sexta-feira, 19 de maio de 2017

Frente Brasil Popular apresenta proposta para sair da crise política e econômica

PLANO DE EMERGÊNCIA

Frente Brasil Popular apresenta proposta para sair da crise política e econômica

Organizações colocam a necessidade de se implementar, imediatamente, o Plano Popular de Emergência

Brasil de Fato | São Paulo (SP)
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Movimentos avaliam que é urgente e necessário a implementação de um novo projeto popular para o Brasil. / Reprodução
As organizações sociais ligadas à Frente Brasil Popular lançaram, nesta sexta-feira (19), a proposta de um plano emergencial para que o Brasil possa sair da crise política e econômica em que está mergulhado desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Chamado de Plano Popular de Emergência, a ideia é debater e apresentar uma saída factível à sociedade brasileira para o restabelecimento da ordem democrática no país e buscar soluções concretas que ajudem o Brasil a sair da crise econômica e ampliar os direitos sociais e trabalhistas.
O objetivo, segundo as organizações que compõem a Frente, é o restabelecimento da “ordem constitucional democrática, defender a soberania nacional, enfrentar a crise econômica, reverter o desmonte do Estado e salvar as conquistas históricas do povo trabalhador”, diz parte do texto.
Para a Frente Brasil Popular, o primeiro passo para que o programa se realize é a saída do presidente golpista, Michel Temer (PMDB) e a antecipação das eleições presidenciais para 2017, para que a própria população possa escolher seu representante no Poder Executivo.
As organizações também ressaltam a necessidade de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para refundar o Estado de direito e estabelecer reformas estruturais que garantam uma maior participação popular no sistema político brasileiro.
“Trata-se de implementar um projeto nacional de desenvolvimento que vise a fortalecer a economia nacional, o desenvolvimento autônomo e soberano, enfrentar a desigualdade de renda, de fortuna e de patrimônio como veios fundamentais para a reconstrução da economia brasileira, para a recomposição do mercado interno de massas, da indústria nacional, da saúde financeira do Estado e da soberania nacional, um modelo social baseado no bem-estar e na democracia”, destaca outra parte do texto.
O documento também aponta a necessidade da implementação imediata desse plano de emergência que, entre outros pontos também coloca a urgente necessidade de se reformar o sistema tributário, retomada de políticas ligadas à reforma agrária, a garantia e o aperfeiçoamento do direito à saúde, educação, cultura e moradia e a retomada de uma política externa baseada na soberania nacional.
Clique aqui para conferir o Plano Popular de emergência na íntegra.
Edição: Vanessa Martina Silva

Provas mostram que Lava Jato de Curitiba nunca deixou investigar Temer e Aécio

Provas mostram que Lava Jato de Curitiba nunca deixou investigar Temer e Aécio

Os procuradores da Lava Jato correram para as redes sociais para comentar as revelações do envolvimento os políticos

Para Gilberto Bercovici, advogado e professor titular da Faculdade de Direito da USP, a declaração dos procuradores é uma falácia. / Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, a investigação legitima o seu trabalho e é uma demonstração de que não são seletivos. “Enquanto diziam que éramos contra um partido ou outro, a Procuradoria da República se manteve firme na sua tarefa de revelar a corrupção político-partidária sistêmica”, escreveu Lima em sua página no Facebook.
Para Gilberto Bercovici, advogado e professor titular da Faculdade de Direito da USP, a declaração dos procuradores é uma falácia. “Eles nunca deixaram investigar o Aécio. O Eduardo Cunha fez as perguntas para Michel Temer e Moro [juiz responsável pela Lava Jato em primeira instância] recusou as perguntas. Moro vive se encontrando com Aécio e Temer nesses eventos do Dória [João Dória, prefeito de São Paulo pelo PSDB]. O cara da mala do Temer está com Dória em Nova York. Está tudo relacionado”, afirmou.
“É claro que é seletivo”, reforça o jurista. “E não foi surpresa que não foram eles que revelaram”, disse Bercovici, afirmando que “agora os procuradores estão querendo faturar em cima”, assim como a grande mídia, que buscam legitimar a Lava Jato. “Até porque se houver alguma arbitrariedade vão dizer que é uma operação contra todo mundo”, destacou.
Para o professor da USP, diferentemente de outras delações, as revelações trouxeram provas que sustentam a denúncia. Ele citou as investigações que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que há mais de dois anos “enfrenta uma verdadeira devassa”.
“Os jornais todos os dias divulgam uma coisa nova. Lula roubou o carrinho de pipoca, Lula matou a velhinha, mas até agora não acharam nenhum elemento comprobatório que diga que ele tem envolvimento ou recebido dinheiro de algum ato de corrupção. Já contra Aécio, na primeira operação surge uma prova de que ele pediu dinheiro”, destaca Bercovici.
Provas contra Temer
Sobre as provas apresentadas contra Michel Temer, flagrado em gravação em que teria endossado a compra do silêncio de seu principal aliado no golpe, o deputado cassado e preso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Bercovici afirma que, indiscutivelmente, é uma prova válida.
“A gravação é valida, pois foi feita numa investigação da Polícia Federal, com autorização judicial. Não foi como a feita pelo Moro, que não tinha autorização do Supremo de investigar a presidenta da República”, explicou.
Segundo ele, a conduta de Temer seria, no mínimo, de prevaricação, porque ele estava sabendo de uma atitude criminosa e não fez nada para impedir, pelo contrário, incentivou. “Mas o mais importante não é a tipificação do crime, mas o escândalo em que temos o presidente da República envolvido num esquema de corrupção que foi gravado. Ele foi pego em flagrante”, enfatiza.
Gravação de Jucá
Questionado sobre a gravação divulgada nesta quarta e o que foi divulgado no ano passado, em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) demonstrava a articulação para derrubar o governo da presidenta Dilma Rousseff e colocar Temer no poder, Bercovici afirmou: “O que a gravação do Jucá ficou a dever foi a entrega [o pagamento], o que na gravação de agora ficou evidente”.
Joesley Batista, que é dono da JBS, a maior produtora de carnes do mundo, gravou a conversa com Temer na qual o empresário contou que estava pagando mesadas a Cunha e Funaro para que eles não o delatassem, segundo O Globo. Nessa hora, o presidente aprovou os pagamentos, e disse: “Tem que manter isso, viu?”. A reunião, segundo Joesley, aconteceu no dia 7 de março deste ano.
Mídia
O jurista também falou sobre o comportamento da grande mídia. Ele afirma que a Rede Globo, uma das principais apoiadoras do golpe, “foi obrigada a divulgar, mas outros veículos ainda tentam abafar defendendo uma tese de acordo nacional, de que os fatos ainda precisam ser investigados”.
Sobre a afirmação de que é preciso manter o governo como forma de garantir a estabilidade política e preservar as instituições, Bercovici indaga: “Que estabilidade? Eles destruíram a estabilidade do país no ano passado. O regime político que temos hoje é uma farsa com um governo ilegítimo”, disse ele, destacando que o governo perdeu a sua sustentação.
Para o professor da USP, Temer não vai renunciar. “Só vai renunciar de tiver manifestação popular na porta do Palácio”, disse. E completa: “Acredito que Temer não vai renunciar porque pode ser preso. Ele não é uma pessoa que está ligando para o país. Liga para o bolso dele, como está provado na gravação. O gesto mais correto seria renunciar, pois resolveria a crise mais rápido”.
O jurista acredita que a saída que Temer vai trilhar é a do Tribunal do Superior Tribunal Eleitoral (TSE). “O que pode acontecer no TSE é que na tese de dividir chapa, uma manobra de quinta, para cassar e tentar se ver livre dele. Seria um caminho para tentar botar ele para fora o mais rápido e ainda culpar a Dilma, como sempre”.
Edição: Portal Vermelho

Movimentos sociais convocam manifestações por diretas já a partir desta quinta

18/05/2017 15:27 - Copyleft

Movimentos sociais convocam manifestações por diretas já a partir desta quinta

Manifestações programadas para esta quinta em várias capitais, e para domingo em São Paulo, esquentam "Ocupa Brasília" marcado para a próxima quarta (24)


Redação RBA
LUCAS DUARTE/RBA
São Paulo – Primeiro a Globo inflou manifestações para acabar com governo Dilma. Protegeu Eduardo Cunha, protegeu Aécio Neves, protegeu Michel Temer e protegeu o juiz de Curitiba que disse que as perguntas que Cunha endereçou a Michel Temer não vinham ao caso. O poder econômico representado pela Globo está tentando entregar os anéis para não perder os dedos. Convocou seus colunistas para defender a eleição indireta – chamada de “constitucional” –, para o caso do afastamento de Temer.
 
A Globo é parte determinante do golpe. O comentarista de política do telejornal noturno da emissora disse que a situação em Brasília mudou, “e para pior”. Para quem?
 
Não há outra saída para a reconstrução da democracia e dos direitos do povo brasileiro que não sejam eleições diretas já.
 
“O governo acabou. O Congresso precisa parar o que está fazendo e cumprir a sua primeira missão, que é a de cassar o mandato de Michel Temer e, em seguida, o Brasil precisa de eleições diretas”, afirmou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), ao defendeu o protocolo de pedido de impeachment de Temer na Câmara. "O mais estarrecedor do áudio é a sugestão do presidente do PSDB para matar o recebedor da propina antes que haja uma delação", postou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
 
Em nota, o Psol manifestou apoio ao pedido de impeachment, ao levantamento do sigilo do processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu a interrupção "imediata" do trâmite das reformas. "O momento exige o afastamento imediato do presidente Temer", reforçou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
 
A realização de eleições diretas, como meio de reconstituir a ordem democrática e tirar o país da paralisia, há tempos vem sendo a bandeira das organizações populares. As frentes Brasil Popular e Povo sem Medo estão convocando manifestações em todo o país a partir desta quinta-feira (18), em várias capitais, e para domingo (21), em São Paulo. Na próxima semana, "ocupação" de Brasília convocada por centrais e movimentos sociais contra reformas trabalhista e da Previdência ganham força.
 
#ForaTemer #DiretasJá
18 – Quinta-feira
15h – João Pessoa – Lyceu Paraibano

16h – Uberlândia – Praça Do Fórum
https://www.facebook.com/events/1150667141745145/





16h —Aracaju – Praça Camerino
https://www.facebook.com/events/1733520940274548/
17h – Rio de Janeiro –Candelária
https://www.facebook.com/events/1884290895165073
17h – Belo Horizonte – Praça Sete de Setembro
https://www.facebook.com/events/1215265338596126
17h – Florianópolis – Ticen Centro Florianópolis
https://www.facebook.com/events/210807596098910
17h – Brasília – Rodoviária do Plano Piloto
https://www.facebook.com/events/304198336689215
18h – Vitória – Em frente a Ufes

18h – Porto Alegre – Esquina Democrática
https://www.facebook.com/events/1320630614711455
18h30 – Curitiba – Praça da Mulher Nua
https://www.facebook.com/events/2034164110148561
16h – Goiás – Praça dos Bandeirantes

21 – Domingo
15h – São Paulo – Masp
https://www.facebook.com/events/676196092590168/


Créditos da foto: LUCAS DUARTE/RBA

Temer escorrega num mensalão para calar Eduardo Cunha

18/05/2017 15:00 - Copyleft

Temer escorrega num mensalão para calar Eduardo Cunha

Mais além das interpretações constitucionais, congresso tem que devolver imediatamente ao povo a decisão de eleger um novo presidente e um novo parlamento


Luiz Alberto Gomez de Souza
Antonio Cruz / Agência Brasil
Festejemos Alessandro Molon, que não perdeu tempo na hora da crise terminal desta fase republicana. Rapidamente, em minutos, saiu na frente, com um pedido de impeachment, como deputado totalmente ficha limpa e independente (sua presença na Rede pouco indica, com posições bem diferentes da gerente Marina Silva). Não são muitos os que podem falar como ele, num congresso em significativa parte de rabo preso. Participo com ele de um grupo de cristãos que, duas vezes ao ano, tentam pensar os grandes horizontes que temos por diante. Conheço assim sua capacidade analítica e seu dom de deixar claros problemas complexos.
 
Só há uma saída honrosa para o país: ELEIÇÕES DIRETAS JÁ. Mais além das interpretações constitucionais, este congresso tem que devolver imediatamente ao povo a decisão de eleger um novo presidente e um novo parlamento. Mas para valer a empreitada, será indispensável melhorar substancialmente a qualidade do voto, para não trazer de volta uma trupe que em boa parte deveria estar na cadeia.
 
Não se trata de refundar este ou aquele partido, mas de refundar a democracia. É hora de criar uma Frente Ampla Popular, Nacional e Democrática, reunindo políticos de vários partidos mas, acima de tudo, membros da sociedade civil que renovem a vida pública. E aí os setores populares, o povão das periferias e do interior, teriam de jogar um grande papel. Mais importante do que apenas eleger um novo presidente, será ter um parlamento capaz de abrir um novo capítulo republicano. Para isso deveriam entrar ali verdadeiros ficha limpa. Não se trata de ficar numa posição meramente moralista, que a direita apregoa ainda que não cumpra, mas de escolher um bom número de representantes com um sentido de cidadania e de justiça social.
 
Nessa direção, listas eleitorais fechadas nada mais farão do que privilegiar as máquinas burocráticas partidárias, ou dar um guarda-chuva para os que têm de fugir da justiça. E uma democracia participativa teria que vigiar e pressionar a democracia representativa dos eleitos. Seria importante chegar à possibilidade de estes serem afastados, se necessário, pelos eleitores de suas circunscrições.
 
Há também que acabar com o financiamento eleitoral pelas grandes empresas, fonte habitual de gigantesca corrupção, que a Lava Jato está desocultando. Nas últimas eleições nos Estados Unidos, Bernie Sanders, pré-candidato democrata, na verdade socialista da União pela Liberdade, só aceitava pequenas contribuições individuais. Reuniu, em pouco tempo, setenta e três milhões de dólares de mais de um milhão de eleitores, com uma média de US$27,16 por pessoa.
 
Tarefa enorme no Brasil, num caldo político apodrecido. Não poderemos cair no risco de um certo voluntarismo ingênuo, não medindo bem as dificuldades e os prazos necessários para transformações sociais e políticas, sempre com uma certa inércia, lentidão e necessidade de amadurecimento? Mas é preciso sonhar e arriscar: há esquinas inesperadas na história na espera de gestos audazes. Meu herói Quixote deu uma lição de política a seu escudeiro, preparando-o para ser governador da ilha de Baratária. Entre outras coisas disse:"Lo que te sé decir, Sancho, ... cada cual es artífice de su ventura". É preciso saber aventurar-se, ainda que, no nosso caso, estamos diante de prazos tremendamente exíguos e de uma consciência cidadã ainda com fragilidades expostas.
 
Haverá, pois, tempo para uma reforma política de envergadura? Temos pela frente um círculo vicioso: este congresso não parece ter vocação para um hara-kiri. Além disso, problema grave, de onde sairão novos quadros políticos? Atenção, eles podem estar espalhados pela sociedade, esperando um fator aglutinador. Na Espanha, numa grande crise de 2011, setores do 17M (17 de maio) em Madri e dos Indignados em Barcelona, críticos até então de todo o sistema político, resolveram constituir um partido, Podemos, que em três meses elegeu deputados ao parlamento europeu e, logo adiante, as alcaldessas de Madri e de Barcelona, mulheres independentes que vinham da sociedade civil e uma de trabalho em ONGs. Atualmente oscila entre a terceira ou a segunda força eleitoral, atropelando o histórico Partido Socialista. Na França, Jean Luc Mélanchon, dos Insoumis (Insubmissos), chegou no primeiro turno eleitoral em quarto lugar, com quasae 20% de votos. No Uruguai, uma Frente Ampla, reunindo várias agrupações, superou, anos atrás, a alternância blancos-colorados, elegeu presidente Tabaré Vasquez, que fora antes prefeito de Montevideu, depois o extraordinário Pepe Mujica e agora, novamente Tabaré. No Equador, em votação apertada, Rafael Correa levou à vitória seu vice-presidente, o cadeirante Lenin Moreno. São avanços, alguns pequenos, ao lado de derrotas como na Argentina ou no Peru, mas enfrentando uma direita neoliberal e a ameaça de uma extrema direita facistoide. Aqui tivemos quatro eleições vencidas por partidos progressistas em coalizão com um centro anfíbio; o processo só se interrompeu com a deposição ilegítima da presidenta Dilma Rousseff. Aliás dia 10 de maio, em Curitiba, Lula, ao enfrentar o juiz Moro, e depois diante da multidão que acorreu de todo o país para apoia-lo, se lançou novamente como candidato; no momento está à frente nas sondagens. Isso para dizer que as sociedades estão em movimento e nem tudo são sinais negativos.
 
Há momentos de aceleração histórica que atropelam planejamentos estratégicos. Eu estava na Polônia no fim de julho de 1989, quando caiu o governo comunista, com a vitória avassaladora do movimento Solidariedade. Dia 1º de agosto, Lucia e eu entrevistamos o diretor da revista Solidarnosc, um fino intelectual, Tadeusz Masowiecki. Perguntamos se julgava que seu movimento deveria ocupar o poder vacante. Ele respondeu que alguns assim pensavam, mas ele era contrário: não tinham um programa acabado, nem experiência parlamentar, deveriam amadurecer politicamente um tempo na oposição. Quinze dias depois era nomeado primeiro-ministro. Imagino seu sofrimento, sem apetite pelo poder, discípulo de nosso mestre comum Emmanuel Mounier, acostumado a fazer sempre discernimentos cuidadosos. Os poloneses acreditavam num processo mais ou menos lento no resto do leste europeu. Meses depois Ceaucescu era condenado à morte na Romênia e caía o muro de Berlim. Dois anos depois a União Soviética se dissolvia.
 
Entre nós, onde se pressenteria uma renovação de quadros e o crescimento de lideranças comprometidos com a transformação da sociedade e a solidariedade com os mais pobres e os discriminados? A crise deste 17 de maio faz apressar um processo ainda frágil e que parecia exigir um certo tempo de maturação. Mas, como indiquei, há incidentes na história que fazem saltar calendários. Como enfrentar um processo eleitoral que surge inesperado e imediato diante de nós? Já a data de 2018 parecia bastante próxima para permitir decisões arrojadas.
 
Pelo momento, tarefas imediatas que estão diante de nós: dar um empurrão num governo podre que não se sustenta e cassar políticos como Aécio Neves, descoberto mendigando (!) milhões de reais ou dólares de capitalistas poderosos. Há ainda lugares nas celas de Cabral Filho e de Eduardo Cunha. Incrivelmente este segue, atrás das grades, como os chefes do comando vermelho, dando as cartas e chantageando, levando o presidente ilegítimo e golpista a tentar cala-lo com uma poderosa mesada, o que foi sua perdição. Com isso, antes de tudo, nas próximas semanas, é o momento de uma boa e vigorosa faxina política.







Créditos da foto: Antonio Cruz / Agência Brasil




Diretas já ou desobediência civil

18/05/2017 09:20 - Copyleft

Diretas já ou desobediência civil

 


Jeferson Miola
Diante da implosão do Temer, o Brasil está diante de duas alternativas: ou restauração democrática ou desobediência civil.
A gravação da conversa em que o usurpador Michel Temer compra o silêncio do comparsa de golpe e sócio de corrupção, o presidiário Eduardo Cunha, enterra em definitivo a cleptocracia golpista, e abre uma perturbadora incógnita na conjuntura nacional.
A trajetória do golpe e do regime de exceção sofre um abalo irreversível, com um poder destrutivo devastador.
O acontecimento é uma evidência incontestável da degradação do sistema judiciário brasileiro, que levou o país ao nocaute atacando seletivamente os petistas, ao mesmo tempo em que permitiu o assalto ao Poder por uma bandidagem política.
Os donos da empresa JBS, que gravaram a conversa incriminadora do Temer, também gravaram o pedido de R$ 2 milhões feito por Aécio Neves, o canalha que repetiu em 2014 o papel conspirativo desempenhado por Carlos Lacerda em 1954, que levou ao suicídio de Getúlio Vargas e interrompeu uma rica etapa de desenvolvimento nacional soberano.
No caso do Aécio, o divulgado tem agravantes: a PF filmou o momento em que o dinheiro de corrupção cobrado por Aécio foi entregue a um primo dele e, mais grave: a PF rastreou o dinheiro, e descobriu que o mesmo foi depositado numa empresa do também Senador tucano Zezé Perrella, o dono do helicóptero carregado de 450 kg que desapareceu da realidade, dos inquéritos da PF, das investigações do MP e do noticiário da mídia golpista.
Este escândalo, que erode os pilares do golpe – a camarilha de Temer e o PSDB – não somente encerra o governo golpista, mas põe fim à empreitada golpista, ao regime de exceção, e obriga à imediata suspensão das reformas antinacionais e antipopulares que tramitam no Congresso ilegítimo.
Qualquer decisão que não seja a pronta restauração do Estado de Direito e da democracia no Brasil deverá ser respondida com a desobediência civil aberta, com a radicalização da luta democrática e com o desconhecimento de qualquer saída que não seja a de convocação de eleições diretas imediatamente.
Ou democracia ou desobediência civil! Diretas já ou desobediência civil!

'Diretas, já!' ou 'Diretas, nunca!

19/05/2017 00:00 - Copyleft

'Diretas, já!' ou 'Diretas, nunca!

Como ocorreu no final da ditadura, as elites fazem qualquer coisa para não entregar a transição de um ciclo de desenvolvimento que se esgotou ao voto popular

por: Saul Leblon

Evandro Teixeira
O noticiário contraditório que oscila entre o descarte de Temer e a sua manutenção --como um vigia bebado do precipício ao qual o país foi reduzido pela irresponsabilidade golpista das suas elites, evidencia a saturação das ferramentas conservadoras.
 
Mas não deve iludir: a elite golpista sabe onde quer chegar, embora deixe transparecer a saturação dos meios à sua disposição.
 
Se preciso, pode até levar ao sacrifício algumas peças para afiar a guilhotina desgastada e decepar os direitos políticos de Lula; colocar Meirelles ou Gilmar no comando do Estado e concluir as reformas que revogam o escopo de direito sociais e trabalhistas da Carta de 1988.
 
Feito o trabalho sujo, a nação iria às urnas dentro de um ano e meio desprovidade lideranças reais, eviscerada de músculos e instrumentos institucionais para sair do chão.
 
Em resumo, com alguma hesitação e riscos inerentes, tenta-se ganhar tempo e espaço político para concluir a operação central do golpe: lancetar o pacto da sociedade nascido sob o impulsoda extraordinária ascensão das massas populares na cena política de 1984, com a Campanha das 'Diretas, Já!'.
 
A exemplo do que ocorreu naquele final da ditadura, a elite e os interesses dominantes topam agora qquer coisa. Menos entregar a transição de um ciclo de desenvolvimento que se esgotou ao voto popular.
 
'Diretas, nunca!', bradam as escaladas sulforosas dos telejornais e o jogral diuturno dos jornalões.
 
Nos anos 80 o clamor por eleições limpas e diretas foi golpeado de dentro do palanque das mobilizações.
 
Enquanto as praças lotavam em comícios com mais de um milhão de pessoas, como o de abril de 1984 em São Paulo, Tancredo Neves negociava com os militares a candidatura ao Colégio Eleitoral, que garantiriauma transição a frio, como se quer agora.
 
A Constituinte de 1988 foi o repto das ruas traídas pelo avô de Aécio Neves.
 
Na assembléia soberana desaguaram, então, as demandas reprimidas e os clamores sufocados por duas décadas de ditadura militar, fraudados após as mobilizações das ‘Diretas Já'.





 
A Constituição Cidadã vingou em parte a derrota popular no Colégio Eleitoral.
 
Abrigou-se nela aquilo que  Ulysses Guimarães, o 'Senhor Diretas', um liberal sincero --apunhalado por Tancredo que lhe roubou a candidatura, aceitando o pacto conservador-- batizaria de 'a lamparina dos desgraçados'.
 
É essa lamparina de direitos dos desgraçados --bruxuleante até que o ciclo de governos do PT lhe deu o pavio de recursos para se materializar em políticas sociais-- que se pretende apagar agora com o extintor das 'reformas de mercado'.
 
Por isso as instituições estão em frangalhos e desmoralizadas.
 
Do Executivo ao Legislativo, dominado por uma escória argentária, passando por um judiciário partidarizado, longe de ser confiável como suprema instância, o dinheiro dá as cartas e os cortes.
 
O resultado desenha uma cova coletiva no perímetro social, econômico e geopolítico da oitava maior economia da terra.
 
Um em cada quatro brasileiros estão desempregados ou subocupados.
 
Em 52% dos lares há algum demitido ou dívida atrasada, diz pesquisa da Nielsen.
 
A retração de 50% nas consultas para tomada de recursos no BNDES compõe o indicador antecedente da rota depressiva de longo curso lavrada pela ganância patronal nas entranhas da economia.
 
A Lava Jato venceu seu prazo de validade como biombo para o assalto dos corruptos ao poder em nome do combate à corrupção.
 
A cada dia mais exala da República de Curitina o cheiro podre do viés unilateral. Dependesse de Moro & seus procuradores, nem Aécio,nem Temer seriam flagrados na radiografia do que são edo complô que simbolizam.
 
É preciso mudar para manter as coisas no mesmo lugar.
 
É nesse trânsito farsesco patrocinado pelas elites que a rua emerge como o único chão firme de legalidade e poder num país acuado no presente e desprovido de futuro.
 
Retornar à legalidade original das ruas sempre foi o último recurso dos povos para virar a página de enredos anacrônicos que insistem em sobreviver como formas mórbidas.
 
É o caso hoje de uma sociedade submetida à cavalgada de um governo antinacional e antissocial e à retroescavadeira de um parlamento de despachantes de aditivos a soldo dos mercados.
 
O chão firme das ruas precisa se materializar em multidões mobilizadas e no consentimento majoritário catalisado por um programa de emergência capaz renovar a confiança na democracia para dar ao desenvolvimento a sua destinação social.
 
É nessa encruzilhada de desafios que avulta a urgência de uma fusão entre a ‘crítica das armas e as armas da crítica’, de que nos falava um especialista alemão em motores da história.
 
O desafio primal dos dias e noites tensos que viveremos pode ser resumido na construção dessas linhas de passagem.
 
Que materializem o peso das ideias na força das ruas, e o peso das ruas em ideias-força, para superar o cativeiro econômico e institucional no qual as elites querem aprisionar o Brasil.
 
O Fórum 21, a frente ampla dos intelectuais brasileiros, deve caminhar nessa direção. E as lideranças das frentes populares, igualmente.
 
O tempo urge.
 
As ruas precisam falar.
 
E o que disserem deve ter a pertinência capaz de repactuar a nação com um novo projeto de futuro.
 
 

Clipping Internacional - 19/05/2017


19/05/2017 08:57 - Copyleft

Clipping Internacional - 19/05/2017

Investigação de corrupção no Brasil mira Presidente. Mercados desabam em meio a conversas sobre impeachment. O índice da Bolsa de Valores caiu mais de 10%


Carta Maior
CartaMaior
BRASIL NA IMPRENSA INTERNACIONAL
(Brasil: a crise no golpe: Europa; América Latina; Estados Unidos)
 
EUROPA
The Guardian, Inglaterra
O presidente brasileiro Temer promete não renunciar e a Suprema Corte aprova uma investigação que o envolve. Um desafiador presidente diante de um inquérito que vai focar em afirmações de que concordou em pagar a uma testemunha num amplo escândalo de corrupção.
https://www.theguardian.com/world/2017/may/18/brazil-president-corruption-invesitgation-supreme-court
 
El País, Espanha
Crise política no Brasil. O Supremo brasileiro coloca Temer à beira da destituição. O presidente do país anuncia que não renunciará, mas já começaram as deserções entre seus aliados e os mercados entraram em pânico.
http://internacional.elpais.com/internacional/2017/05/18/actualidad/1495118590_847067.html
 
La Repubblica, Itália
Brasil no caos. Um áudio “enquadra” o presidente Temer por corrupção. “Não me demitirei”, entretanto, afirmou. Um empresário do ramo de frigoríficos envolvido em corrupção registrou uma conversa com o chefe de estado sobre o pagamento de um suborno. A Suprema Corte autorizou a abertura de um inquérito e a bolsa desabou. O presidente resiste, mas os protestos da população se ampliam em todas as cidades.
http://www.repubblica.it/esteri/2017/05/17/news/tempesta_politica_in_brasile_un_audio_inchioda_temer_per_corruzione-165712369/
 
LesEchos, França
Presidente brasileiro em meio à tormenta. A bolsa de São Paulo e o real sofreram quedas profundas.
https://www.lesechos.fr/monde/ameriques/0212106314622-le-president-bresilien-temer-dans-la-tourmente-2088004.php
 
Le Figaro, França





Brasil: O presidente Temer no coração de um escândalo de corrupção
http://www.lefigaro.fr/international/2017/05/18/01003-20170518ARTFIG00048-bresil-le-president-temer-au-coeur-de-scandale-de-pots-de-vin.php
 
O presidente brasileiro recusa-se a renunciar.
http://www.lefigaro.fr/flash-actu/2017/05/19/97001-20170519FILWWW00042-bresil-le-president-exclut-de-demissionner.php
 
RFI, França
Michel Temer fica, mas sem apoio político nem popular. O presidente Michel Temer fica isolado no governo depois de revelação de gravações comprometedoras, que levaram à abertura de inquérito contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento Vem Pra Rua, partidos de oposição e centrais sindicais, como a CUT, anunciam manifestações em várias cidades do país no próximo domingo (21).
http://m.br.rfi.fr/brasil/20170518-temer-fica-mas-sem-apoio-politico-nem-popular
 
Permanência de Temer agrava crise econômica, diz historiadora francesa. Historiadoras francesas especializadas em política brasileira consideram difícil o presidente Michel Temer (PMDB) se manter no cargo após o empresário Joesley Batista, dono da JBS, revelar que gravou uma conversa de Temer dando aval ao pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato.
http://m.br.rfi.fr/brasil/20170518-permanencia-de-temer-agrava-crise-economica-diz-historiadora-francesa
 
"Moro é um inquisidor medieval e tendencioso", diz advogado de Lula. Advogados integrantes da equipe de defesa de Luiz Inácio Lula da Silva estão em giro europeu para “denunciar a perseguição política e judicial que sofre o ex-presidente”, segundo Valeska Teixeira Zanin Martins, uma das principais defensoras legais do petista.
http://m.br.rfi.fr/franca/20170517-moro-e-um-inquisidor-medieval-e-tendencioso-diz-advogado-de-lula
 
Esquerda.net, Portugal
Brasil: Protestos enchem as ruas, exigindo “Fora Temer” e “Diretas Já”. Partidos de oposição na Câmara dos Deputados elaboram pedido coletivo de impeachment de Michel Temer. PSOL pede prisão imediata de Aécio Neves. Veja imagens das manifestações. No Rio de Janeiro a manifestação é reprimida violentamente. Notícia em atualização
http://www.esquerda.net/artigo/brasil-protestos-enchem-ruas-exigindo-fora-temer-e-diretas-ja/48764
 
Público, Portugal
Temer apostou a presidência numa conversa gravada. Deputados apresentaram pedidos de destituição de Michel Temer, que está a ser investigado por obstrução à justiça. Não é certo que consiga resistir à pressão e se mantenha no cargo.
https://www.publico.pt/2017/05/18/mundo/noticia/temer-dizse-alvo-de-conspiracao-deputados-pedem-impeachment-1772627
 
Presidente do Supremo Tribunal Federal recusa prender Aécio Neves. Senador perdeu o cargo e foi acusado pelo empresário Joesley Batista de lhe ter pedido dois milhões de reais.
https://www.publico.pt/2017/05/18/mundo/noticia/supremo-tribunal-tira-cargo-de-senador-a-aecio-neves-1772607
 
Depois de já ter estado suspensa, bolsa brasileira perde perto de 10%. Empresas cotadas e contratos de futuros em forte desvalorização com crise política.
https://www.publico.pt/2017/05/18/economia/noticia/depois-de-ja-ter-estado-suspensa-bolsa-brasileira-perde-perto-de-10-1772640
 
Temer perde dois ministros e enfrenta milhares nas ruas. Michel Temer recusa afastar-se da presidência do Brasil, mas as pressões multiplicam-se. Dois ministros já apresentaram demissão e nas ruas milhares de pessoas pedem eleições.
https://www.publico.pt/2017/05/19/mundo/noticia/temer-perde-dois-ministros-e-leva-a-rua-milhares-de-manifestantes-1772741
 
Diário de Notícias, Portugal
Segundo ministro brasileiro renuncia após escândalo que envolve Presidente.
http://www.dn.pt/mundo/interior/segundo-ministro-brasileiro-renuncia-apos-escandalo-que-envolve-presidente-temer-8487763.html
 
Le Monde, França
Brasil: o presidente Temer se recusa a demitir-se e alega inocência. Apesar das suspeitas de obstrução da justiça, o chefe de estado asseguna não ter “nada a ocultar”. As pressões para sua renúncia se multiplicam.
http://www.lemonde.fr/ameriques/article/2017/05/18/bresil-le-president-temer-refuse-de-demissionner-et-plaide-son-innocence_5130121_3222.html
 
A bolsa brasileira em queda livre
http://www.lemonde.fr/bourse/article/2017/05/18/la-bourse-bresilienne-en-chute-libre_5129990_1764778.html
 
AMÉRICA LATINA
 
Página 12, Argentina
Temer se agarra à poltrona presidencial no Brasil. Disse que não vai renunciar à presidência em que pese haver sido gravado aprovando um suborno. Temer anunciou em seu discurso de 5 minutos que permanecerá na presidência apesar do STF ter iniciado uma investigação, de sua coalizão parlamentar estar se dissolvendo e milhares de brasileiros conclamam à sua saída nas ruas do Brasil
https://www.pagina12.com.ar/38706-temer-se-aferra-al-sillon-presidencial-en-brasil
 
Artigo de Emir Sader: termina como começou
https://www.pagina12.com.ar/38709-termina-como-empezo
 
Artigo de Martin Granovsky: As misérias do Brasil
https://www.pagina12.com.ar/38710-las-miserias-de-brasil
 
Artigo de Washington Uranga: Camisinha
https://www.pagina12.com.ar/38705-camisinha
 
El Telégrafo, Equador
Temer se aferra ao poder no Brasil apesar das denúncias de subornos. Movimentos sociais programam manifestações para exigir eleições antecipadas.
http://www.eltelegrafo.com.ec/noticias/mundo/9/temer-se-aferra-al-poder-en-brasil-pese-a-denuncias-de-sobornos
 
La Jornada, México
Distúrbios em protestos para exigir a demissão de Temer no Brasil.
http://www.jornada.unam.mx/ultimas/2017/05/18/disturbios-en-protestas-para-exigir-dimision-de-temer-en-brasil-1
 
El Espectador, Colômbia
Reveladas conversas de Temer que desencadearam uma crise no Brasil. O Supremo Tribunal Federal tornou pública uma gravação secreta em que o presidente parece negociar subornos para comprar o silêncio de um ex-presidente da Câmara de Deputados preso pelas investigações de corrupção na Petrobrás.
http://www.elespectador.com/noticias/el-mundo/revelan-conversacion-de-temer-que-desencadeno-crisis-en-brasil-articulo-694478
 
O áudio que colocou Michel Temer, presidente do Brasil, entre as cordas
http://www.elespectador.com/noticias/el-mundo/el-audio-que-puso-contra-las-cuerdas-michel-temer-presidente-de-brasil-video-694495
 
El Clarín, Argentina
Corrupção no Brasil: publicaram o áudio de Michel Temer com o dono do frigorífico JBS. A justiça brasileira liberou um áudio em que se escuta o presidente e o empresário falarem sobre suposto suborno para o político Eduardo Cunha.
https://www.clarin.com/mundo/corrupcion-brasil-publicaron-audio-michel-temer-dueno-frigorifico-jbs_0_HJvRQ2jgb.html
 
Segunda noite de protestos no Brasil para demandar a renúncia de Temer. Ocorreram nas principais cidades do país, em meio a uma crise política pela acusação ao presidente de avalizar suborno. Houve correrias, gases lacrimogêneos e pedras.
https://www.clarin.com/mundo/segunda-noche-protestas-brasil-reclamar-renuncia-temer_0_Hko1Q2jlZ.html
 
El Mercúrio, Chile
A Justiça divulga o áudio de Temer que desencadeou uma crise política no Brasil. O mandatário aconselhou a Joesley Batista, dono da maior empresa frigorífica do mundo, a manter os pagamentos a Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, para que se mantivesse em silêncio.
http://www.emol.com/noticias/Internacional/2017/05/19/859035/La-justicia-divulga-el-audio-de-Temer-que-desencadeno-una-crisis-politica-en-Brasil.html
 
El País, Uruguai
Temer perde apoio, mas se aferra: “Não renunciarei”. A Justiça abriu ontem uma investigação sobre o presidente no caso Petrobrás.
http://www.elpais.com.uy/mundo/temer-pierde-apoyo-se-aferra.html
 
ESTADOS UNIDOS
 The New York Times, EUA
Presidente brasileiro se recusa a renunciar em meio a novas denúncias de corrupção. O real desvalorizou-se fortemente e as bolsas apresentaram quedas acentuadas em razão da possível queda de Temer e a paralisia das reformas que estavam sendo conduzidas por ele.
https://www.nytimes.com/section/world?WT.nav=page&action=click&contentCollection=World&module=HPMiniNav&pgtype=Homepage&region=TopBar
The Washington Post, EUA
Novo escândalo irrompe e ameaça forçar o presidente brasileiro Temer a sair do cargo. Ele, entretanto, desafiou ontem os pedidos para sua renúncia, um dia após uma reportagem bombástica divulgar que ele havia sido gravado secretamente discutindo pagamentos de suborno durante uma investigação em uma ampla investigação sobre corrupção que tem descosturado a classe política do país.
https://www.washingtonpost.com/world/the_americas/new-scandal-erupts-that-threatens-to-force-out-brazilian-president-temer/2017/05/18/75ed771c-3b76-11e7-a59b-26e0451a96fd_story.html?hpid=hp_hp-cards_hp-card-world%3Ahomepage%2Fcard&utm_term=.ddffdc7145e2
 
The Washington Post, EUA
Investigação de corrupção no Brasil mira o Presidente. Os mercados desabam em meio a conversas sobre impeachment. O índice da Bolsa de Valores caiu mais de 10 %. A oposição exige a renúncia do presidente ou um processo de impeachment.
https://www.wsj.com/articles/brazils-temer-scandal-roils-markets-prompts-impeachment-talk-1495129224


Créditos da foto: CartaMaior