apoiou a campanha de Bolsonaro e cuja casa era o QG da campanha. Ele diz que o vídeo, um depoimento de Bebbiano, foi gravado seis dias antes da morte do ex-ministro, ocorrida em março do ano passado, de infarto.
André mostrou o material no programa Flow Podcast levado ao ar no YouTube na última sexta-feira (12). A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, trouxe o conteúdo à tona nesta quinta-feira (18).
No vídeo, Bebbiano, que presidiu o PSL durante a campanha, conta que estava reunido com Bolsonaro e o deputado Julian Lemos, da Paraíba, em uma sala da casa de Marinho. Ele relata que todos estavam irritados com o 02 devido a ataques “infundados, gratuitos” que o vereador tinha feito a uma série de pessoas nas redes sociais. “Inclusive da equipe de comunicação, que trabalhavam muito aqui para que o projeto fosse bem sucedido”, conta o ex-ministro no vídeo. “E o Carlos disparou a metralhadora giratória por conta de ciumeira.”
Segundo o relato de Bebbiano, nesse dia o então candidato à Presidência teria lhe falado: “Ô, Gustavo, processa ele! Processa ele!”. O ex-ministro lhe respondeu: “Capitão, os seus filhos, não”. E conta que ouviu como resposta: “Mas o moleque tem que aprender. Tá na hora de ele aprender”.
Depois de contar a conversa, Bebbiano faz uma reflexão no vídeo. “Talvez tivesse sido um acerto ter seguido a orientação dele, processado o Carlos. Talvez, se ele tivesse tomado um susto, amadurecesse um pouco, porque ele não tem a mínima ideia do mal que ele faz às pessoas”, afirmou.
O vídeo está na entrevista reproduzida abaixo. Ele aparece a partir do minuto 58.
Graduada em Jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo. Trabalhou por mais de 20 anos na Folha de S. Paulo e no Metro Jornal, cobrindo cidades, economia, mobilidade, meio ambiente e po
247 - O governo Jair Bolsonaro e líderes do Congresso Nacional chegaram a um acordo nesta quinta-feira (18) para a liberação de uma nova etapa do auxílio emergencial.
Em reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), ficou acertado que já na próxima semana o Congresso deve aprovar uma proposta unificada que trará medidas de ajuste fiscal.
Pelo acordo, serão fundidas as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e do Pacto Federativo. Os dois textos tramitam no Senado desde o fim de 2019 e preveem, entre outros pontos, o acionamento de gatilhos de ajuste fiscal.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a ideia do governo e da cúpula do Congresso é aprovar a emenda à Constituição até a próxima quinta-feira (25). Após a aprovação da PEC seria editada a MP com as regras para liberação do auxílio.
Carlos Jordy (PSL-RJ), logo após chamar o ministro Alexandre de Moraes de "vagabundo", entrou em uma discussão com Marcelo Macedo e o chamou para uma "luta" para mostrar que é "homem"
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O deputado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ), além de sair em defesa do colega preso, Daniel Silveira (PSL-RJ), chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “vagabundo”, e ainda ameaçou com agressão física o jornalista Marcelo Macedo.
Jordy informou nesta quarta-feira (17), pelo Twitter, que conversou com Silveira, preso após divulgar vídeo com novos ataques a ministros do STF, pedindo para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), interceda em favor do bolsonarista.
“Acabei de falar com o deputado @danielPMERJ e fiquei sabendo q sua prisão foi ordenada pelo vagabundo do @alexandre de Moraes por ele ter feito uma live criticando o Ministro Fachin. Não iremos recuar! Espero q o Presidente @ArthurLira_ haja com postura contra esses ditadores!”, tuitou o parlamentar.
Leia também: Antes de ser preso, Daniel Silveira ameaçou com agressão prefeito de Niterói
O jornalista Marcelo Macedo, da Anistia Internacional, então, ironizou: “Hahahah quem olha assim até pensa que é valente. Pena que Niterói te conhece”.
Jordy reagiu chamando Macedo de “tanga frouxa” e o ameaçando, dizendo para o jornalista encontrá-lo em Niterói, ao que ele seguiu ironizando: “Deputado, você bate no meu joelho. Se dê ao respeito rs”.
Isso foi o suficiente para que Jordy passasse a o desafiar para uma “luta”, chegando até mesmo a colocar a mãe do jornalista na discussão. “E sua mãe bate no meu saco, mas ainda assim a respeito rsrs Vem aqui em Niterói, estou lhe convidando para uma luva, topa?Jura q lhe respeitarei se você me vencer na MÃO. Se você aceitar, aí faremos um evento pra todo mundo saber quem é valente ou quem é macho de internet! Bora?”, disparou o deputado.
Foi exatamente a ameaça e ofensa contra ministros do STF, como fez Jordy na postagem que motivou a discussão com o jornalista, que levou Daniel Silveira a ser preso.
Confira.
Jornalista e repórter es