segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Haddad foi eleito o melhor prefeito da América Latina

Em 2016, Fernando Haddad foi o grande vencedor de uma competição entre prefeitos de toda a América Latina e Caribe, por um projeto que conecta pequenos produtores de alimentos orgânicos a mercados e restaurantes. O prêmio foi organizado pela Bloomberg Philanthropies, entidade do ex-prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg.

Haddad foi eleito o melhor prefeito da América Latina

13 provas de que Haddad foi um prefeito visionário

#DebatenaRecord: retomar as obras e gerar emprego é meta de Haddad

Manu, no ato #EleNão: “As mulheres são nossa esperança de um Brasil justo e desenvolvido”

13 ações que provam compromisso de Haddad com as mulheres

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DEMOCRACIA ESTÁ EM RISCO NO BRASIL, DIZEM ANALISTAS ALEMÃES

DILMA: É ESTARRECEDORA A NOVA JOGADA POLÍTICA DE MORO CONTRA A DEMOCRACIA

Toffoli é candidato a ser o Temer do STF

Toffoli é candidato a ser o Temer do STF

O ministro Dias Toffoli assumiu a Presidência do Supremo Tribunal Federal dizendo que iria “pacificar o STF” como, às vésperas do golpe, Michel Temer  pretendia ser o homem que “ia unir o Brasil”.
Pretensão e água benta, dizia a minha avó, cada um usa quanto quiser.
Toffoli já tinha começado mal, indicando um assessor militar que colaborou (ou colabora) na campanha de Jair Bolsonaro.
Nada tenho contra o general Fernando Azevedo e Silva, que está na reserva e pode exercer qualquer cargo de confiança.
Mas o mínimo de prudência recomendaria deixar que passassem estas eleições onde um capitão e um general, para lá de polêmicos dominam as atenções e pairam suspeitas, alimentadas pelo próprio Bolsonaro, de não aceitação dos resultados eleitorais.
Prudência que faria bem ao general indicado, ao presidente da Corte que indica e ao próprio STF. Afinal, mais do que ninguém, juízes devem prestar muita atenção àquela história da mulher de César, porque não têm poder originário como os eleitos, mas derivado.
A coisa, porém, desandou com o embate entre Luiz Fux e Ricardo Lewandowski.
Fux usou – e mal – poderes que não eram de sua investidura como simples ministro, mas como substituto de Toffoli em seus impedimentos. E Toffoli não estava impedido, estava apenas em São Paulo, o que é bem diferente de estar viajando num dos afluentes do Amazonas.
Convenhamos que, se o fez sem a transmissão do cargo, usurpou-o. Se avisou Toffoli do que iria decidir como presidente interino, pior: montou uma farsa.
Tenho certeza que Ricardo Lewandowski aceitaria, em nome da harmonia, uma retratação de Fux, desfazendo a própria decisão absurda.
Mas Toffoli não teve a capacidade (ou o interesse) em evitar esta crise – que já existia e agravou-se seriamente com o episódio.
Mas nada se compara ao que fez chamando de “movimento” o golpe militar de 1964 hoje, e justamente dentro da Universidade de São Paulo, já dilacerada por este confronto. De lá provinham 47 pessoas mortas ou desaparecidas no regime militar; de lá  veio  Luís Antônio da Gama e Silva, redator do AI-5.
Se queria evitar a palavra golpe, poderia, sem alarde, ter falado em “ruptura da ordem constitucional”, sem gerar o choque que gerou, relativizando a tomada do poder na pontados fuzis e canhões.
Não consigo imaginar que alguém que chega à presidência do Supremo não tenha essa elasticidade verbal, querendo.
Fez para dar um sinal de que é dócil e que eventuais aventureiros podem contar com sua flexibilidade.
E que sua coluna vertebral é dotada desta flexibilidade, ao ponto de lhe permitir, se necessário, beijar coturnos.

O sábado do #EleNão foi gigante, mas somente abriu um caminho. Derrotar Bolsonaro permanece o centro da tática

01 DE OUTUBRO DE 2018, 20H32

O sábado do #EleNão foi gigante, mas somente abriu um caminho. Derrotar Bolsonaro permanece o centro da tática

Em novo artigo, Valerio Arcary analisa o quadro eleitoral: “Há um candidato fascista em primeiro lugar em todas as pesquisas, e ele é uma ameaça às liberdades democráticas. Não há lugar para controvérsia sobre o perigo que Bolsonaro representa”
Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil
Na hora mais escura da noite, mais intenso será o brilho das estrelas n o céu (Sabedoria popular persa)
A hora mais escura do dia é a que vem antes do sol (Sabedoria popular árabe)
Onde há uma vontade, há um caminho (Sabedoria popular chinesa
1 – Qualquer tentativa de diminuição do significado do dia 29 de setembro é uma cegueira ideológica. Foi a campanha pelo #EleNão e o gigantismo do sábado dia 29/09 que abriram a possibilidade de derrotar Bolsonaro. Só isso, mas não é pouca coisa. Ainda que a batalha esteja muito longe de estar decidida. Tudo permanece incerto. Todos que subestimaram Bolsonaro até agora erraram. A disputa será feroz. A manifestação foi o acontecimento mais importante da campanha eleitoral, e só foi possível porque se construiu uma frente única pela iniciativa do movimento feminista.
Que a composição dos Atos e Marchas tenha sido, fundamentalmente, jovem, feminina, de setores sociais com mais escolaridade e renda, não deveria nos surpreender. Foi sempre assim, nos últimos quarenta anos, quando se inicia uma campanha política.
Uma vanguarda social e política abre o caminho. Só depois os setores populares, tendo como coluna vertebral a classe trabalhadora, se colocam em marcha. Foi assim na luta contra a ditadura, a partir de 1977/78, mas o movimento estudantil marchava sozinho. A classe operária do ABC saiu à luta em 1979, com os professores, petroleiros e bancários, mas o salto de qualidade aconteceu somente em 1984, com as Diretas Já, agora na escala de milhões.
A direção do PT fez uma aposta em uma estratégia eleitoral de alto risco ao manter a candidatura Lula até o limite máximo, para deixar bem claro que ele é um preso político. Esse cálculo estava certo. Era possível fazer a transferência dos votos para Haddad, mesmo com pouquíssimo tempo. Sempre apostando na amargura gerada pelo desemprego e pobreza dos últimos dois anos com Temer, em contraste com a nostalgia da vida durante os anos do governo Lula. Mas esta estratégia foi, eleitoralmente, correta somente para levar Haddad para o segundo turno. Derrotar Bolsonaro exige uma nova tática. Alertamos, há várias semanas, que o centro da tática tinha que girar para a denúncia do perigo do fascista.
O papel do PSOL foi, portanto, muito importante. Demonstrou-se na prática porque a esquerda radical é útil.
2 – A ideia mais repetida no debate da Record foi que estaríamos diante de dois extremismos gêmeos: o de esquerda e o de direita. Foi defendida por Marina Silva, Álvaro Dias, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, os quatro tons de Temer. Mas associou-se a este cambalacho, também, vergonhosamente, Ciro Gomes. Cinco dos oito presentes ficaram brincando entre si, alegremente, defendendo a moderação, a reconciliação, a paz, a união, o amor. Não deverá ser diferente no debate da TV Globo, da próxima quinta-feira, e deve marcar a última semana de campanha eleitoral. Esta interpretação é um escárnio contra a inteligência do povo. É uma operação ideológica.
Há um candidato fascista em primeiro lugar em todas as pesquisas, e ele é uma ameaça às liberdades democráticas. Não há lugar para controvérsia sobre o perigo que Bolsonaro representa, porque ele e seu vice Mourão não têm qualquer pudor em declarar barbaridades absurdas, amplamente conhecidas.
Em segundo lugar nas pesquisas se consolidou Haddad. Qualquer pessoa lúcida sabe que o PT não é uma ameaça às liberdades democráticas. O PT esteve no governo entre 2003 e 2016 e respeitou, religiosamente, as instituições até o limite do absurdo. O PT não desafiou a ordem constitucional. Foi a maioria da burguesia brasileira que o fez, quando incentivou e mobilizou setores da classe média para legitimar o golpe parlamentar.
O problema real é que o núcleo duro da classe dominante não conseguiu deslocar Bolsonaro, e Alckmin patina abaixo de 10%. Isso é uma anomalia, se consideramos as necessidades de representação política dos capitalistas. A fórmula “dois radicalismos gêmeos” já não obedece, somente, a um cálculo desesperado de tentar levar Alckmin ao segundo turno. Mesmo com a decisão arbitrária, porém frustrada, de Fux de proibir entrevistas de Lula. Mesmo com a decisão de Moro de tornar pública a delação premiada de Palocci. Ela responde à necessidade de pressionar a direção do PT para se render antes do segundo turno. Render-se, outra vez, como fez Dilma Rousseff em 2015, diante da exigência de preservação do choque econômico-social iniciado por Joaquim Levy, e radicalizado por Temer, com a PEC 95 do teto dos gastos, contrarreforma trabalhista, lei de terceirização etc. Render-se, outra vez, diante da imposição da idade mínima na contrarreforma da previdência.
3 – Não é verdade que o maior perigo seja um golpe militar. O maior perigo é Bolsonaro vencer nas urnas e, por dentro das regras do regime democrático-eleitoral, chegar ao poder da presidência. Na sequência, a partir dessa posição, subverter o regime que já adquiriu, depois do golpe de 2016, traços bonapartistas, como o agigantamento do judiciário, das polícias, das Forças Armadas.
Não é verdade que o núcleo duro da burguesia brasileira já chegou à conclusão que o choque econômico-social que defende – com um ajuste fiscal brutal em 2019 – só pode ser executado por um regime ditatorial. Análises catastrofistas são perigosas porque projetam cenários terminais que: (a) não correspondem à realidade; (b) produzem desalento e desesperança em uma conjuntura que já é ruim o bastante, com um fascista com um terço dos votos válidos nas pesquisas. A construção da análise pode ter elegância e coerência, mas não corresponde à conjuntura.
Não há um golpe militar em marcha. Beleza aristotélica, coerência lógica, elegância teórica são qualidades estéticas do discurso, porém, não são, por si mesmas, marxismo. O golpe foi institucional, e já aconteceu há dois anos. A derrota não foi somente superestrutural. Aconteceu uma mudança na relação social de forças. Foi uma derrota político-social. Abriu-se uma situação defensiva, com muitos elementos reacionários. Não obstante, não foi uma derrota histórica, como em 1964. Não será necessário o intervalo de uma geração para que se acumulem forças para que os trabalhadores e seus aliados sociais voltem a entrar em cena. Mas, claro, o perigo autoritário é real.

#FoiGolpeMilitarSim: Internautas respondem à declarações de Toffoli Eita presidente corajoso...kkkkk

01 DE OUTUBRO DE 2018, 20H21

#FoiGolpeMilitarSim: Internautas respondem à declarações de Toffoli

O ministro do STF, após nomear um militar como seu assessor, falou em "movimento de 64" para se referir ao golpe que implantou uma ditadura no país; como resposta, internautas subiram a tag #FoiGolpeMilitarSim, que chegou aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil
Foto: STF
As redes sociais reagiram rápido às declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, no sentido de relativizar o golpe militar de 1964.  Em palestra no evento “30 anos da Constituição Federal de 1988”, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), nesta segunda-feira (1), o ministro disse que os militares serviram como uma ferramenta de intervenção que, em vez de funcionar como moderadores, optaram por ficar no poder.
Com isso, segundo ele, os militares se desgastaram com ambos os lados, direita e esquerda, que criticaram o governo militar. “Por isso, não me refiro nem a golpe nem a revolução de 64. Me refiro a movimento de 1964”, disse.
Internautas, então, subiram no Twitter a hashtag #FoiGolpeMilitarSim, em que explicitam as atrocidades da ditadura. A tag ganhou repercussão e chegou aos Trendig Topics do Twitter no Brasil.
Confira, abaixo, algumas das respostas.