domingo, 10 de agosto de 2014

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares, nº 560

Banco Santander fez campanha contra Dilma.
O Banco Santander enviou aos seus clientes de renda mais alta um comunicado com o título “Você e seu dinheiro”. No comunicado o Banco dizia que a reeleição da Dilma representaria uma crise econômica grave. Vejam a íntegra da nota enviada pelo Santander.
“A economia brasileira continua apresentando baixo crescimento, inflação alta e déficit em conta corrente. A quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vai caindo nas últimas pesquisas, e que tem contribuído para a subida do Ibovespa. Difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e um o índice da Bovespa caíra, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos. Diante desse cenário, converse com o seu Gerente de Relacionamento Select para alocar seus investimentos da maneira mais adequada ao ser perfil de investimento.”
Quando a imprensa denunciou a “armação”, o banco disse que adota “critérios exclusivamente técnicos” em suas análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, “sem qualquer viés político ou partidário”. Por meio da nota, o Santander pediu desculpas aos seus clientes e acrescentou que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação. O banco também voltou atrás e disse que reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá bem sucedida trajetória de desenvolvimento.
Mais tarde, oficialmente, o banco anunciou que demitiria o técnico responsável pela mensagem e pediu “desculpas” ao governo brasileiro.
Santander e a Opus Dei. Para quem não conhece, o banco Santander e seu presidente internacional, Emilio Botín, são investigados na Europa por vínculos de lavagem de dinheiro do Opus Dei, corrente de extrema direita dentro da Igreja Católica.
Uma das maiores instituições financeiras do mundo, o banco Santander, tem uma ligação nebulosa com o Opus Dei (“Obra de Deus”, em latim), um braço ultraconservador da Igreja Católica. O Opus Dei surgiu em 1928 na Espanha para “infiltrar” seus seguidores em setores importantes da sociedade.
Nas mãos dos membros dessa discreta organização católica, o banco cresceu bastante no período do fascismo espanhol, liderado pelo ditador Francisco Franco (1892-1975), com o qual líderes da Opus Dei também tiveram laços estreitos. Na década de 1960, o Santander passou a expandir seus negócios, começando pela América Latina. A primeira investida ocorreu na Argentina. Depois se instalou em Cuba, Porto Rico, Chile, Venezuela e México, antes de dar seus primeiros passos no Brasil, na Colômbia, no Peru e no Uruguai.
Na década de 1990, já como o maior banco na Espanha, fortaleceu sua atuação no Brasil ao comprar os bancos Noroeste, Meridional e depois, em 2000, o Banespa. Em 2008, o processo de expansão continuou com a aquisição do Banco Real. Assim, o Santander tornou-se o terceiro maior banco privado do País, com cerca de 21,4 milhões de clientes.
Para se ter uma ideia do poder de influência do Opus Dei, o jornalista Alberto Dines, em texto publicado no “Observatório da Imprensa”, diz que há mais de 200 editores a serviço da organização na imprensa brasileira. “A Opus Dei é uma confissão ou ordem religiosa mas é, principalmente, um projeto ideológico para conquistar o poder através da lavagem cerebral de seus adeptos”, diz o jornalista no mesmo artigo.
Por coincidência, o homem que dirige o Instituto para as Obras Religiosas (IOR), o chamado Banco do Vaticano, é tido como integrante do Opus Dei. Responsável pela instituição que controla as contas das ordens religiosas e de associações católicas desde 2009, Ettore Gotti Tedeschi foi diretor do Santander na Itália durante 17 anos, antes de ser nomeado, por um conselho de cardeais, presidente do Banco do Vaticano. Tedeschi também foi colunista do “L’Osservatore Romano”, o jornal do Vaticano, e professor de ética empresarial da Universidade Católica de Milão.
“Católicos” contra Dilma? Curiosamente, na mesma semana da nota do Santander, começou a circular no Facebook uma nota com o seguinte título: “Católico não vota no PT”.
No corpo da mensagem coisas como “Nenhum católico verdadeiro que ama Jesus Cristo deve votar em políticos do PT. O PT é um partido com viés socialista fundado por militantes comunistas e por teólogos da Libertação, isso mesmo, os TLs fundaram o PT”. Ou seja, já deixa claro, logo no início, que é contra a Teologia da Libertação! O texto termina afirmando que “Somos católicos e somos cidadãos e para dar testemunho de nossa fé devemos manifestá-las nas urnas e mostrar que não somos a favor de um partido que luta contra os princípios cristãos.” Ou seja, claramente um texto que foi gestado no seio da Opus Dei!
Radiografia das eleições nos estados: governadores e Congresso
Por encomenda do DIAP, as empresas Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical e Contatos Assessoria Parlamentar, elaboraram o mais completo levantamento das eleições de 2014 para os governos estaduais e o Congresso Nacional – Câmara e Senado.
O estudo, que envolve cada uma das 27 unidades da Federação, está estruturado em três tópicos.
O primeiro faz uma retrospectiva da eleição de 2010. O segundo trata de aspectos gerais da eleição de 2014 em cada estado. O terceiro detalha as candidaturas e os candidatos com chance na disputa para os cargos de governador, senador e deputado federal.
O tópico sobre a eleição de 2010 faz uma breve retrospectiva com dados sobre o índice de renovação, informa os deputados que atingiram quociente eleitoral, lembra os senadores eleitos, lista as coligações e cita quantos e quais parlamentares se elegeram em cada uma das unidades da Federação.
O que aborda aspectos gerais da eleição de 2014 trata do tamanho do eleitorado do estado, o número de municípios, cita os de maior densidade eleitoral, informa os cargos em disputa, entre outros dados relevantes sobre a disputa.
E também há o que trata dos postulantes aos cargos em disputa traz uma radiografia da votação de cada um dos que tentam a reeleição (governador, senador e deputado), inclusive com base eleitoral, lista as coligações de cada grupo político e antecipa os nomes mais competitivos da disputa.
O processo eleitoral é muito dinâmico e levantamentos com estas características podem sofrer alterações no curso da campanha eleitoral, mas a fotografia do momento é a que se apresenta neste estudo. Atualizaremos esses dados de forma permanente e publicaremos, em breve, um prognóstico de bancada por partido para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
Para ver todo o estudo:
Vida Longa ao SUS (Carlos Ocké-Reis*)
Che Guevara tinha razão. O que define um revolucionário é o seu amor pela humanidade, pela justiça, pela verdade.
Com esse espírito, teremos força para transformar a economia, as instituições e as condições de vida da maioria da população brasileira. Teremos sabedoria para afirmar os pressupostos do SUS em defesa da vida, da democracia, da segurança alimentar, da saúde pública de qualidade e da ética na medicina.
Esse projeto estratégico precisa ser vivificado pelo Estado, precisa ser legitimado pela sociedade.
Não podemos naturalizar o pragmatismo, onde o fomento ao mercado aparece como solução para desonerar as contas públicas. Não podemos conviver com determinadas injustiças, quando recursos do governo são canalizados para o circuito de acumulação de capital. Não podemos nos calar diante da dor, da tragédia, do caos e da morte dos indivíduos nas grandes regiões metropolitanas.
A reforma sanitária apostou na universalização, na integralidade e no equilíbrio federativo dos serviços públicos. Como direito social, nesses vinte e cinco anos, enfrentou a barbárie e ajudou a melhorar os indicadores de saúde. Entretanto, o SUS não tem financiamento estável, o mercado cresceu e a estratificação de clientela não foi superada.
Uma vez que a saúde foi também considerada livre à iniciativa privada na Constituição de 1988, além dos problemas na gestão e no controle popular, outra contradição gritante apareceu nessa caminhada: o SUS não cobre, regularmente, o polo dinâmico do mercado de trabalho, cujos trabalhadores (setor privado e setor público) possuem maior capacidade de vocalização política – a exemplo da experiência do Estado de bem-estar social europeu – para consolidar o modelo de seguridade social.
Ora, sem reconhecer essa fragilidade, não avançamos objetivamente. As diretrizes constitucionais foram e são essenciais, porém insuficientes para garantir a hegemonia do SUS e a regulação substantiva do complexo médico-industrial e dos planos privados de saúde.
Para completar esse processo, será necessário reconstruir uma expressiva base de apoio social e parlamentar, combinando mobilização de massa com luta institucional, a partir de uma agenda de ‘reforma da reforma’, a um só tempo, mediada (as relações mercantis não serão extintas por decreto) e consensual (dentro do campo partidário democrático-popular e dentro do Estado em diálogo com a ‘multidão’).
Contra o capital financeiro, esse bloco histórico deve convencer a sociedade quanto à superioridade do sistema universal de saúde no plano civilizatório, sem perder de vista a renegociação da dívida interna (redução dos encargos financeiros), a reforma tributária (progressiva), a reforma da mídia (democrática) e a reforma eleitoral (constituinte exclusiva e soberana do sistema político).
A realização dessa tarefa extraordinária tem um ponto de apoio importante na cultura socialista: o debate em torno da transição passa pela aplicação de certo capitalismo de Estado, que valorize a solidariedade entre as nações, a função social da propriedade, o planejamento e o mercado interno, desprivatizando o fundo público e incorporando a sociedade civil no processo decisório governamental.
Afinal de contas, o SUS é parte integrante de um novo modelo de desenvolvimento social na América Latina e sua implantação seguirá pari passu à redução da pobreza, da desigualdade, da violência social e dos baixos níveis educacionais e culturais no Brasil.
* É técnico de planejamento e pesquisa da Diretoria de Estudos e Política do Estado – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Venezuela vai enviar ajuda humanitária para Gaza. O chanceler venezuelano, Elías Jaua, anunciou que seu país vai enviar mais ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza. O anúncio oficial foi feito na sede da Chancelaria da Venezuela.
Segundo ele, além da ajuda que será dada pelo governo, a Casa Amarela, sede da Chancelaria, vai ficar aberta para receber doações de organizações sociais. Estão sendo recolhidos medicamentos, alimentos não perecíveis, roupas e colchões para enviar para a região que está sob ataque de Israel.
Ele esclareceu que toda a ajuda será enviada em voos da Força Aérea da Venezuela e que se trata apenas de um gesto de solidariedade pois “nada pode aliviar a tragédia, porém um gesto de um povo irmão que acredita na paz está acima da guerra”.
América Latina se posiciona! América Latina vai se posicionando sobre o Estado de Israel e seus crimes contra a humanidade. Venezuela e Bolívia já haviam rompido relações diplomáticas em janeiro de 2009, durante a operação “Chumbo Derretido” que massacrou a Faixa de Gaza (dezembro de 2008).
Agora, nas recentes agressões israelenses e o genocídio de milhares de palestinos, na maioria crianças, outros países de Nossa América estão se afastando de Israel. O primeiro a “chamar o embaixador para consultas” foi o Equador (17/07/14) e depois o Brasil (24/07/14). Agora “chamaram seus embaixadores para consulta”: Chile (29/07/14), El Salvador (29/07/14) e Peru (30/07/14). 
A onda de repúdio aos crimes de Israel está crescendo em Nossa América!
Bolívia declara Israel como “estado terrorista”. O presidente Evo Morales informou a decisão assumida na reunião do seu gabinete. A Bolívia está suspendendo o acordo firmado com Israel, em 1972, sobre os vistos para visitantes e que agora o documento será exigido para ingresso no país.
Segundo ele, Israel passou a fazer parte da chamada “lista 3”, significando que, a partir de agora, é considerado “Estado Terrorista”.
Evo disse que o governo de Israel está desrespeitando as leis humanitárias internacionais e o direito à vida. Com isto, qualquer cidadão de Israel que pretenda entrar na Bolívia estará obrigado a cumprir os trâmites diplomáticos, obtendo um visto, com consulta prévia à Direção Nacional de Imigração que avaliará a justificativa para o pedido de ingresso.
“Oposição” está dividida na Venezuela. A tal “oposição” venezuelana, financiada e organizada por Washington, está dividida. O secretário geral da chamada “Mesa da Unidade Democrática” (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, confirmou na quarta-feira (30/07) que renuncia ao cargo e deixará de falar oficialmente pelos partidos que fazem oposição ao governo de Maduro.
A decisão foi tomada 48 horas depois de uma reunião fechada entre dirigentes da “oposição” onde estavam a deputada ex-deputada María Corina Machado, o governador do estado de Mirada e o ex-candidato predidencial, Henrique Capriles.
Projeto do novo canal está quase pronto. Um representante da empresa britânica Environmental Resources Management (ERM) informou, na quarta-feira (30/07) que os estudos sobre o impacto ambiental e social do canal interoceânico na Nicarágua estará pronto ainda em 2014.
O projeto do canal contempla a criação de infraestruturas três vezes maiores que o Canal do Panamá, capaz de conectar o Mar do Caribe com o Pacífico, com um aeroporto, dois portos, uma área de zona franca, um centro turístico, estradas e siderúrgicas.
25 milhões de desempregados! A taxa de desemprego dos 18 países que compõem a Zona do Euro ficou em 11,5%, em junho, segundo a agência de estatísticas Eurostat (IBGE de lá). Apesar de ser a menor taxa desde setembro de 2012, ela significa que existem 18,4 milhões de desempregados nos país da região que adota o euro.
Entre os 28 países que integram a União Européia (UE), o desemprego ficou em 10,2% mês passado, contra 10,3%, em maio. O número de desempregados no bloco é estimado em 25 milhões pela Eurostat.
A distribuição do desemprego, porém, é extremamente assimétrica. Se Áustria (5%), Alemanha (5,1%) e Malta (5,6%) exibem as menores taxas do continente, em países como Grécia (27,3% em abril, último dado disponível) e Espanha (24,5%), o indicador é cerca de cinco vezes maior. Na Espanha, com isso, cresceu o número de pessoas que moram em lares nos quais ninguém tem emprego.
Mas vale lembrar que a taxa de desemprego na Alemanha é “maquiada” pelos “mini-jobs”, ou seja, empregos com meia jornada de trabalho e meio salário!
França ainda em recessão. O presidente da França, François Hollande, declarou que a situação econômica do país continuará “complicada” em 2014. Segundo o anúncio, feito na sexta-feira (01), o governo vai continuar atendendo apenas ao que chama de “principal”.
Em reunião com os ministros, o governo francês anunciou um programa para incentivar meio milhão de jovens franceses a entrarem no mercado informal como única saída para o desemprego no momento. De acordo com números oficiais, 390 mil pessoas em idade ativa estão paradas por falta de vagas no mercado de trabalho. Entre os jovens, menores de 25 anos, a taxa de desemprego já chega a 25%!
Líbia afunda no caos. Depois que os EUA e seus “cãezinhos amestrados” resolveram promover uma “guerra democrática” contra a Líbia, supostamente para “libertar o país de um ditador”, a situação degringolou de vez e o país está afundado no caos! Grupos de mercenários, treinados e armados por Washington, tomam conta do cenário e disputam pontos estratégicos para ganhar maior influência
Pelo menos 97 pessoas morreram e outras 404 ficaram feridas em duas semanas de confrontos entre milícias islamitas rivais pelo controle do aeroporto de Trípoli, informou no domingo (27/07) o Ministério da Saúde da Líbia. Trata-se do ponto de máxima violência no país africano desde o levante de 2011.
Sob a liderança interina de Abdallah Al-Thani, o governo da Líbia não conseguiu elaborar um Exército profissional capaz de se impor e de integrar os grupos armados que se desenvolveram em 2011. Tal incapacidade facilitou uma autonomia dessas brigadas, que cada vez mais desafiam as autoridades centrais em transição. Teme-se, com isso, que a instabilidade do país resulte em uma guerra civil.
No sábado (26/07), como já vimos acontecer em outras situações (não esqueçam o que aconteceu no Vietnam) funcionários diplomáticos estadunidenses evacuaram sua embaixada na Líbia e partiram para Tunísia, devido à proximidade dos combates. Além dos EUA, a ONU (Organização das Nações Unidas) e a Turquia também tiraram seus representantes do país nos últimos dias.
Criam o caos e “se mandam”. Depois de retirar todo o seu pessoal diplomático da Líbia, o governo dos EUA passou a recomendar que seus cidadãos não viajem para aquele país e pediu urgência para que os estadunidenses que lá se encontram saiam imediatamente.
Segundo nota oficial de Washington, a embaixada já funcionava com número reduzido de funcionários, mas agora todos foram retirados rapidamente. A nota diz que “Lamentavelmente tivemos que tomar esta decisão porque nossa embaixada está localizada muito próxima do local dos enfrentamentos e da violência que tomou conta da capital líbia”!
Curioso... Muito curioso! Quem criou o caos? Quem armou esses grupos rebeldes?
Brasil retira pessoal da embaixada na Líbia. O Ministério de Relações Exteriores do Brasil informou, na quarta-feira (30/07), que retirou todo o pessoal da embaixada brasileira em Trípoli, porque a violência tomou conta do país e “as condições de segurança foram deteriorando”.
Provocação estadunidense. Interessante como os nossos jornais costumam esconder determinadas notícias para depois apresentar outra versão criada nas salas de Washington. Vejamos o que se passa na fronteira russa.
Na quinta-feira (31/07), o chefe do Estado Maior Geral da Rússia, Valeri Guerásimov, telefonou para seu homólogo nos EUA, Martin Dempsey, para conversar sobre o deslocamento de tropas da OTAN na fronteira russa. Pelo que se sabe, a conversa girou em torno do Tratado Sobre Forças Nucleares de Alcance Médio, mas fica sempre a impressão de que há algo mais.
Afinal de contas, com a crise na Ucrânia se acirrando, é muito estranho que tropas da OTAN estejam na fronteira russa fazendo “exercícios”.
Putin promete reforçar a Marinha de Guerra. O presidente russo declarou, no domingo (27/07) que estão sendo construídos 60 novos navios de guerra no país. Assegurou também que será reforçada a Frota do Mar Negro, uma das prioridades do governo.
Em seu pronunciamento, ele disse que em breve será lançado ao mar o novo submarino nuclear Severodvinsk, equipado com mísseis de cruzeiro, que prestará serviços no Mar do Norte. Ele anunciou que estão em construção mais três submarinos nucleares semelhantes a esse, “para modernização de armamentos”, e mais dois. Um submarino multifuncional da classe Yasen (chamado Krasnoyarsk) e um submarino estratégico da classe Boréi (chamado Kniaz Oleg).
Para a Frota do Mar Negro já estão sendo construídos outros submarinos e barcos de superfície modernos.
Obama “alimenta” o genocídio. O Pentágono confirmou que o governo dos EUA estará enviando “toneladas” de munições e novos armamentos para que Israel continue a sua campanha contra Gaza.
O governo de Israel solicitou, oficialmente, a ajuda que foi prontamente atendida por Washington, segundo o jornal inglês “The Guardian”. Rear Admiral Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa, disse que “Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel, e é vital para os interesses nacionais ajudar Israel a desenvolver e manter uma capacidade militar forte e disponível”.
Mais dólares para Israel! O Senado dos EUA aprovou na sexta-feira (01), por unanimidade, que o Pentágono repasse recursos suplementares no valor de US$ 225 milhões para o financiamento do escudo antimísseis de Israel, conhecido como “Domo de Ferro”.
“Estamos com os israelenses, porque se não têm o 'Domo de Ferro' não podem se defender”, argumentou o senador republicano e ex-candidato à presidência do país, John McCain.
“(Israel) está ficando sem mísseis para o 'Domo de Ferro' para se proteger. Estamos com eles. Aqui estão os mísseis”, disse, após a votação, o republicano pela Carolina do Sul, Lindsey Graham.
O Pentágono já anunciou na quarta-feira que tinha recebido um pedido de Israel através de um sistema de emergência para a compra de mais munição, e que ele tinha sido aceito. 
Revista Veja defende Israel e condena Itamaraty
Capa da revista semanal que adota posições cada vez mais extremistas aponta “apagão na diplomacia” e “falência moral da política externa de Dilma”; com seu radicalismo, revista da família Civita sai em defesa de Benjamin Netanyahu, que foi responsável pela morte de mais de mil pessoas nos últimos vinte dias e capaz de bombardear até um hospital e uma escola das Nações Unidas
Responsável pelo primeiro voto, em 1947, pela criação de Israel, o Brasil sempre foi um aliado da causa judaica. No entanto, a política externa do Itamaraty também sempre foi pautada pela defesa dos direitos humanos. Foi exatamente neste contexto que o chanceler Luiz Alberto Figueiredo divulgou uma nota em que condenava "energicamente" a ação desproporcional de Israel no conflito da Palestina, que, em menos de vinte dias, matou mais de mil pessoas.
Neste período, o governo do chanceler Benjamin Netanyahu assassinou mulheres, crianças e foi capaz até de bombardear um hospital e uma escola da Organização das Nações Unidas, levando o secretário Ban-Ki-Moon a se dizer "estarrecido". De acordo com as Nações Unidas, Netanyahu deve ser investigado por "crimes de guerra" e até mesmo o maior aliado de Israel, o governo dos Estados Unidos, tem se mostrado desconfortável com o banho de sangue. Ontem, o secretário de Estado, John Kerry, pediu uma trégua que impedisse a continuidade da matança.
No entanto, Netanyahu tem, a seu lado, a família Civita, que edita a revista Veja, cuja capa desta semana se dedica a apontar o que seria o “apagão na diplomacia” e a "falência moral da política externa do governo Dilma”. Internamente, a revista aponta o que seriam sinais de “nanismo” do Itamaraty. Um desses, curiosamente, seria até a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, numa reunião do G-20, quando chamou o ex-presidente Lula de "o cara". Ou seja: na lógica de Veja, um elogio de Obama no G-20, organismo que deve muito ao Brasil, diminuiria o País.
Com a capa desta semana, Veja se coloca à extrema direita e se isola até de mesmo seus leitores. Responsável pela formulação da política externa do candidato Aécio Neves (PSDB/MG), o embaixador Rubens Barbosa concordou com a posição adotada pelo Itamaraty. Neste sábado (26), a jornalista Mônica Bergamo também informa que o presidente da Confederação Israelita Brasileira, Claudio Lottenberg, se disse indignado com a grosseria do porta-voz Yigal Palmor, que chamou o Brasil de “anão diplomático’. Em editorial, o jornal Estado de S. Paulo condenou o que chamou de “baixaria israelense”.
Veja, assim, se isola, assim como Benjamin Netanyahu.

Fonte: Brasil 247