A violência fascista!
Ainda há os que acreditam que o Brasil melhorou depois
do golpe contra Dilma Rousseff e que o governo de um facínora está indo muito
bem. Mas as imagens do Brasil de hoje mostram exatamente o contrário e, pior
ainda, que as ideias fascistas semeadas pelo ex-capitão insano estão brotando,
ainda.
Neste sábado, enquanto mais de 250 cidades no Brasil e
no exterior realizavam gigantescos atos gritando “FORA” para o demente, mais
uma vez os fascistas dirigidos pelo “mito” ameaçaram pessoas que apenas usavam
o livre direito de protestar.
Uma manifestante que estava no ato contra o ex-capitão em
Recife (PE), foi atropelada por um motorista que passou pelo protesto. Segundo
relatos de outros presentes, o atropelamento foi proposital e o motorista
deixou o local sem prestar socorro.
Segundo informações de alguns manifestantes, o
motorista “jogou o carro” na mulher e ainda sacou uma arma para ameaçar os
presentes. Alguns manifestantes fotografaram o carro e a placa. Algo será feito
contra o motorista?
A vítima foi atendida a princípio por médicos que
estavam no ato e, posteriormente, encaminhada a um hospital por uma ambulância
do SAMU.
Muito afetados. A falta de água fez parte da rotina de 37% dos
moradores de favelas no Rio de Janeiro; 63% ficaram sem água em algum momento
da pandemia. Apenas 26% possuem emprego com carteira assinada, e 54% perderam o
emprego no período.
Os dados são da pesquisa “Coronavírus nas favelas: a desigualdade
e o racismo sem máscaras”, lançada nesta segunda-feira. O estudo foi realizado
pelo coletivo Movimentos, formado por jovens de diferentes favelas da cidade,
com apoio do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC).
O relatório, divulgado pela Agência Brasil, revela que
a média de pessoas por cômodo das casas das favelas é de 3 moradores, o que
amplia a possibilidade de contágio dentro das residências e dificulta o
isolamento social. Além disso, 54% não conseguiram fazer isolamento, principalmente
pela necessidade de sair para trabalhar, o que foi relatado por 55% dos
respondentes.
O estudo apontou que, no Brasil, pessoas de baixa
escolaridade têm taxas de mortalidade três vezes maiores (71,3%) do que das
pessoas com nível superior (22,5%). Nas favelas analisadas na pesquisa, apenas
16% dos participantes disseram ter ensino superior. Sobre o desemprego, a
situação foi relatada por 26,8% da população não branca, e 30% estão em
trabalhos informais.
Entre os respondentes, 62% solicitaram o auxílio
emergencial, mas apenas 52% receberam o benefício; 50% solicitaram doações e,
dentre esses, 56% receberam ajuda; 36% das pessoas ajudaram arrecadando ou
fazendo doações.
E “ele” vai escapar? Tudo deixa pensar que há uma armação para livrar o
insano de um julgamento internacional por “crimes contra a humanidade”. Pelo
que soubemos, o Tribunal Penal Internacional (TPI), localizado em Haia, nos
Países Baixos, anunciou na segunda-feira (27) que vai concentrar as
investigações no Afeganistão sobre as denúncias de crimes cometidos pelo Talibã
e pelo Estado Islâmico-Khorasan (EI-K), um ramo do Daesh (organização
terrorista proibida na Rússia e em vários outros países).
Tudo “armado”, não é? Dessa forma, ficam de fora os
possíveis crimes cometidos por tropas e agentes de inteligência dos EUA no país
desde 2002. O procurador-geral do TPI, Karim Khan, explicou que a sua organização
não pode "esperar investigações locais genuínas e eficazes" no
Afeganistão após a tomada de poder pelos talibãs.
A decisão de excluir as forças dos EUA da investigação
gerou críticas, com alguns chamando a medida de uma tentativa de "justiça
seletiva". O TPI havia passado 15 anos analisando as alegações de crimes
de guerra no Afeganistão antes de abrir um inquérito formal no ano passado.
No Brasil, o TPI virou tema recorrente. Em 2019, o
Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) e a Comissão Arns apresentaram
ao TPI indícios de crimes contra a humanidade e incitação ao genocídio de povos
indígenas praticados pelo ex-capitão que nos governa. Em agosto deste ano, foi
a vez da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) apresentar uma
denúncia contra ele por genocídio e ecocídio no TPI pela responsabilidade do
presidente na morte de 1162 pessoas de 163 comunidades indígenas devido à sua
gestão da pandemia. E, em breve, a CPI da Covid deve encaminhar o relatório
final ao tribunal denunciando Bolsonaro por crime contra a humanidade.
O Tribunal Penal Internacional promove o inquérito e o
julgamento de pessoas por genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de
guerra e o crime de agressão. O Brasil aprovou e subscreveu o Estatuto de Roma,
que deu vida a TPI, em 18 de julho de 1998, e o Congresso brasileiro ratificou
o ato.
A denúncia apresentada pela APIB ao TPI argumenta que
estão em curso no Brasil “atos que se configuram como crimes contra a humanidade,
genocídio e ecocídio” e que “dada a incapacidade do atual sistema de justiça no
Brasil de investigar, processar e julgar essas condutas, denunciamos esses atos
junto à comunidade internacional, mobilizando o Tribunal Penal Internacional”,
afirma Eloy Terena, coordenador jurídico da APIB.
A mentira da queda do desemprego. Após registrar taxa de 15,1% em março deste ano, a
desocupação recuou para 13,7% em junho, de acordo com a análise de desempenho
recente do mercado de trabalho, feita a partir da desagregação dos trimestres
móveis da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo, divulgado
hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra também que
taxa de desocupação dessazonalizada em junho (13,8%) é a menor apurada desde
maio de 2020.
O avanço recente das contratações está ocorrendo
principalmente em setores que empregam relativamente mais mão de obra informal,
como setores de construção; agricultura; e serviços domésticos, que registraram
crescimento anual da população ocupada de 19,6%, 11,8% e 9%, respectivamente. Desta
forma, no segundo trimestre de 2021, na comparação interanual, observa-se uma
expansão de 16% dos empregados no setor privado sem carteira e de 14,7% dos
trabalhadores por conta própria.
De acordo com os dados obtidos na Pnad Contínua, o
aumento do emprego no segundo trimestre ocorreu de forma disseminada para todos
os segmentos da população quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
O destaque foi para a expansão da ocupação entre as mulheres, jovens e
trabalhadores com ensino médio completo, com crescimento de 2,2%, 11,8% e 7,0%,
respectivamente.
Houve ampliação de 39% na contratação de temporários no
primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2020. A
expectativa é a de que a modalidade de contratação continue em crescimento, já
que, por conta da vacinação e da reabertura das atividades econômicas, as
demandas pela admissão de pessoas estão em crescimento.
Colombianos marcharam contra o
neoliberalismo. Mobilizados há meses,
os colombianos voltaram às ruas na terça-feira (28/09)! As organizações
sindicais e os movimentos colombianos que integram o Comitê Nacional de Greve se
mobilizam novamente contra a agenda neoliberal promovida pelo presidente Iván
Duque e contra a corrupção.
O presidente da Central Unitaria de Trabajadores (CUT)
e porta-voz da Comissão, Francisco Maltés, indicou que as mobilizações deste 28
de setembro pretendem chamar a atenção do Congresso para iniciar a discussão
dos 10 projetos de lei apresentados no dia 27 de setembro.
Desde 28 de abril e por 50 dias consecutivos, ocorreram
protestos e mobilizações contra as medidas neoliberais do Governo colombiano,
considerado o maior surto social dos últimos 70 anos.
A Comissão Nacional de Greve anunciou no dia 15 de
junho a suspensão temporária das mobilizações, sem implicar no fim das manifestações
e protestos sociais no país sul-americano.
A decisão da comunidade foi tomada após a
militarização, a repressão policial contra as manifestações pacíficas e a
recusa do governo em assinar um acordo preliminar para garantir o protesto
social.
Nos mais de 50 dias de mobilizações sociais na
Colômbia, pelo menos 87 pessoas morreram em decorrência da repressão policial,
segundo dados da Organização Campanha de Defesa da Liberdade, um Caso de Todos.
O senador do Polo Democrático, Iván Cepeda, disse na
terça-feira que um novo relatório foi enviado ao Tribunal Penal Internacional
(TPI) sobre os episódios de violência policial e militar ocorridos na Colômbia
durante os protestos, nos quais denunciaram a impunidade e a demora injustificada
nas investigações, bem como a falta de imparcialidade nos processos já abertos.
A violência policial. A violência policial em várias áreas da Colômbia
encerrou o dia de mobilização nacional convocado pelo Comitê Nacional de Greve.
Até depois da meia-noite, membros do Esquadrão
Anti-Motim (Esmad) atacaram os jovens da capital que se juntaram às
manifestações cujo lema era “Pela paz, vida, democracia, contra o pacote de
Duque e a corrupção!”
Por meio do Twitter, figuras públicas e organizações
sociais e não governamentais denunciaram o excesso desse corpo de elite da
polícia.
Perto das manifestações na Universidade Industrial de
Santander, em Bucaramanga, o Exército estava ali para intimidar os jovens que
decidiram se manifestar em comemoração aos cinco meses da Greve Nacional
iniciada em 28 de abril, disse um internauta chamado Físico Impuro, no Twitter.
A Presidente Nacional do Movimento Indígena e
Alternativa Social, Martha Peralta Epieyú, garantiu na mesma rede que tratam os
manifestantes pacíficos como se se tratasse de uma guerra.
“O Estado não pode continuar a legitimar a violência
excessiva de Esmad. A demonstração é um direito e deve ser garantida. Quantas
pessoas ficariam gravemente feridas apenas neste ataque?”
Por sua vez, a organização Lazos de Dignidad, também
alertou através do Twitter que a situação dos direitos humanos é preocupante nesta
capital.
Ele assegurou que as comissões de verificação em Usme e
Bosa, em Bogotá, relataram feridos, uma pessoa com lesão ocular e uma suposta
morte devido às ações violentas de Esmad.
No contexto da greve nacional que começou no último dia
28 de abril e durou quase três meses a nível nacional, organizações de direitos
humanos e a população em geral denunciaram a violência contra os manifestantes.
Assassinatos, torturas, lesões oculares, abusos
sexuais, desaparecimentos de pessoas, entre outros, foram algumas das violações
dos direitos humanos no contexto do protesto social.
O cerco contra Macri se fecha. O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri foi
intimado na sexta-feira (30/09) a prestar depoimento na investigação do caso de
espionagem ilegal de parentes dos 44 tripulantes que morreram no naufrágio do
submarino ARA San Juan em 2017. A Justiça proibiu que o ex-mandatário deixe o
país durante o período.
O depoimento foi marcado para o dia 7 de outubro, às 11
horas, pelo juiz federal Martín Bava, conforme resolução obtida pela imprensa
local. Macri está em Miami, nos EUA, e deve voltar à Argentina em breve, segundo
a defesa do ex-presidente.
“O então presidente tinha pleno conhecimento do
acompanhamento feito pela Agência Federal de Inteligência (AFI) sobre os
parentes dos tripulantes”, afirmou Bava no documento, dizendo ainda que Macri
“não só ordenou a prática constante de ilícitos a familiares dos referidos
tripulantes, mas também recebia a análise dessa informação da AFI”.
A espionagem ilegal, segundo explicou o juiz, foi
realizada com o objetivo de antecipar informações sobre as reivindicações dos
familiares das vítimas, que eram protagonistas em um dos temas mais sensíveis
nacionalmente naquele momento.
Parentes foram monitorados - fotografados e filmados -
e tiveram seus telefones grampeados, chegando ao ponto de serem intimidados
para que desistissem de suas reivindicações.
Os novos lacaios do Império. A Casa Branca está se voltando para novos capatazes na
América Latina. Com Macri fora do jogo, a golpista boliviana na cadeia e o demente
brasileiro sem forças internamente e abandonado externamente, os olhares dos “arquitetos
da maldade” se voltam para novos capachos que os representem. Quem são os
candidatos a lacaios do Império?
Pelo que sabemos pelos informes de nossa região, os presidentes
de direita do Chile e do Uruguai, Sebastián Piñera e Luis Lacalle Pou, parecem
estar pegando a bandeira do Grupo Lima para relançar outro grupo, aliança ou
cúpula. Não importa qual seja o nome, mas para atacar o “eixo do mal” como tem
sido chamado de Washington a Cuba, Bolívia, Nicarágua e Venezuela.
O quarteto de Piñera no Chile, Duque na Colômbia, Abdo
no Paraguai e Lacalle no Uruguai, desempenha seu papel regional depois de
perder Peru e Bolívia como aliados no governo. O banqueiro Guillermo Lasso no
Equador está imbuído de seus próprios negócios.
Depois da bofetada que o movimento popular acertou o
presidente uruguaio, com uma arrecadação de 800.000 assinaturas (em um país de
três milhões de habitantes) para revogar o núcleo duro de seu carro-chefe, a
Lei da Urgência (LUC), Lacalle Pou aposta fortemente no seu suposto papel
internacional em uma mensagem dentro de seu país, enquadrada em sua campanha de
imagem permanente nas mídias tradicionais e nas redes sociais.
Na segunda-feira, 27 de setembro, o presidente se
reuniu com o presidente do Chile, Sebastián Piñera. “É sempre um prazer receber
um presidente de outro país. Neste caso, com alguns temas importantes como a
Aliança Atlântico-Pacífico, que é muito importante”, disse o presidente uruguaio.
A afinidade que existe entre os governos do Paraguai e
do Uruguai é das mais fortes e, também, com um vínculo pessoal deste quarteto.
Obviamente, Lacalle Pou ignorou os infindáveis maus-tratos
e humilhações sofridos pelos camponeses nas terras guaranis, para
citar apenas um exemplo. Nem vamos falar de conluio com o narcotráfico.
Pedro Castillo resiste e avança. Dois meses após o início do governo do presidente Pedro
Castillo, o cenário público peruano parece se estabilizar e se visualiza uma
crescente normalização das crises que eclodiram nas primeiras semanas de
governo, apesar da persistência de várias fontes de tensão da direita e também
nas próprias forças.
O Peru parece ter recuperado sua instabilidade
governável iniciada em 2016 ou, se quiser outro destaque, sua ingovernabilidade
estável, conforme definido por alguns analistas. a improvisação, o sigilo e a
polêmica que geraram a nomeação dos membros de seu gabinete ministerial, que na
sexta-feira recebeu o voto de confiança do Congresso em meio a duras críticas.
No somatório dos acontecimentos importantes, Castillo
recebeu a confiança do Congresso, mantém a vacinação à tona, mantém seu
gabinete contra a rejeição massiva do primeiro-ministro Guido Bellido e do ministro
do Trabalho Ivo Maraví e apóia o ataque quase unânime da elite política, empresarial
e uma mídia que exige um rompimento mais rápido e profundo com a liderança do
Peru Libre.
Da mesma forma, a viagem de Castillo - e seu chapéu -
aos Estados Unidos foi positiva. O encontro da agenda do governo com os termos
do debate da CELAC, com a grande presença do secretário da CEPAL e de 33 países
da região, foi um evento positivo. O discurso na ONU e a exposição de pontos
coincidentes com a agenda internacional é um bom resultado para a atuação na
arena mundial, incluindo o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, as
agendas e os governos.
Esquerda avança na Noruega. Na semana
passada, os eleitores da Noruega tiraram o governo conservador de Erna Solberg
do poder. Com as temperaturas no extremo norte do país atingindo níveis
recordes, a repulsa generalizada pela expansão da indústria de petróleo de
Solberg desempenhou um papel fundamental. Batalhas pesadas estão se formando
pelos recursos do Mar de Barents, muitos deles inexplorados.
O Partido Trabalhista Social-democrata parece pronto
para governar em coalizão com seus parceiros anteriores, o Partido do Centro
Agrário e o Partido de Esquerda Socialista. Mas seu governo será complicado com
a ascensão do Partido Vermelho (Rødt).
O Rødt apareceu na cena política norueguesa quase
quinze anos atrás. Amalgamação de grupos de extrema esquerda, Rødt tem uma
agenda explicitamente socialista e seu líder, Bjørnar Moxnes, foi eleito para
Storting (parlamento) em 2017. Os carismáticos Moxnes regularmente entraram em
confronto com o agora destituído primeiro-ministro Solberg sobre os direitos
dos trabalhadores e os meio ambiente, e seu perfil nacional começou a crescer.
Na eleição da semana passada, Rødt dobrou sua
porcentagem de votos. Moxnes agora terá a companhia de sete novos colegas em
Storting, incluindo uma professora de pré-escola e um ex-funcionário do setor
de serviços.
Também na Áustria. A segunda
maior cidade da Áustria, Graz, teve uma guinada inesperada à esquerda nas
eleições municipais de domingo (26/09). O Partido Comunista Austríaco (KPÖ)
recebeu a maioria dos votos e desbancou o centro-direitista Partido Popular
Austríaco (ÖVP), atualmente no poder.
Tudo indica agora que Graz, de 290 mil habitantes e
situada no sul do país, se tornará a primeira capital de um dos nove estados
austríacos a ser governada pelos comunistas.
Segundo resultados preliminares, o KPÖ obteve 28,9% dos
votos na eleição para o conselho municipal (corpo legislativo da cidade),
ficando à frente dos conservadores do ÖVP, que conquistaram 25,7% – 12 pontos
percentuais a menos que nas últimas eleições.
O prefeito de Graz, Siegfried Nagl, do ÖVP, anunciou
logo após o resultado que deixaria o cargo, abrindo caminho para que os
comunistas formem um governo. Ele estava no poder há 18 anos.
O KPÖ busca agora uma coalizão com os verdes (17,3%) e
com o Partido Social‑Democrata
da Áustria (SPÖ), que teve
pouco menos de 10% dos votos, para formar um governo municipal. Uma aliança com
o ÖVP estaria descartada.
Embora o partido já fosse a segunda maior força no
conselho municipal de Graz, a líder dos comunistas na cidade, Elke Kahr, disse
a repórteres que a vitória agora foi “mais que surpreendente”. Cidade com 220
mil eleitores, é frequente o Partido Comunista obter resultados eleitorais
satisfatórios, em contraste com o resto do território austríaco, onde a força
partidária é quase inexistente – nas eleições federais do ano passado, a
legenda recebeu menos de 1% dos votos.
A esquerda de Portugal preocupa. Quase metade das pessoas com direito de voto não o exerceu
em eleições autárquicas marcadas pela vitória da direita em Lisboa da
gentrificação e do turismo de massas.
No papel, o Partido Socialista ganhou as eleições locais
realizadas este domingo em Portugal. A centro-esquerda é, em nível nacional, a
força mais votada em todo o país: 34% dos votos ante a soma dos principais
partidos de direita, PSD, PPD e CDS, que somam 24% dos os votos. 148 prefeitos.
De norte a sul. No entanto, do ponto de vista qualitativo, as eleições revelam
outras leituras menos favoráveis não só para o PS mas para toda a
esquerda portuguesa. E é que como aponta o historiador
Manuel Loff, da Universidade do Porto, o PS continua a ser claramente hegemónico no Portugal rural, mas deve preocupar-se com o que
define como “uma tendência underground: uma tendência mais ou menos
generalizada falências nos centros urbanos. ”.
Em primeiro lugar, uma abstenção muito elevada, 46% dos
censos não quiseram votar na eleição da sua administração mais próxima, as
câmaras municipais e os bairros. Em segundo lugar, a vitória da direita na
capital, nada menos que num país em que a administração regional quase não tem
poderes e se costuma dizer que “Lisboa é Portugal e o resto é paisagem”. Não se
trata de um desastre, mas de um sério alerta para o Partido Socialista, no
poder desde 2015 graças a um acordo parlamentar sem precedentes com o Partido
Comunista e o Bloco de Esquerda que pôs fim a uma das direitas. governos que
mais fortemente apertaram durante a última crise o acelerador das reformas
neoliberais.
Quadro difícil na Alemanha. As eleições parlamentares alemãs de domingo (26)
terminaram com o SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha) pouco à frente,
segundo as projeções das emissoras ARD e ZDF. O bloco conservador (CDU+CSU,
conhecido como União), do qual a chanceler Angela Merkel faz parte, obteve o
pior resultado de sua história, mas ainda tem possibilidade de tentar formar
governo, caso os sociais-democratas falhem na tarefa.
Os números mostram, também, que a definição do novo
governo vai exigir uma coalizão de três partidos – algo inédito na Alemanha. E,
por isso, as negociações devem durar meses, abrindo caminho para que Merkel
quebre o recorde de Helmut Kohl (1930-2017) e se torne a chanceler que mais
tempo permaneceu no cargo: basta que não haja governo formado até 19 de
dezembro deste ano.
De acordo com os levantamentos, o SPD deve terminar a
apuração com entre 25% e 26%, e a União CDU+CSU com cerca de 24%. Em se confirmando
o resultado, o atual vice-chanceler, Olaf Scholz, terá prioridade para tentar
liderar as negociações de coalizão do próximo Parlamento.
Por outro lado, os ambientalistas do Verdes tiveram o
melhor resultado de sua história, com cerca de 14% nas duas pesquisas, e se
tornaram o fiel da balança de uma coalizão: sem eles, nem SPD, nem União
conseguirão ter um governo de maioria estável, a não ser que estes dois se
juntem – algo considerado improvável pelos líderes de ambas as agremiações.
China tem nova reserva de petróleo. A região econômica de Bohai, localizada no nordeste da
China, é considerada um dos principais territórios produtores de petróleo e gás
para a empresa chinesa.
A gigante estatal Corporação Nacional de Petróleo
Offshore da China (CNOOC, na sigla em inglês) realizou uma descoberta de “grande
porte” no campo petrolífero Kenli 10-2, localizado no sul da baía de Bohai,
China, com uma profundidade média de água de cerca de 15,7 metros, informou a
empresa nesta quinta-feira (30).
“O poço descoberto Kenli 10-2-4 foi perfurado e
concluído a uma profundidade de 1.520 metros e encontrou zonas de petróleo com
espessura total de aproximadamente 27 metros. O poço de avaliação foi testado
para produzir aproximadamente 569 barris de petróleo por dia”, disse a CNOOC em
nota reproduzida pelo portal Asian Oil & Gas.
O local descoberto abriga petróleo pesado convencional
e estima-se que contenha cerca de 100 milhões de toneladas em reservas.
Na semana passada, a CNOOC revelou que havia iniciado a
produção de petróleo no campo petrolífero Bozhong 19-4, que também está
localizado no sul da baía de Bohai. A empresa estima que o projeto de produção
de petróleo de Bozhong pode render cerca de 11.000 barris de petróleo bruto por
dia. O pico pode ser alcançado já em 2022, acredita a gigante do petróleo.
Especialistas criticam EUA por violar
direitos humanos no Afeganistão. Os EUA devem ser denunciados
pela comunidade internacional por suas violações aos direitos humanos no
Afeganistão, disseram especialistas em um seminário internacional realizado no
Município de Chongqing, sudoeste da China, no sábado. Mais de 40 especialistas,
representantes da mídia e diplomatas da China, França, Nepal, Japão e outros
países que participaram do seminário, um evento paralelo online na 48ª sessão
do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Fu Zitang, vice-presidente da Sociedade Chinesa de
Estudos de Direitos Humanos e presidente da Universidade da Ciência Política e
Direito do Sudoeste, disse que a guerra travada pelos EUA no Afeganistão não
apenas violou gravemente os direitos humanos do povo afegão, mas também representou
graves ameaças aos direitos humanos das pessoas nos países vizinhos. Fu
criticou os EUA por impor seus próprios conceitos de democracia, liberdade e
direitos humanos ao Afeganistão contra a vontade de seu povo, acrescentando que
tais atos hegemônicos e intervencionistas só podem resultar em fracasso.
Cheng Xizhong, pesquisador sênior do think-tank do
Instituto Charhar, disse que os EUA são o maior violador dos direitos humanos
do mundo, apontando que as guerras e operações militares travadas pelo país em
nome do antiterrorismo desde 11 de setembro de 2001 custou mais de 800 mil
vidas e deixou mais de 38 milhões de deslocados.
Christian Mestre, professor do Instituto de Direitos
Humanos da Universidade de Estrasburgo, disse que a ocupação do Afeganistão
pelos EUA é uma espécie de hegemonia política e um fracasso total, acrescentando
que os países europeus devem rever suas relações com os EUA.
Classificando os EUA como o país mais beligerante do
mundo, Hector Constant Rosales, representante permanente da Venezuela no
Escritório das Nações Unidas em Genebra, disse que sua invasão no Afeganistão
levou a uma crise humanitária, e os EUA e seus aliados devem pagar o preço
pelos crimes que cometeram no país.
Os genocidas continuam “trabalhando”. Em nova ação criminosa, cinco palestinos foram mortos
nas mãos do exército israelense durante os ataques militares noturnos nas áreas
de Jenin e Jerusalém da Cisjordânia ocupada, que duraram até o início da manhã
de domingo.
Mohammad Hlayel, porta-voz do Ministério da Saúde
palestino, confirmou o assassinato de três palestinos do vilarejo de Biddu, a
noroeste de Jerusalém, identificados por suas famílias como Ahmad Zahran,
Mahmoud Hmaidan e Zakariya Badwan.
As forças israelenses também mataram dois residentes da
vila de Burqin, a sudoeste da cidade de Jenin, que foram identificados como
Osama Soboh, de 22 anos, e Yousif Soboh, de 16 anos.
Este episódio foi o mais mortal para as tropas
israelenses na Cisjordânia ocupada nas últimas semanas e ocorreu em meio ao
aumento da tensão após a guerra de 11 dias deste ano entre Israel e o Hamas na
Faixa de Gaza.
O gabinete do presidente da Autoridade Nacional
Palestina, Mahmoud Abba, rejeitou no domingo o assassinato durante os ataques
das forças de ocupação na Cisjordânia.
Uma greve de um dia foi declarada em algumas cidades da
Cisjordânia para protestar contra a morte de palestinos.
Na sexta-feira, tropas israelenses mataram um palestino
a tiros durante a repressão a uma manifestação contra assentamentos judeus na
região, de acordo com o Ministério da Saúde Palestino. O ministério israelense
disse que a vítima, identificada como Mohammad Khabisa, de 28 anos, foi baleada
na cabeça e levada às pressas para o hospital, onde foi declarada morta.
Apoio estadunidense ao genocídio. Há
pouco tempo, o Congresso dos EUA parecia mudar de sua postura usual de apoio à
ocupação e ao Apartheid contra o povo palestino. Na discussão sobre o aumento
do limite de gastos do governo federal, sob pressão de vários legisladores
democratas, decidiu-se não financiar a compra de mísseis por Israel com US $ 1
bilhão. A remoção deste artigo foi solicitada por Alexandria Ocasio-Cortez e
Betty McCollum.
Diante dessa situação, foi apresentado um projeto de
lei de financiamento da defesa que foi finalmente aprovado com apenas 8 votos
contra. Aqueles que indicaram que votariam contra a continuação do financiamento
da compra de máquinas assassinas em Israel são Ocasio-Cortez, Betty McCollum,
Rashida Tlaib, Ilhan Omar, Ayanna Pressley e Pramila Jayapal.
O dinheiro que os EUA dão a Israel para sistemas de
controle, vigilância e máquinas assassinas tem um retorno direto para o
complexo militar dos EUA. Para explicar isso, 70% das compras de armas de
Israel no período de 2009-2020 foram para os Estados Unidos.
O financiamento recente que o Congresso dos EUA aprovou
para Israel será usado para comprar o sistema de mísseis Iron Dome. Os EUA
forneceram fundos adicionais de US $ 1,6 bilhão para financiar esse desenvolvimento.
Quem fez o sistema de mísseis foi a empresa Rafael, uma
das maiores corporações armamentistas israelenses. Atualmente, seus mísseis
estão posicionados nas Ilhas Malvinas.
Preocupações com a China. O chefe da Força Aérea dos EUA diz estar totalmente
focado no crescente desafio e agressividade do poder aéreo chinês no Pacífico Ocidental
e nas áreas próximas do Japão e Taiwan.
“Estou ainda muito focado nas capacidades da China e em
como eles estão operando com maior capacidade em algumas de suas plataformas [e
em] sua propensão para sobrevoar maiores áreas marítimas e desafiar nas áreas
em torno da região”, afirmou ao portal Defense One o general Charles Brown.
A China intensificou significativamente seus voos em águas
internacionais, testando a eficácia e a velocidade de reação não apenas da
Força Aérea dos EUA, como também das defesas aéreas de Taiwan e do Japão,
observou o general.
As forças estadunidenses em Guam também observaram o “crescente
aumento do ritmo” das operações de longo alcance conduzidas pela Força Aérea da
China, para ver como as unidades norte-americanas responderiam ou reagiriam,
conclui Brown.
Biden mentiu? O presidente dos EUA, Joe Biden, está sendo acusado de
mentir depois que seus generais disseram terem recomendado a permanência de
tropas no Afeganistão, algo que o democrata havia negado anteriormente.
Durante depoimento ao Comitê de Serviços Armados do
Senado norte-americano nesta terça-feira (28), tanto o general Frank McKenzie,
chefe do Comando Central dos EUA (USCENTCOM, na sigla em inglês), quanto o
general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, confirmaram que
recomendaram que 2.500 soldados permanecessem no Afeganistão após a data de
retirada das tropas norte-americanas para evitar a desestabilização do governo
afegão.
“Não compartilharei minha recomendação pessoal ao
presidente [Biden], mas darei a você minha opinião honesta, e minha opinião e
visão honestas moldaram minha recomendação. Recomendei que mantivéssemos 2.500
soldados no Afeganistão. Também recomendei […] [em setembro] de 2020, que
mantivéssemos 4.500 naquela época. Essas são minhas opiniões pessoais”, disse
McKenzie durante o seu depoimento.
Em 19 de agosto, o jornalista George Stephanopoulos, da
emissora ABC entrevistou o presidente dos EUA e questionou se os generais estadunidenses
o aconselharam a não retirar todas as tropas do Afeganistão, o que o governo
fez em 31 de agosto.
“Não, eles não fizeram. Foi dividido. Isso não é
verdade […]. Não em termos de saber se sairíamos dentro de um período de tempo
para todas as tropas. Eles não argumentaram contra isso”, respondeu Biden.
EUA: número de assassinatos está aumentando. O relatório de crime do FBI indica que a violência
ocorre na maioria das grandes cidades.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) informou que os
assassinatos em 2020 no país aumentaram quase 30% em relação ao ano anterior, o
maior salto em um período de 12 meses desde que a agência passou a registrar
estatísticas desse tipo de crime crimes há seis décadas.
O relatório, que está de acordo com os números
preliminares relatados durante o verão, também mostra um aumento de 5% nos crimes
violentos entre 2019 e 2020.
A violência atingiu a maioria das grandes cidades, de
acordo com o relatório, mesmo quando a pandemia de coronavírus teve seu próprio
tributo mortal em todo o país.
Embora o aumento anual relatado tenha sido dramático, o
número total de homicídios no ano passado (21.570) não excedeu alguns totais
impressionantes no início da década de 1990, incluindo os quase 25.000
assassinatos registrados em 1991.
De acordo com o relatório, o número de homicídios no
ano passado começou a subir durante os meses de verão, com pico em junho e
julho e permanecendo em níveis elevados depois disso.
A cada ano, o FBI coleta estatísticas criminais de
agências de aplicação da lei em todo o país para criar seu relatório anual, mas
as agências não são obrigadas a enviar seus dados.
Muitas agências não participam: em 2020, cerca de
15.875 agências entre mais de 18.000 enviaram seus dados ao FBI, uma taxa de
participação de 85%.
Risco de nova crise. Jeremy Grantham, investidor britânico, afirmou que a atual
subida do mercado acionário estadunidense é comparável com as bolhas de
capitais de 1929 e 2000, que estouraram nesses anos.
As ações financeiras dos EUA se encontram em uma bolha
maior que a que estourou a Grande Depressão econômica de 1929, de acordo com
Jeremy Grantham, famoso investidor do Reino Unido, citado na terça-feira (28)
pela emissora CNBC.
Ele disse que acabar com a bolha na bolsa de valores
seria "como matar um vampiro" e observou que o mercado está tão
confiante que ignora qualquer má notícia.
Segundo ele, a “bolha”, que também comparou com a de “dotcom”
em 2000, não pode continuar indefinidamente, então ele espera grandes quedas
nos mercados de ações nos próximos meses, com o S&P 500 caindo 10% ou mais.
Um forte sinal da confiança excessiva e da queda iminente do mercado de
capitais é a popularidade das ações meme, das empresas de aquisição de
propósito especial (SPAC, na sigla em inglês) e das criptomoedas, disse.