sábado, 17 de agosto de 2019

Os instintos assassinos revelados

Se eu fosse fazendeiro, não vou falar o que eu faria não, mas eu deixaria de ter dor de cabeça”, 

“Enquanto eu for presidente, não tem demarcação de terra indígena”, diz Bolsonaro

“Enquanto eu for presidente, não tem demarcação de terra indígena”, diz Bolsonaro

Em ataque aos povos indígenas, Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (16) que não fará demarcações de terras indígenas em seu mandato; “Tem locais aqui que para produzir alguma coisa, precisa desviar de algum quilombola ou terra indígena. Se eu fosse fazendeiro, não vou falar o que eu faria não, mas eu deixaria de ter dor de cabeça”, afirmou
Jair Bolsonaro e índios Wajapi, do Amapá.
Jair Bolsonaro e índios Wajapi, do Amapá. (Foto: Jair Bolsonaro e índios Wajapi)
Do Blog do Esmael - Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (16) que não fará demarcações de terras indígenas em seu mandato. Ele argumentou que as reservas existentes são suficientes.
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“Tem locais aqui que para produzir alguma coisa, você não consegue, porque não pode seguir em uma linha reta para exportar ou vender, porque precisa desviar de algum quilombola ou terra indígena. Se eu fosse fazendeiro, não vou falar o que eu faria não, mas eu deixaria de ter dor de cabeça”, afirmou.
Esta fala leva a entender que o presidente está incitando a violência contra os indígenas.
Ele também disse que os índios já possuem 14% do território nacional demarcado. “Estive com os índios ontem e o que eles querem é liberdade para trabalhar, não confinamento pré-histórico”.

Augusto Nunes é condenado a pagar R$ 19 mil de indenização a Boulos por espalhar fake news

Augusto Nunes é condenado a pagar R$ 19 mil de indenização a Boulos por espalhar fake news

O líder nacional do MTST, Guilherme Boulos, postou em seu Twitter a decisão da justiça que obriga o jornalista Augusto Nunes pagar uma indenização de R$ 19 mil por espalhar fake news. Ele diz: "pra não restar dúvida da condenação de Augusto Nunes a me pagar indenização de R$19.080 por espalhar Fake News sobre "cobrança de aluguel" no MTST."
247 - O líder nacional do MTST, Guilherme Boulos, postou em seu Twitter a decisão da justiça que obriga o jornalista Augusto Nunes pagar uma indenização de R$ 19 mil por espalhar fake news. Ele diz: "pra não restar dúvida da condenação de Augusto Nunes a me pagar indenização de R$19.080 por espalhar Fake News sobre "cobrança de aluguel" no MTST."
Boulos ainda destaca que "hoje repetiu a acusação. Aguarde o oficial de justiça. Vai tomar outro processo e perder de novo. Compulsão em mentir!"

Ex-diretor do Inpe critica novo sistema de monitoramento da Amazônia

Ex-diretor do Inpe critica novo sistema de monitoramento da Amazônia

O ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, criticou o novo sistema da monitoramento da Amazônia contratado pelo governo. Ele disse: "o ministro Ricardo Salles fala que agora vamos ter um sistema da empresa Planet para detectar desmatamento de 2 metros. Depois do debate eu disse: ministro, não se mede a distância Rio-São Paulo com uma régua de 10 centímetros."
Ricardo Galvão
Ricardo Galvão (Foto: Reprodução)
247 - O ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, criticou o novo sistema da monitoramento da Amazônia contratado pelo governo. Ele disse: "o ministro Ricardo Salles fala que agora vamos ter um sistema da empresa Planet para detectar desmatamento de 2 metros. Depois do debate eu disse: ministro, não se mede a distância Rio-São Paulo com uma régua de 10 centímetros."
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Galvão prossegue: "uma árvore na Amazônia tem copa com diâmetro de 15, 20 metros. Para que eu preciso de uma resolução de dois metros para fazer um alerta de desmatamento? Eu só preciso de uma resolução de dois metros se eu quiser pagar muito mais para um sistema com maior resolução.”
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que "Galvão fez as declarações durante palestra nesta sexta-feira no auditório da reitoria da USP, para onde ele volta após sua exoneração. O pesquisador é livre-docente do Instituto de Física da universidade e estava cedido ao Inpe."
A matéria ainda acrescenta: "após a palestra, em conversa com jornalistas, ele voltou a comentar o assunto e disse que os dados oferecidos pelo Planet são muito mais do que o necessário para fazer os alertas de desmatamento, exatamente a função que tem o Deter, o sistema de detecção em tempo real do Inpe."

Moro solta nota contra lei que pune abusos de autoridade O judiciário precisa ser controlado: juiz não é acima da Lei.

Moro solta nota contra lei que pune abusos de autoridade

“É possível identificar diversos elementos que podem, mesmo sem intenção, inviabilizar tanto a atividade jurisdicional, do MP e da polícia, quanto as investigações que lhe precedem”, diz a nota obtida pela agência Reuters
(Foto: Marcelo Camargo - ABR)
BRASÍLIA (Reuters) - Uma nota técnica do Ministério da Justiça e Segurança Pública afirma que o projeto de lei de abuso de autoridade —enviado para análise do presidente Jair Bolsonaro após ser aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira— pode “inviabilizar” o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público.
“É possível identificar diversos elementos que podem, mesmo sem intenção, inviabilizar tanto a atividade jurisdicional, do MP e da polícia, quanto as investigações que lhe precedem”, diz a nota obtida pela Reuters.
Bolsonaro tem 15 dias para decidir se sanciona integral ou parcialmente ou veta integralmente a proposta, que tem sido alvo de críticas de várias entidades que participam do sistema Judiciário.
A análise da área técnica do Ministério da Justiça cita que um dos artigos do projeto —que considera abuso de autoridade decretar prisão em “manifesta desconformidade com as hipóteses legais— limita o exercício do juiz e cria “uma zona cinzenta pela qual o magistrado deve caminhar para viabilizar a compatibilidade entre a norma e a sociedade”.
“Em última instância, o dispositivo depõe contra a própria dinâmica e evolução do direito pela via jurisprudencial”, diz a análise.
Bolsonaro já disse que a decisão sobre o projeto de lei será tomada de forma serena após ouvir ministros.
“Os ministros vão dar cada um a sua opinião, sugestão de sanção ou alguns vetos e vamos tomar a decisão de forma bastante tranquila e serena”, disse Bolsonaro a jornalistas quinta-feira.
Para Bolsonaro, “existe abuso, somos seres humanos, mas a gente não pode cercear os trabalhos das instituições”. 

Padura: prisão de Lula prova ruptura da democracia no Brasil

Padura: prisão de Lula prova ruptura da democracia no Brasil

“O encarceramento do presidente e sua atual permanência na prisão escancaram que houve no Brasil uma ruptura de um sistema verdadeiramente democrático de Estado”, diz o escritor cubano Leonardo Padura, que visitou o ex-presidente, acompanhado de Mônica Benício, viúva de Marielle Franco
Por Leonardo Padura, no blog da Boitempo – Em turnê pelo Brasil para lançar seu romance A transparência do tempo, o escritor cubano Leonardo Padura fez questão de fazer uma visita ao ex-presidente Lula em Curitiba. O encontro se deu ontem, dia 15 de agosto de 2019, junto com a ativista Monica Benício, viúva de Marielle Franco. Após a visita, o autor de O homem que amava os cachorros nos enviou a seguinte declaração pública em que manifesta, por escrito, sua solidariedade ao ex-presidente e relata um pouco de suas impressões a respeito do encontro e sobre a situação do país. Confira também, ao final deste post, um registro em vídeo da passagem dele e de Monica pela vigília Lula Livre.
* * *

Declaração:

Desde o início do processo criminal contra o ex-presidente Lula, suspeitávamos que se tratava de uma estratégia desenhada para inviabilizar o acesso à disputa eleitoral ao candidato cujas pesquisas apontavam como nome mais seguro à Presidência do Brasil nas eleições de 2018.

As revelações que surgiram posteriormente, em especial durante os últimos meses, confirmaram o fato de que Lula foi criminalizado por motivos políticos, mais do que por questões puramente jurídicas.

O encarceramento do presidente e sua atual permanência na prisão escancaram que houve no Brasil uma ruptura de um sistema verdadeiramente democrático de Estado.

Acredito firmemente que em nenhum país ou sob nenhum sistema, uma pessoa deva ser perseguida, criminalizada, atacada por suas posições políticas. É um direito universal do homem ter liberdade de opiniões políticas, desde que essas ações, ideias, posturas não gerem manifestações de ódio, xenofobia, discriminação ou perseguição de outros indivíduos.

Da minha modesta posição pessoal e considerando-me amigo do presidente Lula da Silva, me solidarizo com todos os homens e mulheres que no mundo sofreram e sofrem perseguição e assédio por defenderem sem violência suas ideias a respeito da sociedade e do mundo.

Por ocasião da visita que pude lhe fazer em seu cárcere na Polícia Federal de Curitiba, encontrei um Lula animado, lutador, convencido de suas razões, disposto a permanecer na prisão até que possa sair como um homem livre. E confiante de que, mais cedo ou mais tarde, a justiça desempenhará o papel que lhe cabe.

Leonardo Padura, escritor.

Curitiba, 15 de agosto 2019

Lula diz que Lava Jato foi criada para entregar o petróleo do Brasil aos EUA

Lula diz que Lava Jato foi criada para entregar o petróleo do Brasil aos EUA

“Criaram a Lava Jato para entregar o nosso petróleo, é uma vergonha”, disse o ex-presidente. Quando questionado sobre progressão de pena por idade, leituras e bom comportamento, algo que Lula já tem direito, ele afirmou que não irá solicitar. “Não vou pedir, porque quero minha inocência. Quero sair daqui 100% inocentado”, disse
Da Carta Capital – O ex-presidente Lula, preso em Curitiba pela Operação Lava jato, concedeu, nesta sexta-feira 16, uma entrevista ao jornalista Bob Fernandes, que foi exibida pela TV Educação da Bahia. Ao comentar sobre os recentes episódios da operação Lava Jato, o petista acredita que a intenção da operação é entregar o petróleo do Brasil aos EUA.  “Criaram a Lava Jato para entregar o nosso petróleo, é uma vergonha”, enfatizou o político.
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Essa é a primeira vez que uma televisão pública entrevista o ex-presidente, que comentou sobre a atuação de Moro, Dallagnol e Bolsonaro. Para Lula, o país passa por uma destruição de caráter. ” O que mede a qualidade de uma nação não é o tamanho do território, mas sim  a qualidade de vida das pessoas.  Enquanto isso, o presidente fica fazendo palhaçada o tempo inteiro, isso é inaceitável”, analisou o petista.
Quando questionado pelo jornalista sobre progressão de pena por idade, leituras e bom comportamento, algo que Lula já tem direito, ele afirmou que não irá solicitar.  “Não vou pedir, porque quero minha inocência. Quero sair daqui 100% inocentado”, disse.