sábado, 22 de setembro de 2018

PIERRE SANÉ: LULA MERECE GANHAR O NOBEL DA PAZ

Em depoimento histórico, Haddad se lembra de quando sua filha foi se despedir de Lula no ABC

Em depoimento histórico, Haddad se lembra de quando sua filha foi se despedir de Lula no ABC

22 de setembro de 2018
Em depoimento emocionante, Fernando Haddad chora ao se lembrar do momento em que esteve no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para sua família se despedir de Lula. A história que Haddad divide conosco mostra tanto a intensidade do episódio quanto a injustiça à qual Lula está sendo submetido: “É uma barbaridade, um erro histórico. Não só um erro quanto à pessoa, é um erro histórico contra o país”.
Assista aqui ao vídeo com o depoimento de Haddad:
Abaixo, você pode ler a transcrição da história contada por Haddad no vídeo:
Você sabe que tem uma coisa muito difícil de lembrar, que foi quando a minha filha foi no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, num clima quase de despedida, né, porque já estava decretada a prisão do Lula, e os meus filhos foram lá.
E a minha filha tinha recém-entrado na universidade. O Lula estava muito orgulhoso de ela ter entrado na Escola Politécnica, perguntou dela e tal. E quando ele viu a Carol, ele perguntou: “Como é que você está na faculdade?”.
Depois que ele se despediu da minha filha, a minha filha me abraçava e chorava como uma criança, me perguntando: “Como é que ele pode estar preocupado comigo numa situação como essa?”. A gente vem aqui dar, prestar solidariedade, e é ele quem acolhe… Ah, cara, é uma barbaridade. 
Eu não gosto de falar… Tá tudo errado, cara. Muito errado. É muito grave o que está acontecendo. É um erro histórico… Não é só um erro quanto à pessoa, sabe? É um erro histórico contra o país… Vai sair muito caro isso que está acontecendo.

NO PAÍS DO GOLPE Metalúrgicos denunciam prejuízos que Embraer terá no acordo com a Boeing


NO PAÍS DO GOLPE

Metalúrgicos denunciam prejuízos que Embraer terá no acordo com a Boeing

Procurador determina quebra de sigilo de memorando de entendimentos e, para sindicato, desnuda intenções do acordo entre as empresas: fabricante brasileira corre risco de se tornar mera observadora
por Redação RBA publicado 21/09/2018 18h32
SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SJC
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Trabalhadores mobilizados: Embraer e Boeing vinham mantendo o memorando em caráter confidencial
São Paulo – O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, afirmou hoje (21), em nota, que recebeu com indignação a informação de que a Embraer não terá qualquer poder de decisão na empresa a ser criada a partir da joint-venture com a Boeing. “Os planos de exclusão da Embraer no controle da nova empresa foram relatados pelo procurador do Trabalho Rafael de Araújo Gomes, em despacho que determina a quebra de sigilo do Memorando de Entendimentos para Parceria Estratégica entre Boeing e Embraer”, informou a entidade.
O despacho é de 11 de setembro e está disponível no site www.prt15.mpt.mp.br – processo nº 000353.2018.15.002/0. Em sua determinação, o procurador revela parte do teor do memorando, destacando os seguintes pontos, de acordo com o sindicato:
1. A Boeing teria o controle total operacional administrativo de NewCo;
2. A NewCo teria um conselho de administração com membros indicados pela Boeing, e seria administrada por uma diretoria indicada por esse conselho; a Embraer indicaria um membro para atuar como observador (sem direito a voto) junto ao conselho de administração;
3. O principal objetivo da Embraer em deter a participação societária em NewCo seria o de receber dividendos declarados pela nova empresa; a Embraer não teria controle da NewCo ou de suas operações ou negócios.

Confidencialidade e má-fé

"A Embraer e Boeing vinham mantendo o memorando em caráter confidencial. O próprio procurador constatou uso de má-fé por parte da Embraer", afirma ainda o Sindicato dos Metalúrgicos.
"Caso a transação de fato seja concretizada, a Embraer passará a ser mera observadora da NewCo e não terá qualquer poder sobre ela. À Boeing caberão todas as decisões, inclusive, o fechamento ou sua total transferência para os Estados Unidos, se assim considerar conveniente."
“É um total desrespeito ao povo brasileiro essa postura adotada pelas empresas e pelo próprio governo, que faltam com a verdade diante de todo um país. A Embraer será entregue de bandeja para a Boeing e nada está sendo feito para que esse crime de lesa-pátria seja evitado”, diz o sindicato.
“Num momento em que a população clama por transparência e ética, a mais importante empresa de tecnologia do país mente para os brasileiros e trava negociações às escuras com uma gigante norte-americana”, afirmam ainda os representantes dos trabalhadores, que reivindica do governo que vete o acordo com a companhia estrangeira.

Ministro da Defesa diz que Forças Armadas não têm que aceitar ou não aceitar resultado da eleição

Ministro da Defesa diz que Forças Armadas não têm que aceitar ou não aceitar resultado da eleição

General Joaquim Silva e Luna informou que até 30 mil militares podem atuar para garantir segurança nas eleições. Foto: Tomaz Silva/Arquivo/Agência Brasil
Vinícius Lisboa
Da Agência Brasil
O ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, disse nesta sexta-feira (21) que nove estados já pediram ajuda das Forças Armadas para a segurança nas eleições de 2018. Segundo o ministro, a previsão de sua pasta é que o número de pedidos possa chegar a 13 ou 14. Ele afirmou que todas as solicitações serão atendidas.
Luna participou da 15º Conferência Internacional de Segurança do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e disse que um contingente de até 30 mil militares pode ser empregado para garantir a segurança durante o deslocamento de eleitores e de urnas eletrônicas. “Estamos trabalhando para que a eleição transcorra em clima de normalidade e para que as pessoas possam se deslocar para o local de votação.”
O ministro disse ainda que as Forças Armadas não têm que aceitar ou não aceitar o resultado da eleição, mas apenas garantir que as instituições funcionem. Ele destacou que “a Bíblia das Forças Armadas é a Constituição Federal” e que não existe risco de os militares não reconhecerem o resultado do pleito.
“Não há risco nenhum de as Forças Armadas quererem aceitar ou deixar de aceitar aquilo que é legal ou institucional”, disse ele, que complementou: “Tem mais é que garantir as instituições funcionando normalmente e, quando solicitadas, garantir a lei e a ordem”.
O ministro respondeu a jornalistas sobre uma declaração dada pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na entrevista, o Villas Boas afirmou que o ataque contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) contribui para criar dificuldades para que o novo governo tenha estabilidade e pode gerar até questionamentos à legitimidade da eleição após a divulgação do resultado.
Luna e Silva disse que a fala foi conciliatória e expressa a preocupação de todos os brasileiros de que a a eleição deve transcorrer em clima de normalidade.

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