quinta-feira, 19 de março de 2020

O erro de análise que estão cometendo nos mercados

Nos últimos dias a Bolsa, que geralmente é considerada um termômetro do Mercado sofreu com grandes solavancos.
Mas até que ponto a Bolsa pode ser considerada como uma referência para nossas decisões financeiras e para as decisões econômicas do nosso país?
O que significa na prática a Bolsa cair ou a Bolsa subir? O que isso interfere na sua vida de forma prática?
Quando a Bolsa está em alta, muitas pessoas dizem que as coisas melhoraram. Porém grande parte dessas pessoas nem sequer investem em ações.
A verdade é que não podemos seguir reféns do mercado. Chegou a hora de ter um Brasil dos brasileiros e não dos banqueiros e donos de empresas.
Grande abraço!
Edu Moreira

Aécio recebeu R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e Andrade Gutierrez, diz PF SÓ DAS DUAS EMPREITEIRAS

Aécio recebeu R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e Andrade Gutierrez, diz PF

Relatório da Polícia Federal conclui que o tucano Aécio Neves recebeu mais de R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e da Andrade Gutierrez
(Foto: Wilson Dias)
 
247 - Ao concluir o relatório final da investigação sobre as hidrelétricas do Rio Madeira, a Polícia Federal afirma que foi rastreado o pagamento de R$ 65 milhões em propina da Odebrecht e da Andrade Gutierrez ao tucano Aécio Neves.
"Estão presentes indícios suficientes de autoria e de materialidade de que o deputado federal Aécio Neves da Cunha, ao receber valores indevidos no total de R$ 64.990.324,00 (sessenta e quatro milhões, novecentos e noventa mil, trezentos e vinte e quatro reais) do grupo Odebrecht e da construtora Andrade Gutierrez entre os anos de 2008 e 2011, praticou a conduta tipificada no art. 317 do Código Penal, e portanto, praticou o delito de corrupção passiva, com pena de 2 a 12 anos", escreveu o delegado Bernardo Guidali Amaral na conclusão do relatório, segundo reportagem do O Globo.
O inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ficará sob a análise da Procuradoria-Geral da República, que decidirá sobre o oferecimento de denúncia neste caso.
De acordo com as investigação, doleiros ouvidos pela PF confirmaram ter viabilizado recursos para operadores de Aécio, utilizando o esquema de Dario Messer, o doleiro dos doleiros preso pela Lava Jato do Rio. 
A PF acusa Aécio, o empresário Alexandre Accioly, compadre e amigo de juventude do tucano, e o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

Vamos falar de socialismo

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Vamos falar de socialismo

 

Caros leitores,

Passamos um longo período, ao redor de seis meses, com doações em queda, e o pronto retorno de 134 leitores que, após nossa última Carta (04.03.2020), atenderam o nosso apelo, tornando-se parceiros-doadores, renovou nossas energias.

Qualquer doação, por mais singela que pareça, é de imensa valia. Sabemos que a vida está dura, e compreendemos: estamos vivendo um dos piores momentos da história recente.

Período de angústias, de desconfianças, de incertezas e de efetiva falta de dinheiro no bolso.

˜Quer melhorar o país, tira o PT˜, dizia Aécio Neves em 2014. E com este slogan, quase ganharam a eleição...

˜Precisamos reconquistar a confiança do Mercado˜, dizia Temer. E lá se foram os investimentos em Saúde, Educação, Segurança na famigerada política de Teto de Gastos.

Com este slogan, Temer se manteve no poder e aprofundou a crise que agora vivemos, ganhando apoio de parte do Judiciário que se curvou com medo das ruas.

Em 2018, ante a prisão de Lula, o protótipo de ditador venceu as eleições, contando com apoio irrestrito das elites (Organizações Globo à frente), o que aprofundou ainda mais a nossa crise.

É absolutamente compreensível, portanto, o refluxo das doações.

Uma a uma, nossas palavras de ordem foram derrotadas. “Não vai ter golpe”, teve. “Fora Temer”, ele ficou. ˜Diretas já”, não levamos. “Não vai ter Reforma da Previdência”, teve e a trabalhista também. “Ele não!”, e ele está aí, destruindo tudo o que toca.

É evidente que isso tudo se reflete no nosso ânimo. E desde então nossas angústias só cresceram e o desemprego alcançou muitos de nós.

Nós sabíamos que não seria fácil.

A questão é que precisamos nos manter firmes e unidos. E, confesso, que o retorno desses 134 leitores de Carta Maior reavivou nossas esperanças.

Não precisamos dizer que ainda é insuficiente. Carta Maior precisa do dobro de parceiros, pelo menos de 3 mil doadores – equivalente a apenas 1% do seu número de leitores – para que possamos realizar nossos trabalhos com tranquilidade.

Por favor, nos ajude.

Aproveito para comunicar que Carta Maior voltou se engajar no Fórum Social Mundial. Estaremos presentes na próxima edição do evento que ocorrerá em janeiro, no México, não só cobrindo os debates, como também promovendo uma mesa para discutirmos “O socialismo que queremos”, com convidados dos cinco continentes.

Vocês devem participar.

Instrumento da esquerda global contra o neoliberalismo, o FSM poderá representar uma alternativa contra o capitalismo selvagem, antidemocrático e ambientalmente insustentável, tornado visível com a crise de 2008.

Prova disso é o pânico da direita norte-americana e do Partido Democrata com Bernie Sanders.

Durante a 47ª. Conferência de Ação Política Conservadora, ocorrida entre 26 e 29 de fevereiro, no National Harbour, em Maryland, reunindo Trump, Mike Pence, Mike Pompeo, entre outros da mesma lavra, inclusive Eduardo Bolsonaro, eles compararam o socialismo a um vírus:

  

A Carta Maior, foi fundada em 2001. Era o início da rede mundial de computadores no Brasil. O Facebook foi lançado em 2004, o YouTube em 2005 e o Twitter, em 2006. No dia 28 de janeiro de 2020 completaremos 19 anos. O GOLPE de 2016, nos atingiu violentamente, quase nos levando ao desaparecimento. Porém, nossos leitores não permitiram que isso ocorresse e nos trouxeram até aqui. Agora precisamos avançar, criando outras formas de comunicação.
Se você valoriza o que obtém da Carta Maior e quer mais, junte-se a nós com uma doação, para que possamos crescer e fazer o jornalismo que é necessário e que os próximos anos nos exigirão. Doe 1 real por dia (R$30,00 mês) e se puder doe mais. Precisamos de todos.

  DOE AGORA  
 
  


“Veio do exterior e infectou a América. Pode se espalhar de pessoa para pessoa e é potencialmente fatal. Quando os sintomas emergem, talvez já seja tarde demais.”

Pelo porte da Conferência Conservadora, eles consideram que o “vírus do socialismo eclodiu novamente e tem potencial para ser uma ameaça para a economia mais poderosa do mundo, maior até do que o agressivo coronavírus”, disse Larry Kudlow, consultor econômico de Trump, à indigitada Conferência.

Comentários sobre essa Conferência, que já reuniu centenas de organizações conservadoras, e 19 mil ativistas, podem ser lidos no artigo de David Smith, publicado no Guardian (e traduzido a vocês por CM) – ‘América vs Socialism’: conservadores furiosos com a esquerda tramam novo ‘ameaça vermelha’.

De modo geral, o evento intitulado “América versus socialismo”, expressa o pavor que eles sentem de um senhor de 78 anos que, com um grupo de jovens, trouxe para a pauta do debate mundial uma palavra que parecia ter sido varrida da face da terra: o SOCIALISMO.

Um candidato que não tem medo de falar em SOCIALISMO, pelo contrário, tem orgulho e enche a boca para reafirmar os nossos valores, os únicos capazes de garantir a sobrevivência do nosso planeta.

Ou vocês acham que com o SUS privatizado, como tanto deseja Paulo Guedes, alguém escaparia do coronavírus?

E por falar em socialismo, leiam também “Se Deus está morto, então... socialismo?”, entrevista com o jovem filósofo Martin Hägglund (Yale University) mais uma tradução nossa, sobre liberdade, política e o sentido da vida.
E com a ajuda de vocês, este ano será o ano de socialismo na Carta Maior, vamos publicar dezenas de textos debatendo este tema crucial na atualidade.

Sigamos juntos

Joaquim Ernesto Palhares
Diretor da Carta Maior

Países da Europa entram em alerta por causa do coronavírus

https://www.facebook.com/DomingoEspetacular/videos/237847607605998/?v=237847607605998

EXCLUSIVO: Lula diz tudo o que pensa sobre a crise do Coronavírus

https://www.facebook.com/Lula/videos/1509623112548419/?v=1509623112548419

Os destaques da noite no 247

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Dez cuidados com o coronavírus para quando precisar sair ou voltar para casa

QUERO APOIAR O BRASIL 247
Boa leitura!
Equipe 247

Patrões, liberem nossas mães


Quinta-feira, 19 de março de 2020
Patrões, liberem nossas mães

Este texto é um pedido: deixe sua empregada em casa durante a crise de coronavírus e siga pagando seu salário ou diária. Essas mulheres, em sua maioria, são mães, chefes de família e financeiramente vulneráveis.
Como netos, filhos e sobrinhos de mulheres que encontraram no trabalho doméstico a solução para não morrer de fome – as mulheres de nossa família são migrantes do interior e chegaram à cidade grande apenas com a roupa do corpo —, afirmamos: sua empregada dificilmente pedirá quarentena. O motivo? Ela precisa do salário.
Temos 20 e poucos anos, fazemos faculdade e estágio, e agora estamos de home office por tempo indeterminado por conta do coronavírus. O nosso trabalho nos permite isso. Mas nossas avós, mães e tias não têm essa opção.
Nos últimos dias, o primeiro caso de transmissão local do novo coronavírus chamou atenção dos leitores da coluna do Lauro Jardim. Os patrões, moradores de um bairro de classe alta do Rio de Janeiro, foram testados positivo para a covid-19 e se colocaram em quarentena — com a empregada não infectada junto.
Outro caso aconteceu em Feira de Santana, na Bahia: uma mulher que voltou de viagem da Itália, contaminou sua empregada que, por sua vez, contaminou seus pais idosos. O mais recente, ocorrido em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro, foi fatal: uma idosa de 63 anos faleceu com sintomas de coronavírus. A vítima teve contato com sua empregadora, que veio da Itália e testou positivo para a covid-19. A morte foi confirmada na estatística do coronavírus.
Quem cresceu sentindo os efeitos da falta de direitos básicos trabalhar em condições de risco não assustam. Pelo contrário: fazem parte da história das mulheres de nossas famílias que relatam situações de desmandos e prepotência na casa dos patrões.
É sobre opressão social que falamos. Para manter seus privilégios, empregadores têm colocado em risco a vida da empregada, da família da empregada, a sua própria vida e a vida de sua família — sem contar o trajeto que a empregada faz na ida e na volta, porque o rastro de pessoas infectadas pode ser enorme. A cada espirro ou tosse de alguém dentro do ônibus, elas nos relatam ter um ataque de pânico com medo de contrair o vírus.
Já mostramos que o coronavírus não é democrático. O contágio pode afetar gente de diferentes classes sociais, mas nem todos terão o mesmo acesso a tratamento médico. Enquanto empregados morrem, seus patrões infectados seguem vivos. E não é difícil adivinhar o porquê: muitas mal têm acesso à água potável para consumo, que dirá para lavar as mãos regularmente. Além disso, as condições exigentes de trabalho e de vida as deixam com a saúde mais frágil.
Mas, afinal, qual é a saída?
Trabalhadores que contribuem com o INSS podem solicitar o auxílio doença, mas eles terão de enfrentar uma grande fila de espera para receber o benefício. O caso das diaristas é ainda mais complexo: grande parte delas não contribui com a previdência como microempreendedor individual e não têm carteira assinada. Em um cenário de pandemia, o correto seria um acordo entre empregador e empregado, com uma antecipação mínima de 14 dias das férias e a remuneração do empregado durante esse período.
Em tempos de recessão econômica, contrariar o empregador não é opção para quem precisa colocar comida na mesa. Por isso, ainda que o seu funcionário não tenha falado sobre a preocupação com o coronavírus, não aja como se a contaminação não fosse chegar até você. Proponha férias antecipadas e remuneradas.
Não considere normal não pagar suas funcionárias que não irão trabalhar nesta crise. Não as deixem desamparadas financeiramente. O momento pede solidariedade e empatia. Precisamos estar unidos para sair dessa.
 
Ana Paula Carvalho
Estagiária de jornalismo
 
Bruno Sousa
Estagiário de Jornalismo
PS: Nossa newsletter, como você sabe, é enviada normalmente aos sábados. Mas durante a cobertura do coronavírus, vamos enviar edições extras. Afinal, tudo está mudando muito rápido. Não deixe de acompanhar e compartilhar.

Destaques

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Funcionários que recebem baixos salários servem o presidente nos palácios do Planalto e da Alvorada, onde circulam ministros doentes de covid-19.
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Comunidades de região afetada no norte do Pará precisam viajar até 18 horas de barco para receber atendimento em UTI.
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Cadeia Milton Dias Moreira, na Baixada Fluminense, avisou de 4 casos suspeitos. O governo Witzel determinou que presos fossem isolados – dentro da cadeia.
‘Estas palavras podem salvar vossas vidas’. Uma carta aos brasileiros.
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O escritor português Valter Hugo Mãe manda carta aos brasileiros sobre a pandemia de coronavírus.

Boletim Carta Maior

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