Mélenchon: 'com abstenção e votos brancos, nulos e em Macron, França rejeitou extrema-direita'

Líder da coalizão de esquerda França Insubmissa afirmou que Marine Le Pen terminou segundo turno em terceiro lugar, 'atrás de Emmanuel Macron e dos votos brancos e nulos e da abstenção'
Jean-Luc Mélenchon, líder da coalizão de esquerda França Insubmissa que ficou em quarto lugar no primeiro turno da eleição presidencial, afirmou neste domingo (07/05) que o país “rejeitou a extrema-direita” representada por Marine Le Pen, derrotada por Emmanuel Macron no segundo turno, de acordo com resultados preliminares.
“Esta noite termina a Presidência mais lamentável da V República, que praticamente destruiu qualquer confiança que tinham nela. Mas, novamente, pela abstenção, votos brancos e nulos, e também com votos a favor do sr. Macron, nosso país rejeitou a extrema direita”, declarou Mélenchon.
De acordo com o resultado preliminar, o liberal centro-direitista teve 65,8% dos votos, enquanto a ultradireitista teve 34,2%. A abstenção chega a 25% e os votos brancos e nulos totalizam 12%, o que levou Mélenchon a dizer que Le Pen terminou em terceiro lugar, “atrás de Macron, dos votos brancos e nulos e da abstenção”.
Reprodução / Facebook

Jean-Luc Mélenchon durante pronunciamento na noite deste domingo (07/05)

Resultados preliminares indicam vitória de Emmanuel Macron em eleições presidenciais na França

Le Pen concede derrota a Macron e diz que irá reformar FN para criar 'nova força política' na França

Com Macron e Le Pen, França tem recorde de votos brancos e nulos no segundo turno

 
O líder da França Insubmissa felicitou Macron pela vitória, mas apontou sua “irresponsabilidade ecológica” e chamou os franceses a abraçar as propostas de sua coalizão nas eleições legislativas, que serão realizadas em junho.
“As eleições legislativas devem mostrar que chegou o momento de uma escolha positiva, a escolha de um futuro em comum” em nome de seu programa, disse Mélenchon. “Chamo a todos os que são prontos a romper com o passado a se unir à França Insubmissa.”
Para Mélenchon, “este país não está condenado nem ao poder dos ricos, nem ao poder do ódio”. “Em 18 de junho, nossa resistência pode vencer a batalha”, ressaltou sobre as eleições parlamentares.