Esse
é um país que vai pra frente. (4)
Nosso Informativo da semana não pode deixar de comentar
sobre os acontecimentos nas praias do nordeste brasileiro e sobre as muitas
trapalhadas do governo do ex-capitão insano.
Nas primeiras horas, logo após a descoberta do óleo
invadindo as praias e acabando com o litoral brasileiro, o ministro de
meio-ambiente não hesitou em dizer que “o óleo foi derramado pela Venezuela”.
Só não conseguiu esclarecer como é que tanto óleo conseguiu não poluir as
praias das Guianas e nem no Norte do país. Apenas no nordeste.
Depois disso, análises químicas feitas por
universidades respeitadas identificaram o óleo como sendo um tipo específico,
produzido pela empresa Shell (inglesa). Mas, não satisfeito, o mesmo ministro
foi para os jornais dizer que o óleo tinha sido derramado por militantes do
Green Peace apenas para prejudicar a imagem do governo do Bosta, mesmo depois
de vários barris com logotipo da Shell terem sido encontrados.
A piada estava pronta: “o Green Peace comprou o óleo da
Venezuela, colocou em barris da Shell, alugou um navio de bandeira estrangeira
e jogo no mar, apenas para manchar (sem trocadilhos) o governo”!
Enquanto isso, o povo nordestino foi para as praias e,
sem ajuda do governo, começou a limpar e retirar todo o óleo derramado. E
agora, tropas do exército chegaram ao local, expulsaram as pessoas da praia e
fizeram fotografias como se estivessem limpando tudo.
Como diz a música: “esse é um país que vai pra frente”!
Fato
1. Durante sua campanha presidencial o
insano presidente prometeu que “no meu governo os índios não terão nem um
centímetro de terra”. E está fazendo todo o possível para cumprir a promessa.
O ex-capitão escolheu a via orçamentária para cumprir a
sua promessa de campanha, assegura a Associação dos Servidores da Funai.
Segundo a entidade, a partir de 2020, a política
indigenista deixará de contar com programa específico e sofrerá crítico corte
orçamentário, de acordo com as propostas do governo para o Plano Plurianual
(PPA 2020-2023) e para a Lei Orçamentária Anual (LOA 2020). Esta foi a análise
da Indigenistas Associados (INA), associação que congrega servidores de
carreira da Funai, em Nota Técnica sobre as propostas de PPA e de LOA enviadas
pelo Governo Federal ao Congresso Nacional.
O estudo feito pela INA, mostra que, pela primeira vez
desde 1991, quando começaram os Planos Plurianuais, o planejamento
governamental não contempla direitos indígenas específicos, como a demarcação
de terras, a organização social e a proteção cultural próprias.
Fato
2. Quais os efeitos de tantos cortes
orçamentários, limitações de direitos trabalhistas, piora nas relações de
trabalho e autoritarismo no país?
Essa é fácil de responder: nosso país acaba de cair
para a 124ª posição do relatório Doing Business 2020, divulgado na noite de
quarta-feira (23). Esse ranking global é publicado anualmente pelo Banco
Mundial, que avalia as leis e as regulações que facilitam ou dificultam as
atividades das empresas em 190 países.
Fato
3. Enquanto o governo entreguista prepara para vender a
Petrobras e todo o pré-sal, o Brasil vai entendendo que não há qualquer razão
para se desfazer da empresa e dessa riqueza.
O lucro líquido da Petrobras no terceiro trimestre de
2019 atingiu R$ 9,1 bilhões - equivalente a R$ 0,70 por ação. O valor é menor
do que os R$ 18,9 bilhões do segundo trimestre, obtidos em consequência da venda
da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).
Fato
4. O ex-militar “doidão” não perde
oportunidade para surpreender e utilizar toda a sua maldade reprimida. Agora, o
Palácio do Planalto recrutou um agente secreto para lidar com movimentos
sociais nacionais e estrangeiros. A nomeação do espião aconteceu no mesmo dia,
23 de outubro, em que o Greenpeace realizou um protesto na frente do Planalto
devido ao derramamento de óleo no litoral Nordeste do Brasil e contra o que a
ONG considera ser um “governo contra o meio ambiente”.
O “araponga” foi empregado como assessor no
Departamento de Relações com Organizações Internacionais e Organizações da
Sociedade Civil, uma repartição da Secretaria de Governo da Presidência. A
secretaria é chefiada por um general, Luiz Eduardo Ramos. Foi o braço direito
de Ramos, Jônathas Assunção de Castro, quem assinou a nomeação do agente.
Monitorar ONGs e movimentos sociais é um desejo do insano
desde o início do mandato. Na primeira medida provisória (MP) que assinou, deu
poder à Secretaria de Governo para “supervisionar, coordenar, monitorar e
acompanhar” ONGs e movimentos sociais. Depois suavizou, também via MP. Caberia
à Secretaria “coordenar a interlocução” do governo com as entidades.
Fato
5. O programa de militarização das
escolas iniciado pelo governo do ex-capitão mostra, a cada dia, que estamos
reféns de um projeto mais retrógrado a cada dia. O Colégio militar em Manaus
acumula casos de denúncias de assédio e violência contra alunas adolescentes e
professoras
No último dia 17 de setembro, a mãe de uma jovem
estudante recebeu uma ligação para comparecer à Delegacia Especializada em
Proteção à Criança e ao Adolescente de Manaus. Quem fazia o pedido era o tenente-coronel
Augusto Cesar Paula de Andrade, diretor do Colégio Militar da Polícia Militar
do Amazonas I, o CMPM1, onde sua filha de 16 anos estuda há nove meses.
Chegando ao local, a mãe soube que a filha adolescente
e mais duas amigas foram à delegacia para prestar queixa de assédio sexual
contra um sargento que atuava na escola. As garotas acusam o militar de
tocá-las em suas partes íntimas. De acordo com as vítimas, abordagens
tendenciosas por parte do policial militar aconteciam há pelo menos dois meses,
até que as garotas decidiram levar a denúncia adiante.
O caso de violência é apenas mais um entre os 120 que
foram encaminhados ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM). São denúncias de
assédio moral, sexual e violência que recaem sobre nove colégios militares do
Amazonas.
Mas não são apenas as alunas que sofrem nas mãos de
militares. Uma professora afirma ter sido assediada por um PM, que atua como
professor de Matemática dentro da unidade. A entrevistada conta que, em
conversa com o militar sobre as notas baixas de sua filha e da chance de
reprovação, ouviu: “Ela só reprova se você quiser”. Na sequência, o cabo teria
deixado claro que a revisão das notas da aluna dependeria da aceitação ou não
do convite para um encontro sexual com ele.
Fato
6. Um estudo divulgado pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) relaciona as taxas de homicídio entre
homens no Brasil ao desemprego e à evasão escolar. Segundo o estudo, a cada 1%
de aumento no desemprego, os homicídios sobem 1,8%.
O levantamento é baseado em microdados colhidos do
Centro Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
entre 1980 e 2010. Também foram analisadas informações do Ministério da Saúde.
A pesquisa foi feita entre desempregados de 15 a 65 anos.
O Instituto analisou o desemprego somente entre pessoas
do sexo masculino por se tratar do grupo que tem a maior probabilidade de
envolvimento em crimes, seja como autores, seja como vítimas. Segundo o Atlas
da Violência de 2019, dos 35,7 mil jovens assassinados no Brasil em 2017, 94,4%
eram homens.
Domingo
movimentado em Nossa América! A
matéria original é de Rubén Armendáriz, jornalista do Centro Latino-Americano
de Análise Estratégica (CLAE).
Neste domingo teremos movimentações importantes em
Nossa América: na Argentina e no Uruguai serão eleitos novo presidente e
legisladores, enquanto na Colômbia votarão em novos parlamentares dos 32 departamentos
do país. Na Argentina o voto será para deixar para trás o governo de direita de
Macri; no Uruguai se decide se o governo de centro-esquerda da Frente Ampla
continuará. Na Colômbia o povo vai às urnas em um país onde líderes populares
são mortos diariamente.
São três momentos diferentes em uma região abaladas
pela crescente resistência popular às medidas neoliberais, que incluíram uma
revolta no Equador, a dissolução do Congresso no Peru com o grito de “deixe
todos irem” e uma violenta repressão dos estudantes no Chile, o que levou a um
estado de sítio.
Colômbia:
toda a atenção para o que está em jogo.
Nas eleições regionais deste domingo, os colombianos elegerão mais de 12 mil
funcionários públicos nos 32 departamentos do país, nos 1.122 municípios e na
capital de Bogotá, em um ambiente de violência política que já matou sete
candidatos.
As eleições regionais definirão o curso que a
pacificação seguirá: elas são as primeiras após a assinatura dos acordos entre
o Governo e as FARC. Embora hoje exista uma disputa sobre o controle nos
territórios anteriormente dominados pelas FARC, espera-se que os votos regionais
nesses municípios possam definir autoridades civis que ajudem a superar o problema
da violência como governo.
Nesses territórios, mais de 60% do assassinato dos
líderes sociais, ex-combatentes das FARC e líderes camponeses comprometidos com
os programas de substituição de culturas ilícitas ocorreram. Esses atores
armados ilegais procuram estabelecer suas regras de jogo para as eleições dos
prefeitos e conselhos municipais. Os riscos associados à fraude eleitoral
persistem devido a problemas relacionados ao sistema eleitoral arcaico, como
compra de votos, fraude eleitoral ou transumância eleitoral.
Bolívia:
vitória de Evo e pânico na Casa Branca.
Na noite de sexta-feira (25), com praticamente todos os votos apurados, a
diferença entre Evo Morales e o segundo colocado (Carlos Mesa) já era superior
a 648.180 votos, descartando qualquer possibilidade de ocorrer um segundo
turno, sonho da direita que já montava uma grande aliança entre todos os
candidatos, com estrategistas de Washington e uma imensa campanha com Fake
News.
Na Bolívia, não é necessário obter 50% + 1 dos votos
para se vencer no primeiro turno. Se o líder obtiver mais de 40% e tiver uma
diferença de ao menos dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado, a
eleição termina. A diferença entre Morales e Mesa é de 10,56 p.p.
Em terceiro lugar, ficou Chi Hyun Chung, de
extrema-direita, com 8,78% dos votos, seguido por Óscar Ortiz, com 4,24%. O
restante dos candidatos somou menos de 4%.
Como era de se esperar, os candidatos comandados por Washington
afirmaram que não irão reconhecer o resultado e exigem um segundo turno,
rasgando a Constituição do país.
Tudo armado. O capacho que preside a OEA defende um
segundo turno e tem o apoio de Argentina (que vai agora às urnas), Brasil,
Colômbia e EUA.
Evo
denuncia tentativa de golpe. O
presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, declarou na quarta-feira (23) Estado
de Emergência no país, e denunciou há uma tentativa de golpe de Estado em
curso. A medida vem após a intensificação dos protestos, convocados pela
oposição, por conta dos resultados das eleições presidenciais - que indicam
vitória de Morales no primeiro turno.
“Eu denuncio perante o povo boliviano e o mundo que
está em processo um golpe de Estado que foi preparado pela direita com apoio
internacional. Faço um apelo aos organismos internacionais para defender a
democracia”, afirmou. “Não vamos buscar o confronto, porém vamos defender a
democracia”.
Morales disse também que a direita quer desprezar o
voto indígena. “Entendo o desespero da direita boliviana que não quer
reconhecer o triunfo do voto indígena, como nunca reconheceu no passado”,
afirmou.
O chefe adjunto da delegação da União Europeia na
Bolívia, Jörg Schreiber, fez um chamado à população boliviana para que fosse
respeitado o desejo dos eleitores e condenou o uso de violência por parte de
alguns grupos da oposição.
“Os incidentes recentes devem ser investigados, além
disso fazemos um chamado a todas as partes para se absterem do uso da
violência. A União Europeia tem sido e ainda é principal parceira da Bolívia na
promoção do desenvolvimento econômico e social, assim como no fortalecimento do
Estado de direito”, afirmou.
Não
houve fraude! A presidenta do Tribunal
Supremo Eleitoral da Bolívia, María Eugenia Choque, rebateu na terça-feira (22)
as acusações e fraude feitas pela oposição e afirmou que “não há nada para
esconder”.
“Este processo está supervisionado e administrado por
uma auditoria, não por nós, mas sim por uma empresa e a empresa também nos dirá
se esses resultados são fraudulentos. Senhoras e senhores, [os resultados] não
são fraudulentos porque eles estão apresentados e cada um dos cidadãos e
organizações políticas nos acompanharam”, disse Choque.
O governo da Bolívia solicitou à Organização dos
Estados Americanos (OEA) que realize uma “auditoria especial” da apuração dos
votos das eleições gerais realizadas no último domingo (20).
“Entregamos a nota oficial ao secretário da OEA, Luis
Almagro, em Washington. Estamos solicitando que seja realizada uma auditoria
especial, uma verificação de uma a uma das atas de votação do último 20 de
outubro”, anunciou o chanceler boliviano Diego Pary.
Evo “dá um nó” nos
golpistas. Washington e seus capachos latino-americanos estavam repetindo
o mesmo e cansativo discurso de que “houve fraude e não vamos reconhecer o
resultado das eleições”. Mas Evo Morales não teme!
Em uma
jogada de mestre, digna de um tabuleiro de xadrez, Evo Morales convidou os
chanceleres da Argentina, do Brasil, da Colômbia e dos EUA para realizarem uma
auditoria no processo eleitoral que o levou de volta ao poder. Mais do que
isso. Evo disse que, se alguma fraude for constatada depois dessa auditoria ele
pode convocar novas eleições.
E agora? Os
golpistas da direita vão continuar repetindo o discurso? Vão aceitar o convite?
Acreditamos que é um xeque-mate. E Trump que “entube” mais essa derrota
vergonhosa.
Aos
84 anos, Mujica volta a disputar vaga no Senado. Sim, essa é uma grande notícia. José “Pepe” Mujica, o
ex-presidente do Uruguai que se transformou em um dos políticos mais influentes
da América do Sul neste século e que no ano passado, alegando cansaço, havia
anunciado a aposentadoria e renunciado ao mandato de senador que ocupava desde
2015, parece ter encontrado fôlego extra aos 84 anos e tentará retomar o posto
nas eleições deste domingo.
O ex-guerrilheiro, ex-deputado, e ex-presidente
uruguaio pretende voltar ao Parlamento para ajudar na renovação de uma esquerda
uruguaia carente de líderes de grande expressão como ele mesmo.
“Acredito que Mujica chegou no momento certo. Começava
uma crise política das lideranças, ainda não havia nada parecido com (Donald)
Trump, nem (Emmanuel) Macron, nem (Jair) Bolsonaro. Havia uma crise muito
grande dos partidos, da representação”, disse Chasquetti à Agência Efe.
O analista político considera que Mujica propôs “tornar
as coisas mais simples”, e isso o fez ter notoriedade em nível internacional.
A liderança de Mujica transcendeu as fronteiras de tal
maneira que fez com que muitas pessoas reconhecidas internacionalmente –
artistas, políticos, atletas e pensadores – quisessem passar por seu sítio, nos
arredores de Montevidéu, simplesmente para conversar um pouco e tomar um mate
com ele.
O
Chile está de pé! Na segunda-feira
(21), os sindicatos mineiros e portuários chilenos convocaram para uma greve
geral em apoio aos protestos contra o governo de Sebastián Piñera.
Em comunicado divulgado, trabalhadores da maior empresa
privada de mineração do país pediram “paralisar toda a mineração no Chile,
juntamente com outros setores produtivos”.
Enquanto isso, os trabalhadores do Sindicato dos
Portuários de Valparaíso emitiram uma declaração expressando seu total repúdio
à medida decretada por Piñera e apoio às manifestações sociais.
No domingo à noite, Piñera ofereceu declarações
tentando criminalizar os protestos e desviar a atenção das verdadeiras causas
das manifestações, enquanto os protestos são radicalizados e generalizados em
todo o país, sem um vislumbre de uma solução de curto prazo.
Medidas
de Piñera não resolveram. Milhares de
pessoas voltaram às ruas de Santiago do Chile na quarta-feira (23),
insatisfeitas com as medidas propostas por Sebastián Piñera na noite anterior.
Ele anunciou um aumento nas aposentadorias, a criação de um teto para os gastos
com medicamentos, a redução nas tarifas de energia elétrica e o aumento dos
impostos para os mais ricos.
Os chilenos, no entanto, demonstram insatisfação, pois
as medidas anunciadas não serão imediatas e ainda terão que passar por
aprovação no Congresso. Além disso, algumas das propostas não são novas e já
estavam tramitando no Parlamento, como a criação de um teto para os gastos com
medicamentos.
Os manifestantes pedem ainda a renúncia do ministro do
Interior, Andrés Chadwick, a quem culpam pelas mortes e pela violenta repressão
aos protestos dos últimos dias.
Das notícias que temos, até sexta-feira (25), já são 18
mortos e mais de 5.400 presos nos protestos. Relatórios dos líderes dos
protestos falam em centenas de pessoas feridas que estão em hospitais e
estudantes que foram estupradas por por policiais e prestaram depoimentos às
entidades internacionais presentes.
Toque
de recolher. Na noite de quinta-feira
(24), tentando conter a população, o exército chileno impôs um novo toque de
recolher em Santiago (capital do país) e na região de Valdivia.
O “toque de recolher” se estabelece a partir das 22
horas, até as 6 da manhã, e estão proibidas circulações de carros e/ou pessoas
por toda a região!
O
movimento cresce e ganha adesões. As
entradas de Santiago amanheceram na sexta-feira (25) tomadas por caminhoneiros,
taxistas, carros particulares e motociclistas em protesto contra o aumento do
pedágio nas estradas que passam pela cidade.
A mobilização aumenta ainda mais a pressão sobre o
governo de Piñera e acontece em meio à chamada “Revolta de Outubro”. A
principal reclamação é relacionada com o aumento das tarifas. Anualmente, as concessionárias
reajustam o preço do pedágio devido à fórmula prevista nos contratos, que prevê
um fixo de 3,5% mais a inflação acumulada. Isso possibilitou que as operadoras
das rodovias da região metropolitana de Santiago aumentassem o valor em 6,4%.
Arrepiante. As imagens que nos chegaram na noite de sexta-feira
(25), com uma multidão caminhando pelas ruas da capital chilena e exigindo
respeito e o fim das políticas neoliberais é realmente algo para não esquecer.
A imprensa fala em “mais de um milhão de pessoas” nas ruas de Santiago.
Mais emocionante ainda é ver que parte dos soldados que
foram postos nas ruas para reprimir os manifestantes estão aderindo. Em uma
fotografia, em um veículo militar, os soldados acenavam para o povo com uma
bandeira chilena.
Piñera está com
medo. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu neste sábado
(26) a seus ministros que colocassem os cargos à disposição, abrindo caminho
para que haja uma mudança no gabinete. A medida vem um dia depois de protestos
históricos no país, que, só em Santiago, reuniram 1,2 milhão de pessoas, em que
pese o estado de emergência e o toque de recolher.
Piñera
também prometeu derrubar o estado de emergência, que vigora no país desde o começo
da semana. “Para avançar com paz e com segurança, é fundamental recuperar o
caminho da normalidade. Por isso, quero anunciar que, se as circunstâncias o
permitirem, minha intenção é levantar todos os estados de emergência a partir
das 24h do próximo domingo.”
Na
sexta-feira (25), Antofagasta, Copiapó, Valparaíso, Rancagua, Concepción,
Puerto Montt, Osorno e Santiago tiveram toque de recolher entre as 23h e as 4h.
O
Bosta e a Argentina! O insano
brasileiro ameaçou tirar a Argentina do Mercosul se Ferdández vencer as
eleições. Assegurou que “se a Argentina atrapalhar a abertura de um bloco
comercial, poderá convocar uma reunião com o Uruguai e o Paraguai para agir”.
“Sabemos que o retorno do Fórum de São Paulo e Cristina
Kirchner ao governo argentino pode pôr em risco todo o Mercosul. E se isso
possivelmente colocar em risco todo o Mercosul, repito, possivelmente, devemos
ter uma alternativa", disse.
Além disso, o ex-capitão brasileiro disse que é
necessário estar preparado para possíveis mudanças no Mercosul. “O objetivo não
é facilitar a esquerda para formar uma grande pátria bolivariana, mas abrir o
marcador para o comércio com o mundo”, afirmou.
Israel
impede relator especial da ONU de viajar para o território palestino! E todos ficam calados...
O relator especial da ONU para os direitos humanos na
Palestina, Michael Lynk, declarou, na quinta-feira (24), que Israel viola
procedimentos e protocolos ao impedir que viaje para esse território árabe
ocupado.
Como ele disse em uma conferência de imprensa na sede
das Nações Unidas em Nova York, desde que começou seu trabalho nessa posição há
três anos, toda primavera ele escreve para a missão de Israel em Genebra para
solicitar uma visita ao território palestino, mas eles nunca respondem.
“Isso é uma violação dos procedimentos e protocolos,
porque, como parte do meu trabalho, preciso conhecer a situação em primeira
mão”, enfatizou.
“Mas tenho um plano B e, como Israel não responde aos
meus pedidos, todos os anos vou a Amã, capital da Jordânia, e lá encontro-me
com membros da Autoridade Palestina e da sociedade civil daquele território
ilegalmente ocupado por Tel Aviv”.
O governo de Tel Aviv não cumpre com várias resoluções
da ONU que pedem a interrupção da construção ilegal de assentamentos no
território palestino e o término da ocupação.
Lyk também se referiu às violações dos direitos humanos
em Tel Aviv, atacando a população palestina e aprisionando pessoas inocentes,
como menores.
Além disso, ele se referiu a um conjunto de medidas de
pressão, como declarações públicas diplomáticas, sanções comerciais e
financeiras, proibições de voos, restrições de viagens e redução ou suspensão
de auxílio. No caso de Israel permanecer impassível, observou o especialista, a
comunidade internacional deve aplicar e escalar o alcance de suas contramedidas
específicas.
Israel deve ser chamado a prestar contas, disse ele, e
é urgente ter um banco de dados que responda aos negócios desse país e outras
atividades ilegais no território palestino ocupado.
Estadunidenses
vão marchar contra Trump! Grupos
liberais dos EUA anunciaram a realização de várias marchas nos EUA para exigir
um julgamento político contra o presidente Donald Trump.
O diretor da organização não governamental MoveOn,
David Sievers, informa que as marchas incluirão Washington, a capital do país,
disse que “as pessoas agem quando pensam que podem fazer a diferença e, durante
muito tempo, grande parte da maioria silenciosa a favor do julgamento político
achou que isso não iria acontecer”.
Sievers não especificou a data em que os protestos
serão realizados, no entanto, ele indicou que eles poderiam ocorrer na noite
anterior à Câmara dos Deputados fazer uma votação formal pelo processo de impeachment
ou demissão do chefe da Casa Branca.
Atualmente, as comissões da câmara baixa realizam
investigações, com a tomada de declarações, a portas fechadas, de vários
funcionários do governo Trump.
A
presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, é quem promove o
julgamento político e afirmou em várias ocasiões que Trump não está acima da
lei, pela qual "ele terá que prestar