segunda-feira, 2 de junho de 2014

Rússia previne-se contra manobra do dólar


29/05/2014 -
Jornal Correio do Brasil, por Redação, com agências internacionais - de Moscou -
Rússia apressa o fim do dólar com a criação de bloco comercial na Ásia

 
A China tem comprado ouro em quantidades industriais para formar um hedge e fugir do dólar
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou nesta quinta-feira um tratado com o Cazaquistão e com a Belarus para criar um amplo bloco comercial, na esperança de que isso desafie o poder econômico dos Estados Unidos, da União Europeia e da China. Putin nega que a concepção da União Econômica Eurasiática com os dois países (ex-membros soviéticos), junto com a anexação da Crimeia pela Rússia, significa que ele quer reconstruir uma União Soviética pós-comunismo, ou o tanto quanto conseguir. Mas sua intenção, no entanto, é fazer com que essa aliança demonstre que as sanções ocidentais impostas por conta da crise na Ucrânia não isolem a Rússia. O bloco tem um mercado de 170 milhões de pessoas e um PIB combinado anual de 2,7 trilhões de dólares, além de amplos recursos energéticos.
– Nossa reunião de hoje tem um significado especial e, sem exagero, definidor de uma época. Este documento traz nossos países para um novo estágio de integração, ao passo que preserva inteiramente a soberania dos Estados – disse Putin sobre o tratado, assinado sob altos aplausos de autoridades, na moderna capital do Cazaquistão, Astana. O acordo também foi assinado pelo presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, e pelo presidente bielorusso, Alexander Lukashenko.
Novo cenário
Os esforços da Rússia de buscar novos acordos financeiros com a China e os demais países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em parte também se deve à previsão de um colapso do sistema monetário em um futuro próximo, segundo o especialista em finanças James Rickards. Rússia e China já demonstraram desejo de livrar o dólar norte-americano e de seu status de moeda de reserva mundial, em um sinal precoce da crise “cada vez mais inevitável”, afirmou Rickards.
– A China tem US$ 3 trilhões, mas compra ouro o mais rápido que pode. Os chineses temem que os EUA promovam uma maxidesvalorização do dólar, por meio da inflação crescente, de modo que eles querem ter um hedge se o dólar for muito abaixo da atual cotação, o que deverá empurrar o ouro para cima – disse Rickards ao canal russo de TV RT .
Como um dos principais eventos de apoio à sua previsão, Rickards aponta para as palavras do próprio presidente russo no 18 º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que teve lugar no início deste mês .
– Putin disse que prevê uma zona econômica euro-asiática envolvendo Europa Oriental, Ásia Central e Rússia. O rublo russo está longe de ser uma moeda de reserva global, mas poderia ser uma moeda de reserva regional – disse.
Resultados catastróficos
Rickards é autor do livro sobre o desaparecimento do dólar, lançado em abril sob um nome bastante apocalíptico: The Death of Money (A morte do dinheiro). No entanto, o autor se surpreende que os eventos estão se desenvolvendo muito mais rápido do que ele mesmo previu .
– O ritmo dos acontecimentos é mais rápido do que o esperado. Por isso, alguns desses resultados catastróficos poderão vir mais cedo do que eu escrevi sobre eles – afirma.
Há uma semana, a China e a Rússia assinaram um tratado histórico de US$ 400 bilhões, no negócio de gás, que irá proporcionar economia de mais rápido crescimento do mundo, com o gás natural de que necessita para manter o ritmo para os próximos 30 anos. Especialistas dizem que este poderia ser o catalisador que destronará o dólar como moeda de reserva do mundo.
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O novo papel de Joaquim Barbosa

Publicado maio 31, 2014
ISTOÉ Independente -
Luizmuller's Blog -
 
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A saída de Joaquim Barbosa do STF representa um alívio para a Justiça do país e é uma boa notícia para os fundamentos da democracia brasileira. Abre a oportunidade para a recuperação de noções básicas do sistema republicano, como a separação entre poderes, e o respeito pelos direitos humanos – arranhados de forma sistemática no tratamento dispensado aos réus da Ação Penal 470, inclusive quando eles cumpriam pena de prisão.
 
 
Ao aposentar-se, Joaquim Barbosa ficará longe dos grandes constrangimentos que aguardam “o maior julgamento do século,” o que pode ser util na preservaçãdo do próprio mito.
 

Para começar, prevê-se, para breve, a absolvição dos principais réus do mensalão PSDB-MG, que sequer foram julgados – em primeira instância – num tribunal de Minas Gerais. Um deles, que embolsou R$ 300 000 do esquema de Marcos Valério – soma jamais registrada na conta de um dirigente do PT — pode até sair candidato ao governo de Estado.
 
 
Joaquim deixa o Supremo depois de uma decisão que se transformou em escândalo jurídico. Num gesto que teve como consequencia real manter um regime de perseguição permanente aos condenados da AP 470, revogou uma jurisprudência de quinze anos, que permitia a milhares de réus condenados ao regime semi-aberto a trabalhar fora da prisão — situação que cedo ou tarde iria incluir José Dirceu, hoje um entre tantos outros condenados. Mesmo Carlos Ayres Britto, o principal aliado que Joaquim já fez no STF, fez questão de criticar a decisão. Levada para plenário, essa medida é vista como uma provável derrota de Joaquim para seus pares que, longe de expressar qualquer maquinação política de adversários, apenas reflete o desmonte de sua liderança no STF.
 
 
Em outro movimento na mesma direção, o Supremo acaba de modificar as regras para os próximos julgamentos de políticos. Ao contrário do que se fez na AP 470 – e só ali — eles não serão julgados pelo plenário, mas por turmas em separado do STF. Não haverá câmaras de TV. E, claro: sempre que não se tratar de um réu com direito a foro privilegiado, a lei será cumprida e a ninguém será negado o direito de um julgamento em primeira instância, seguido de pelo menos um novo recurso em caso de condenação. É o desmembramento, aquele recurso negado apenas aos réus da AP 470 e que teria impedido, por exemplo, malabarismos jurídicos como a Teoria do Domínio do Fato, com a qual o Procurador Geral da Republica tentou sustentar uma denúncia sem provas consistentes contra os principais réus.
 
 
Hoje retratado como uma autoridade inflexível, incapaz de qualquer gesto inadequado para defender interesses próprios – imagino quantas vezes sua capa negra será exibida nos próximos dias, num previsível efeito dramático – Joaquim chegou ao STF pelo caminho comum da maioria dos mortais. Fez campanha.
 
 
Quando duas aguerridas parlamentares da esquerda do PT – Luciana Genro e Heloísa Helena – ameaçaram subir à tribuna do Congresso para denunciar um caso de agressão de Joaquim a sua ex-mulher, ocorrido muitos anos antes da indicação, quando o casal discutia a separação, o presidente do partido José Genoíno (condenado a seis anos na AP 470) correu em defesa do candidato ao Supremo. Argumentou que a indicação representava um avanço importante na vitória contra o preconceito racial e convenceu as duas parlamentares. (Dez anos depois desse gesto, favorável a um cidadão que sequer conhecia, Joaquim formou sucessivas juntas médicas para examinar o cardiopata Genoíno. Uma delas autorizou a suspensão da prisão domiciliar obtida na Justiça).
 
 
O diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (condenado a 12 anos na AP 470) foi procurado para dar apoio, pedindo a Gilberto Carvalho que falasse de seu nome junto a Lula. José Dirceu (condenado a 10 anos e dez meses, reduzidos para sete contra a vontade de Joaquim), também recebeu pedido de apoio. Dezenas – um deputado petista diz que eram centenas – de cartas de movimentos contra o racismo foram enviadas ao gabinete de Lula, em defesa de Joaquim. Assim seu nome atropelou outro juristas negros – inclusive um membro do Tribunal Superior do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula – que tinha apoio de Nelson Jobim para ficar com a vaga.
 
 
Quando a nomeação enfim saiu, Lula resolveu convidar Joaquim para acompanha-lo numa viagem presidencial a África. O novo ministro recusou. Não queria ser uma peça de marketing, explicou, numa entrevista a Roberto dÁvila. Era uma referência desrespeitosa, já que a África foi, efetivamente, um elemento importante da diplomacia brasileira a partir do governo Lula, que ali abriu embaixadas e estabeleceu novas relações comerciais e diplomáticas.
 
 
De qualquer modo, se era marketing convidar um ministro negro para ir a África, por que não recusar a mesma assinatura da mesma autoridade que o indicou para o Supremo?
 
À frente da AP 470, Joaquim Barbosa jamais se colocou na posição equilibrada que se espera de um juiz. Não pesou os dois lados, não comparou argumentos.
 
 
Através do inquérito 2474, manteve em sigilo fatos novos que poderiam embaralhar o trabalho da acusação e que sequer chegaram ao conhecimento do plenário do STF – como se fosse correto selecionar elementos de realidade que interessam a denúncia, e desprezar aqueles que poderiam, legitimamente, beneficiar os réus. Assumiu o papel de inquisidor, capaz de tentar destruir, pela via do judiciário, aquilo que os adversários do governo se mostravam incapazes de obter pelas urnas.
 
 
Ao verificar que o ministro era capaz de se voltar em fúria absoluta contra as forças políticas que lhe deram sustentação para chegasse a mais alta corte do país, os adversários da véspera esqueceram por um minuto as desconfianças iniciais, as críticas ao sistema de cotas e todas políticas compensatórias baseadas em raça.
 
 
Passaram a dizer, como repete Eliane Cantanhede na Folha hoje, que Joaquim rebelou-se contra o papel de “negro dócil e agradecido.” Rebelião contra quem mesmo? Contra o que? A favor de quem?
 
 
Já vimos e logo veremos.
 
 
Basta prestar atenção nos sorrisos e fotografias da campanha presidencial.
 
 
Escrito por: Paulo Moreira Leite
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Cúpula dos BRICS

6° Reunião da Cúpula dos BRICS, evento que reunirá, nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza, os chefes de estado dos cinco países, e ainda ministros, secretários e empresários. A previsão é que participem cerca de 750 pessoas, além das representações das cinco maiores empresas de cada um dos países-membros, bancos de desenvolvimento e cerca de 1.500 jornalistas de todo o mundo.
 
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From: Jacob BlinderSent: terça-feira, 27 de maio de 2014
Subject: BRASIL: VI Cúpula dos BRICS que se realizará em Fortaleza nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2014



Em Fortaleza, mais um passo para detonar Bretton Woods


Os BRICS e o fim de Bretton Woods


por Igor Grabois, especial para o Viomundo, 25 de maio de 2014 às 13:07
Fatos históricos importantes, muitas vezes, passam em branco para seus contemporâneos. Nos dias 15, 16 e 17 de julho, em Fortaleza, ocorre a VI Cúpula dos BRICS. As Cúpulas têm reunido os Chefes de Estado de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul anualmente desde 2009. A reunião de Fortaleza deverá consolidar os BRICS como uma organização dotada de instrumentos concretos para influir na economia e política internacionais. Este evento não tem merecido
a atenção devida na mídia, na academia e nos debates da internet.


Os círculos bem-pensantes e a mídia no Brasil se espelham na Europa e nos EUA. Desprezam a integração sul-americana e torcem o nariz para as iniciativas Sul-Sul. Uma política brasileira para a África provoca reações entre o escárnio e a ojeriza.


Promovem uma campanha sistemática contra o MERCOSUL. Querem a ALCA e o TAFTA (acordo de comércio e investimentos entre EUA e União Européia).


Quanto aos BRICS, a conversa é de que eles não têm nada em comum, exceto o tamanho. Pois eles têm muitas coisas em comum: o inimigo.


Os BRICS representam 43% da população mundial, 27% do PIB mundial e apenas 15% das cotas do FMI. Pelo critério do poder de compra, a China é a primeira economia mundial, a Índia a quarta, o Brasil a sétima e a Rússia a décima economia mundial. Estão fora do G-8, que voltou a ser G-7, após a expulsão da Rússia em função da crise ucraniana.


Crescimento econômico, agricultura, participação no comércio exterior, indústria, produção de energia etc, todos os dados mostram a ascensão dos BRICS e a estagnação do G-7.


Rússia, Índia, China e Brasil aumentam a cada ano fiscal seus gastos militares. Do G-7, apenas o Japão amplia seus gastos militares para se contrapor à China. Os outros cortam gastos, inclusive os EUA, apesar do gigantismo de sua máquina militar. A despeito da projeção dos países BRICS, há um movimento para obstar a influência política e econômica desses países.


Neste quadro, nada mais lógico do que a associação de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde a primeira cúpula dos BRICS em Ekaterinenburgo, em 2009, os acordos multilaterais e bilaterais se multiplicaram. Ciência e tecnologia, energia, compartilhamento de estatísticas, agricultura, energia, educação, defesa, espaço, em suma, a materialização de uma tirada de um diretor do Goldman Sachs é veloz.


Enquanto os BRICS aprofundam os laços, a reação de EUA, União Européia e Japão é cada vez mais barulhenta.


Não pode haver dúvidas dos verdadeiros alvos dos ataques dos EUA e União Européia na Ucrânia, na Síria e na Venezuela. Os EUA resolveram, agora, indiciar oficiais chineses por ciberespionagem… Snowden que o diga.


The Economist e Financial Times assumiram o papel de porta-voz dos rentistas brasileiros e estrangeiros na luta contra o que a política econômica brasileira pode ter de intervenção estatal e distributivista.


Desde 1945, o mundo capitalista foi regido pelos acordos de Bretton Woods, cidade do Massachusets, onde os vitoriosos da segunda guerra – sem a União Soviética — se reuniram para elaborar medidas para evitar crises como a de 1929.


Foi criado um banco de desenvolvimento, o Banco Mundial e um fundo para prevenir e combater crises cambiais, o FMI. E mais importante, elegeram o dólar como moeda de conversibilidade internacional. A solvência de um país passou a ser medida pela quantidade de dólares que possui.


Porém, o arranjo de Bretton Woods mostrou sinais de esgotamento a partir da crise do petróleo nos anos 70. A dívida dos países latino-americanos e do leste europeu explodiu. A terapia do FMI matava os doentes, ao invés de curá-los.


A América Latina enfrentou a recessão econômica e a tragédia social sob a égide do Fundo. E a política do Fundo não preveniu as crises cambiais, ao contrário, contribuíram para agravá-las.


China e Rússia, após a queda do socialismo real em 1989/90, não foram absorvidos no sistema Bretton Woods. Argentina e Brasil, principais clientes do Fundo, se livraram dos “empréstimos-ponte” na década passada. O Fundo passa a ser visto como um estorvo, não uma solução. O FMI se dedica, agora, a detonar as economias da Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda para garantir o euro e as aplicações de banqueiros alemães.


Em 2010, no auge da insolvência dos países do sul da Europa, chegou-se a um acordo no Conselho de Governadores do FMI. Haveria nova distribuição das cotas do Fundo, diminuindo o poder de EUA, União Européia e Japão. Em troca, os BRICS compareceriam com 70 bilhões de dólares. Um alívio para a Europa em crise. O Congresso estadunidense, simplesmente, rejeitou o acordo no início deste ano. A gestão do FMI continua como dantes e os 70 bilhões não vão aparecer. Como diz aquela subsecretária, f*-se a União Européia.


Fortaleza, julho de 2014. Os Chefes de Estado dos BRICS assinarão o acordo de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos BRICS. Mais, assinarão um Acordo Contingente de Reservas. Um Banco Mundial e um FMI dos BRICS. China e Rússia fecharam acordo de fornecimento de gás nominado em rublos e yuans. Brasil e China já fazem parte do seu comércio nominado nas respectivas moedas nacionais.


As duas entidades financeiras, inicialmente, terão atuação nos países signatários. Nada impede que atuem junto a países fora dos BRICS. É só o começo. Afinal, para que acumular dólares, aturar as idiossincrasias das autoridades monetárias estadunidenses se os ventos batem em outra direção?


Los BRICS podrían adoptar el Glonass ruso y renunciar al GPS

Publicado: 27 may 2014 | 15:41 GMT Última actualización: 27 may 2014 | 15:41 GMT
"Rusia instalará estaciones de sus sistemas de posicionamiento global Glonass en el territorio de los Estados miembros del bloque BRICS. Esto aumentará la capacidad competitiva del sistema", adelanta el diplomático ruso Vadim Lúkov.
"Realizar este proyecto junto con los países del BRICS fortalecerá el carácter global de nuestro sistema y mejorará su competitividad al por menor. El mercado del BRICS supone 3.000 millones de consumidores. Muchos de ellos son consumidores de servicios de sistemas de navegación", comentó Lúkov.
Detalló que Roscosmos, la agencia espacial de Rusia, ya presentó ante el Gobierno ruso un plan para desplegar la infraestructura necesaria para el sistema global de navegación por satélite de alta precisión en los grandes territorios de los países que componen el bloque: Brasil, la India, China y Sudáfrica. Según acentúa Lúkov, esto permitirá aumentar considerablemente la precisión del sistema: "La tecnología de navegación por satélite se basa en el uso de un gran número de estaciones situadas con la máxima frecuencia posible en la superficie del globo terrestre. De este modo garantiza una alta precisión a la hora de posicionar los objetos. BRICS nos brinda una posibilidad única para realizarlo".

 
El sistema ruso de posicionamiento y navegación GLONASS se desarrolla desde el año 2001 y está a cargo de la agencia espacial Roscosmos. Lo integra una constelación de satélites que cubren toda la superficie de la Tierra y es utilizado tanto para fines militares como civiles. Permite determinar el posicionamiento de objetos con una precisión de hasta un metro. Su señal es accesible y gratuita en todo el mundo. Puede usarse para la observación de desastres naturales y en operaciones de rescate, controlar la seguridad en carreteras y la construcción de puentes. Su principal diferencia con el sistema estadounidense GPS es que no tiene, durante su movimiento orbital, resonancia con la rotación de la Tierra, lo que le proporciona una estabilidad mucho mayor.

 
Cabe recordar que a mediados de este mes de mayo Moscú comunicó que suspenderá el funcionamiento de las estaciones de GPS —el sistema de navegación desarrollado y explotado por el Pentágono— en el territorio ruso a partir del 1 de junio si no se llega a un acuerdo sobre la ubicación de las estaciones Glonass en EE.UU. Aseguró que si antes de septiembre no se consigue un compromiso, las estaciones serán destruidas. Por otra parte, adelantó que está planeando crear una red de estaciones terrestres de Glonass que incluirá 36 países. Las negociaciones acerca de los acuerdos con México, Nicaragua, Vietnam y Cuba ya se encuentran en fase activa.


¿Argentina a los BRICS?

Publicado: 20 may 2014 | 15:25 GMT
Blog de Juan Manuel Karg*

Recientes declaraciones del Embajador de India en Buenos Aires dieron cuenta del anhelo de este país en que Argentina pueda sumarse a los BRICS, bloque de países emergentes que además integran Brasil, Rusia, China y Sudáfrica. ¿Cuáles son las características que podrían permitir este ingreso y qué posibilidades reales hay para que esto suceda? ¿Qué papel pueden cumplir los BRICS en un nuevo escenario mundial? ¿Qué podría significar, para América Latina, un nuevo lugar internacional –destacado- del país que actualmente gobierna Cristina Fernández de Kirchner?   
 
La emergencia de un nuevo mundo multipolar parece cada vez más evidente, sobre todo a raíz del declive de Estados Unidos en su papel de “hegemón” internacional, y de la fuerte crisis económica que aún sacude principalmente a Europa. En ese contexto, donde el crecimiento sostenido de China hace posible que el “gigante asiático” se convierta a fines de 2014 en la primera economía mundial, y donde nuevamente Rusia se vuelve a mostrar como un actor global –desafiando a Occidente en la crisis ucraniana, por ejemplo-, se producen diversas especulaciones sobre un hipotético ingreso de Argentina al bloque de los BRICS. ¿El disparador? Las declaraciones públicas de Amarenda Khatua, el Embajador de India en Buenos Aires, quien además sostuvo que esta idea de su país cuenta con el respaldo de Brasil y Sudáfrica. 
 
Sin bien todo ingreso a cualquier organismo internacional de estas características amerita profundas evaluaciones entre los países miembros, la sola discusión de esta posibilidad da cuenta del sostenido crecimiento económico tanto de Argentina como de América Latina en su conjunto desde inicios del Siglo XXI, implementado en buena parte como consecuencia de la aparición de gobiernos posneoliberales -en ambos casos-. Sin este elemento no habría consideración alguna de un posible ingreso de parte del bloque emergente, hay que decirlo con claridad. 
 
En una reciente entrevista, el economista Alfredo Serrano Mancilla, director del CELAG –Centro Estratégico Latinoamericano Geopolítico-, afirmó que “Estados Unidos está procurando una ´guerra´ contra los emergentes porque le preocupa mucho que China cambie su política económica y se ´desamericanice´, y que la alianza de los BRICS sea cada vez más sólida –del 60 al 80% de las transacciones de este bloque son en otras monedas y no en dólares-”. Las afirmaciones de Serrano Mancilla tienen asidero: China está reduciendo activamente sus reservas de dólares, y promoviendo activamente el yuan en el mercado global en calidad de divisa internacional. ¿Cómo ingresa el BRICS aquí, en este ajedrez geoeconómico? Con la futura creación del Banco de Desarrollo del bloque, prevista para 2015, y la aparición de la Fundación de Reservas de Divisas. Con ambos, se intenta contrarrestar el protagonismo de los organismos multilaterales de crédito con hegemonía de Washington, como el propio FMI. 
 
Dos datos dan cuenta de la importancia de este organismo internacional de cooperación Sur-Sur: estos países representan más del 20% del PBI mundial y alojan al 40% de la población del planeta.  Actualmente un tercio del comercio externo de Argentina es hacia el conjunto de países que componen los BRICS: la vinculación comercial con ellos, por tanto, es creciente, y nada hace suponer que decrezca en los próximos años, sino más bien lo contrario. El economista español Santiago Niño-Becerra también destacó la “estabilidad política” de Argentina como dato elocuente para que los miembros del BRICS puedan pensar en un hipotético ingreso en el bloque de emergentes. 
 
Al momento de escribir estas líneas, la reacción de Rusia y China sobre una posible ampliación ha sido de cautela: mientras Beijing prefirió no emitir comentarios, Moscú destacó, a través de la opinión de viceministro ruso de Exteriores, Serguéi Riabkov, que una posible ampliación de los BRICS requerirá de un exhaustivo análisis, ya que el bloque se encuentra en proceso de consolidación. ¿Qué podría estar detrás de este razonamiento? Una evaluación pragmática: el saber que, en organismos internacionales, a más miembros más esfuerzo para arribar a consensos –de ahí la posible apelación a la necesidad de “consolidar”-. Sin embargo, Moscú afirmó no estar cerrado a la posibilidad, algo que sin dudas también tiene que ver con su relación creciente –no sólo económica, sino social y política- con el continente, tras la reciente gira del canciller Lavrov a la región. 
 
Dos eventos seguramente brindarán mayores certezas para que esta posibilidad tenga un mayor grado de factibilidad o no: una nueva cumbre de BRICS que se realizará el 15 de julio próximo en Fortaleza, Brasil, y, con posterioridad, la visita de Estado del presidente chino Xi Jinping a Argentina, que tendrá lugar sólo cuatro días después en Buenos Aires. En ese entonces Rusia y China deberán tener mayores elementos para apoyar o no la posición de India, Brasil y Sudáfrica de ampliar el bloque. 


*Juan Manuel Karg, Licenciado en Ciencia Política de la UBA
Investigador del Centro Cultural de la Cooperación de Buenos Aires


Argentina em busca de um lugar no Brics

19/05/2014 Iúri Paniev, especial para Gazeta Russa

Apesar das perspectivas de cooperação em diferentes áreas, Rússia e China temem que crise econômica no país latino-americano tenha impacto negativo no desenvolvimento do grupo.



A habitual sigla Brics poderá, dentro de algum tempo, mudar para Bricsa. A Argentina expressou o desejo formal de se juntar a essa aliança informal, que desde 2006 inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “O Brasil, a Índia e a África do Sul já manifestaram o seu acordo em relação a tal decisão”, declarou recentemente o embaixador indiano na Argentina, Amarend Khatua.


A Rússia e a China estão, por enquanto, analisando a iniciativa de Buenos Aires. As principais dúvidas giram em torno da economia argentina, que anda sobrecarregada com uma dívida externa de mais de US$ 130 bilhões. Do ponto de vista da Argentina, ser membro do bloco informal pode significar a obtenção de financiamento em condições mais favoráveis ​​do que as oferecidas por outras organizações internacionais.


“Temos uma abordagem construtiva em relação a quaisquer pedidos desse gênero, independentemente de quem eles venham”, diz o vice-chanceler russo, Serguêi Riabkov, sobre a cautela ao considerar a adesão da Argentina ao Brics.


O tema do alargamento do bloco informal é um assunto constante nas negociações entre as partes envolvidas há algum tempo. Além disso, uma série de contatos deve culminar com a cúpula do Brics em Fortaleza, no dia 15 de julho. “Lá os membros terão a oportunidade de discutir a questão em detalhe”, acrescenta Riabkov.
 
Sabe-se que, depois do encontro, o novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, irá à Argentina em visita oficial. Ainda em julho está prevista a visita do presidente chinês Xi Jinping a Buenos Aires. A China já tem uma cooperação ativa com o país, que se tornou um dos seus grandes fornecedores de soja. Além disso, Pequim tem apostado na Argentina em meio aos investimentos para criação de corredores transoceânicos.


Kremlin latino

O potencial de interação entre a Rússia e a Argentina também parece promissor. No entanto, o volume de negócios no nível dos US$ 1,5-2 bilhões por ano não pode ser chamado de satisfatório. “A Rússia tem uma longa relação comercial com a Argentina”, disse em entrevista à Gazeta Russa o vice-diretor do Instituto da América Latina da Academia Russa de Ciências, Boris Martinov.


“Nos anos 1970 e 80, fornecíamos à Argentina equipamento de hidrelétricas e outras produções de engenharia mecânica. Agora, precisamos levar essa relação a um novo patamar. O problema é que a Rússia tem estado muito focada nos mercados ocidentais, e a realidade atual mostrou o quanto essa relação é indesejável para a Rússia”, acrescentou Martinov.
BRICS
Em termos de apoio político, a Argentina já se manifestou claramente a favor da Rússia. A presidente Cristina Kirchner acusou duramente os padrões duplos da política ocidental frente às situações semelhantes da Crimeia e Ilhas Malvinas, onde, no ano passado, também houve um referendo sobre o estatuto do território. No caso argentino, a votação, ao contrário da situação na Crimeia, foi reconhecida como legítima pela comunidade internacional.


Medo da crise


“O formato do Brics prevê uma política externa independente e tem objetivo estratégico para a Rússia – a criação de um mundo multipolar e multicultural”, enfatiza o vice-diretor do Instituto da América Latina. O desejo de se juntar aos Brics foi também expresso recentemente pelo México, Irã, Cazaquistão e Indonésia.


Em 2013, os líderes do grupo concordaram em criar um fundo de reserva no valor de US$ 100 bilhões para proteção em caso de instabilidade do mercado. Ficou também decidida a criação de instituições financeiras próprias.


O incentivo para a criação dessas estruturas foram as chamadas “guerras cambiais”, que relembram a necessidade de diversificar não só as reservas de divisas, como também a necessidade e conveniência em realizar transações no comércio internacional com suas próprias moedas. Dada a importância dos países do Brics no comércio mundial, as suas instituições financeiras ajudariam a reforçar o estatuto das moedas dos países-membros.
“É nesses sentido que os gravíssimos problemas econômicos da Argentina levantam preocupações e podem se tornar o grande obstáculo para a adesão do país ao grupo”, explicou Martinov.


Brics avançam na criação de FMI próprio

14/04/2014 Olga Samofálova, Vzgliad

Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão fazendo progresso na criação de alternativas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, cujo domínio está concentrado em estruturas dos Estados Unidos e da União Europeia. Em um futuro próximo, órgão atual não será mais o único capaz de fornecer assistência financeira internacional.

Tudo indica que um pool de reservas cambiais, substituto do FMI, e um Banco de Desenvolvimento dos Brics, como alternativa para o Banco Mundial, irão funcionar já em 2015, garantiu o embaixador para missões especiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vadim Lukov, em coletiva de imprensa na semana passada.


“O Brasil já preparou o projeto do estatuto do Banco de Desenvolvimento, enquanto a Rússia está desenvolvendo o acordo intergovernamental sobre a criação do banco”, disse o diplomata.


Os países do Brics já chegaram a um acordo sobre o montante do capital das novas estruturas, que será de US$ 100 bilhões para cada uma. “Estamos atualmente negociando a distribuição do capital inicial de US$ 50 bilhões entre os parceiros e a localização da sede”, continuou o diplomata, acrescentando que todos os membros do grupo manifestaram interesse em sediar as instituições.


Para compor o pool de reservas cambiais, a China entrará com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia, com 18 bilhões cada, e a África do Sul, com US$ 5 bilhões. O volume das quantias entregues está correlacionado com o volume das economias nacionais.


O montante atual de recursos do FMI, que é determinado por regras especiais de empréstimos (SDR), gira em torno de US$ 369,52 bilhões. No entanto, fazem parte FMI 188 países que, a qualquer momento, podem necessitar de assistência financeira.


Banco político


Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como alternativa ao Banco Mundial para financiar projetos que não são de interesse dos EUA nem da UE. O objetivo principal da instituição, porém, é fornecer financiamento de projetos externos ao grupo e ajudar países que necessitam de ajuda para desenvolvimento de suas estruturas.


“Imaginemos que seja do interesse do Brics conceder um empréstimo a um país africano para o seu programa de desenvolvimento de energia hidrelétrica, no âmbito do qual os países do grupo poderão fornecer o seu equipamento ou atuarem como executantes dos trabalhos”, explica o especialista do Grupo de Peritos Econômicos, Iliá Prilepski. “Se o empréstimo for concedido pelo FMI, o equipamento será fornecido pelos países ocidentais, que irão também controlar o seu funcionamento.”


A criação do Banco de Desenvolvimento ganha, assim, conotação política, pois permite aos países do Brics avançar com seus interesses no exterior. “Esta é uma jogada de certa forma política, que pode enfatizar o fortalecimento crescente dos países cuja opinião não é muitas vezes levada em conta pelos países desenvolvidos”, ressalta a diretora do departamento de análise do Golden Hill Capital, Natália Samoilov.
BRICS


Proteção entre iguais


O pool de reservas cambiais dos países do Brics será uma proteção para o caso de surgirem problemas financeiros e déficit orçamentário em algum dos países-membros, como a recente queda brusca do rublo, por exemplo. A ajuda poderá ser obtida quando se verificar uma indesejada desvalorização abrupta da moeda nacional ou em caso de grande saída de capital devido ao abrandamento da política monetária da Reserva Federal dos EUA, que leva ao surgimento de problemas internos de crise no sistema bancário.


“A maior parte do FMI vai para o resgate do euro ou das moedas nacionais dos países desenvolvidos. Em caso de necessidade, e levando em conta que a gestão do FMI está nas mãos dos países ocidentais, a esperança de ajuda por parte desta organização é pouca”, destacou o embaixador russo.


O pool de reservas também ajudará os países do Brics a interagir gradualmente sem a mediação do dólar norte-americano, segundo Natália Samoilova, embora tenha sido decidido repor o capital social do Banco de Desenvolvimento e do pool das reservas de divisas dos países do Brics com a moeda americana. “Não podemos excluir que em um futuro muito próximo, tendo em conta as ameaças de sanções econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da UE, o dólar possa vir a ser substituído pelo rublo e por outras moedas nacionais dos membros do grupo”, diz a economista.
Publicado originalmente pelo Vzgliad´[ http://vz.ru/ ]
6° Reunião da Cúpula dos BRICS, evento que reunirá, nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza, os chefes de estado dos cinco países, e ainda ministros, secretários e empresários. A previsão é que participem cerca de 750 pessoas, além das representações das cinco maiores empresas de cada um dos países-membros, bancos de desenvolvimento e cerca de 1.500 jornalistas de todo o mundo.
 
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From: Jacob BlinderSent: terça-feira, 27 de maio de 2014
Subject: BRASIL: VI Cúpula dos BRICS que se realizará em Fortaleza nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2014



Em Fortaleza, mais um passo para detonar Bretton Woods


Os BRICS e o fim de Bretton Woods


por Igor Grabois, especial para o Viomundo, 25 de maio de 2014 às 13:07
Fatos históricos importantes, muitas vezes, passam em branco para seus contemporâneos. Nos dias 15, 16 e 17 de julho, em Fortaleza, ocorre a VI Cúpula dos BRICS. As Cúpulas têm reunido os Chefes de Estado de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul anualmente desde 2009. A reunião de Fortaleza deverá consolidar os BRICS como uma organização dotada de instrumentos concretos para influir na economia e política internacionais. Este evento não tem merecido
a atenção devida na mídia, na academia e nos debates da internet.


Os círculos bem-pensantes e a mídia no Brasil se espelham na Europa e nos EUA. Desprezam a integração sul-americana e torcem o nariz para as iniciativas Sul-Sul. Uma política brasileira para a África provoca reações entre o escárnio e a ojeriza.


Promovem uma campanha sistemática contra o MERCOSUL. Querem a ALCA e o TAFTA (acordo de comércio e investimentos entre EUA e União Européia).


Quanto aos BRICS, a conversa é de que eles não têm nada em comum, exceto o tamanho. Pois eles têm muitas coisas em comum: o inimigo.


Os BRICS representam 43% da população mundial, 27% do PIB mundial e apenas 15% das cotas do FMI. Pelo critério do poder de compra, a China é a primeira economia mundial, a Índia a quarta, o Brasil a sétima e a Rússia a décima economia mundial. Estão fora do G-8, que voltou a ser G-7, após a expulsão da Rússia em função da crise ucraniana.


Crescimento econômico, agricultura, participação no comércio exterior, indústria, produção de energia etc, todos os dados mostram a ascensão dos BRICS e a estagnação do G-7.


Rússia, Índia, China e Brasil aumentam a cada ano fiscal seus gastos militares. Do G-7, apenas o Japão amplia seus gastos militares para se contrapor à China. Os outros cortam gastos, inclusive os EUA, apesar do gigantismo de sua máquina militar. A despeito da projeção dos países BRICS, há um movimento para obstar a influência política e econômica desses países.


Neste quadro, nada mais lógico do que a associação de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde a primeira cúpula dos BRICS em Ekaterinenburgo, em 2009, os acordos multilaterais e bilaterais se multiplicaram. Ciência e tecnologia, energia, compartilhamento de estatísticas, agricultura, energia, educação, defesa, espaço, em suma, a materialização de uma tirada de um diretor do Goldman Sachs é veloz.


Enquanto os BRICS aprofundam os laços, a reação de EUA, União Européia e Japão é cada vez mais barulhenta.


Não pode haver dúvidas dos verdadeiros alvos dos ataques dos EUA e União Européia na Ucrânia, na Síria e na Venezuela. Os EUA resolveram, agora, indiciar oficiais chineses por ciberespionagem… Snowden que o diga.


The Economist e Financial Times assumiram o papel de porta-voz dos rentistas brasileiros e estrangeiros na luta contra o que a política econômica brasileira pode ter de intervenção estatal e distributivista.


Desde 1945, o mundo capitalista foi regido pelos acordos de Bretton Woods, cidade do Massachusets, onde os vitoriosos da segunda guerra – sem a União Soviética — se reuniram para elaborar medidas para evitar crises como a de 1929.


Foi criado um banco de desenvolvimento, o Banco Mundial e um fundo para prevenir e combater crises cambiais, o FMI. E mais importante, elegeram o dólar como moeda de conversibilidade internacional. A solvência de um país passou a ser medida pela quantidade de dólares que possui.


Porém, o arranjo de Bretton Woods mostrou sinais de esgotamento a partir da crise do petróleo nos anos 70. A dívida dos países latino-americanos e do leste europeu explodiu. A terapia do FMI matava os doentes, ao invés de curá-los.


A América Latina enfrentou a recessão econômica e a tragédia social sob a égide do Fundo. E a política do Fundo não preveniu as crises cambiais, ao contrário, contribuíram para agravá-las.


China e Rússia, após a queda do socialismo real em 1989/90, não foram absorvidos no sistema Bretton Woods. Argentina e Brasil, principais clientes do Fundo, se livraram dos “empréstimos-ponte” na década passada. O Fundo passa a ser visto como um estorvo, não uma solução. O FMI se dedica, agora, a detonar as economias da Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda para garantir o euro e as aplicações de banqueiros alemães.


Em 2010, no auge da insolvência dos países do sul da Europa, chegou-se a um acordo no Conselho de Governadores do FMI. Haveria nova distribuição das cotas do Fundo, diminuindo o poder de EUA, União Européia e Japão. Em troca, os BRICS compareceriam com 70 bilhões de dólares. Um alívio para a Europa em crise. O Congresso estadunidense, simplesmente, rejeitou o acordo no início deste ano. A gestão do FMI continua como dantes e os 70 bilhões não vão aparecer. Como diz aquela subsecretária, f*-se a União Européia.


Fortaleza, julho de 2014. Os Chefes de Estado dos BRICS assinarão o acordo de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos BRICS. Mais, assinarão um Acordo Contingente de Reservas. Um Banco Mundial e um FMI dos BRICS. China e Rússia fecharam acordo de fornecimento de gás nominado em rublos e yuans. Brasil e China já fazem parte do seu comércio nominado nas respectivas moedas nacionais.


As duas entidades financeiras, inicialmente, terão atuação nos países signatários. Nada impede que atuem junto a países fora dos BRICS. É só o começo. Afinal, para que acumular dólares, aturar as idiossincrasias das autoridades monetárias estadunidenses se os ventos batem em outra direção?


Los BRICS podrían adoptar el Glonass ruso y renunciar al GPS

Publicado: 27 may 2014 | 15:41 GMT Última actualización: 27 may 2014 | 15:41 GMT
"Rusia instalará estaciones de sus sistemas de posicionamiento global Glonass en el territorio de los Estados miembros del bloque BRICS. Esto aumentará la capacidad competitiva del sistema", adelanta el diplomático ruso Vadim Lúkov.
"Realizar este proyecto junto con los países del BRICS fortalecerá el carácter global de nuestro sistema y mejorará su competitividad al por menor. El mercado del BRICS supone 3.000 millones de consumidores. Muchos de ellos son consumidores de servicios de sistemas de navegación", comentó Lúkov.
Detalló que Roscosmos, la agencia espacial de Rusia, ya presentó ante el Gobierno ruso un plan para desplegar la infraestructura necesaria para el sistema global de navegación por satélite de alta precisión en los grandes territorios de los países que componen el bloque: Brasil, la India, China y Sudáfrica. Según acentúa Lúkov, esto permitirá aumentar considerablemente la precisión del sistema: "La tecnología de navegación por satélite se basa en el uso de un gran número de estaciones situadas con la máxima frecuencia posible en la superficie del globo terrestre. De este modo garantiza una alta precisión a la hora de posicionar los objetos. BRICS nos brinda una posibilidad única para realizarlo".

 
El sistema ruso de posicionamiento y navegación GLONASS se desarrolla desde el año 2001 y está a cargo de la agencia espacial Roscosmos. Lo integra una constelación de satélites que cubren toda la superficie de la Tierra y es utilizado tanto para fines militares como civiles. Permite determinar el posicionamiento de objetos con una precisión de hasta un metro. Su señal es accesible y gratuita en todo el mundo. Puede usarse para la observación de desastres naturales y en operaciones de rescate, controlar la seguridad en carreteras y la construcción de puentes. Su principal diferencia con el sistema estadounidense GPS es que no tiene, durante su movimiento orbital, resonancia con la rotación de la Tierra, lo que le proporciona una estabilidad mucho mayor.

 
Cabe recordar que a mediados de este mes de mayo Moscú comunicó que suspenderá el funcionamiento de las estaciones de GPS —el sistema de navegación desarrollado y explotado por el Pentágono— en el territorio ruso a partir del 1 de junio si no se llega a un acuerdo sobre la ubicación de las estaciones Glonass en EE.UU. Aseguró que si antes de septiembre no se consigue un compromiso, las estaciones serán destruidas. Por otra parte, adelantó que está planeando crear una red de estaciones terrestres de Glonass que incluirá 36 países. Las negociaciones acerca de los acuerdos con México, Nicaragua, Vietnam y Cuba ya se encuentran en fase activa.


¿Argentina a los BRICS?

Publicado: 20 may 2014 | 15:25 GMT
Blog de Juan Manuel Karg*

Recientes declaraciones del Embajador de India en Buenos Aires dieron cuenta del anhelo de este país en que Argentina pueda sumarse a los BRICS, bloque de países emergentes que además integran Brasil, Rusia, China y Sudáfrica. ¿Cuáles son las características que podrían permitir este ingreso y qué posibilidades reales hay para que esto suceda? ¿Qué papel pueden cumplir los BRICS en un nuevo escenario mundial? ¿Qué podría significar, para América Latina, un nuevo lugar internacional –destacado- del país que actualmente gobierna Cristina Fernández de Kirchner?   
 
La emergencia de un nuevo mundo multipolar parece cada vez más evidente, sobre todo a raíz del declive de Estados Unidos en su papel de “hegemón” internacional, y de la fuerte crisis económica que aún sacude principalmente a Europa. En ese contexto, donde el crecimiento sostenido de China hace posible que el “gigante asiático” se convierta a fines de 2014 en la primera economía mundial, y donde nuevamente Rusia se vuelve a mostrar como un actor global –desafiando a Occidente en la crisis ucraniana, por ejemplo-, se producen diversas especulaciones sobre un hipotético ingreso de Argentina al bloque de los BRICS. ¿El disparador? Las declaraciones públicas de Amarenda Khatua, el Embajador de India en Buenos Aires, quien además sostuvo que esta idea de su país cuenta con el respaldo de Brasil y Sudáfrica. 
 
Sin bien todo ingreso a cualquier organismo internacional de estas características amerita profundas evaluaciones entre los países miembros, la sola discusión de esta posibilidad da cuenta del sostenido crecimiento económico tanto de Argentina como de América Latina en su conjunto desde inicios del Siglo XXI, implementado en buena parte como consecuencia de la aparición de gobiernos posneoliberales -en ambos casos-. Sin este elemento no habría consideración alguna de un posible ingreso de parte del bloque emergente, hay que decirlo con claridad. 
 
En una reciente entrevista, el economista Alfredo Serrano Mancilla, director del CELAG –Centro Estratégico Latinoamericano Geopolítico-, afirmó que “Estados Unidos está procurando una ´guerra´ contra los emergentes porque le preocupa mucho que China cambie su política económica y se ´desamericanice´, y que la alianza de los BRICS sea cada vez más sólida –del 60 al 80% de las transacciones de este bloque son en otras monedas y no en dólares-”. Las afirmaciones de Serrano Mancilla tienen asidero: China está reduciendo activamente sus reservas de dólares, y promoviendo activamente el yuan en el mercado global en calidad de divisa internacional. ¿Cómo ingresa el BRICS aquí, en este ajedrez geoeconómico? Con la futura creación del Banco de Desarrollo del bloque, prevista para 2015, y la aparición de la Fundación de Reservas de Divisas. Con ambos, se intenta contrarrestar el protagonismo de los organismos multilaterales de crédito con hegemonía de Washington, como el propio FMI. 
 
Dos datos dan cuenta de la importancia de este organismo internacional de cooperación Sur-Sur: estos países representan más del 20% del PBI mundial y alojan al 40% de la población del planeta.  Actualmente un tercio del comercio externo de Argentina es hacia el conjunto de países que componen los BRICS: la vinculación comercial con ellos, por tanto, es creciente, y nada hace suponer que decrezca en los próximos años, sino más bien lo contrario. El economista español Santiago Niño-Becerra también destacó la “estabilidad política” de Argentina como dato elocuente para que los miembros del BRICS puedan pensar en un hipotético ingreso en el bloque de emergentes. 
 
Al momento de escribir estas líneas, la reacción de Rusia y China sobre una posible ampliación ha sido de cautela: mientras Beijing prefirió no emitir comentarios, Moscú destacó, a través de la opinión de viceministro ruso de Exteriores, Serguéi Riabkov, que una posible ampliación de los BRICS requerirá de un exhaustivo análisis, ya que el bloque se encuentra en proceso de consolidación. ¿Qué podría estar detrás de este razonamiento? Una evaluación pragmática: el saber que, en organismos internacionales, a más miembros más esfuerzo para arribar a consensos –de ahí la posible apelación a la necesidad de “consolidar”-. Sin embargo, Moscú afirmó no estar cerrado a la posibilidad, algo que sin dudas también tiene que ver con su relación creciente –no sólo económica, sino social y política- con el continente, tras la reciente gira del canciller Lavrov a la región. 
 
Dos eventos seguramente brindarán mayores certezas para que esta posibilidad tenga un mayor grado de factibilidad o no: una nueva cumbre de BRICS que se realizará el 15 de julio próximo en Fortaleza, Brasil, y, con posterioridad, la visita de Estado del presidente chino Xi Jinping a Argentina, que tendrá lugar sólo cuatro días después en Buenos Aires. En ese entonces Rusia y China deberán tener mayores elementos para apoyar o no la posición de India, Brasil y Sudáfrica de ampliar el bloque. 


*Juan Manuel Karg, Licenciado en Ciencia Política de la UBA
Investigador del Centro Cultural de la Cooperación de Buenos Aires


Argentina em busca de um lugar no Brics

19/05/2014 Iúri Paniev, especial para Gazeta Russa

Apesar das perspectivas de cooperação em diferentes áreas, Rússia e China temem que crise econômica no país latino-americano tenha impacto negativo no desenvolvimento do grupo.



A habitual sigla Brics poderá, dentro de algum tempo, mudar para Bricsa. A Argentina expressou o desejo formal de se juntar a essa aliança informal, que desde 2006 inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “O Brasil, a Índia e a África do Sul já manifestaram o seu acordo em relação a tal decisão”, declarou recentemente o embaixador indiano na Argentina, Amarend Khatua.


A Rússia e a China estão, por enquanto, analisando a iniciativa de Buenos Aires. As principais dúvidas giram em torno da economia argentina, que anda sobrecarregada com uma dívida externa de mais de US$ 130 bilhões. Do ponto de vista da Argentina, ser membro do bloco informal pode significar a obtenção de financiamento em condições mais favoráveis ​​do que as oferecidas por outras organizações internacionais.


“Temos uma abordagem construtiva em relação a quaisquer pedidos desse gênero, independentemente de quem eles venham”, diz o vice-chanceler russo, Serguêi Riabkov, sobre a cautela ao considerar a adesão da Argentina ao Brics.


O tema do alargamento do bloco informal é um assunto constante nas negociações entre as partes envolvidas há algum tempo. Além disso, uma série de contatos deve culminar com a cúpula do Brics em Fortaleza, no dia 15 de julho. “Lá os membros terão a oportunidade de discutir a questão em detalhe”, acrescenta Riabkov.
 
Sabe-se que, depois do encontro, o novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, irá à Argentina em visita oficial. Ainda em julho está prevista a visita do presidente chinês Xi Jinping a Buenos Aires. A China já tem uma cooperação ativa com o país, que se tornou um dos seus grandes fornecedores de soja. Além disso, Pequim tem apostado na Argentina em meio aos investimentos para criação de corredores transoceânicos.


Kremlin latino

O potencial de interação entre a Rússia e a Argentina também parece promissor. No entanto, o volume de negócios no nível dos US$ 1,5-2 bilhões por ano não pode ser chamado de satisfatório. “A Rússia tem uma longa relação comercial com a Argentina”, disse em entrevista à Gazeta Russa o vice-diretor do Instituto da América Latina da Academia Russa de Ciências, Boris Martinov.


“Nos anos 1970 e 80, fornecíamos à Argentina equipamento de hidrelétricas e outras produções de engenharia mecânica. Agora, precisamos levar essa relação a um novo patamar. O problema é que a Rússia tem estado muito focada nos mercados ocidentais, e a realidade atual mostrou o quanto essa relação é indesejável para a Rússia”, acrescentou Martinov.
BRICS
Em termos de apoio político, a Argentina já se manifestou claramente a favor da Rússia. A presidente Cristina Kirchner acusou duramente os padrões duplos da política ocidental frente às situações semelhantes da Crimeia e Ilhas Malvinas, onde, no ano passado, também houve um referendo sobre o estatuto do território. No caso argentino, a votação, ao contrário da situação na Crimeia, foi reconhecida como legítima pela comunidade internacional.


Medo da crise


“O formato do Brics prevê uma política externa independente e tem objetivo estratégico para a Rússia – a criação de um mundo multipolar e multicultural”, enfatiza o vice-diretor do Instituto da América Latina. O desejo de se juntar aos Brics foi também expresso recentemente pelo México, Irã, Cazaquistão e Indonésia.


Em 2013, os líderes do grupo concordaram em criar um fundo de reserva no valor de US$ 100 bilhões para proteção em caso de instabilidade do mercado. Ficou também decidida a criação de instituições financeiras próprias.


O incentivo para a criação dessas estruturas foram as chamadas “guerras cambiais”, que relembram a necessidade de diversificar não só as reservas de divisas, como também a necessidade e conveniência em realizar transações no comércio internacional com suas próprias moedas. Dada a importância dos países do Brics no comércio mundial, as suas instituições financeiras ajudariam a reforçar o estatuto das moedas dos países-membros.
“É nesses sentido que os gravíssimos problemas econômicos da Argentina levantam preocupações e podem se tornar o grande obstáculo para a adesão do país ao grupo”, explicou Martinov.


Brics avançam na criação de FMI próprio

14/04/2014 Olga Samofálova, Vzgliad

Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão fazendo progresso na criação de alternativas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, cujo domínio está concentrado em estruturas dos Estados Unidos e da União Europeia. Em um futuro próximo, órgão atual não será mais o único capaz de fornecer assistência financeira internacional.

Tudo indica que um pool de reservas cambiais, substituto do FMI, e um Banco de Desenvolvimento dos Brics, como alternativa para o Banco Mundial, irão funcionar já em 2015, garantiu o embaixador para missões especiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vadim Lukov, em coletiva de imprensa na semana passada.


“O Brasil já preparou o projeto do estatuto do Banco de Desenvolvimento, enquanto a Rússia está desenvolvendo o acordo intergovernamental sobre a criação do banco”, disse o diplomata.


Os países do Brics já chegaram a um acordo sobre o montante do capital das novas estruturas, que será de US$ 100 bilhões para cada uma. “Estamos atualmente negociando a distribuição do capital inicial de US$ 50 bilhões entre os parceiros e a localização da sede”, continuou o diplomata, acrescentando que todos os membros do grupo manifestaram interesse em sediar as instituições.


Para compor o pool de reservas cambiais, a China entrará com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia, com 18 bilhões cada, e a África do Sul, com US$ 5 bilhões. O volume das quantias entregues está correlacionado com o volume das economias nacionais.


O montante atual de recursos do FMI, que é determinado por regras especiais de empréstimos (SDR), gira em torno de US$ 369,52 bilhões. No entanto, fazem parte FMI 188 países que, a qualquer momento, podem necessitar de assistência financeira.


Banco político


Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como alternativa ao Banco Mundial para financiar projetos que não são de interesse dos EUA nem da UE. O objetivo principal da instituição, porém, é fornecer financiamento de projetos externos ao grupo e ajudar países que necessitam de ajuda para desenvolvimento de suas estruturas.


“Imaginemos que seja do interesse do Brics conceder um empréstimo a um país africano para o seu programa de desenvolvimento de energia hidrelétrica, no âmbito do qual os países do grupo poderão fornecer o seu equipamento ou atuarem como executantes dos trabalhos”, explica o especialista do Grupo de Peritos Econômicos, Iliá Prilepski. “Se o empréstimo for concedido pelo FMI, o equipamento será fornecido pelos países ocidentais, que irão também controlar o seu funcionamento.”


A criação do Banco de Desenvolvimento ganha, assim, conotação política, pois permite aos países do Brics avançar com seus interesses no exterior. “Esta é uma jogada de certa forma política, que pode enfatizar o fortalecimento crescente dos países cuja opinião não é muitas vezes levada em conta pelos países desenvolvidos”, ressalta a diretora do departamento de análise do Golden Hill Capital, Natália Samoilov.
BRICS


Proteção entre iguais


O pool de reservas cambiais dos países do Brics será uma proteção para o caso de surgirem problemas financeiros e déficit orçamentário em algum dos países-membros, como a recente queda brusca do rublo, por exemplo. A ajuda poderá ser obtida quando se verificar uma indesejada desvalorização abrupta da moeda nacional ou em caso de grande saída de capital devido ao abrandamento da política monetária da Reserva Federal dos EUA, que leva ao surgimento de problemas internos de crise no sistema bancário.


“A maior parte do FMI vai para o resgate do euro ou das moedas nacionais dos países desenvolvidos. Em caso de necessidade, e levando em conta que a gestão do FMI está nas mãos dos países ocidentais, a esperança de ajuda por parte desta organização é pouca”, destacou o embaixador russo.


O pool de reservas também ajudará os países do Brics a interagir gradualmente sem a mediação do dólar norte-americano, segundo Natália Samoilova, embora tenha sido decidido repor o capital social do Banco de Desenvolvimento e do pool das reservas de divisas dos países do Brics com a moeda americana. “Não podemos excluir que em um futuro muito próximo, tendo em conta as ameaças de sanções econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da UE, o dólar possa vir a ser substituído pelo rublo e por outras moedas nacionais dos membros do grupo”, diz a economista.
Publicado originalmente pelo Vzgliad´[ http://vz.ru/ ]
6° Reunião da Cúpula dos BRICS, evento que reunirá, nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza, os chefes de estado dos cinco países, e ainda ministros, secretários e empresários. A previsão é que participem cerca de 750 pessoas, além das representações das cinco maiores empresas de cada um dos países-membros, bancos de desenvolvimento e cerca de 1.500 jornalistas de todo o mundo.
 
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From: Jacob BlinderSent: terça-feira, 27 de maio de 2014
Subject: BRASIL: VI Cúpula dos BRICS que se realizará em Fortaleza nos dias 15, 16 e 17 de julho de 2014



Em Fortaleza, mais um passo para detonar Bretton Woods


Os BRICS e o fim de Bretton Woods


por Igor Grabois, especial para o Viomundo, 25 de maio de 2014 às 13:07
Fatos históricos importantes, muitas vezes, passam em branco para seus contemporâneos. Nos dias 15, 16 e 17 de julho, em Fortaleza, ocorre a VI Cúpula dos BRICS. As Cúpulas têm reunido os Chefes de Estado de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul anualmente desde 2009. A reunião de Fortaleza deverá consolidar os BRICS como uma organização dotada de instrumentos concretos para influir na economia e política internacionais. Este evento não tem merecido
a atenção devida na mídia, na academia e nos debates da internet.


Os círculos bem-pensantes e a mídia no Brasil se espelham na Europa e nos EUA. Desprezam a integração sul-americana e torcem o nariz para as iniciativas Sul-Sul. Uma política brasileira para a África provoca reações entre o escárnio e a ojeriza.


Promovem uma campanha sistemática contra o MERCOSUL. Querem a ALCA e o TAFTA (acordo de comércio e investimentos entre EUA e União Européia).


Quanto aos BRICS, a conversa é de que eles não têm nada em comum, exceto o tamanho. Pois eles têm muitas coisas em comum: o inimigo.


Os BRICS representam 43% da população mundial, 27% do PIB mundial e apenas 15% das cotas do FMI. Pelo critério do poder de compra, a China é a primeira economia mundial, a Índia a quarta, o Brasil a sétima e a Rússia a décima economia mundial. Estão fora do G-8, que voltou a ser G-7, após a expulsão da Rússia em função da crise ucraniana.


Crescimento econômico, agricultura, participação no comércio exterior, indústria, produção de energia etc, todos os dados mostram a ascensão dos BRICS e a estagnação do G-7.


Rússia, Índia, China e Brasil aumentam a cada ano fiscal seus gastos militares. Do G-7, apenas o Japão amplia seus gastos militares para se contrapor à China. Os outros cortam gastos, inclusive os EUA, apesar do gigantismo de sua máquina militar. A despeito da projeção dos países BRICS, há um movimento para obstar a influência política e econômica desses países.


Neste quadro, nada mais lógico do que a associação de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde a primeira cúpula dos BRICS em Ekaterinenburgo, em 2009, os acordos multilaterais e bilaterais se multiplicaram. Ciência e tecnologia, energia, compartilhamento de estatísticas, agricultura, energia, educação, defesa, espaço, em suma, a materialização de uma tirada de um diretor do Goldman Sachs é veloz.


Enquanto os BRICS aprofundam os laços, a reação de EUA, União Européia e Japão é cada vez mais barulhenta.


Não pode haver dúvidas dos verdadeiros alvos dos ataques dos EUA e União Européia na Ucrânia, na Síria e na Venezuela. Os EUA resolveram, agora, indiciar oficiais chineses por ciberespionagem… Snowden que o diga.


The Economist e Financial Times assumiram o papel de porta-voz dos rentistas brasileiros e estrangeiros na luta contra o que a política econômica brasileira pode ter de intervenção estatal e distributivista.


Desde 1945, o mundo capitalista foi regido pelos acordos de Bretton Woods, cidade do Massachusets, onde os vitoriosos da segunda guerra – sem a União Soviética — se reuniram para elaborar medidas para evitar crises como a de 1929.


Foi criado um banco de desenvolvimento, o Banco Mundial e um fundo para prevenir e combater crises cambiais, o FMI. E mais importante, elegeram o dólar como moeda de conversibilidade internacional. A solvência de um país passou a ser medida pela quantidade de dólares que possui.


Porém, o arranjo de Bretton Woods mostrou sinais de esgotamento a partir da crise do petróleo nos anos 70. A dívida dos países latino-americanos e do leste europeu explodiu. A terapia do FMI matava os doentes, ao invés de curá-los.


A América Latina enfrentou a recessão econômica e a tragédia social sob a égide do Fundo. E a política do Fundo não preveniu as crises cambiais, ao contrário, contribuíram para agravá-las.


China e Rússia, após a queda do socialismo real em 1989/90, não foram absorvidos no sistema Bretton Woods. Argentina e Brasil, principais clientes do Fundo, se livraram dos “empréstimos-ponte” na década passada. O Fundo passa a ser visto como um estorvo, não uma solução. O FMI se dedica, agora, a detonar as economias da Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda para garantir o euro e as aplicações de banqueiros alemães.


Em 2010, no auge da insolvência dos países do sul da Europa, chegou-se a um acordo no Conselho de Governadores do FMI. Haveria nova distribuição das cotas do Fundo, diminuindo o poder de EUA, União Européia e Japão. Em troca, os BRICS compareceriam com 70 bilhões de dólares. Um alívio para a Europa em crise. O Congresso estadunidense, simplesmente, rejeitou o acordo no início deste ano. A gestão do FMI continua como dantes e os 70 bilhões não vão aparecer. Como diz aquela subsecretária, f*-se a União Européia.


Fortaleza, julho de 2014. Os Chefes de Estado dos BRICS assinarão o acordo de criação do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos BRICS. Mais, assinarão um Acordo Contingente de Reservas. Um Banco Mundial e um FMI dos BRICS. China e Rússia fecharam acordo de fornecimento de gás nominado em rublos e yuans. Brasil e China já fazem parte do seu comércio nominado nas respectivas moedas nacionais.


As duas entidades financeiras, inicialmente, terão atuação nos países signatários. Nada impede que atuem junto a países fora dos BRICS. É só o começo. Afinal, para que acumular dólares, aturar as idiossincrasias das autoridades monetárias estadunidenses se os ventos batem em outra direção?


Los BRICS podrían adoptar el Glonass ruso y renunciar al GPS

Publicado: 27 may 2014 | 15:41 GMT Última actualización: 27 may 2014 | 15:41 GMT
"Rusia instalará estaciones de sus sistemas de posicionamiento global Glonass en el territorio de los Estados miembros del bloque BRICS. Esto aumentará la capacidad competitiva del sistema", adelanta el diplomático ruso Vadim Lúkov.
"Realizar este proyecto junto con los países del BRICS fortalecerá el carácter global de nuestro sistema y mejorará su competitividad al por menor. El mercado del BRICS supone 3.000 millones de consumidores. Muchos de ellos son consumidores de servicios de sistemas de navegación", comentó Lúkov.
Detalló que Roscosmos, la agencia espacial de Rusia, ya presentó ante el Gobierno ruso un plan para desplegar la infraestructura necesaria para el sistema global de navegación por satélite de alta precisión en los grandes territorios de los países que componen el bloque: Brasil, la India, China y Sudáfrica. Según acentúa Lúkov, esto permitirá aumentar considerablemente la precisión del sistema: "La tecnología de navegación por satélite se basa en el uso de un gran número de estaciones situadas con la máxima frecuencia posible en la superficie del globo terrestre. De este modo garantiza una alta precisión a la hora de posicionar los objetos. BRICS nos brinda una posibilidad única para realizarlo".

 
El sistema ruso de posicionamiento y navegación GLONASS se desarrolla desde el año 2001 y está a cargo de la agencia espacial Roscosmos. Lo integra una constelación de satélites que cubren toda la superficie de la Tierra y es utilizado tanto para fines militares como civiles. Permite determinar el posicionamiento de objetos con una precisión de hasta un metro. Su señal es accesible y gratuita en todo el mundo. Puede usarse para la observación de desastres naturales y en operaciones de rescate, controlar la seguridad en carreteras y la construcción de puentes. Su principal diferencia con el sistema estadounidense GPS es que no tiene, durante su movimiento orbital, resonancia con la rotación de la Tierra, lo que le proporciona una estabilidad mucho mayor.

 
Cabe recordar que a mediados de este mes de mayo Moscú comunicó que suspenderá el funcionamiento de las estaciones de GPS —el sistema de navegación desarrollado y explotado por el Pentágono— en el territorio ruso a partir del 1 de junio si no se llega a un acuerdo sobre la ubicación de las estaciones Glonass en EE.UU. Aseguró que si antes de septiembre no se consigue un compromiso, las estaciones serán destruidas. Por otra parte, adelantó que está planeando crear una red de estaciones terrestres de Glonass que incluirá 36 países. Las negociaciones acerca de los acuerdos con México, Nicaragua, Vietnam y Cuba ya se encuentran en fase activa.


¿Argentina a los BRICS?

Publicado: 20 may 2014 | 15:25 GMT
Blog de Juan Manuel Karg*

Recientes declaraciones del Embajador de India en Buenos Aires dieron cuenta del anhelo de este país en que Argentina pueda sumarse a los BRICS, bloque de países emergentes que además integran Brasil, Rusia, China y Sudáfrica. ¿Cuáles son las características que podrían permitir este ingreso y qué posibilidades reales hay para que esto suceda? ¿Qué papel pueden cumplir los BRICS en un nuevo escenario mundial? ¿Qué podría significar, para América Latina, un nuevo lugar internacional –destacado- del país que actualmente gobierna Cristina Fernández de Kirchner?   
 
La emergencia de un nuevo mundo multipolar parece cada vez más evidente, sobre todo a raíz del declive de Estados Unidos en su papel de “hegemón” internacional, y de la fuerte crisis económica que aún sacude principalmente a Europa. En ese contexto, donde el crecimiento sostenido de China hace posible que el “gigante asiático” se convierta a fines de 2014 en la primera economía mundial, y donde nuevamente Rusia se vuelve a mostrar como un actor global –desafiando a Occidente en la crisis ucraniana, por ejemplo-, se producen diversas especulaciones sobre un hipotético ingreso de Argentina al bloque de los BRICS. ¿El disparador? Las declaraciones públicas de Amarenda Khatua, el Embajador de India en Buenos Aires, quien además sostuvo que esta idea de su país cuenta con el respaldo de Brasil y Sudáfrica. 
 
Sin bien todo ingreso a cualquier organismo internacional de estas características amerita profundas evaluaciones entre los países miembros, la sola discusión de esta posibilidad da cuenta del sostenido crecimiento económico tanto de Argentina como de América Latina en su conjunto desde inicios del Siglo XXI, implementado en buena parte como consecuencia de la aparición de gobiernos posneoliberales -en ambos casos-. Sin este elemento no habría consideración alguna de un posible ingreso de parte del bloque emergente, hay que decirlo con claridad. 
 
En una reciente entrevista, el economista Alfredo Serrano Mancilla, director del CELAG –Centro Estratégico Latinoamericano Geopolítico-, afirmó que “Estados Unidos está procurando una ´guerra´ contra los emergentes porque le preocupa mucho que China cambie su política económica y se ´desamericanice´, y que la alianza de los BRICS sea cada vez más sólida –del 60 al 80% de las transacciones de este bloque son en otras monedas y no en dólares-”. Las afirmaciones de Serrano Mancilla tienen asidero: China está reduciendo activamente sus reservas de dólares, y promoviendo activamente el yuan en el mercado global en calidad de divisa internacional. ¿Cómo ingresa el BRICS aquí, en este ajedrez geoeconómico? Con la futura creación del Banco de Desarrollo del bloque, prevista para 2015, y la aparición de la Fundación de Reservas de Divisas. Con ambos, se intenta contrarrestar el protagonismo de los organismos multilaterales de crédito con hegemonía de Washington, como el propio FMI. 
 
Dos datos dan cuenta de la importancia de este organismo internacional de cooperación Sur-Sur: estos países representan más del 20% del PBI mundial y alojan al 40% de la población del planeta.  Actualmente un tercio del comercio externo de Argentina es hacia el conjunto de países que componen los BRICS: la vinculación comercial con ellos, por tanto, es creciente, y nada hace suponer que decrezca en los próximos años, sino más bien lo contrario. El economista español Santiago Niño-Becerra también destacó la “estabilidad política” de Argentina como dato elocuente para que los miembros del BRICS puedan pensar en un hipotético ingreso en el bloque de emergentes. 
 
Al momento de escribir estas líneas, la reacción de Rusia y China sobre una posible ampliación ha sido de cautela: mientras Beijing prefirió no emitir comentarios, Moscú destacó, a través de la opinión de viceministro ruso de Exteriores, Serguéi Riabkov, que una posible ampliación de los BRICS requerirá de un exhaustivo análisis, ya que el bloque se encuentra en proceso de consolidación. ¿Qué podría estar detrás de este razonamiento? Una evaluación pragmática: el saber que, en organismos internacionales, a más miembros más esfuerzo para arribar a consensos –de ahí la posible apelación a la necesidad de “consolidar”-. Sin embargo, Moscú afirmó no estar cerrado a la posibilidad, algo que sin dudas también tiene que ver con su relación creciente –no sólo económica, sino social y política- con el continente, tras la reciente gira del canciller Lavrov a la región. 
 
Dos eventos seguramente brindarán mayores certezas para que esta posibilidad tenga un mayor grado de factibilidad o no: una nueva cumbre de BRICS que se realizará el 15 de julio próximo en Fortaleza, Brasil, y, con posterioridad, la visita de Estado del presidente chino Xi Jinping a Argentina, que tendrá lugar sólo cuatro días después en Buenos Aires. En ese entonces Rusia y China deberán tener mayores elementos para apoyar o no la posición de India, Brasil y Sudáfrica de ampliar el bloque. 


*Juan Manuel Karg, Licenciado en Ciencia Política de la UBA
Investigador del Centro Cultural de la Cooperación de Buenos Aires


Argentina em busca de um lugar no Brics

19/05/2014 Iúri Paniev, especial para Gazeta Russa

Apesar das perspectivas de cooperação em diferentes áreas, Rússia e China temem que crise econômica no país latino-americano tenha impacto negativo no desenvolvimento do grupo.



A habitual sigla Brics poderá, dentro de algum tempo, mudar para Bricsa. A Argentina expressou o desejo formal de se juntar a essa aliança informal, que desde 2006 inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “O Brasil, a Índia e a África do Sul já manifestaram o seu acordo em relação a tal decisão”, declarou recentemente o embaixador indiano na Argentina, Amarend Khatua.


A Rússia e a China estão, por enquanto, analisando a iniciativa de Buenos Aires. As principais dúvidas giram em torno da economia argentina, que anda sobrecarregada com uma dívida externa de mais de US$ 130 bilhões. Do ponto de vista da Argentina, ser membro do bloco informal pode significar a obtenção de financiamento em condições mais favoráveis ​​do que as oferecidas por outras organizações internacionais.


“Temos uma abordagem construtiva em relação a quaisquer pedidos desse gênero, independentemente de quem eles venham”, diz o vice-chanceler russo, Serguêi Riabkov, sobre a cautela ao considerar a adesão da Argentina ao Brics.


O tema do alargamento do bloco informal é um assunto constante nas negociações entre as partes envolvidas há algum tempo. Além disso, uma série de contatos deve culminar com a cúpula do Brics em Fortaleza, no dia 15 de julho. “Lá os membros terão a oportunidade de discutir a questão em detalhe”, acrescenta Riabkov.
 
Sabe-se que, depois do encontro, o novo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, irá à Argentina em visita oficial. Ainda em julho está prevista a visita do presidente chinês Xi Jinping a Buenos Aires. A China já tem uma cooperação ativa com o país, que se tornou um dos seus grandes fornecedores de soja. Além disso, Pequim tem apostado na Argentina em meio aos investimentos para criação de corredores transoceânicos.


Kremlin latino

O potencial de interação entre a Rússia e a Argentina também parece promissor. No entanto, o volume de negócios no nível dos US$ 1,5-2 bilhões por ano não pode ser chamado de satisfatório. “A Rússia tem uma longa relação comercial com a Argentina”, disse em entrevista à Gazeta Russa o vice-diretor do Instituto da América Latina da Academia Russa de Ciências, Boris Martinov.


“Nos anos 1970 e 80, fornecíamos à Argentina equipamento de hidrelétricas e outras produções de engenharia mecânica. Agora, precisamos levar essa relação a um novo patamar. O problema é que a Rússia tem estado muito focada nos mercados ocidentais, e a realidade atual mostrou o quanto essa relação é indesejável para a Rússia”, acrescentou Martinov.
BRICS
Em termos de apoio político, a Argentina já se manifestou claramente a favor da Rússia. A presidente Cristina Kirchner acusou duramente os padrões duplos da política ocidental frente às situações semelhantes da Crimeia e Ilhas Malvinas, onde, no ano passado, também houve um referendo sobre o estatuto do território. No caso argentino, a votação, ao contrário da situação na Crimeia, foi reconhecida como legítima pela comunidade internacional.


Medo da crise


“O formato do Brics prevê uma política externa independente e tem objetivo estratégico para a Rússia – a criação de um mundo multipolar e multicultural”, enfatiza o vice-diretor do Instituto da América Latina. O desejo de se juntar aos Brics foi também expresso recentemente pelo México, Irã, Cazaquistão e Indonésia.


Em 2013, os líderes do grupo concordaram em criar um fundo de reserva no valor de US$ 100 bilhões para proteção em caso de instabilidade do mercado. Ficou também decidida a criação de instituições financeiras próprias.


O incentivo para a criação dessas estruturas foram as chamadas “guerras cambiais”, que relembram a necessidade de diversificar não só as reservas de divisas, como também a necessidade e conveniência em realizar transações no comércio internacional com suas próprias moedas. Dada a importância dos países do Brics no comércio mundial, as suas instituições financeiras ajudariam a reforçar o estatuto das moedas dos países-membros.
“É nesses sentido que os gravíssimos problemas econômicos da Argentina levantam preocupações e podem se tornar o grande obstáculo para a adesão do país ao grupo”, explicou Martinov.


Brics avançam na criação de FMI próprio

14/04/2014 Olga Samofálova, Vzgliad

Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão fazendo progresso na criação de alternativas ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, cujo domínio está concentrado em estruturas dos Estados Unidos e da União Europeia. Em um futuro próximo, órgão atual não será mais o único capaz de fornecer assistência financeira internacional.

Tudo indica que um pool de reservas cambiais, substituto do FMI, e um Banco de Desenvolvimento dos Brics, como alternativa para o Banco Mundial, irão funcionar já em 2015, garantiu o embaixador para missões especiais do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Vadim Lukov, em coletiva de imprensa na semana passada.


“O Brasil já preparou o projeto do estatuto do Banco de Desenvolvimento, enquanto a Rússia está desenvolvendo o acordo intergovernamental sobre a criação do banco”, disse o diplomata.


Os países do Brics já chegaram a um acordo sobre o montante do capital das novas estruturas, que será de US$ 100 bilhões para cada uma. “Estamos atualmente negociando a distribuição do capital inicial de US$ 50 bilhões entre os parceiros e a localização da sede”, continuou o diplomata, acrescentando que todos os membros do grupo manifestaram interesse em sediar as instituições.


Para compor o pool de reservas cambiais, a China entrará com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia, com 18 bilhões cada, e a África do Sul, com US$ 5 bilhões. O volume das quantias entregues está correlacionado com o volume das economias nacionais.


O montante atual de recursos do FMI, que é determinado por regras especiais de empréstimos (SDR), gira em torno de US$ 369,52 bilhões. No entanto, fazem parte FMI 188 países que, a qualquer momento, podem necessitar de assistência financeira.


Banco político


Outra promessa dos Brics é a criação de um Banco de Desenvolvimento como alternativa ao Banco Mundial para financiar projetos que não são de interesse dos EUA nem da UE. O objetivo principal da instituição, porém, é fornecer financiamento de projetos externos ao grupo e ajudar países que necessitam de ajuda para desenvolvimento de suas estruturas.


“Imaginemos que seja do interesse do Brics conceder um empréstimo a um país africano para o seu programa de desenvolvimento de energia hidrelétrica, no âmbito do qual os países do grupo poderão fornecer o seu equipamento ou atuarem como executantes dos trabalhos”, explica o especialista do Grupo de Peritos Econômicos, Iliá Prilepski. “Se o empréstimo for concedido pelo FMI, o equipamento será fornecido pelos países ocidentais, que irão também controlar o seu funcionamento.”


A criação do Banco de Desenvolvimento ganha, assim, conotação política, pois permite aos países do Brics avançar com seus interesses no exterior. “Esta é uma jogada de certa forma política, que pode enfatizar o fortalecimento crescente dos países cuja opinião não é muitas vezes levada em conta pelos países desenvolvidos”, ressalta a diretora do departamento de análise do Golden Hill Capital, Natália Samoilov.
BRICS


Proteção entre iguais


O pool de reservas cambiais dos países do Brics será uma proteção para o caso de surgirem problemas financeiros e déficit orçamentário em algum dos países-membros, como a recente queda brusca do rublo, por exemplo. A ajuda poderá ser obtida quando se verificar uma indesejada desvalorização abrupta da moeda nacional ou em caso de grande saída de capital devido ao abrandamento da política monetária da Reserva Federal dos EUA, que leva ao surgimento de problemas internos de crise no sistema bancário.


“A maior parte do FMI vai para o resgate do euro ou das moedas nacionais dos países desenvolvidos. Em caso de necessidade, e levando em conta que a gestão do FMI está nas mãos dos países ocidentais, a esperança de ajuda por parte desta organização é pouca”, destacou o embaixador russo.


O pool de reservas também ajudará os países do Brics a interagir gradualmente sem a mediação do dólar norte-americano, segundo Natália Samoilova, embora tenha sido decidido repor o capital social do Banco de Desenvolvimento e do pool das reservas de divisas dos países do Brics com a moeda americana. “Não podemos excluir que em um futuro muito próximo, tendo em conta as ameaças de sanções econômicas contra a Rússia por parte dos EUA e da UE, o dólar possa vir a ser substituído pelo rublo e por outras moedas nacionais dos membros do grupo”, diz a economista.
Publicado originalmente pelo Vzgliad´[ http://vz.ru/ ]