sábado, 6 de novembro de 2021

Dirigente do PCdoB retoma mandato de deputado para votar contra PEC dos Precatórios; suplente votou a favor

 


Dirigente do PCdoB retoma mandato de deputado para votar contra PEC dos Precatórios; suplente votou a favor

Secretário no governo de Flávio Dino, no Maranhão, Márcio Jerry será um reforço para a oposição na votação em segundo turno da chamada "PEC do Calote"

 
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Parlamentar licenciado, o vice-presidente do diretório estadual do PCdoB no Maranhão, Márcio Jerry, retomará seu mandato de deputado federal, a partir da próxima segunda-feira (8), para reforçar a oposição na Casa e votar contra a  PEC dos Precatórios  (PEC 23/2021) no segundo turno.

Eleito em 2018, Jerry se licenciou do mandato em janeiro de 2021 para assumir a secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano do governo de Flávio Dino (PSB) e deve reassumir a pasta ao término da votação da PEC na Câmara.

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A PEC, que na prática legaliza um calote nas dívidas judiciais e ainda acaba com o teto de gastos, é defendida por Jair Bolsonaro para bancar o programa Auxílio Brasil, que só perdurará até 2022 – ou seja, trata-se de um programa eleitoreiro. A proposta foi aprovada na quinta-feira (4) com margem estreita (312 votos, quando o necessário para aprovar eram 308 votos) após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encampar uma série de manobras regimentais e distribuir emendas do “orçamento secreto”.

“Voltarei à Câmara nesta próxima segunda, 8, para votar NÃO à PEC do calote nos precatórios dos professores. Votar em defesa dos professores e professoras, em defesa da educação”, anunciou Jerry.

A volta do secretário ao parlamento representará não só um voto a mais contra a PEC, mas um voto a menos a favor, já que seu suplente, Gastão Vieira (PROS-MA), havia seguido a orientação do seu partido e votado favoravelmente à proposta no primeiro turno.

Emendas

As manobras encampadas por Lira para aprovar a proposta, incluindo a distribuição de emendas do relator para o Orçamento da União – conhecidas como “orçamento secreto” -, estão sendo alvo de questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta sexta-feira (5), a ministra Rosa Weber suspendeu a execução dessas emendas. Elas seguem um rito diferente de outras emendas, que transitam por um rito rígido, atendendo a critérios específicos, para que haja um equilíbrio e uma equivalência entre todos os parlamentares que compõem a Câmara. A prática nada mais é do que um acordo informal que permite ao governo, por meio da direção da Casa, liberar recursos bilionários para que deputados passem a apoiar as propostas encaminhadas pelo Executivo ao Legislativo.

A decisão de Rosa Weber atendeu às ações propostas pelo PSOL no STF, que questionava a legalidade e a lisura desse procedimento. Nas últimas semanas, essas emendas de relator, que já somam R$ 16,9 bilhões, foram muito utilizadas por Lira para para garantir a aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios. Ou seja, o resultado da votação em segundo turno pode ser outro.

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Ivan Longo

Jornalista, editor de Política, desde 2014 na revista Fórum. Formado pela Faculdade Cásper Líbero (SP). Twitter @ivanlongo_

Dallagnol está inelegível por 8 anos pela Lei da Ficha Limpa

 

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Deltan Dallagnol
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247 - A pretensão de Deltan Dallagnol em disputar algum cargo nas eleições de 2022 podem esbarrar na Lei da Ficha Limpa, porque um dispositivo desta legislação impede a candidatura de membros do Ministério Público (MP) que possuem Processos Administrativos Disciplinares (PADs) pendentes e que pediram exoneração. 

Carlos Eduardo Lula, secretário de Saúde do Maranhão e advogado, publicou no Twitter um trecho da lei e questionou: "nosso amigo do MPF que pediu exoneração respondendo trocentos PADs está ou não inelegível?".

O artigo 1º, inciso I, alínea "q", da Lei Complementar 64/90, incluído pela Lei da Ficha Limpa, diz: "são inelegíveis para qualquer cargo: os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos”.

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O ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato foi alvo de mais de 50 reclamações disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), por inúmeros motivos, e três delas se tornaram PADs. 

Vaza Jato

O procurador também teve ilegalidades reveladas pelo site Intercept Brasil. Entre outras irregularidades, Dallagnol recebeu R$ 33 mil da empresa de tecnologia digital Neoway por uma palestra. A instituição foi citada em uma delação premiada da Lava Jato. 

Ainda de acordo com a Vaza Jato, Dallagnol fez pressão sobre o Judiciário para conseguir a indicação de um juiz "amigo" à frente da Lava Jato, após a saída de Moro. 

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Ainda na esteira das ilegalidades, Dallagnol e o procurador Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que estiveram em Curitiba (PR) em 2015, o que não foi informado ao Ministério da Justiça. 

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