sexta-feira, 22 de maio de 2020

Suspeição de Moro

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Bolsonaro e Witzel: unidos pelo genocídio

Bolsonaro e Witzel: unidos pelo genocídio  
 
Não se sabe ainda se a bala que matou João Pedro dentro de casa, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, foi disparada pela Polícia Federal ou pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. O que se sabe é que o menino de 14 anos jogava sinuca com os primos na segunda-feira (18) quando uma saraivada de 72 tiros atingiu a casa  os meninos dizem que lançaram granadas também , disparada por policiais que participavam de uma operação da Polícia Federal, com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e suporte aéreo da Polícia Militar. Segundo a polícia civil, o objetivo era deter dois traficantes, que não tinham nada a ver com a casa ou com os meninos. Ninguém foi preso. 
“Quem estava mais perto da porta era eu e o João. Aí ficou um zumbido. Aí eles deram muitos tiros na janela, e a gente saiu correndo para o quarto. Nisso que a gente correu para o quarto, ficou João e Duda na copa, deitados”, contou o primo Daniel, em um áudio em uma rede social. “Os policiais entraram, mandaram a gente deitar no chão e todo mundo calar a boca”, detalhou. João ficou deitado. Segundo ele, os policiais chegaram a medir o pulso do garoto para saber se estava vivo.
Os policiais colocaram o garoto em um helicóptero e disseram que ele chegou morto ao hospital. A família ficou 16 horas sem saber o que tinha acontecido com João Pedro. Chegou a lançar uma campanha em busca do menino nas redes sociais. Imaginem isso. Dezesseis horas de aflição para descobrir que o corpo do filho adolescente estava no IML. Um laudo preliminar da perícia confirma que o disparo que atingiu João Pedro entrou pela barriga e saiu pelo ombro. Foi a polícia  seja qual for ela  que matou. 
O governador Witzel, aquele que aconselhava a PM do Estado a “mirar a cabecinha” nas tristes blitz aéreas que inaugurou, fingiu indignação e empurrou a culpa para a Polícia Federal. Não tem como explicar, porém, outra morte, essa ocorrida na quarta-feira. Um rapaz de 18 anos foi baleado na Cidade de Deus, depois que policiais militares no Caveirão começaram a disparar durante a entrega de cestas básicas à comunidade. Rapidamente, divulgou-se que o rapaz pertenceria ao tráfico, como se isso justificasse a operação surreal. Os vizinhos dizem que ele tinha ido comprar pipas quando foi atingido. De acordo com a Rede dos Observatórios da Segurança, durante a pandemia, de 15 de março a 19 de maio, a polícia do Rio matou 69 pessoas em operações monitoradas.
Quando Bolsonaro e Witzel eram amigos, ambos comemoravam juntos as operações assassinas nas comunidades do Rio. Separados, mostram que conservam o pior de cada um  o desprezo absoluto pela vida humana. 
O país que convive há anos com a epidemia da violência policial é o mesmo que agora aceita calado o desprezo de Bolsonaro com as vidas perdidas na pandemia. 
Todos pelo impeachment, e não somente por causa do coronavírus. É passada a hora de aceitarmos o genocídio de pretos e pobres patrocinado por governantes comprovadamente racistas. Não queremos essa “normalidade” de volta.

Marina Amaral, codiretora da Agência Pública
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Agressão a cinegrafista em MG. De acordo com reportagem do Buzzfeed News, empresário Leonardo Rivelli, preso após agredir uma equipe de reportagem da TV Integração (afiliada da Globo em Minas Gerais) nesta quarta-feira (20), é réu na Justiça mineira por sonegação de impostos. Leonardo Rivelli era sócio da empresa Massanobre Produtos Alimentícios Ltda e responde acusação penal de burlar o pagamento de ICMS, um imposto estadual sobre circulação de mercadorias. Segundo a empresa, Rivelli não é mais sócio. 

Militares no SUS. Nomeado nesta terça-feira (19) como diretor de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS), o militar Angelo Martins Denicoli vem publicando notícias falsas sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento do novo coronavírus. Em um de seus ataques à imprensa, Denicoli publicou que "o grande perigo de hoje não é o nazismo, é o jornalismo". 

Sleeping Giants Brasil. Nascido há quatro anos nos Estados Unidos, o movimento Sleeping Giants tem como objetivo prejudicar a monetização de sites e canais ligados à extrema direita. Inspirado por uma reportagem do EL PAÍS Brasil, um estudante decidiu criar uma conta em português para difundir a prática por aqui. Até agora, ao menos 6 empresas, entre elas Submarino, Dell e Banco do Brasil, se comprometeram a bloquear a veiculação de seus anúncios no Jornal da Cidade Online, site difusor de notícias falsas.

Extermínio de abelhas. Abelhas nativas sem ferrão são importantes para o cultivo agrícola, mas estão ameaçadas pela própria agricultura. “O principal motivo de as abelhas estarem desaparecendo é o nosso sistema de produção de alimentos”, alerta autor do livro Manual Tecnológico: Mel de Abelhas sem Ferrão. Os agrotóxicos, quando não matam, podem diminuir a longevidade delas, comprometer a capacidade de voltar à colmeia, interromper a postura de ovos pela rainha, entre outros danos que acabam por enfraquecer ou mesmo dizimar a colmeia.
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"Venda" de leitos no sistema privado. Em cinco estados do Brasil, os leitos de UTI públicos para tratar pacientes em situação grave de Covid-19 já estão com mais de 90% da lotação  Amazonas, Acre, Ceará, Pernambuco e Roraima  enquanto sobram vagas no sistema privado. Contrárias à "fila única", que funcionou em outros países para evitar mortes, entidades particulares agora propõe ao Ministério da Saúde que governo banque leitos para quem não pode pagar. 

Cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal. Após sofrer uma derrota da Justiça Federal no Amazonas, o governo Bolsonaro precisa apresentar em até 180 dias os estudos de impacto ambiental que embasaram a liberação do plantio de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal. Mas eles não existem, revelam documentos obtidos pela Agência Pública. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, abrir essas regiões à cana representa um imenso risco para a biodiversidade mundial. Haveria novos desmatamentos, conflitos para a abertura de áreas de cultivo, com mais queimadas e violência contra os povos da floresta.

Fazendas em terras indígenas. Levantamento da Pública mostra que 42 fazendas foram certificadas de modo irregular pelo governo em terras indígenas não homologadas, que aguardavam apenas o decreto presidencial. No último dia 22 de abril, a Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou uma portaria que permite o ato e o número explodiu. Ao todo, são 114 terras privadas em territórios indígenas.

Sucessor de Rodrigo Maia. Bispo da Universal, o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos) é um dos nomes em negociação para suceder Rodrigo Maia (DEM) na presidência da Câmara dos Deputados. A parceria entre Bolsonaro e a Universal envolve flexibilização nas leis para igrejas, perdão de dívidas de instituições religiosas e concessões de TV. À frente da Câmara, em contrapartida, Pereira poderia proteger o presidente de um impeachment. 
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As postagens de Bolsonaro na pandemia. Uma análise das publicações do presidente no Twitter durante a pandemia feita pela revista Piauí mostra que, na lista de prioridades, os ataques à imprensa são mais frequentes do que menções a UTIs e respiradores. O presidente mencionou isolamento social ou quarentena apenas duas vezes, nos dia 25 de março e 28 de abril. Já a cloroquina foi citada 20 vezes. 
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Assista ao vídeo da reunião ministerial que pode derrubar Bolsonaro

Assista ao vídeo da reunião ministerial que pode derrubar Bolsonaro

Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão, Sergio Moro, Ernesto Araújo e Celso de Mello
247 - Por determinação do ministro do STF Celso de Mello, foi divulgado na tarde desta sexta-feira (22) o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril.
Segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que participou da reunião, o vídeo prova a tentativa de Jair Bolsonaro de interferir politicamente na Polícia Federal.
Foram subtraídos do vídeo apenas trechos que contém declarações sobre a China e Paraguai.
Assista:
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