quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Chega de crime lesa-pátria. O Congresso precisa aprovar o projeto de Requião, urgentemente

Encaminho para conhecimento Projeto de Decreto Legislativo, (abaixo transcrito) que será examinado pelo Congresso Nacional e que propõe bloquear o leilão do campo Petrolífero de Libra. O senador Roberto  Requião afirma na parte inicial do projeto uma  frase que todos deveriam refletir: “Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto”. Leiloar Libra é entregar o Brasil aos interesses do grande capital. O Brasil precisa resgatar urgentemente palavras/frases como “nacionalismo” “interesse nacional”, “soberania”; “o petróleo deverá ser nosso”; “receitas oriundas da comercialização do petróleo a serviço efetivo do povo brasileiro”; trabalho de empresas multinacionais em nosso território  somente se estiverem a serviço dos interesses nacionais.”.  Está de parabéns esse senador que claramente, sem medo  e com muita determinação mostra sua posição política/ideológica. Segue logo abaixo um vídeo sobre o discurso do senador quando apresentava o citado projeto. Jacob David Blinder
 
 
Publicado em 12 de setembro de 2013 às 22:11 Viomundo
 
 
 
 
 
 
Projeto que bloqueia leilão de Libra: “Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto”
 
 
 
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº             , DE 2013
 
 
Susta as Resoluções nºs 4, de 22/05/2013, e 5, de 25/06/2013, do Conselho Nacional de Política Energética, a Portaria MME nº 218, de 20/06/2013, e o Edital de Licitação para outorga do Contrato de Partilha de Produção e respectiva minuta de contrato, publicados no DOU do dia 03/09/2013.
 
O CONGRESSO NACIONAL, no uso de suas atribuições e, com fundamento no artigo 49, inciso V, da Constituição Federal, Decreta:
 
Art. 1o. Ficam sustados as Resoluções nºs 4, de 22/05/2013, e 5, de 23/06/2013, do Conselho Nacional de Política Energética, a Portaria MME nº 218, de 20/06/2013, o Edital de Licitação para outorga do Contrato de Partilha de Produção e a minuta de Contrato de Partilha de Produção para exploração e produção, elaborados igualmente pela Agência Nacional de Petróleo, publicados no DOU do dia 03/09/2013.
 
Art. 2º. Este Decreto Legislativo entrará em vigor na data de sua publicação.
 
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário
 
JUSTIFICATIVA
 
O Brasil precisa encontrar formas de equacionar sua necessidade de obter receitas que não sejam através de leilões, pois a Petrobrás domina a tecnologia, tem os recursos necessários e já descobriu mais de 60 bilhões de barris no pré-sal: Tupi – 9 bilhões; Iara – 4 bilhões; Franco – 9 bilhões; Carioca – 10 bilhões; Sapinhoá – 2 bilhões; Libra 15 bilhões; Área das baleias (ES) – 6 bilhões; outros menores – 5 bilhões.
 
Estas descobertas somadas aos 14,2 bilhões existentes antes do pré-sal dão ao País uma auto-suficiência superior a 50 anos.
 
Assim, o País pode, de forma mais racional e em seu interesse, explorar todo o pré-sal sem açodamento.
 
Nenhum país soberano, independente, leiloa petróleo já descoberto. Aliás, Woodrow Wilson, ex-presidente dos EUA dizia: “A Nação que possui petróleo em seu subsolo e o entrega a outro país para explorar não zela pelo seu futuro”.
 
Aqui não se trata nem mais de explorar, mas de desenvolver a produção de campo perfurado, testado e comprovado
O campo de Libra foi adquirido pela Petrobrás para aumentar o seu capital por participação da União através da cessão onerosa de 7 blocos para a Petrobras por conta da Lei 12.276/10,  onde deveria  extrair os estimados 5 bilhões de barris.
 
A Petrobrás pagou à União por estes blocos.
 
Quando perfurou o campo de Franco, encontrou reserva de 9 bilhões de barris; quando perfurou Libra, achou reserva da ordem de 15 bilhões de barris, o que ultrapassou o limite dos 5 bilhões de barris.
 
Junto com o campo de Franco, que lhe é interligado, revelaram reservas de cerca de 24 bilhões de barris.
 
Esta sem dúvida é uma área de energia do mais alto interesse estratégico para o País, e pela Lei 12.351/10, em seu artigo 12º, a ANP deveria negociar um contrato de partilha com a Petrobrás dos 19 bilhões excedentes aos 5 bilhões cedidos, mantendo essa riqueza no País para o bem do povo brasileiro.
 
Ao invés disto, a ANP tomou o campo da Petrobrás e o está leiloando. É algo inédito no mundo.
 
Nem país militarmente ocupado leiloa petróleo já descoberto.
 
A Petrobrás não foi ressarcida das perfurações de Libra e Franco e nem é isso o que se busca, mas tal fato corrobora a afirmativa de vários diretores de que Libra fez parte da cessão onerosa.
Assim a Petrobrás terá que desembolsar de imediato R$ 4,5 bilhões para ficar com 30% do campo, ou R$15 bilhões para ficar com 100% de um campo que já lhe pertencia.
 
Para se ter uma ideia, R$4,5 bilhões é o valor de um sistema de produção FPSO com capacidade para 200 mil barris por dia e que a empresa poderia estar comprando para produzir Libra.
 
É importante colocar os números em jogo: o governo pode receber algo da ordem de grandeza de R$15 bilhões, que pode dobrar, mas o valor recuperável que o Campo de Libra guarda é de R$1.650 bilhões, mais de dez vezes, que deixarão de estar sob o controle do Brasil e mesmo supondo que metade retorne ao País pela Lei de Partilha, o Brasil ainda assim perderia para as empresas estrangeiras R$800 bilhões.
 
A Lei 12.351/2010, em seu artigo 18º, estabelece um percentual fixo do excedente em óleo, a ser pago à União Federal para definir o vencedor do leilão.
 
No entanto, a Agência Nacional do Petróleo estabeleceu, por conta da Portaria do CNPE, uma variação desse percentual em função da produção diária por poço (unidade de produção) e do preço do petróleo sem que haja dispositivo legal que dê cobertura a esta atitude.
 
E foi além: o edital criou a possibilidade de o produtor levar grande vantagem sobre a União.
 
A tabela publicada na pagina 41 do edital explicita esse risco: quando as condições são muito favoráveis a ambos (produção por poço superior a 24000b/dia e o preço barril acima de US$170), o consórcio cede 3,9% do seu percentual para a União.
Por outro lado, quando as condições forem muito desfavoráveis, para ambos, (produção por poço abaixo de 4000 barris por dia e o preço do petróleo abaixo de US$60), a União abre mão de 26,9% do seu percentual de óleo lucro em favor do Consórcio.
 
Ou seja, o risco é todo da União.
 
O consórcio é ressarcido de tudo.
 
O bônus de assinatura estabelecido, de R$15 bilhões, por lei não pode ser ressarcido em nenhuma hipótese.
 
No entanto, a resolução número 5 do Conselho Nacional de Política Energética e o contrato de partilha elaborado pela ANP dizem que o Bônus de assinatura será considerado no cálculo do custo em óleo.
 
Isto significa que o bônus será abatido da parcela que o consórcio vai pagar à União, ou seja, o bônus será compensado ao longo do contrato. Isto fere a Lei 12.351/2010.
 
A ANP estabeleceu no edital a exigência de “operador A” para todos os consórcios concorrentes.
 
Por lei, a Petrobrás é a operadora única dos campos do pré-sal.
 
Logo esta exigência é descabida e cria uma ameaça: o Governo vem impondo à Petrobrás obrigação de importar derivados no mercado internacional e repassá-lo para as distribuidoras internacionais, suas concorrentes, a preços bem menores.
 
Isto vem estrangulando a Petrobrás, financeiramente, de modo a inviabilizar a sua atuação no pré-sal, entregando todo o petróleo para o cartel internacional, em detrimento do povo brasileiro, dono dessa riqueza.
 
Erra o Governo em obrigar e erra Petrobrás em obedecer.
 
Ambos ferem a lei das S.A, a Lei 6.404/1976.
 
E a Petrobrás ainda transgride o seu regulamento, que proíbe este tipo de lesão aos seus acionistas não controladores, hoje, detentores de 52% do seu capital social.
 
Alem do mais, lembramos que as multinacionais exportam o óleo bruto, o que gera prejuízo para o País.
 
Só de impostos, a perda é de 30%, devido à isenção de impostos de exportação pela Lei Kandir.
 
Não refinar no país significa empregos perdidos aqui e geração no exterior com a construção e operação de refinarias.
 
O edital estabeleceu um percentual mínimo de 41,65% do óleo lucro, de um campo já descoberto, testado e comprovado.
 
É uma aberração se considerarmos que os países exportadores ficam com a média de 80% e o Abu Dabi, segundo o ministro Lobão, fica com 98%.
 
Ora, o maior campo do mundo atual, descoberto, testado e com risco zero não pode ser leiloado nem ter um percentual mínimo tão baixo.
 
Os artigos 2º (2.8.1) e 6º (6.3) do contrato de partilha do leilão de Libra rezam que os royalties pagos serão ressarcidos em petróleo.
 
Isto é expressamente vedado pelo artigo 42 § 1º da Lei 12.351/2010.
 
Portanto o contrato desrespeita frontalmente a legislação.
 
A Agencia Nacional do Petróleo e Biocombustíveis publicou o texto final do Edital e do Contrato referentes ao leilão de Libra antes do parecer do TCU.
 
Ora, pela Constituição, o TCU é o órgão que representa o poder legislativo nas funções de fiscalização contábil, financeira e patrimonial da administração direta quanto à legalidade, legitimidade, economicidade e renuncia de receitas.
 
Ocorre que o edital e o contrato, conforme já mencionado, contêm artigos que favorecem os consórcios em detrimento da União.
 
Os elementos arrolados acima já seriam suficientes para a suspensão dos atos aqui contestados, situação que se agrava diante da recente divulgação de espionagem sobre informações estratégicas da Petrobras, realizada pelo governo norte-americano.
 
É de conhecimento geral que nos computadores da Petrobrás se encontram dois tipos de informações estratégicas, imensamente cobiçadas por suas concorrentes: a tecnologia de exploração em águas profundas, o acesso em tempo real das análises geológicas das características físicas e econômicas dos poços e onde existem mais áreas com potencial de produção de petróleo óleo no pré-sal.
 
A obtenção ilegal de informações estratégicas da Petrobrás beneficia, por óbvio, suas concorrentes no mercado internacional de petróleo, dentre as quais a norte-americanas Chevron e Exxon, a inglesa British Petroleum e anglo-holandesa Shell.
 
Se o conjunto de irregularidades detectadas nos atos normativos do certame já eivavam o processo de vícios insanáveis, a comprovação da espionagem norte-americana nos arquivos e comunicações da Petrobrás agride a soberania nacional e compromete irremediavelmente a realização do pretendido leilão.
 
Na eleição de 2010 a presidente Dilma declarou enfaticamente que o pré-sal era nosso passaporte para o futuro e que entregar o pré-sal era perder dinheiro necessário ao nosso desenvolvimento.
 
O Leilão dos campos do pré-sal, particularmente o de Libra, que não tem mais qualquer risco, é pura entrega.
 
E o ex-presidente Lula, por ocasião do anúncio da descoberta do pré-sal afirmou que o pré-sal era um patrimônio da Nação e não era para ser entregue a meia dúzia de empresas.
 
À vista disso, cabe ao Congresso Nacional impedir a realização do referido leilão.
 
Sala das Sessões, em     de setembro de 2013.
 
Senador ROBERTO REQUIÃO
 
Senador PEDRO SIMON
 
SenadorRANDOLFE RODRIGUES
 
 
 
 


 
 
 

A denúncia é muito grave

EUA abrigariam espiões da CIA no Brasil com apoio da PF

17/9/2013 13:50
Por Redação - de São Paulo


Manoel dos Santos Guerra Júnior, um dos espiões contratados pela CIA no Brasil, segundo documentos do Cenimar
Manoel dos Santos Guerra Júnior, um dos espiões contratados pela CIA no Brasil, segundo documentos do Cenimar
A agência central de inteligência norte-americana (CIA, na sigla em inglês) age com desenvoltura no Brasil, amparada por um convênio firmado entre o governo dos EUA e a Polícia Federal brasileira (PF), em 2010, logo após a posse da presidenta Dilma Rousseff. Assim, a ação do segmento acusado de espionar as principais empresas brasileiras, entre elas a Petrobras e a própria presidenta do país, segue disfarçada nos “assuntos diplomáticos” dos dois países. Este é o fato que revela a matéria do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, em matéria assinada pelo jornalista Marco Antônio Martins.
Segundo o renomado repórter, “pelo menos uma vez por semana, dois agentes da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos, chegam a um dos prédios da Polícia Federal em Brasília, no setor policial sul da capital. Em menos de cinco minutos, eles passam pela portaria e se dirigem a uma reunião em um dos edifícios onde ficam os cerca de 40 agentes brasileiros da Divisão Antiterrorismo (DAT). A desenvoltura dos (norte-)americanos não é por acaso: ali, os computadores, parte dos equipamentos e até o prédio, dos anos 90, onde estão reunidos e trabalham os policiais que investigam terrorismo no Brasil, foram financiados pelos EUA”.
“Nas duas últimas semanas, a Folha entrevistou policiais federais, militares da inteligência do Exército e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Todos admitem que os acordos de cooperação entre a Embaixada dos EUA e a PF são uma formalidade. E que, na prática, os americanos têm atuação bastante livre em território brasileiro. Procurada, a Embaixada dos EUA no Brasil não se pronunciou. Segundo a Folha apurou, a atuação da inteligência (norte-)americana no Brasil não se limita à espionagem eletrônica, revelada em documentos do ex-analista da NSA (Agência de Segurança Nacional) Edward Snowden”, acrescenta.
Segundo Martins, “os (norte-)americanos estão espalhados pelo país atrás de informações sobre residentes no Brasil, brasileiros ou não. Eles dão a linha em investigações e apontam quem deve ser o alvo dos policiais federais, dizem essas fontes. Na prática, os (norte-)americanos acabam se envolvendo em operações das mais diversas. Em 2004, por exemplo, a Operação Vampiro, que desmantelou uma quadrilha que atuava em fraudes contra o Ministério da Saúde na compra de medicamentos, teve participação da CIA. Em 2005, os (norte-)americanos estiveram diretamente envolvidos no rastreamento do lutador de jiu-jítsu Gouram Abdel Hakim, suspeito de pertencer a uma célula da rede terrorista Al Qaeda”.
Mas a parceria entre a Embaixada dos EUA e a Polícia Federal, formalizada por meio da assinatura de um memorando em 2010, mas ativa na prática desde muito antes disso, não escapa da polêmica. Um dos críticos é o ex-secretário nacional Antidrogas Walter Maierovitch.
– Opinei pela não oficialização do convênio, em relação às drogas, porque era um acobertamento para a espionagem desenfreada, sem limites – lembra Maierovitch.
À época, a justificativa para o convênio era que o auxílio entre americanos e brasileiros serviria para o combate às drogas. Depois do 11 de Setembro, no entanto, o foco passou a ser o terrorismo. “Os norte-americanos mantêm escritórios próprios no Rio, com a justificativa da realização da Copa do Mundo e da Olimpíada de 2016, e em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, para vigiar a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) na fronteira”.
– O que mais tem é (norte-)americano travestido de diplomata fazendo investigação no Brasil – afirma o policial federal Alexandre Ferreira, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
A CIA, no entanto, já agia no passado, com a mesma desenvoltura de agora, protegida pela facção mais à direita no Exército Brasileiro, responsável pelo golpe de Estado em 1964, que durou mais de duas décadas. Uma das práticas da agência norte-americana é a cooptação de olheiros no país-alvo da espionagem, a exemplo de Manoel dos Santos Guerra Júnior, hoje com 81 anos. O Cenimar o trata como informante da repressão brasileira e da CIA.




Extraído do Correio do Brasil