terça-feira, 22 de julho de 2014

Maduro viaja ao Brasil e propõe acordo entre o Banco do Sul e o dos Brics


Maduro viaja ao Brasil e propõe acordo entre bancos do Sul e dos Brics

16/7/2014 13:01
Por Redação, com Opera Mundi - de Caracas

Maduro tenta contornar os problemas causados ao país por uma oposição raivosa
Maduro tenta contornar os problemas causados ao país por uma oposição raivosa
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro adiantou, nesta quarta-feira, que proporá uma aliança entre o recém-criado Novo Banco de Desenvolvimento, dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, na sigla em inglês) e a instituição financeira que representa a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o Banco do Sul, ferramenta para financiamento de projetos de integração cuja criação foi combinada entre países sul-americanos.
A declaração o embarque de Maduro ao Brasil, onde participará de uma reunião entre a Unasul e os Brics, nesta tarde. Além dos líderes dos dois blocos, também participarão da reunião os chefes de Estado de Cuba, Costa Rica e México, constituindo um inédito primeiro contato formal entre a América Latina e as grandes economias emergentes.
– “Modestamente, nós vamos propor que se faça uma aliança (…) cada um cumprindo o novo papel na nova arquitetura financeira – disse o chefe de Estado a jornalistas.
Maduro mantém expectativas também quanto à relação de seu país com os Brics e elogiou a criação do banco de desenvolvimento do bloco para uma nova ordem econômica internacional, classificando como “históricos” os anúncios feitos.
O presidente venezuelano adiantou que sua agenda no Brasil será frenética, já que tem previstas várias reuniões bilaterais, como com o presidente russo Vladimir Putin, com o sul-africano Jacob Zuma e com o recém-reeleito Juan Manuel Santos, para discutir mecanismos de combate ao contrabando de produtos venezuelanos à Colômbia. Outra das atividades previstas é a primeira reunião do Fórum China-Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos).
Sobre política interna, Maduro disse que seu governo está revisando a estratégia financeira do país para garantir investimentos e combater os efeitos do que considera ser uma “inflação induzida”. Segundo afirmou, a “ofensiva econômica” será permanente, com ministros relacionados à área econômica se dedicando exclusivamente nas quartas, quintas e sextas-feiras a inspeções e correção de problemas na produção, abastecimento e “preços justos”.
Maduro também anunciou que fará uma “revolução fiscal”, uma “revisão completa do sistema de governo” e iniciará uma auditoria do uso de cada dólar vendido pelo Estado – que controla o comércio cambial há mais de uma década – no primeiro semestre de 2014. Segundo o presidente venezuelano, mais de três mil empresas não poderão aceder ao sistema de administração de divisas por estarem sendo investigadas por suposto “mau uso” de dólares designados pelo Estado.Maduro