domingo, 23 de julho de 2017

Moro vs. Lula: esse crime chamado Justiça

Moro vs. Lula: esse crime chamado Justiça

Sábado, 22 de julho de 2017

Moro vs. Lula: esse crime chamado Justiça

Foto: Evaristo Sá/AFP
Concluído em primeira instância o “processo do tríplex”, de fato constata-se que crimes foram cometidos. Os da jurisdição. Sobre os imputados ao réu nada se pode dizer.
Trata-se de lawfare. A aniquilação de um personagem político pela via de mecanismos judiciais. A série de episódios grotescos que caracterizou a jurisdição nesse caso não deixa qualquer dúvida a respeito. Só o fato de o processo entrar para o imaginário social como um combate “Moro vs. Lula” evidencia o caráter teratológico da atuação do magistrado. Moro cometeu crimes, violou deveres funcionais triviais, atingiu direitos e garantias constitucionais do réu, feriu o sigilo de suas comunicações, quis expô-lo e humilhá-lo publicamente, manteve-o detido sem causa por horas, revelou conversas íntimas de seus familiares.
Vejamos, nessa perspectiva, algumas das arbitrariedades cometidas pelo juiz e aspectos da decisão. O reconhecimento da validade dessa sentença pelos Tribunais superiores será a mais contundente evidência de que vivemos um estado de exceção e a Constituição é hoje um inútil pedaço de papel.                
Violação do sigilo telefônico
A Constituição de 1988 estabelece o sigilo das comunicações como direito e garantia fundamental no artigo 5º., inciso XII:  “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. ”
Há duas condições para que se possa violar uma comunicação telefônica: (i) ordem judicial; (ii) para investigação criminal ou instrução criminal penal. A ressalva está regulamentada na Lei 9.296, de 24 de julho de 1996, que, em seu artigo 10, dispõe que “constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei”. A pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão e multa.
Moro havia determinado escutas telefônicas de linhas utilizadas pelo ex-presidente Lula. No dia 16 de março de 2016, às 11h13, suspendeu a medida e comunicou à Polícia Federal. O diálogo entre Lula e Dilma foi captado às 13:32hs, quando já não estava em vigor a medida. Moro recebeu a gravação e às 16:21hs é registrado o despacho em que levantou o sigilo e tornou pública a conversa entre a presidenta e o ex-presidente, em seguida divulgada pela Rede Globo.
A conduta enquadra-se rigorosamente no que prevê como crime a Lei 9.296/96. A gravação já não estava mais coberta pela autorização judicial e não havia objetivo autorizado por lei. O dolo foi específico e completamente impregnado de interesse político. Lula havia sido nomeado ministro e tomaria posse no dia seguinte. A divulgação do áudio, naquele dia, por intermédio da Rede Globo, visou criar clima político para inviabilizar a investidura do ex-presidente. Moro utilizou-se criminosa e indignamente da toga para impor a Lula um revés político, tumultuar o país e criar clima para o impeachment da presidenta.
O ministro Teori Zavaski considerou patente a ilegalidade da divulgação da escuta. Neste caso a ilegalidade era evidentemente crime. O ministro, no entanto, absteve-se da conclusão, não só nesse momento, mas também, como seus pares, quando o assunto foi ao plenário do STF.
Abuso de autoridade
As hipóteses de condução coercitiva são taxativas no Código de Processo Penal. Pode ser determinada em dois casos, previstos nos artigos 218 e 260. Neste, quando o acusado não atender à intimação para o interrogatório. Naquele, quando a testemunha não atender à intimação.
Lula foi arrancado de sua casa ao alvorecer e levado ao aeroporto de Congonhas. O ex-presidente não era naquele momento (4 de março de 2016) réu e não havia sido intimado. Nunca houve uma explicação aceitável para ser conduzido ao aeroporto, dada a existência de múltiplas instalações da União na cidade de São Paulo em que poderia ser tomado o seu depoimento “sem tumulto” (explicação dada por Moro).
Pesa a suspeita de que a ideia era conduzi-lo a Curitiba. Pretendia-se um espetáculo midiático (a imprensa fora avisada) com o perverso conteúdo de uma humilhação pública do ex-presidente. Lula foi privado por seis horas de sua liberdade. Tanto se tratou de violação à garantia constitucional da liberdade individual quanto de abuso de autoridade, como previsto no art. 4º, letra “a”, da Lei 4.898, de 9 de dezembro de 1965: ‘constitui também abuso de autoridade (…) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder. ”
Grampo no escritório dos advogados de Lula
Todos os telefones do escritório de Advocacia Teixeira Martins foram grampeados. Roberto Teixeira, notório advogado de Lula, é o titular do escritório. A operadora Telefônica comunicou a Moro que se tratava de escritório de advocacia. A prerrogativa de sigilo na comunicação advogado – cliente é inerente ao direito de defesa. Moro escusou-se de forma que beirou a zombaria: não havia atentado para os ofícios da operadora em face do volume de serviços de sua Vara, dos inúmeros processos que lá correm. Ocorre que Moro tem designação exclusiva e cuida apenas dos processos da Lava Jato. Desse modo, ou confessou grave negligência ou mentiu. Negligência que nunca se viu quando se tratava de matéria da acusação.
A corrupção passiva
O fato pelo qual Lula foi condenado pode ser assim sintetizado. Segundo a acusação, a OAS, responsável por obras em duas refinarias da Petrobrás, distribuía propinas a diretores da estatal e agentes políticos. Teria cabido a Lula vantagem auferida basicamente por meio da diferença de preço entre um apartamento simples e um tríplex em um edifício situado no Guarujá, diferença que somaria R$ 2.429.921,00. Por isso Lula teria incorrido no crime de corrupção passiva, que consiste, de acordo com o artigo 317 do Código Penal, em “solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”.
A condenação somente se justificaria se demonstrado que Lula tinha o domínio do que ocorria na Petrobrás. Que consentiu, aderiu, participou e que houve prática de ato de ofício recompensado pelo apartamento do Guarujá. Recorde-se que Collor foi absolvido exatamente porque não demonstrada a prática do ato de ofício no crime de corrupção passiva.
Nada foi provado. Não há o mais remoto indício de prática de ato de ofício ou do domínio do que acontecia no âmbito da estatal. Essa fragilidade Moro tentou, em vão, compensar com confissões informais (não houve o acordo formal de delação premiada) dos corréus da OAS, particularmente Leo Pinheiro. Após negar, em uma primeira delação, a participação de Lula no esquema das propinas, Pinheiro mudou seu depoimento quando foi preso por Moro. Viu a oportunidade de conseguir benefícios dizendo para Moro o que todo mundo sabia que Moro queria ouvir. Embora condenado a mais de trinta anos também em outro processo, teve suas penas unificadas para dois anos e seis meses de reclusão.
Lavagem de dinheiro
Está tipificada no artigo 1º. da Lei 9.613/98: “ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal”. O fato de o apartamento constar em nome da OAS, sendo supostamente Lula o “proprietário de fato” – a alegada vantagem pelo ato de ofício jamais praticado – ensejou a condenação por lavagem de dinheiro.
O entendimento de que o próprio autor do crime antecedente pode ser sujeito ativo da lavagem de dinheiro, embora tenha adeptos, é insustentável. É parte da sanha punitivista que nos assola. Destaca-se parte do “iter criminis” para torná-lo outro crime.
Os verbos que são o núcleo do tipo, ocultar ou dissimular, são inerentes ao crime antecedente. Ninguém comete algum crime sem cuidar de não expor o seu produto para que possa obter a vantagem que o moveu. Ninguém furta, por exemplo, um automóvel para desfilar ostensivamente com ele pelas ruas da cidade. A ocultação ou dissimulação é meio para o exaurimento do crime, apropriação final da vantagem. Portanto, punir o próprio autor do crime por meramente ocultar ou dissimular é punir duas vezes pelo mesmo fato, o chamado “bis in idem”.
Mesmo que se admita que o próprio sujeito ativo do crime antecedente possa ser sujeito ativo do crime de lavagem de dinheiro, seria necessária uma segunda conduta para tornar aproveitável o fruto do crime. No julgamento da AP 470, o mensalão, vários ministros se pronunciaram nesse sentido. Pela síntese e clareza tomo uma passagem do ministro Barroso:
“O recebimento por modo clandestino e capaz de ocultar o destinatário da propina, além de esperado, integra a própria materialidade da corrupção passiva, não constituindo, portanto, ação distinta e autônoma da lavagem de dinheiro. Para caracterizar esse crime autônomo seria necessário identificar atos posteriores, destinados a recolocar na economia formal a vantagem indevidamente recebida” [1]
Indeterminação da data dos fatos e prescrição
Moro em nenhum momento estabelece em que data exata teriam se dado os fatos. Isso é indispensável para verificar a consumação e a consumação é o marco inicial da prescrição. Lula tem hoje mais de 70 anos, o que reduz à metade os prazos prescricionais. Como aferir a prescrição?
Tudo isto é típico lawfare. A destruição do inimigo político por meio de um processo aparentemente legal.
Moro não é um juiz solitário e temerário perseguindo um personagem político. O lawfare somente chegou a esse ponto porque ele tem endosso, cobertura e cumplicidade por parte dos Tribunais superiores, inclusive do STF, que, entre outras coisas, se omitiu diante do crime de violação do sigilo da comunicação telefônica (Teori não se deteve sobre o assunto quando o tema foi a plenário, assim como seus pares). Com isso recebeu “licença para matar”.
No TRF-4, o relator da representação contra Moro pela violação do sigilo telefônico socorreu-se de Carl Schmitt, o príncipe dos juristas nazistas, para abrigar o fundamento de que se tratava de uma situação excepcional, negando assim eficácia aos direitos e garantias constitucionais do ex-presidente.
Moro tem a cobertura favorável da grande mídia, que fez dele no imaginário popular o santo guerreiro combatendo o dragão da maldade.
Moro participou, consciente, deliberadamente, do golpe do impeachment. A divulgação do áudio da conversa entre Lula e Dilma ilegalmente, entregue para a Rede Globo no dia imediatamente anterior à posse de Lula como ministro, não podia ter outro objetivo.
Importa, sobretudo, concluir que não estamos mais em uma democracia. O que temos, com os preparativos e a consumação do impeachment, é uma ditadura de novo tipo, que preserva enganosamente as instituições políticas e jurídicas clássicas do Estado liberal e democrático, mas esvazia-as do real conteúdo democrático (o que o jurista e magistrado Rubens Casara vem denominando pós-democracia). Nesta ditadura de novo tipo, o que antes se fazia pela força das armas e pela violência para destruir o adversário político agora se faz pelo lawfare. Nisto, o Judiciário, que nas antigas ditaduras tinha um papel acessório, de coadjuvante, torna-se o protagonista da violência estatal ilegítima. Antes era um soldado ou policial que na calada da noite destruía o cidadão. Agora é uma sentença à luz do dia.
Márcio Sotelo Felippe é pós-graduado em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo. Procurador do Estado, exerceu o cargo de Procurador-Geral do Estado de 1995 a 2000. Membro da Comissão da Verdade da OAB Federal.

Condenação de Lula é 'golpe judicial e político', diz Nobel da Paz argentino

Condenação de Lula é 'golpe judicial e político', diz Nobel da Paz argentino


Para Adolfo Pérez Esquivel, juiz Sergio Moro 'vem insistindo em Lula para tirá-lo da carreira presidencial': 'Já não precisam de exércitos, apenas de cumplicidade de câmaras parlamentares e do Poder Judicial', afirma
O Nobel da Paz argentino Adolfo Pérez Esquivel disse em entrevista à Sputnik Mundo publicada nesta quinta-feira (13/07) que a condenação do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é um "golpe judicial e político" e que o juiz responsável pela sentença, Sergio Moro, "vem insistindo em Lula para tirá-lo da carreira presidencial".
"Conheço Lula muito antes de ele ser líder do PT [Partido dos Trabalhadores], quando era dirigente sindical, sempre manteve uma ética impecável", destacou.
Em 12 de julho, a Justiça brasileira sentenciou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi determinada pelo juiz Sergio Moro.
Para o Nobel argentino, o Brasil é um exemplo da corrente que não quer ver governos progressistas no poder da região. Citou como exemplo o golpe contra Manuel Zelaya, em 2009 em Honduras, o golpe contra Fernando Lugo no Paraguai, três anos depois, e a destituição de Dilma Rousseff da presidência do Brasil em 2016.
Agência Brasil

Esquivel foi preso duas vezes pela ditadura militar brasileira, que durou de 1964 a 1985

Imagem do Brasil no exterior se deteriora rapidamente, diz fundação alemã ligada a partido de Merkel

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"O próprio presidente, Michel Temer, de fato, teve que reconhecer que se tratou de uma ação de vingança contra Dilma, contra a qual não conseguiram comprovar nenhum ato de corrupção. Já não precisam de exércitos, mas apenas de cumplicidade de câmaras parlamentares e do Poder Judicial", disse à Sputnik Mundo.
Esquivel alertou a existência de uma "fratura" dos movimentos sociais e disse que "devem ser superadas estas divisões para igualar os objetivos". Explicou que em seu país, Argentina, a fratura social é "enorme" e isso faz com que haja "avassalamentos" em todos os campos sociais.
"As democracias já não respondem à vontade dos povos. É preciso buscar uma democracia participativa com controle dos cidadãos. Todos que almejam uma democracia participativa, não podem se distanciar da situação que o Brasil está experimentando", concluiu.

NÃO AO EXTERMÍNIO DAS ABELHAS

   QUANDO OS BANDIDOS CAPITALISTAS VORAZES  QUE SO PENSAM  NO LUCRO, VAO COMPREENDER QUE DEPOIS DAS ABELHAS SOMOS NOS QUE MORREREMOS POUCO A POUCO NO SOFRIMENTO  COM CÂNCERES E OUTRAS DOENçAS "NUNCA ANTES "NAVEGADAS".../
   Não vai adiantar polinizar  as plantas com pinceis se usam agrotoxicos  - e cada vez mais - nas plantas que dão os frutos e legumes que nos comemos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Seréa que esses faraos de lobbys agricolas não sabem que eles morrerão também!!!!!!!!E se ja estão velhos, seus filhos e netos morrerão antes da hora! Ou se transformam em robôs e mastigam parafusos,-  mas ao faltar mão de obra para mantê-los "alimentados" serão levados a Marte para repousarem em céu aberto!!!!!! -  (Acho que a ambição desmedida  emburrece!)
   A associação POLLINIS vem lutando frente ao governo francês, e exigindo dele uma posição coerente na comunidade europeia - dos  quais  ela é totalmente independente -  para, diz ela: "não comer na mão de ninguém", mas sublinha, a luta é dificil. pois é, parece que o cifrão embrutece mesmo. E acrescenta - além das informações recentes que vêm nessa mensagem - continuaremos a Luta!
 Temos que salvar as abelhas.
E eu acrescentaria : primeiro passo imprescindivel para que nos nos salvemos! Não a alma, o corpo. (mas essa atitude ja ajuda a alma, para os que a têm!)

comentario : Roselis Batistar, 23/07/2017
obs: enviado sem todos os acentos

---------- Forwarded message ----------
From: POLLINIS <info@pollinis.org>
Date: 2017-07-20 11:35 GMT+02:00
Subject: Abeilles&Pesticides : dernières nouvelles du front !
To: RALLE <roselis.batistar@gmail.com>


une car email
Chère amie, cher ami,
La bataille fait rage sur l’interdiction des pesticides tueurs d’abeilles, et contrairement à ce qu’on aurait pu penser avec le vote des parlementaires français l’année dernière…rien n’est encore gagné !
Il se pourrait que la Commission européenne, pressée par les lobbies, sabote l’interdiction en France. Tout vous est expliqué plus en détails ici >>> Interdiction des néonicotinoïdes en France : attention danger !
Ici chez POLLINIS, toute l’équipe est sur le pont pour sauver l’interdiction que nous avons obtenue de haute lutte !
Mais pas seulement : on le sait, convaincre les décideurs politiques de prendre des mesures fortes pour sauver les abeilles et la nature, avec de l’autre côté les lobbies qui utilisent tous les moyens à leur disposition pour pousser dans l’autre sens, cela peut prendre encore des mois, voire des années.
Ce sont des années que les abeilles n’ont pas : chaque mois, de nouveaux rapports alarmants font état de la disparition incontrôlée des abeilles et des pollinisateurs sauvages.
Il faut les mettre à l’abri, sans attendre !
C’est ce à quoi travaille également notre équipe : je vous invite à en découvrir plus
Nous allons continuer tout ce travail de sauvetage des pollinisateurs tant que les pouvoirs publics ne sont pas décidés à arrêter le massacre !
POLLINIS est une association entièrement indépendante, qui refuse toute subvention publique ou de grosses entreprises. C’est cette indépendance financière qui nous permet de nous lever vent debout contre chaque nouvelle attaque de l’agrochimie sur les abeilles, et de dénoncer lorsque c’est le cas les connivences insupportables entre l’industrie et les institutions politiques ou sanitaires censées nous protéger.
Imaginez comme nous leur devrions leur manger dans la main, si nous devions attendre de leur part des subventions pour survivre et faire notre travail !...
POLLINIS ne se finance que grâce aux dons de ses membres, investis à 100 % dans la bataille pour la préservation des abeilles et des pollinisateurs.
C’est grâce à eux, et à leur engagement sans faille à nos côtés, que nous pouvons déjouer dans l’œuf chaque nouvelle attaque de l’agrochimie sur les pollinisateurs et la nature, mener le contre-lobbying auprès des parlementaires et des institutions européennes pour barrer la route aux puissants lobbies de l’industrie, et soutenir et encourager des projets qui permettent la sauvegarde immédiate des pollinisateurs, et proposent des solutions pérennes pour leur préservation.
Pour soutenir, vous aussi, notre travail pour défendre et préserver les abeilles et pollinisateurs, il vous suffit de remplir le formulaire de don sécurisé que vous trouverez en page 3 de notre bulletin d’information.
Un grand merci par avance pour votre soutien, et bonne lecture !
Bien cordialement,
Nicolas Laarman
Délégué général
 
POLLINIS Association Loi 1901
10, rue Saint Marc 75002 Paris www.pollinis.org

O MINISTRO COCHILA E O PATO ACORDA

O ministro cochila e o pato acorda

FERNANDO BRITO


O romance perdura enquanto o dinheiro dura. Quando o dinheiro some, o amor sai pela janela. O que não falta na cultura popular é frase para explicar a revolta dos empresários com o aumento do PIS/Cofins. O cidadão comum não se conformou de pagar R$ 18 a mais para encher o tanque, e a Fiesp ficou tão irada que inflou o pato amarelo, famoso na campanha contra Dilma Rousseff.

O cochilo do ministro Henrique Meirelles na reunião do Mercosul pode virar outro símbolo, o do descuido com a imagem de um governo que precisa rever seus conceitos antes de 2 de agosto, quando a Câmara decide se Temer fica ou vira réu no STF. O presidente também começou o dia ‘cochilando’, ao dizer que o brasileiro compreenderia o aumento de imposto. A tarde, acordou com o barulho de empresas e das redes sociais, e quem teve de “entender a reação da Fiesp” foi ele: chamou o protesto de “mais do que razoável”.

A campanha “Não vou pagar o pato” fez a festa dos portais na internet, com anúncios pipocando nas telas: “O que é isso, ministro? Mais imposto?” Em carta pública, Paulo Skaf se disse indignado: “Aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho. Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício”, defendeu.

O ministro da Fazenda se agarra ao limite de déficit de R$ 139 bi para reforçar o compromisso com a meta fiscal e manter o apoio do mercado. A previsão de perda de receita no ano é de R$ 34,5 bi. Mas poucos concordam com o plano escolhido na semana que, segundo Miriam Leitão, teve “cenas explícitas do colapso fiscal”.
Para José Velloso, da Abimaq, o ajuste fiscal “fracassou por culpa da própria equipe econômica, que insistiu no corte de gastos em meio à maior recessão da história do país”. A federação dos postos de revenda (Fecombustíveis) classificou como “lamentável” e alertou para mais queda nas vendas.
Meirelles culpou as mudanças feitas pela Câmara no Refis, que “levaram muitas empresas a adiar ou não se inscrever no programa de adesão”, mas descartou novos aumentos.

Admitiu impacto na inflação, mas disse que o momento para o aumento é agora, com a inflação abaixo do centro da meta. E a pérola do dia: disse que o aumento de imposto consolida o crescimento porque mantém confiança no ajuste fiscal. Seria melhor continuar cochilando.


A CASTA

A CASTA
Fernando Brito
Hoje, nas páginas de opinião de O Globo,  o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo,  diretor-geral da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeir – ou seja, formador das mentes dos juízes – diz que vão longe os tempos em que “juiz só julga, fala apenas nos autos e jamais emite opinião”. E defende um juiz “proativo” – isto é, que toma iniciativas – e que ” não pode ficar alheio aos movimentos da sociedade em prol de mudanças”.

Diz que é imaginação que o Judiciário seja “uma casta privilegiada” que vive “como verdadeiros deuses”  e usufrui as benesses de uma “caixa-preta” e, portanto, homens e mulheres que partilham a vida comum da sociedade, estão sintonizados com um suposto “anseio coletivo”.

O Doutor que me perdoe – embora perdoar, antes bonito, seja hoje “um pecado” – mas, embora possa haver juízes e juízas com alta sensibilidade social e espírito igualitário, os senhoras e o Ministério Público são, sim, uma casta de privilegiados, que vivem como verdadeiros deuses e usufruem de um “caixa-preta” cujo conhecimento que um dia os levará a graus de popularidade semelhantes aos de Maria Antonieta. (Antes que o senhor tenha a reação de seu colega Sérgio Moro com a citação a Savonarola, esclareço que é uma metáfora).

Por que?

Instigado pelo comentário de Maria Cristina Fernandes, do Valor, feito ontem na CBN (coloco no próximo post ), fui atrás da tese de doutorado da jurista Luciana Zaffalon. Disponível aqui, encontrei um longo e meticuloso trabalho sobre os perfis carcerários e da administração da Justiça, que desemboca nas  relações entre o sistema judicial e os governos tucanos, uma completa simbiose.

Lá, há este gráfico dos vencimentos médios do Ministério Público – por falta de transparência, não há o mesmo detalhamento em relação aos juízes, mas certamente se assemelha – que é estarrecedor.

97% dos membros do MP paulista  ganham mais que o teto constitucional ( constitucional, Doutor, vem de Constituição, aquela “leizinha”). Para evitar dúvidas, transcrevo, lotralmente, o texto da pesquisadora:

Verificamos que 1.860 das 1.920 matrículas que constituíram o universo da análise registraram rendimentos mensais médios acima do teto constitucional em vigor no ano de 2015, de R$ 33.763,00135.  Apenas 60 registros dos 1.920 não superaram esse valor (3,1%). O rendimento médio mensal dos membros da carreira do Ministério Público em 2015 foi de R$ 46.036,30, sem contabilizar 13º salário e férias.

Frise-se, sem contabilizar  13º salário e férias. E, mesmo sem poder detalhar os dados, o trabalho mostra que, pelos dados do Conselho Nacional de Justiça apontavam valor semelhante em relação aos juízes paulistas,  em relatório que indica o valor de R$ 45.906,00 o custo médio por magistrado, em 2015.

Luciana Zaffalon faz uma comparação para que se possa comparar quem ganha mais do que o teto constitucional: 0,08% da população do Brasil e 0,10% no Estado de São Paulo, segundo dados da Pesquisa Nacional por Análise Domiciliar (Pnad).

Se isso não é uma casta, joguem-se fora todos os livros de sociologia e antropologia, porque nada mais será.

E, embora não se possa dizer que todos os indivíduos são iguais, é evidente que isso os põe a observar o povo brasileiro sob sua ótica de casta.

As castas, há 200 anos escreveu Victor Hugo – leitura que hoje deve provocar urticária nos juízes brasileiros – “têm as suas idéias, que são os seus dentes”.

Por favor, Doutor, retome o que ouviu de um velho magistrado e peça aos seus alunos que “”juiz só julga, fala apenas nos autos e jamais emite opinião”.

Boca fechada não mostra os dentes.


Militantes e amigos se despedem de Marco Aurélio Garcia durante velório em São Paulo

Militantes e amigos se despedem de Marco Aurélio Garcia durante velório em São Paulo


Velório do ex-assessor especial da Presidência ocorre na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e reúne políticos e amigos, em homenagem a Marco Aurélio Garcia
O velório do ex-assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia começou na manhã desta sexta-feira (21/07) e deve seguir até sábado (22/07) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Garcia morreu nesta quinta (20/07), aos 76 anos, vítima de infarto.
O ex-presidente Lula compareceu ao velório no início da tarde. Emocionado, o ex-presidente disse que Garcia era uma “figura especial e de competência extraordinária”. “Ele era mais do que chanceler, me representava junto a partidos de esquerda pelo mundo e todos os governantes gostavam dele, pelo seu jeito de ser. As pessoas sabiam que ele falava em meu nome e do PT”, afirmou.
Dilma Rousseff, de quem ele também foi assessor, disse que Marco Aurélio vai fazer falta. "Além de companheiro, ele era excepcional como pessoa. Do Uruguai à Venezuela, tudo era pátria dele. Ele sabia retratar as situações com poucas palavras, tinha imensa capacidade de querer um Brasil com direitos, e queria um mundo assim", disse.
Para o ex-ministro da defesa e das relações exteriores Celso Amorim, “como assessor do presidente Lula e da presidenta Dilma, ele foi de fundamental importância porque tinha uma grande acuidade política, era um grande analista, e estar com o Marco Aurélio, ter a parceria do Marco Aurélio na condução dessa política que chamei de altiva e ativa, foi um privilégio pessoal do qual sempre me lembrarei”.
O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad também esteve no velório.  “Uma pessoa ilustrada, com conhecimento geral e, sobretudo, da América Latina como nunca vi, uma pessoa que sempre esteve disponível para os trabalhadores, qualquer projeto, era pau para toda obra, de uma delicadeza, uma educação com todo mundo, de uma ironia fina. Em momentos difíceis ele sempre tinha uma palavra de conforto para os amigos, não tem como não reconhecer a perda que nós temos hoje. É uma perda grande, vai deixar muita saudade, uma figura extraordinária. Das pessoas mais incríveis que conheci na vida”, afirmou.

Meirelles cochila durante discurso de Temer na Argentina; assista

Ele voltou! Fiesp exibe pato amarelo após aumento de impostos

Das peladas à busca do Brasil soberano, o destemido Marco Aurélio Garcia

 
Paulo Pinto/Agência PT

Corpo de Marco Aurélio Garcia foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo
O corpo de Garcia será cremado neste sábado no Crematório da Vila Alpina, zona leste de São Paulo. Não haverá cerimônia.
Quem foi
MAG, como era conhecido, foi artífice da construção da política externa brasileira durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tendo sido um dos idealizadores das relações Sul-Sul e dos Brics. Ele era filiado ao PT e professor aposentado da Unicamp.
O ex-assessor nasceu em Porto Alegre e atuou no movimento estudantil de esquerda nos anos 60. Em 1979, voltou do exílio na França e ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores.
Foi secretário de Cultura nos municípios de Campinas (1989-1990) e São Paulo (2001-2002), e vice-presidente do PT entre 2005 e 2010. Nas eleições de 1994, 1998 e 2006 coordenou o Programa de Governo do presidente Lula, e também o de Dilma Rousseff, em 2010.
Em 1990, como secretário de Relações Internacionais do PT, foi um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, que reúne a esquerda da América Latina e Caribe. Formou-se Filosofia e Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e foi pós-graduado na Escola de Altos Estudos e Ciências Sociais de Paris. Além da Unicamp, também foi professor na Universidade do Chile, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, e nas Universidades Paris VIII e Paris X, na França.

Países da Alba rechaçam, em comunicado, ameaça de sanções dos EUA contra Venezuela


Países da Alba rechaçam, em comunicado, ameaça de sanções dos EUA contra Venezuela


“O anúncio de impor sanções econômicas contra o povo venezuelano constitui uma clara violação do direito internacional e uma inaceitável aplicação intervencionista das leis estadunidenses", diz texto
Em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (22/07), os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Países da Nossa América) – grupo composto por Venezuela, Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominca, Equador, Granada, Nicarágua, São Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Suriname –  rechaçou a ameaça feita pelo governo de Donald Trump de impor sanções à Venezuela caso a votação para a Assembleia Constituinte, prevista para o próximo dia 30, ocorra.
“O anúncio de impor sanções econômicas contra o povo venezuelano constitui uma clara violação do direito internacional e uma inaceitável aplicação intervencionista das leis estadunidenses, que em nada contribui à resolução da situação que atravessa o país e que, além disso, impediriam seu desenvolvimento”, afirma a nota.
“Os países da Alba-TCP rechaçam àqueles países que não só ignoram o ordenamento jurídico venezuelano e o governo constitucional e legítimo do presidente Nicolás Maduro Moros, mas que também põem em risco o status da América Latina e do Caribe como zona de paz alcançada no encontro da Celac no ano de 2014”, prossegue.
Na terça-feira (18/05), Caracas anunciou o início de um processo de revisão "profunda" das suas relações com os Estados Unidos, depois de a Casa Branca ameaçar o país com "fortes e rápidas" sanções.
"Aviso, desde já, por instrução do presidente da República, que nós faremos uma revisão profunda com o governo dos EUA, porque nós não aceitamos humilhações de ninguém", disse o ministro de Relações Exteriores, Samuel Moncada, em uma declaração pela televisão.
Wikimedia Commons

Membros da Alba, em foto de 2017: rechaço às ameaças dos EUA contra Venezuela

Rússia nega que míssil que abateu voo MH17 tenha sido lançado de áreas separatistas da Ucrânia

Encontro com Kabengele Munanga aborda trajetória do antropólogo congolês; assista

Ataque saudita a hospital no Iêmen foi 'injustificado', diz MSF em relatório sobre bombardeios

 
"Ao nosso povo, aos nossos chefes militares, nacionalistas, revolucionários, e patriotas, aos nossos embaixadores no mundo todo, a todos os meios de comunicação, aos nossos amigos no mundo, este é um momento de definição", afirmou Moncada.
Dias antes do anúncio dos EUA, Maduro já havia dito que a Venezuela "é um país livre e soberano e não se deixa ameaçar nem intimidar por nenhum império deste mundo".
Relações entre os países
As relações diplomáticas entre a Venezuela e os Estados Unidos se mantêm em ponto morto desde o final de 2008, quando o então presidente Hugo Chávez expulsou o embaixador norte-americano Patrick Duddy. Ele foi acusado de supostamente estar envolvido em planos para matar o mandatário.
Desde então, e apesar de tentativas de ambos os governos para retomar seus laços diplomáticos, a relação de ambos países se mantém em níveis mínimos.
A oposição venezuelana anunciou nesta segunda que buscará um “governo de transição” e convocou uma greve geral para quinta (20/07) para tentar elevar a pressão contra a Constituinte promovida pelo Executivo.
A Venezuela é palco há mais de três meses de uma onda de protestos, principalmente contra o governo, que deixou, até o momento, mais de 90 mortos.