quarta-feira, 14 de novembro de 2018

AGRADECIMENTO AO POVO E AO GOVERNO CUBANOS

Estou pensando em agradecer ao povo e ao governo cubanos pela inestimável colaboração ao povo brasileiro, disponibilizando milhares de médicos para atender às pessoas mais pobres e dos lugares mais remotos do Brasil. Em muitos desses lugares nunca havia pisado um médico. É hora de homenagear os integrantes das equipes de excelentes profissionais da medicina, idealistas que deixaram seu País para proporcionar saúde e atenção digna a quem sempre foi esquecido pela sociedade. Que cada um, médico ou médica, guarde para sempre a lembrança da nossa admiração, reconhecimento e amizade. Só a total incompetência, estupidez e completa ausência de um mínimo de sensibilidade e humanismo por um governo que nem sequer começou, foi capaz de produzir um tal desastre. Estamos mergulhando nas trevas. Amanhã, quando o sol voltar a brilhar em nosso Brasil e nosso povo voltar a sorrir, queremos recebê-los e abraçá-los com o carinho e a amizade de irmãos. Gracias, hermanos.

Secretários de Saúde e prefeitos pedem recuo de Bolsonaro e permanência de médicos cubanos

Secretários de Saúde e prefeitos pedem recuo de Bolsonaro e permanência de médicos cubanos

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A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) vão encaminhar nesta quarta (14) às equipes do governo Michel Temer e do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) um ofício no qual “lamentam a interrupção” da cooperação de profissionais cubanos no Mais Médicos e pedem a “revisão do posicionamento do novo governo, que sinalizou mudanças drásticas nas regras do programa”.
As entidades dizem que as declarações de Bolsonaro foram determinantes para a decisão do governo de Cuba, que anunciou nesta quarta (14) o fim da parceria com o Brasil.
O ofício alerta o governo eleito para “os iminentes e irreparáveis prejuízos à saúde da população”  e “em caráter emergencial, sugerem a manutenção das condições atuais de contratação, repactuadas em 2016, pelo governo Michel Temer, e confirmadas pelo Supremo Tribunal Federal, em 2017”.
“O cancelamento abrupto dos contratos em vigor representará perda cruel para toda a população, especialmente para os mais pobres. Não podemos abrir mão do princípio constitucional da universalização do direito à saúde, nem compactuar com esse retrocesso.”
O documento ressalta que os cerca de 8.500 profissionais cubanos representam mais da metade dos médicos do programa e que, sem eles, mais de 29 milhões de brasileiros ficarão sem assistência.
A nota diz que “a rescisão repentina desses contratos aponta para um cenário desastroso em, pelo menos, 3.243 municípios”.
“Dos 5.570 municípios do país, 3.228 (79,5%) só têm médico pelo programa e 90% dos atendimentos da população indígena é feito por profissionais de Cuba. Além disso, o Mais Médicos é amplamente aprovado pelos usuários, 85% afirma que a assistência em saúde melhorou com o programa”, informa o documento.
Segundo as entidades, foi possível verificar que “houve maior permanência e fixação desses médicos” nos locais onde eles trabalham e que o programa serve como uma resposta a uma demanda da FNP sobre a dificuldade de encontrar profissionais que trabalhem no interior do país e na periferia de grandes cidades.
“Com a missão de trabalhar na atenção primária e na prevenção de doenças, a interrupção abrupta da cooperação com o governo de Cuba impactará negativamente no sistema de saúde, aumentando as demandas por atendimentos nas redes de média e alta complexidade, além de agravar as desigualdades regionais”, afirma o documento.
Da FSP

Presidente Díaz-Canel, de Cuba, defende trabalho de médicos cubanos no Brasil

Presidente Díaz-Canel, de Cuba, defende trabalho de médicos cubanos no Brasil

Publicado em 14 novembro, 2018 10:50 pm
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, classificou de digno, profissional e altruísta o trabalho desenvolvido por profissionais cubanos no Programa Mais Médicos, no Brasil. As autoridades cubanas anunciaram hoje (14) a saída de seus profissionais do programa.
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Em mensagem publicada em sua conta no Twitter (@DiazCanelB), o presidente cubano pediu respeito e defendeu os serviços de seus especialistas no Brasil, após questionamento do presidente eleito Jair Bolsonaro, que, segundo ele, fez referências diretas, depreciativas e ameaçadoras sobre a presença dos médicos cubanos.
‘#Mais Médicos Com dignidade, profunda sensibilidade, profissionalismo, entrega e altruísmo, os colaboradores cubanos prestaram um valioso serviço ao povo do #Brasil. Atitudes com tal dimensão humana devem ser respeitadas e defendidas. #SomosCuba’, tuitou Díaz-Canel.
O Ministério de Saúde Pública de Cuba anunciou, nesta quarta-feira, que não continuará no Programa Más Médicos, ante os condicionamentos expostos pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para os profissionais cubanos.
Em nota, o ministério explicou que a saída do programa já foi comunicada à diretoria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e aos líderes políticos brasileiros que idealizaram o Mais Médicos, que proporcionava serviços de saúde à população pobre do Brasil.
De acordo com o texto diz que Bolsonaro, com referências diretas, depreciativas e ameaçadoras sobre a presença dos profissionais cubanos no Brasoç, declarou e reiterou que modificará termos e condições do Mais Médicos em desrespeito à Organização Pan-Americana da Saúde e ao que foi conveniado pela Opas com Cuba.
No comunicado, o ministério lembra que Bolsonaro questionou também a preparação dos profissionais cubanos e condicionou sua permanência no programa à revalidação do diploma e apenas por meio de contratação individual.
“As modificações anunciadas impõem condições inaceitáveis e descumprem as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificadas em 2016 com a renegociação do Termo de Cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil e o convênio de cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério de Saúde Pública de Cuba’, diz ainda o comunicado.
Para o ministério, as condições expostas pelo presidente eleito do Brasil impossibilitam a presença de profissionais cubanos no Programa Mais Médicos.
O Ministério de Saúde Pública reiterou o compromisso de Cuba com os princípios solidários e humanistas que, durante 55 anos, nortearam a cooperação médica cubana.
De acordo com a pasta, a iniciativa da então presidenta Dilma Rousseff, da qual Cuba participa desde 2013, tinha o propósito de assegurar atendimento médico ao maior número possível de brasileiros em conformidade com o princípio de cobertura sanitária universal defendido pela Organização Mundial da Saúde.
Novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Foto: Wikimedia Commons

Thiago Silva, médico: Como Bolsonaro manipula e mente para enganar seus eleitores sobre os salários dos cubanos

Thiago Silva, médico: Como Bolsonaro manipula e mente para enganar seus eleitores sobre os salários dos cubanos
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Thiago Silva, médico: Como Bolsonaro manipula e mente para enganar seus eleitores sobre os salários dos cubanos


14/11/2018 - 20h20

Quer saber como Jair Bolsonaro mente e manipula pra enganar você sobre o Mais Médicos?
Cuba faz cooperação com 66 países em todo o globo, inclusive europeus. Sabe como isso começou?
Com a brigada Henry Reeve, criada em 2005, como forma de ajuda humanitária pra atender as vítimas do Furacão Katrina nos EUA.
Fidel chamou centenas de médicos e pediu que se organizasse a brigada. EUA negaram a ajuda.
A brigada permaneceu mobilizada pois em pouco tempo haveria a crise em Angola e terremoto no Paquistão.
Na maioria dos países que faz parceria, Cuba envia médicos e medicamentos de graça, sem cobrar dos países.
Isso aconteceu em Angola, no Nepal, Haiti, Congo, e tantos outros países pobres do mundo.
Quem arcava com os custos? O próprio governo cubano.
E como o governo cubano fazia, já que é vítima de um bloqueio econômico há décadas, uma ilha pequena do Caribe que não consegue nem produzir a própria energia, pelas características de seu território?
Alguns países começaram a oferecer trocas pela Força de Médicos. A Venezuela ofereceu petróleo.
Alguns países europeus começaram a pagar mesmo diretamente pro governo Cubano. E essa parceria virou uma fonte de renda pra ilha, com impacto em suas contas públicas, dado o volume de médicos atuando no mundo todo.
E como funciona o pagamento?
Cuba abre edital via uma empresa estatal para contratar os médicos. Eles podem se oferecer ou não.
As condições salariais e os países são conhecidos previamente por todos antes de assinarem contrato. Contrato, conhecem? Pois é.
A maior parte do “salário” pago fica com o governo cubano? Sim e não.
Sim porque se você pegar o total de recurso destinado ao programa e dividir pelo número de médicos vai ser menor. Mas não porque não são os governos contratantes os responsáveis pelo salário dos cubanos.
Quem é responsável pelo salário dos cubanos é a estatal com a qual eles assinaram contrato! Simples!
Ela é responsável por lesão corporal, por invalidez , por seguro, por assistência a família em caso de morte, etc .
Cubanos morreram aqui, sabiam? E sabe o que fez o governo brasileiro? Nada. Pois é.
Quem cuida das familias e repassa dinheiro para famílias é a estatal.
Além disso, a “diferença salarial” não vai pra financiar outra coisa que não a Saúde e Educação de todo povo cubano.
Detalhe, eles tem isso DE QUALIDADE e de GRAÇA pra todos lá ,viu?
Ou seja, o “salário” dos médicos fora de Cuba (quando estão em países que pagam, que não são a maioria) sustenta os direitos sociais de todos os moradores da ilha.
É uma fonte de renda pro povo. Impacta o PIB. Como vender nióbio a preço de banana pra canadense, saca?
Sabe quantos médicos Cubanos saíram do programa revoltados com o que é feito com o salário? Um total de …. 1!
Isso mesmo. Uma cubana que foi comprada e sustentada pela AMB [Associação Médica Brasileira] numa certa época pra criar uma campanha vergonhosa contra o mais médicos.
Houve algumas deserções, como sempre há, já que tem médicos cubanos que acham que vão enriquecer de medicina nos EUA. Claro que tem.
Em todo canto do mundo tem gente que não se importa em pensar apenas no próprio umbigo. Mas foram uma minoria irrisória.
Revalidação de diplomas: Essa é uma piada.
Cuba manda médicos pra 66 países, sabe o único que teve gente cobrando isso? Pois é, o Brasil.
Ainda tem o disparate de dizer que eles não são médicos, quando tem norte-americano pegando lancha e indo pra Cuba se tratar.
Mesmo assim, por conta dessa pressão, os Cubanos foram avaliados quando chegaram aqui, com a aprovação da lei.
Avaliados pela fluência no Português e questões de Medicina.
Foram avaliados por professores e preceptores de medicina brasileiros, a maioria de universidades federais
É claro que teve gente reprovada. É claro que vieram no meio dos 14 mil médicos, tipos ruins, medianos, bons e excelentes.
Mas você acha que entre 14 mil brasileiros viriam apenas médicos bons? Anham…
*Sou Chefe de um pronto socorro do SUS onde só tem brasileiro, e vejo isso todo dia …
Impacto do término do programa: 700 municípios brasileiros não tinham uma alma de lençol branco nem pra confundir com médicos.
Os números do Mais Médicos são acachapantes: 63 milhões de pessoas cobertas. 4 mil municípios
Hoje em mais de 1.500 municípios só tem cubano.
Lembram do escândalo das digitais de ponto, em que médicos falsificavam a entrada nos serviços de Saúde?
Muitos pequenos municípios no interior vão voltar a depender deste tipo de colega, infelizmente.
Parabéns aos envolvidos.
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Lula e juíza discutem em primeiro depoimento à substituta de Moro

Lula e juíza discutem em primeiro depoimento à substituta de Moro

Ex-presidente foi ouvido nesta quarta (14) sobre o sítio de Atibaia

Lula e juíza discutem em primeiro depoimento à substituta de Moro
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 1 HORA POR FOLHAPRESS
POLÍTICA INTERROGATÓRIO
Oex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a juíza substituta de Sergio Moro, Gabriela Hardt, se confrontaram em diversos momentos durante o interrogatório da ação do sítio de Atibaia (SP), nesta quarta (14).
Foi a primeira vez que Lula depôs para a magistrada, que ficou responsável pelos processos da Lava Jato desde que Moro foi aceitou ser ministro do presidente eleito, Jair Bolsonaro. 
Logo no início do depoimento, Lula afirmou que não sabia o motivo de estar respondendo ao processo e indagou qual era a acusação a Hardt. A juíza respondeu que o Ministério Público afirma que ele foi beneficiário de obras no sítio por empreiteiras e pelo pecuarista José Carlos Bumlai.
Lula subiu o tom, dizendo que pensava que a acusação era de que ele é o dono do sítio. "Eu estou disposto a responder toda e qualquer pergunta. Eu sou dono do sítio ou não?"
"Isso o senhor que tem que responder, não eu. Eu não estou sendo interrogada nesse momento", rebateu Hardt. "Senhor ex-presidente, isso é um interrogatório e se o senhor começar nesse tom comigo, a gente vai ter problema. Vamos começar de novo, eu sou a juíza do caso."
Após discussão da juíza com os advogados de Lula, ela volta a perguntar ao ex-presidente: "Está claro que eu não vou ser interrogada?"
Lula responde: "Eu não imaginei que fosse assim, doutora. Como eu sou vítima de uma mentira...", e é interrompido pela juíza. 
"Eu também não imaginava, então vamos começar com as perguntas. Eu já fiz um resumo da acusação e vou fazer perguntas, ou o senhor fica em silêncio ou o senhor responde."
No fim do depoimento, o ex-presidente voltou a discutir com Hardt. Ao falar da acusação do tríplex, em que ele foi condenado, diz que quando viu o Power Point que a força-tarefa da Lava Jato fez citando como o chefe do esquema de corrupção na Petrobras, pediu ao PT "que todos os filiados abrissem processo contra o Ministério Público".
"O sr. está intimidando a acusação assim, sr. presidente, vamos mudar o tom. O sr. está instigando a acusação ao intimidar o Ministério Público, não vou permitir", respondeu Hardt.
Ele ainda falou que o doleiro Alberto Youssef, delator dos casos Banestado e Lava Jato, é amigo de Sergio Moro.
Hardt repreende o ex-presidente. "Ele [Lula] não vai fazer acusações a meu colega [Moro] aqui."
"Eu não estou acusando, eu estou constatando um fato, doutora", rebate Lula. 
"Não é fato, porque o Moro não é amigo do Youssef, nunca foi", acrescenta ela.
"Mas manteve ele sob vigilância oito anos", diz Lula.
A juíza pede para o assunto se encerrar. "Ele não ficou sob vigilância oito anos, e é melhor o sr. parar com isso". Com informações da Folhapress.