sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Rubens Paiva sobre propostas do Bolsonaro: “parece redação de ensino fundamental 1”

Rubens Paiva sobre propostas do Bolsonaro: “parece redação de ensino fundamental 1”

Publicado em 10 agosto, 2018 11:16 pm
Do Twitter do jornalista Marcelo Rubens Paiva:
Como são ingênuas as propostas do Bolsonaro… Combater a violência armando a população, a contra mulheres com castração, o problema da educação com disciplina e escolas militares. Parece redação de ensino fundamental 1
Marcelo Rubens Paiva. Foto: Divulgação/Twitter

Como são ingênuas as propostas do Bolsonaro... Combater a violência armando a população, a contra mulheres com castração, o problema da educação com disciplina e escolas militares. Parece redação de ensino fundamental 1

SECRETÁRIO DE DEFESA DOS EUA VEM AO BRASIL 'AMPLIAR COOPERAÇÃO TÉCNICA'

Jornalista narra episódio de racismo dentro de avião no Twitter

Jornalista narra episódio de racismo dentro de avião no Twitter

Publicado em 10 agosto, 2018 11:01 pm
Do jornalista Rene Silva, fundador do jornal Voz da Comunidade, no Twitter:
“Olha o tipo de gente que anda de avião…” Confesso que fiquei sem muita reação na hora, a não ser dar um sorriso grande demonstrando “sim, você vai viajar no mesmo avião que eu, senhora”, mas por dentro eu ainda estou tentando entender como um ser humano é capaz de fazer isso.
E magoar o outro assim… Desse jeito! Inadmissível, gente! Estava embarcando no avião hoje pela manhã no Aeroporto Santos Dumont num vôo para Belo Horizonte e me deparo com uma senhora praticamente gritando para sua amiga que estava do seu lado.
Ao me ver entrar no avião, ela começou a dizer que “tá uma bagunça mesmo o Brasil… Porque antigamente isso aqui era coisa pra gente chique e que hoje em dia qualquer um tá voando”. Apontando com os olhos para sua vizinha de poltrona chique, ela ainda solta “olha o tipo de gente que anda de avião!”
E finaliza com um “por isso que esse país não tem mais jeito…”. E aí me vem a Ísis Abravanel dizer na novela que racismo é coisa da nossa cabeça… Penso eu que é da cabeça dos outros, a minha só recebeu as informações que tinha na cabeça do outro.
Jornalista Rene Silva. Foto: Reprodução/Instagram

Juca Kfouri critica Moro: “se agradecesse o convite e seguisse como juiz, daria ponto final ao tema”

Juca Kfouri critica Moro: “se agradecesse o convite e seguisse como juiz, daria ponto final ao tema”





Publicado em 10 agosto, 2018 10:51 pm
O candidato à presidência da República Álvaro Dias afirmou que terá o juiz Sergio Moro como ministro da Justiça em seu eventual governo.
Moro se pronunciou em nota: “Informo aos jornalistas e publicamente que reputo inviável no momento manifestar-me, de qualquer forma e em um sentido ou no outro, sobre essa questão, uma vez que a recusa ou a aceitação poderiam ser interpretadas como indicação de preferências políticas partidárias, o que é vedado para juízes”.
Ora, ora, Excelência!
Data venia, deixar a conversa seguir é que pode ser interpretado “como indicação de preferências”.
Ao contrário, se agradecesse o convite e anunciasse que seguirá como juiz, qualquer que seja o resultado da eleição, daria ponto final ao tema.
imagine o candidato à presidência de clube que anunciasse o convite a árbitro na ativa para ser gerente de futebol caso ganhe o pleito.
Ou o apitador recusaria a ideia pública e prontamente ou não mais poderia trabalhar nos jogos do clube em questão.
Elementar, Excelência!
Qual será o “momento” viável para sua manifestação? Depois da eleição?
Para dizer sim? Para dizer não?
O estrago, ou a influência do convite, já terá sido feito, data venia, novamente.

Juca Kfouri. Foto: Reprodução/YouTube

Comprovando Galileu


Na ausência de ar os corpos caem com a mesma velocidade, quaisquer que sejam suas massas(uma bola de ferro e uma pena de ave)
-- 
-- 

Violência recorde reflete a interiorização de facções criminosas

Segurança pública

Violência recorde reflete a interiorização de facções criminosas

por Laura Castanho — publicado 09/08/2018 15h06, última modificação 09/08/2018 15h15
Fórum de Segurança Pública registrou 63.880 mil mortes violentas intencionais no ano passado, um crescimento de 3% na comparação com 2016
Fernando Frazão/Agência Brasil
protrio02.jpg
Ato no Rio lembra a morte de crianças vítimas da violência no Rio de Janeiro, onde 6.749 foram assassinadas no ano passado
O Brasil registrou 63.880 mortes violentas intencionais (MVIs) no ano passado, um crescimento de 3% em relação a 2016. A taxa, de 30,8 mortes violentas por 100 mil habitantes, coloca o país entre os países mais violentos do mundo, concluiu o Anuário da Violência do Fórum Brasileiro da Segurança Pública.
As maiores taxas de violência estão no Rio Grande do Norte, Acre e Ceará, e têm relação direta com o tráfico de drogas e o crime organizado. Devido à proximidade com a Bolívia, Venezuela e Colômbia, por exemplo, o Acre se consolidou como nova rota da cocaína. Já o Ceará é ponto estratégico de escoamento da droga para a Europa.
Estado campeão da violência, com 68 mortes por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Norte, também disputa o mercado de entorpecentes, mas lida com quadros mais frágeis nas suas forças policiais. Na capital e em cidades-chave do estado, os salários atrasados e a não-renovação da força policial têm comprometido o combate ao crime.
Ceará e Acre tiveram crescimento de 42% e 48% nos homicídios, respectivamente, o que puxou a estatística nacional pra cima. No restante do Brasil, 10 estados aumentaram a taxa de assassinatos e os outros 15 diminuíram. 26% de todas as mortes estão concentradas nas capitais.
“O sistema está sendo gerador de violência. Quando você opta pelo confronto, gera resultados devastadores”, disse Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum.
Ele criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro — estado líder em mortes de policiais — e destacou a necessidade de integrar os sistemas de segurança pública no Brasil, o que aconteceu há cerca de um mês com a criação do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública).
Na sua avaliação, o Ministério Público deve atuar junto com os Três Poderes para coibir a violência. “O problema não é a falta de recursos, mas de coordenação. O Judiciário tem uma responsabilidade enorme na segurança pública”, disse Samira Bueno, diretora-executiva da organização. “O padrão de uso da polícia tem sido cada vez mais violento. São polícias que produzem muitas mortes e não à toa, também têm morrido muito.” 
Em 2017, 5144 pessoas foram mortas por policiais. É uma alta de 20% em relação ao ano anterior.
Para combater a expansão do crime organizado, os especialistas defenderam “ir atrás do dinheiro das organizações criminosas” e fiscalizar as fronteiras nacionais. Também diagnosticaram que é preciso oferecer condições de trabalho para egressos do sistema prisional, atualmente com 729.463 presos e “dominado por facções”.
Os atores responsáveis pela violência seguem ligados às duas principais facções criminosas do país, o PCC e o Comando Vermelho. No ano passado, ambas as frentes se regionalizaram e adquiriram adeptos no Norte e Nordeste. “O crime organizado gerou uma nova dinâmica, e a polícia, vista como a única resposta do poder público foi lá [reprimiri]. Nessa relação o resultado é o crescimento da violência”, disse Lima. “É um problema gigantesco, mas não de responsabilidade exclusiva das instituições policiais. Envolve todo o Estado.”
Violência de gênero
A violência de gênero também teve aumento significativo no último ano. Foram reportados 60.018 estupros em 2017, crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior. Os casos que chegam à delegacia, no entanto, são minoria: entre 7,5% e 10% do total, na estimativa do Fórum. Assim, o número real de estupros deve ter superado meio milhão de casos no país, no ano passado.
Foram registrados 1133 casos de feminícidio, e 4539 mulheres foram vítimas de homicídio sem implicações de gênero no ano passado — um aumento de 6,1% em relação a 2016.