sábado, 25 de setembro de 2021
Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares
Uma vergonha!
O discurso do demente, na 76ª sessão da Assembleia
Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, durou apenas 12 minutos, mas o
suficiente para mentir, dar informações erradas e envergonhar a todos!
Para o jornal estadunidense The New York Time, ele rejeitou
“todas as críticas ao histórico ambiental de seu governo”, informando que
“ativistas protestaram perto da sede da ONU sobre as políticas ambientais e
econômicas” do governo brasileiro, que “os críticos dizem ter contribuído para
a devastação da floresta amazônica e a fome generalizada no Brasil”.
O jornal ainda classificou o ex-capitão de “extrema-direita”
e ressaltou que ele disse “que os médicos deveriam ter mais margem de manobra
para administrar medicamentos não testados”, destacando que o presidente
brasileiro defendeu “o uso de drogas ineficazes para tratar o coronavírus”.
Na publicação, o NY Times lembrou também que o insano não
está vacinado e participou de um “momento estranho” durante reunião com o
primeiro-ministro britânico Boris Johnson, já que ele “saudou a vacina
AstraZeneca” na ocasião.
Já o jornal britânico The Guardian destacou que ele “provou
ser uma figura controversa” durante a pandemia da covid-19, “minimizando os
impactos do vírus e recusando-se a ser vacinado”.
“Sem pé nem cabeça”! Nos 12
minutos de sandices, diante de Chefes de Estado do mundo inteiro. Em meio a menções
sobre socialismo, bolivarianismo na Venezuela e a questões internas como
leilões de ferrovias e saneamento básico, ele também falou sobre a crise na
Amazônia e as manifestações golpistas de 7 de setembro.
E declarou oficialmente na abertura do evento que “os
recursos para fiscalização, nos órgãos ambientais, foram dobrados. E os
resultados já começam a aparecer”. Em abril, o governo aprovou corte de 24% no
orçamento do meio ambiente para 2021 em relação ao ano passado.
Sem qualquer vergonha de mentir diante de pessoas que
são muito bem-informadas, ele disse que “os resultados dessa importante ação já
começaram a aparecer. Na Amazônia, tivemos a redução de 32% do desmatamento no
mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior. Qual país do mundo
tem uma política de preservação ambiental como a nossa? Os senhores estão convidados
a visitar a nossa Amazônia”, acrescentou.
Já no fim do discurso, ele defendeu as manifestações
antidemocráticas de 7 de setembro, quando atacou frontalmente ao Supremo Tribunal
Federal (STF) e ao sistema eleitoral brasileiro.
Está sem rumo? Ao analisar a intervenção do demente na Assembleia
Geral da ONU, o professor de Estratégia Internacional e Geopolítica da Escola
de Administração de Empresas da FGV-SP, Antonio Gelis Filho, fez algumas
interessantes colocações.
Diz ele que considera que o discurso foi “peculiar”
porque reproduziu trechos de intervenções anteriores com inserções que não
fazem parte de sua agenda habitual, como energia renovável e economia verde.
“Considero que esses elementos fazem parte do que eu
chamo de agenda do Itamaraty, não propriamente dele. Mas o restante foi uma
agenda bem ao seu formato, de uma forma estranha. Porque boa parte foi uma
reprodução quase ipsis litteris de trechos de discursos anteriores com uma ou
outra modificação”.
Gelis Filho sublinha que essa frase sobre a família
tradicional não aparecia nos discursos anteriores e é uma forma de excluir
famílias homoafetivas. Em outro momento, há uma passagem bastante parecida com
um trecho da intervenção do ano passado, quando o presidente cita a Venezuela.
E a análise do professor traz uma interessante
avaliação. Ele diz “esse discurso caótico retrata bem o momento dele” e que é “um
presidente que se encontra atordoado e sem uma estratégia para lidar com a
situação”.
"É um discurso para a sua base, ponto [...]. Foi
um discurso confuso, em que alguns trechos, que acredito terem a mão do Itamaraty,
são até bastante razoáveis [...] seguido por um discurso desconexo, que chega a
aparecer um Bolsonaro que se parodia a si mesmo [...]. É o retrato de um
governo muito enfraquecido, confuso nesse momento, sem estratégia e aparentemente
tentando encontrar uma maneira de se posicionar perante os insucessos recentes”.
A situação verdadeira! Hoje, cerca de 30 milhões de brasileiros vivem com um
salário mínimo. Nunca tantos brasileiros estiveram nessa condição desde 2012. O
estudo usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do
segundo trimestre.
“As pessoas estão encontrando um mercado de trabalho
diferente do que existia antes da pandemia. É um mercado em que muitas empresas
faliram, quebraram. Grande parte das opções de emprego não existem mais”,
afirma Bruno Ottoni, pesquisador do IDados e autor do levantamento.
“Muita gente entra no mercado como conta própria ou
informalmente, e essas pessoas tendem a ter um rendimento mais baixo do que
aquelas que trabalham com carteira”, acrescenta.
O que a pesquisa revela, é que, os brasileiros estão
conseguindo algum tipo de trabalho, mas estão sendo mal remunerados. Essa
situação é preocupante, pois o orçamento dessas famílias está sendo corroído
pela alta dos alimentos, energia elétrica e combustível. O acumulado da
inflação dos últimos meses já está próximo dos dois dígitos.
Brasileiros comem menos. A crise econômica atinge o estômago dos brasileiros. O
Datafolha mostra que 67% cortaram o consumo de carne vermelha e 46% reduziram
despesas com leite, queijo e iogurte.
Pesquisa ouviu 3.667 pessoas em 190 municípios. A
enquete mostra que 85% reduziram o consumo de algum alimento desde o começo do
ano.
Mostra o Datafolha: 67% cortaram a carne vermelha; 46%,
leite, queijo e iogurte. Pão francês, pão de forma e outros pães tiveram 41% de
redução. Arroz, feijão e macarrão estão sendo menos consumidos, respectivamente,
por 34%, 36% e 38% da população.
Uma das consequências da alta no preço das carnes é o
aumento do consumo de ovos: 50%.
Cesta – O Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos – Dieese aponta que a cesta básica custou R$ 650,50 em
agosto; aumento de 1,56% sobre julho. Patrícia Lino Costa, coordenadora da
pesquisa do órgão, confirma o Datafolha: “As pessoas saem da carne vermelha,
passam para a de porco, para a de frango e depois ficam no ovo”.
Colômbia 01. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz
da Colômbia (Indepaz) informou que o 71º massacre foi perpetrado na Colômbia,
ocorrido em um município do departamento de Valle del Cauca. Segundo a
entidade, autoridades do Vale do Cauca confirmaram a recuperação de três corpos
sem vida de três homens em uma área rural do município de Tuluá.
Foi sabido que as vítimas sofreram ferimentos a bala e
foram identificadas como Sebastián Romero Arciniegas, Joel de Jesus Bedoya
Toquica e Bryan Stiven Bedoya Orozco.
Segundo informações preliminares, da Polícia Militar do
Valle del Cauca, o massacre foi perpetrado na tarde de sábado (18) em uma
estrada no distrito de Mateguadua e na aldeia Cienagueta, município de Tuluá.
Fontes policiais informaram que Joel de Jesús Bedoya
Toquica, de 41 anos, e seu filho Bryan Stiven Bedoya Orozco, de 17 anos,
residiam na cidade de Mateguadua, em uma fazenda chamada La Hamaca. Além disso,
o homem seria o presidente do Conselho de Ação Comunitária daquele distrito.
Colômbia 02. Na segunda-feira (20), homens armados mataram o membro
da comunidade David Aricapa Viscue, de 26 anos.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz
(Indepaz) denunciou na segunda-feira que até agora em 2021 124 líderes sociais
e defensores dos direitos humanos (DD.HH.) foram assassinados.
A ONG denunciou em suas redes sociais o assassinato de
David Aricapa Viscue, de 26 anos, que era membro da comunidade da reserva López
Adentro, pertencente ao povo nasa e localizado entre os municípios de Caloto e
Corinto, no departamento de Cauca, localizado no sudoeste do país.
“Com David morreram 124 líderes e defensores dos
direitos humanos em 2021”, e é o 1.239º crime de um ativista desde a assinatura
do acordo de paz de 2016, lamentou Indepaz.
Ele explicou que o assassinato de Aricapa Viscue ocorreu
na tarde de segunda-feira na entrada do resgatador Toéz de Caloto, quando
desconhecidos o atacaram com armas de fogo até a morte.
Colômbia 03. A Ouvidoria Geral da Colômbia emitiu um alerta
antecipado no Vale do Cauca para o recrutamento de menores por grupos armados
residuais.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz
(Indepaz) denunciou na segunda-feira (20) a perpetração de um novo assassinato
de uma liderança social no município de Caldono, departamento de Cauca, pelo
qual 119 lideranças foram mortas no país.
Sobre o último assassinado, Indepaz indica que
respondeu ao nome de José Lisandro Cayapu, que atuava como membro da comunidade
indígena da reserva Caldono, no distrito da Sibéria, aldeia Crucero Rosario, e
foi atacado com uma bala em sua passagem sua motocicleta.
A instituição acrescenta que Cayapu havia participado
da destruição de armas perpetrada na véspera por membros da comunidade Caldono,
e seu homicídio aconteceu com o de Jesús Alexander Chepe Ulcué, também membro
da comunidade da comunidade, morto no dia 16.
Com o crime contra Cayapu, 119 líderes sociais
colombianos foram assassinados até agora em 2021 e o número 1.233 desde a
assinatura do Acordo de Paz em 2016.
Colômbia 04. No marco da onda de violência contra lideranças
sociais e comunicadores na Colômbia, o jornalista Marco Efraín Montalvo foi
assassinado na noite de domingo (19) no departamento de Valle del Cauca, na
cidade de Tuluá, informou o prefeito da cidade.
Segundo as primeiras versões, do prefeito de Tuluá,
Jairo Gómez Aguirre, Montalvo teria sido vítima de um ataque de dois
pistoleiros quando se encontrava em estabelecimento comercial no bairro La
Esperanza.
Com um modus operandi usual, os dois criminosos estavam
viajando em uma motocicleta, um deles desceu e atirou diretamente na vítima em
várias ocasiões.
O jornalista faleceu imediatamente no local do
acontecimento e autoridades locais chegaram ao local para efetuar a remoção do
corpo e iniciar a investigação que pudesse apurar o paradeiro dos responsáveis.
Soma-se a esse assassinato o de três jovens do município
de Mateguadua, jurisdição do município de Tuluá, segundo o Instituto de
Desenvolvimento e Paz (Indepaz), órgão que denuncia a persistência da violência
na região do Cauca.
Mas o povo colombiano resiste! Ao contrário do que muita gente pensa, quem desiste
facilmente, a Greve Nacional na Colômbia ainda não acabou. O presidente da CUT
no Vale do Cauca, Wilson Sáenz Manchola, afirmou que: “Este período que muitos
equivocadamente consideram um recesso, só serviu para estreitar laços com as
diversas expressões dos cidadãos, que agora querem se unir para protestar
contra a contundência de um país em crise. A mobilização comprometida deve ser
retomada. Devemos permanecer firmes e mais firmes quando os ventos eleitorais
ameaçam aprofundar a crise trabalhista com reformas que atingirão os
trabalhadores. É hora de mobilizar”.
O dirigente expressou sua preocupação com a situação da
saúde, o que explica porque a mobilização em 28 de setembro começa na Plazoleta
de San Francisco e termina em frente às instalações do Hospital Universitario
del Valle -HUV-. “A mobilização popular é o que trouxe mudanças no país e,
agora, estamos avançando, com um ingrediente particular: a defesa do direito à
saúde, que deve permanecer público e não ficar para o setor privado”, afirmou.
“No nosso país vivem 21 milhões de pessoas na pobreza,
ou seja, 40% dos nossos compatriotas. Por mais que distorçam, eles não
conseguiram esconder a explosão social por conta da desigualdade. Pelo contrário,
essa explosão revelou o que está acontecendo. Do Comitê de Desemprego
reivindicamos a mobilização, que já faz parte da agenda pública. Cabe a todos
nós pressionar os parlamentares para que ajudem na elaboração dos dez projetos”.
A reunião das organizações sindicais do Valle del Cauca
foi fortalecida com a intervenção do analista e escritor econômico e
internacional, Aurelio Suárez Montoya. Sua abordagem foi contundente: a
Colômbia não pode esquecer sua história e, menos ainda, aqueles que a levaram a
arrastar um pesado fardo de miséria, na qual - antes de se recuperar - sua
economia está em parafuso e a cada dia depende mais das importações. Isso, segundo
ele, é muito grave porque desestimula a produção nacional e alimenta o
desemprego.
Ataques cibernéticos contra a Venezuela. Dos Estados Unidos, ocorreu em 15 de setembro o ciberataque
contra o Banco da Venezuela, que paralisou suas operações principais e
auxiliares, acusou
“No dia 15 de setembro, que é um dia de pagamento na
Venezuela, um golpe muito nobre foi dirigido aos usuários do banco, ao sistema
financeiro, pretendendo atrapalhar o rumo que estamos fazendo na economia 100%
digital (...)”, anunciou a vice-presidenta executiva, Delcy Rodríguez.
“A origem do ataque ao sistema informático do Banco de
Venezuela deixa a sua marca aí são os Estados Unidos da América do Norte. A
partir daí ocorreu o ataque ao Banco de Venezuela”, explicou.
Esse ataque atingiu o coração do sistema financeiro
venezuelano. O Banco de Venezuela não é um banco qualquer, é o banco do povo
venezuelano, é o maior do país, tem 14 milhões de usuários, afirmou.
Em conferência de imprensa, o responsável esclareceu
que os ataques foram registados no sistema IPS, os quais tiveram como origem a
desestabilização do sistema informático da referida entidade financeira.
Todas as operações totais do banco estão disponíveis
quase na íntegra nesta quarta-feira, anunciou Rodríguez. Ela explicou que a
entidade teve que suspender suas funções após os contínuos ataques sistemáticos
de uma semana atrás para preservar os dados de seus clientes, a integridade das
contas. “Graças aos trabalhadores do Banco da Venezuela, e 90% das operações
que foram realizadas no dia 15 de setembro, já foram efetivadas com sucesso”,
disse.
Provocação ou preparação? Segunda
visita, em três meses, à Colômbia do chefe do Comando Sul, Craig. S. Faller, levanta
preocupações em meio à tensão entre esta nação e a vizinha Venezuela.
Em declarações à Prensa Latina, o senador do Polo
Democrático Iván Cepeda lembrou que desde o início do governo de Iván Duque houve
uma presença muito grande dos Estados Unidos neste país.
“Nós, do Congresso, denunciamos que esta presença militar
não foi submetida aos procedimentos constitucionais que regem a Colômbia”,
destacou Cepeda.
Explicou que, por exemplo, em 2020 a chegada de um
batalhão das Brigadas de Assistência às Forças de Segurança (SFAB) dos Estados
Unidos para assessorar o combate ao narcotráfico, nunca foi objeto de consulta,
pois deve ser feito para aprovação do Congresso. e autorização.
Também não foi submetido à aprovação do Conselho de
Estado, apesar de ambas serem instâncias que, a Constituição determina, devem
ser consultadas quando se trata da presença de tropas estrangeiras em território
nacional, sublinhou.
“Temos verificado que esta permanência se perpetua e
também se fortalece em meio a uma política de governo hostil a qualquer tipo de
diálogo com a Venezuela e suas autoridades e que tem uma política abertamente
intervencionista e agressiva em relação a outros países”, afirmou. o senador.
Obsessão estadunidense? George W. Bush, Barack Obama, Donald Trump ou Joe
Biden, qualquer que seja o nome, os EUA continuam focando sua política externa
para a América Latina e escolheram como conduta atacar a revolução bolivariana,
cravando as garras na tentativa de destruí-la e com isso conseguir o controle,
principalmente de suas reservas de hidrocarbonetos e outras riquezas minerais
do país sul-americano.
As administrações estadunidenses nas últimas duas
décadas, sem exceção, com sua ingerência nos assuntos internos da Venezuela,
utilizaram diversos instrumentos de pressão: política, diplomática, econômica,
mídia, uso de mercenários, ações típicas da guerra híbrida. Tudo isso no marco
de uma política de máxima pressão para destruir o processo chavista, sob o
eufemismo de manipulador de implementar também na Venezuela a estratégia das
“revoluções coloridas”. Um processo desestabilizador que teve o apoio servil da
Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) presidida pelo
questionado político uruguaio Luís Almagro, a cumplicidade de países europeus
(França, Grã-Bretanha, Holanda, Espanha) que aspiram ao Ministérios do petróleo
venezuelano e das Relações Exteriores da América Latina (Chile, Brasil,
Colômbia, Equador, Uruguai), que obedecem ao mandato de Washington se
comportando como aqueles ianaconas a serviço do poder imperial, apoiar uma
política hostil contra um país irmão e, assim, deteriorar drástica e
dramaticamente o padrão de vida da população venezuelana, gerando uma reação
adversa da sociedade contra o governo.
Novo lacaio estadunidense. A Casa Branca parece que já elegeu seu novo fantoche
na América Latina. Com a vergonhosa queda do venezuelano Guaidó e a derrota da
golpista boliviana, Jeanine Áñez, agora na prisão, os “falcões” tratam de
inventar um novo lacaio. E o escolhido parece ter sido o uruguaio de extrema-direita,
Luis Lacalle Pou, que, em seu país, já está sendo chamado de Luis “Lacaio” Pou!
Tanto na ONU, na CELAC e na Exposição Rural do Prado,
onde os donos do campo fazem suas manifestações e muito lobby agrícola, o “novo
lacaio” cumpriu os desígnios da oligarquia local e de organismos internacionais,
alinhados à direita mais reacionária no continente.
Durante a VI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da
Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lacalle Pou confrontou
Cuba, Venezuela e Nicarágua ao afirmar que os direitos humanos não são
respeitados nesses países.
A encenação de Lacalle Pou cumpriu sua missão: ser uma
tendência nas redes sociais, aparecer nos diversos meios de comunicação
latino-americanos e mundiais, e enviar aos EUA uma mensagem clara: “Estou com
vocês”.
Seu coro foi acompanhado por Mario Abdo, presidente do
Paraguai, que acabava de se reunir com Lacalle Pou e o presidente do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID), o americano Claver-Carone, dias antes
da cúpula. Por sua vez, o chefe do BID declarou que “o Uruguai é um dos
laboratórios de reinvestimento da América Latina”.
Tudo acertado e muito ensaiado para reverter a
tendência dos países de Nossa América para enterrar de vez o cadáver da OEA!
Irã e Venezuela firmam acordo petrolífero. Nova dor de cabeça se apresenta para os estrategistas
de Washington. A Venezuela firmou um contrato-chave para trocar seu petróleo
pesado por condensado iraniano, podendo o usar para melhorar a qualidade de seu
petróleo bruto, com as primeiras cargas previstas para chegar nesta semana.
Visto Caracas buscar impulsionar suas exportações de
petróleo face às sanções dos EUA, o acordo entre as empresas estatais Petróleos
da Venezuela (PDVSA, na sigla em espanhol) e a Companhia Nacional Iraniana de
Petróleo (NIOC, na sigla em inglês) aprofunda a cooperação entre os dois rivais
de Washington.
Uma fonte próxima da transação contou que o acordo deverá
durar seis meses em sua primeira fase, mas poderá ser prorrogado. De igual
modo, por enquanto, os ministérios do Petróleo da Venezuela e do Irã, bem como
a PDVSA e a NIOC, ainda não responderam a pedidos de comentários, reporta a
agência Reuters.
O Departamento do Tesouro dos EUA teme que este pacto
entre a Venezuela e o Irã consiga combater as sanções norte-americanas contra
ambas as nações, pelo que Washington manterá as medidas punitivas.
O programa de sanções dos EUA não só proíbe os cidadãos
estadunidenses de fazerem negócios com os setores petrolíferos do Irã e da Venezuela,
como também ameaça impor “sanções secundárias” contra qualquer entidade
não-estadunidense que realize transações com as companhias petrolíferas de
ambos os países.
Prisioneiros palestinos farão greve de fome. Quase 1.400 prisioneiros palestinos planejam fazer uma
greve de fome para denunciar a deterioração de suas condições de detenção em
Israel após a fuga de seis prisioneiros na semana passada, alguns dos quais
foram capturados, informou a Autoridade Palestina na terça-feira.
A tensão nas prisões israelenses, que mantêm mais de
4.000 prisioneiros palestinos, vem crescendo desde a semana passada, seis
membros de grupos armados palestinos escaparam da penitenciária de alta segurança
de Gilboa (norte) por um túnel cavado embaixo de uma pia.
A tensão explodiu depois que centenas de pessoas foram
transferidas desta prisão e revistas foram realizadas e seus pertences foram
confiscados, de acordo com o Clube de Prisioneiros Palestinos. Alguns presidiários
atearam fogo em algumas prisões.
Biden vai ficar sem dormir. O partido Rússia Unida do presidente Vladimir Putin
disse na segunda-feira (20) que conquistou mais de dois terços das cadeiras na
Duma ou na Câmara Baixa do Parlamento russo após as eleições legislativas realizadas
desde sexta-feira na Rússia.
Com mais de 70 por cento dos resultados processados, o
partido Rússia Unida lidera o vencedor virtual das eleições parlamentares ao
obter mais de 48 por cento dos votos.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pela
Comissão Eleitoral Central (CEC), o grupo Rússia Unida responde por 48,56 por
cento dos votos processados, preservando assim a maioria necessária para
modificar a Constituição sem o apoio de outras formações.
Segundo dados do CEC, o Partido Comunista segue como a
segunda força política com 20,89 por cento dos votos, ante 13,34 que obteve nas
eleições de 2016.
Nova ameaça ao planeta? Em 15 de setembro, o presidente Biden e os
primeiros-ministros britânico e australiano, Johnson e Morrison, anunciaram a
criação do AUKUS (sigla para os três países), um acordo de cooperação e defesa
para a região maior que agrupa os Oceanos Índicos e Pacíficos.
O pacto prevê ajuda dos EUA e do Reino Unido para
fornecer à Austrália submarinos nucleares, a serem construídos em Adelaide, e
recursos de inteligência artificial, tecnologia cibernética e quântica, com o
objetivo oficial de “garantir a paz e a estabilidade” naquela região, mas com o
objetivo não reconhecido de que Canberra, com esses novos submarinos nucleares,
se torne uma espiã e policial das costas e mares chineses.
O AUKUS é mais uma etapa do desdobramento militar dos
EUA na Ásia, definido durante a presidência de Obama, e que continuou a se
desenvolver com Trump e agora com Biden. O acordo, que surpreendeu em Paris,
complica as relações do trio anglo-saxão com a França, e principalmente com a
China, e envia um perigoso aviso ao mundo. O acordo envolve o cancelamento do
contrato assinado por Canberra com a França, com a empresa Naval Group, que planejava
construir doze submarinos convencionais para a frota australiana no valor de 66
bilhões de dólares.
Paris, que convocou os seus embaixadores em Washington e
Canberra para consultas, presidirá à União Europeia durante o primeiro semestre
de 2022 e finalizará uma proposta, por iniciativa de Macron, de apresentar um
novo «conceito estratégico» da aliança militar atlântica.
A lógica do novo acordo do trio anglo-saxão encontra-se
em sua nova doutrina militar, onde estabelece que a China e a Rússia são
inimigas, e ao mesmo tempo que tenta se livrar do fardo do Oriente Médio, tenta
preservar sua presença militar e influência política na região. Na esteira de
Trump, Biden continua o desdobramento agressivo das forças americanas na Ásia,
Oceano Índico e Pacífico, aumentando os gastos: o orçamento militar dos Estados
Unidos para 2022 é de US $ 778 bilhões, triplicando o da China e multiplicando
por dez o da Rússia.
Alerta em Washington! A secretária do Departamento de Tesouro estadunidense,
Janet Yellen, alertou que a recusa do Congresso de aumentar o limite da dívida “enterrará”
os EUA em uma crise financeira, de acordo com seu artigo escrito no Wall Street
Journal.
“Os EUA sempre pagaram suas contas em tempo, mas o
consenso esmagador entre os economistas e os funcionários do Tesouro de ambos
os partidos é de que falhar o aumento do limite da dívida produzirá uma catástrofe
econômica generalizada”, segundo Yellen.
Yellen destacou que milhões de estadunidenses poderiam
ficar sem dinheiro em poucos dias, e os EUA não cumpririam suas obrigações,
deixando os idosos, tropas e milhões de famílias, entre outros, sem remuneração.
Estreando na ONU. Joe Biden discursou na Assembleia Geral da ONU em meio
a tensões com aliados e críticas à sua agenda externa, que associam em alguns
temas à de Donald Trump. Mas Biden prometeu uma “América de volta” após assumir
o cargo em 20 de janeiro em uma tentativa de se distanciar da era de seu
predecessor republicano.
A primeira intervenção de Biden como presidente na
reunião anual do órgão multilateral ocorre em um momento em que ele enfrenta
questionamentos sobre os compromissos de seu país no exterior e a disputa
pública com a França por causa de um acordo de submarino nuclear com a
Austrália, segundo a imprensa local.
No entanto, a secretária de imprensa da Casa Branca,
Jen Psaki, considerou na véspera que as divergências não eram um sinal de
diminuição da credibilidade dos Estados Unidos fora de casa.
Assim, Biden, que limitará sua presença na sede da ONU
em Nova York devido à pandemia de Covid-19, tentará contornar os obstáculos.

As principais notícias desta manhã no Brasil 247
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