terça-feira, 12 de novembro de 2019

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Esse é um país que vai pra frente. (4)
Nosso Informativo da semana não pode deixar de comentar sobre os acontecimentos nas praias do nordeste brasileiro e sobre as muitas trapalhadas do governo do ex-capitão insano.
Nas primeiras horas, logo após a descoberta do óleo invadindo as praias e acabando com o litoral brasileiro, o ministro de meio-ambiente não hesitou em dizer que “o óleo foi derramado pela Venezuela”. Só não conseguiu esclarecer como é que tanto óleo conseguiu não poluir as praias das Guianas e nem no Norte do país. Apenas no nordeste.
Depois disso, análises químicas feitas por universidades respeitadas identificaram o óleo como sendo um tipo específico, produzido pela empresa Shell (inglesa). Mas, não satisfeito, o mesmo ministro foi para os jornais dizer que o óleo tinha sido derramado por militantes do Green Peace apenas para prejudicar a imagem do governo do Bosta, mesmo depois de vários barris com logotipo da Shell terem sido encontrados.
A piada estava pronta: “o Green Peace comprou o óleo da Venezuela, colocou em barris da Shell, alugou um navio de bandeira estrangeira e jogo no mar, apenas para manchar (sem trocadilhos) o governo”!
Enquanto isso, o povo nordestino foi para as praias e, sem ajuda do governo, começou a limpar e retirar todo o óleo derramado. E agora, tropas do exército chegaram ao local, expulsaram as pessoas da praia e fizeram fotografias como se estivessem limpando tudo.
Como diz a música: “esse é um país que vai pra frente”!
Fato 1. Durante sua campanha presidencial o insano presidente prometeu que “no meu governo os índios não terão nem um centímetro de terra”. E está fazendo todo o possível para cumprir a promessa.
O ex-capitão escolheu a via orçamentária para cumprir a sua promessa de campanha, assegura a Associação dos Servidores da Funai.
Segundo a entidade, a partir de 2020, a política indigenista deixará de contar com programa específico e sofrerá crítico corte orçamentário, de acordo com as propostas do governo para o Plano Plurianual (PPA 2020-2023) e para a Lei Orçamentária Anual (LOA 2020). Esta foi a análise da Indigenistas Associados (INA), associação que congrega servidores de carreira da Funai, em Nota Técnica sobre as propostas de PPA e de LOA enviadas pelo Governo Federal ao Congresso Nacional.
O estudo feito pela INA, mostra que, pela primeira vez desde 1991, quando começaram os Planos Plurianuais, o planejamento governamental não contempla direitos indígenas específicos, como a demarcação de terras, a organização social e a proteção cultural próprias.
Fato 2. Quais os efeitos de tantos cortes orçamentários, limitações de direitos trabalhistas, piora nas relações de trabalho e autoritarismo no país?
Essa é fácil de responder: nosso país acaba de cair para a 124ª posição do relatório Doing Business 2020, divulgado na noite de quarta-feira (23). Esse ranking global é publicado anualmente pelo Banco Mundial, que avalia as leis e as regulações que facilitam ou dificultam as atividades das empresas em 190 países.
Fato 3. Enquanto o governo entreguista prepara para vender a Petrobras e todo o pré-sal, o Brasil vai entendendo que não há qualquer razão para se desfazer da empresa e dessa riqueza.
O lucro líquido da Petrobras no terceiro trimestre de 2019 atingiu R$ 9,1 bilhões - equivalente a R$ 0,70 por ação. O valor é menor do que os R$ 18,9 bilhões do segundo trimestre, obtidos em consequência da venda da Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG).
Fato 4. O ex-militar “doidão” não perde oportunidade para surpreender e utilizar toda a sua maldade reprimida. Agora, o Palácio do Planalto recrutou um agente secreto para lidar com movimentos sociais nacionais e estrangeiros. A nomeação do espião aconteceu no mesmo dia, 23 de outubro, em que o Greenpeace realizou um protesto na frente do Planalto devido ao derramamento de óleo no litoral Nordeste do Brasil e contra o que a ONG considera ser um “governo contra o meio ambiente”.
O “araponga” foi empregado como assessor no Departamento de Relações com Organizações Internacionais e Organizações da Sociedade Civil, uma repartição da Secretaria de Governo da Presidência. A secretaria é chefiada por um general, Luiz Eduardo Ramos. Foi o braço direito de Ramos, Jônathas Assunção de Castro, quem assinou a nomeação do agente.
Monitorar ONGs e movimentos sociais é um desejo do insano desde o início do mandato. Na primeira medida provisória (MP) que assinou, deu poder à Secretaria de Governo para “supervisionar, coordenar, monitorar e acompanhar” ONGs e movimentos sociais. Depois suavizou, também via MP. Caberia à Secretaria “coordenar a interlocução” do governo com as entidades.
Fato 5. O programa de militarização das escolas iniciado pelo governo do ex-capitão mostra, a cada dia, que estamos reféns de um projeto mais retrógrado a cada dia. O Colégio militar em Manaus acumula casos de denúncias de assédio e violência contra alunas adolescentes e professoras
No último dia 17 de setembro, a mãe de uma jovem estudante recebeu uma ligação para comparecer à Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente de Manaus. Quem fazia o pedido era o tenente-coronel Augusto Cesar Paula de Andrade, diretor do Colégio Militar da Polícia Militar do Amazonas I, o CMPM1, onde sua filha de 16 anos estuda há nove meses.
Chegando ao local, a mãe soube que a filha adolescente e mais duas amigas foram à delegacia para prestar queixa de assédio sexual contra um sargento que atuava na escola. As garotas acusam o militar de tocá-las em suas partes íntimas. De acordo com as vítimas, abordagens tendenciosas por parte do policial militar aconteciam há pelo menos dois meses, até que as garotas decidiram levar a denúncia adiante.
O caso de violência é apenas mais um entre os 120 que foram encaminhados ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM). São denúncias de assédio moral, sexual e violência que recaem sobre nove colégios militares do Amazonas.
Mas não são apenas as alunas que sofrem nas mãos de militares. Uma professora afirma ter sido assediada por um PM, que atua como professor de Matemática dentro da unidade. A entrevistada conta que, em conversa com o militar sobre as notas baixas de sua filha e da chance de reprovação, ouviu: “Ela só reprova se você quiser”. Na sequência, o cabo teria deixado claro que a revisão das notas da aluna dependeria da aceitação ou não do convite para um encontro sexual com ele.
Fato 6. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) relaciona as taxas de homicídio entre homens no Brasil ao desemprego e à evasão escolar. Segundo o estudo, a cada 1% de aumento no desemprego, os homicídios sobem 1,8%.
O levantamento é baseado em microdados colhidos do Centro Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 1980 e 2010. Também foram analisadas informações do Ministério da Saúde. A pesquisa foi feita entre desempregados de 15 a 65 anos.
O Instituto analisou o desemprego somente entre pessoas do sexo masculino por se tratar do grupo que tem a maior probabilidade de envolvimento em crimes, seja como autores, seja como vítimas. Segundo o Atlas da Violência de 2019, dos 35,7 mil jovens assassinados no Brasil em 2017, 94,4% eram homens.
Domingo movimentado em Nossa América! A matéria original é de Rubén Armendáriz, jornalista do Centro Latino-Americano de Análise Estratégica (CLAE).
Neste domingo teremos movimentações importantes em Nossa América: na Argentina e no Uruguai serão eleitos novo presidente e legisladores, enquanto na Colômbia votarão em novos parlamentares dos 32 departamentos do país. Na Argentina o voto será para deixar para trás o governo de direita de Macri; no Uruguai se decide se o governo de centro-esquerda da Frente Ampla continuará. Na Colômbia o povo vai às urnas em um país onde líderes populares são mortos diariamente.
São três momentos diferentes em uma região abaladas pela crescente resistência popular às medidas neoliberais, que incluíram uma revolta no Equador, a dissolução do Congresso no Peru com o grito de “deixe todos irem” e uma violenta repressão dos estudantes no Chile, o que levou a um estado de sítio.
Colômbia: toda a atenção para o que está em jogo. Nas eleições regionais deste domingo, os colombianos elegerão mais de 12 mil funcionários públicos nos 32 departamentos do país, nos 1.122 municípios e na capital de Bogotá, em um ambiente de violência política que já matou sete candidatos.
As eleições regionais definirão o curso que a pacificação seguirá: elas são as primeiras após a assinatura dos acordos entre o Governo e as FARC. Embora hoje exista uma disputa sobre o controle nos territórios anteriormente dominados pelas FARC, espera-se que os votos regionais nesses municípios possam definir autoridades civis que ajudem a superar o problema da violência como governo.
Nesses territórios, mais de 60% do assassinato dos líderes sociais, ex-combatentes das FARC e líderes camponeses comprometidos com os programas de substituição de culturas ilícitas ocorreram. Esses atores armados ilegais procuram estabelecer suas regras de jogo para as eleições dos prefeitos e conselhos municipais. Os riscos associados à fraude eleitoral persistem devido a problemas relacionados ao sistema eleitoral arcaico, como compra de votos, fraude eleitoral ou transumância eleitoral.
Bolívia: vitória de Evo e pânico na Casa Branca. Na noite de sexta-feira (25), com praticamente todos os votos apurados, a diferença entre Evo Morales e o segundo colocado (Carlos Mesa) já era superior a 648.180 votos, descartando qualquer possibilidade de ocorrer um segundo turno, sonho da direita que já montava uma grande aliança entre todos os candidatos, com estrategistas de Washington e uma imensa campanha com Fake News.
Na Bolívia, não é necessário obter 50% + 1 dos votos para se vencer no primeiro turno. Se o líder obtiver mais de 40% e tiver uma diferença de ao menos dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado, a eleição termina. A diferença entre Morales e Mesa é de 10,56 p.p.
Em terceiro lugar, ficou Chi Hyun Chung, de extrema-direita, com 8,78% dos votos, seguido por Óscar Ortiz, com 4,24%. O restante dos candidatos somou menos de 4%.
Como era de se esperar, os candidatos comandados por Washington afirmaram que não irão reconhecer o resultado e exigem um segundo turno, rasgando a Constituição do país.
Tudo armado. O capacho que preside a OEA defende um segundo turno e tem o apoio de Argentina (que vai agora às urnas), Brasil, Colômbia e EUA.
Evo denuncia tentativa de golpe. O presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, declarou na quarta-feira (23) Estado de Emergência no país, e denunciou há uma tentativa de golpe de Estado em curso. A medida vem após a intensificação dos protestos, convocados pela oposição, por conta dos resultados das eleições presidenciais - que indicam vitória de Morales no primeiro turno.
“Eu denuncio perante o povo boliviano e o mundo que está em processo um golpe de Estado que foi preparado pela direita com apoio internacional. Faço um apelo aos organismos internacionais para defender a democracia”, afirmou. “Não vamos buscar o confronto, porém vamos defender a democracia”.
Morales disse também que a direita quer desprezar o voto indígena. “Entendo o desespero da direita boliviana que não quer reconhecer o triunfo do voto indígena, como nunca reconheceu no passado”, afirmou.
O chefe adjunto da delegação da União Europeia na Bolívia, Jörg Schreiber, fez um chamado à população boliviana para que fosse respeitado o desejo dos eleitores e condenou o uso de violência por parte de alguns grupos da oposição.
“Os incidentes recentes devem ser investigados, além disso fazemos um chamado a todas as partes para se absterem do uso da violência. A União Europeia tem sido e ainda é principal parceira da Bolívia na promoção do desenvolvimento econômico e social, assim como no fortalecimento do Estado de direito”, afirmou.
Não houve fraude! A presidenta do Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, María Eugenia Choque, rebateu na terça-feira (22) as acusações e fraude feitas pela oposição e afirmou que “não há nada para esconder”.
“Este processo está supervisionado e administrado por uma auditoria, não por nós, mas sim por uma empresa e a empresa também nos dirá se esses resultados são fraudulentos. Senhoras e senhores, [os resultados] não são fraudulentos porque eles estão apresentados e cada um dos cidadãos e organizações políticas nos acompanharam”, disse Choque.
O governo da Bolívia solicitou à Organização dos Estados Americanos (OEA) que realize uma “auditoria especial” da apuração dos votos das eleições gerais realizadas no último domingo (20).
“Entregamos a nota oficial ao secretário da OEA, Luis Almagro, em Washington. Estamos solicitando que seja realizada uma auditoria especial, uma verificação de uma a uma das atas de votação do último 20 de outubro”, anunciou o chanceler boliviano Diego Pary.
Evo “dá um nó” nos golpistas. Washington e seus capachos latino-americanos estavam repetindo o mesmo e cansativo discurso de que “houve fraude e não vamos reconhecer o resultado das eleições”. Mas Evo Morales não teme!
Em uma jogada de mestre, digna de um tabuleiro de xadrez, Evo Morales convidou os chanceleres da Argentina, do Brasil, da Colômbia e dos EUA para realizarem uma auditoria no processo eleitoral que o levou de volta ao poder. Mais do que isso. Evo disse que, se alguma fraude for constatada depois dessa auditoria ele pode convocar novas eleições.
E agora? Os golpistas da direita vão continuar repetindo o discurso? Vão aceitar o convite? Acreditamos que é um xeque-mate. E Trump que “entube” mais essa derrota vergonhosa.
Aos 84 anos, Mujica volta a disputar vaga no Senado. Sim, essa é uma grande notícia. José “Pepe” Mujica, o ex-presidente do Uruguai que se transformou em um dos políticos mais influentes da América do Sul neste século e que no ano passado, alegando cansaço, havia anunciado a aposentadoria e renunciado ao mandato de senador que ocupava desde 2015, parece ter encontrado fôlego extra aos 84 anos e tentará retomar o posto nas eleições deste domingo.
O ex-guerrilheiro, ex-deputado, e ex-presidente uruguaio pretende voltar ao Parlamento para ajudar na renovação de uma esquerda uruguaia carente de líderes de grande expressão como ele mesmo.
“Acredito que Mujica chegou no momento certo. Começava uma crise política das lideranças, ainda não havia nada parecido com (Donald) Trump, nem (Emmanuel) Macron, nem (Jair) Bolsonaro. Havia uma crise muito grande dos partidos, da representação”, disse Chasquetti à Agência Efe.
O analista político considera que Mujica propôs “tornar as coisas mais simples”, e isso o fez ter notoriedade em nível internacional.
A liderança de Mujica transcendeu as fronteiras de tal maneira que fez com que muitas pessoas reconhecidas internacionalmente – artistas, políticos, atletas e pensadores – quisessem passar por seu sítio, nos arredores de Montevidéu, simplesmente para conversar um pouco e tomar um mate com ele.
O Chile está de pé! Na segunda-feira (21), os sindicatos mineiros e portuários chilenos convocaram para uma greve geral em apoio aos protestos contra o governo de Sebastián Piñera.
Em comunicado divulgado, trabalhadores da maior empresa privada de mineração do país pediram “paralisar toda a mineração no Chile, juntamente com outros setores produtivos”.
Enquanto isso, os trabalhadores do Sindicato dos Portuários de Valparaíso emitiram uma declaração expressando seu total repúdio à medida decretada por Piñera e apoio às manifestações sociais.
No domingo à noite, Piñera ofereceu declarações tentando criminalizar os protestos e desviar a atenção das verdadeiras causas das manifestações, enquanto os protestos são radicalizados e generalizados em todo o país, sem um vislumbre de uma solução de curto prazo.
Medidas de Piñera não resolveram. Milhares de pessoas voltaram às ruas de Santiago do Chile na quarta-feira (23), insatisfeitas com as medidas propostas por Sebastián Piñera na noite anterior. Ele anunciou um aumento nas aposentadorias, a criação de um teto para os gastos com medicamentos, a redução nas tarifas de energia elétrica e o aumento dos impostos para os mais ricos.
Os chilenos, no entanto, demonstram insatisfação, pois as medidas anunciadas não serão imediatas e ainda terão que passar por aprovação no Congresso. Além disso, algumas das propostas não são novas e já estavam tramitando no Parlamento, como a criação de um teto para os gastos com medicamentos.
Os manifestantes pedem ainda a renúncia do ministro do Interior, Andrés Chadwick, a quem culpam pelas mortes e pela violenta repressão aos protestos dos últimos dias.
Das notícias que temos, até sexta-feira (25), já são 18 mortos e mais de 5.400 presos nos protestos. Relatórios dos líderes dos protestos falam em centenas de pessoas feridas que estão em hospitais e estudantes que foram estupradas por por policiais e prestaram depoimentos às entidades internacionais presentes.
Toque de recolher. Na noite de quinta-feira (24), tentando conter a população, o exército chileno impôs um novo toque de recolher em Santiago (capital do país) e na região de Valdivia.
O “toque de recolher” se estabelece a partir das 22 horas, até as 6 da manhã, e estão proibidas circulações de carros e/ou pessoas por toda a região!
O movimento cresce e ganha adesões. As entradas de Santiago amanheceram na sexta-feira (25) tomadas por caminhoneiros, taxistas, carros particulares e motociclistas em protesto contra o aumento do pedágio nas estradas que passam pela cidade.
A mobilização aumenta ainda mais a pressão sobre o governo de Piñera e acontece em meio à chamada “Revolta de Outubro”. A principal reclamação é relacionada com o aumento das tarifas. Anualmente, as concessionárias reajustam o preço do pedágio devido à fórmula prevista nos contratos, que prevê um fixo de 3,5% mais a inflação acumulada. Isso possibilitou que as operadoras das rodovias da região metropolitana de Santiago aumentassem o valor em 6,4%.
Arrepiante. As imagens que nos chegaram na noite de sexta-feira (25), com uma multidão caminhando pelas ruas da capital chilena e exigindo respeito e o fim das políticas neoliberais é realmente algo para não esquecer. A imprensa fala em “mais de um milhão de pessoas” nas ruas de Santiago.
Mais emocionante ainda é ver que parte dos soldados que foram postos nas ruas para reprimir os manifestantes estão aderindo. Em uma fotografia, em um veículo militar, os soldados acenavam para o povo com uma bandeira chilena.
Piñera está com medo. O presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu neste sábado (26) a seus ministros que colocassem os cargos à disposição, abrindo caminho para que haja uma mudança no gabinete. A medida vem um dia depois de protestos históricos no país, que, só em Santiago, reuniram 1,2 milhão de pessoas, em que pese o estado de emergência e o toque de recolher.
Piñera também prometeu derrubar o estado de emergência, que vigora no país desde o começo da semana. “Para avançar com paz e com segurança, é fundamental recuperar o caminho da normalidade. Por isso, quero anunciar que, se as circunstâncias o permitirem, minha intenção é levantar todos os estados de emergência a partir das 24h do próximo domingo.”
Na sexta-feira (25), Antofagasta, Copiapó, Valparaíso, Rancagua, Concepción, Puerto Montt, Osorno e Santiago tiveram toque de recolher entre as 23h e as 4h.
O Bosta e a Argentina! O insano brasileiro ameaçou tirar a Argentina do Mercosul se Ferdández vencer as eleições. Assegurou que “se a Argentina atrapalhar a abertura de um bloco comercial, poderá convocar uma reunião com o Uruguai e o Paraguai para agir”.
“Sabemos que o retorno do Fórum de São Paulo e Cristina Kirchner ao governo argentino pode pôr em risco todo o Mercosul. E se isso possivelmente colocar em risco todo o Mercosul, repito, possivelmente, devemos ter uma alternativa", disse.
Além disso, o ex-capitão brasileiro disse que é necessário estar preparado para possíveis mudanças no Mercosul. “O objetivo não é facilitar a esquerda para formar uma grande pátria bolivariana, mas abrir o marcador para o comércio com o mundo”, afirmou.
Israel impede relator especial da ONU de viajar para o território palestino! E todos ficam calados...
O ​​relator especial da ONU para os direitos humanos na Palestina, Michael Lynk, declarou, na quinta-feira (24), que Israel viola procedimentos e protocolos ao impedir que viaje para esse território árabe ocupado.
Como ele disse em uma conferência de imprensa na sede das Nações Unidas em Nova York, desde que começou seu trabalho nessa posição há três anos, toda primavera ele escreve para a missão de Israel em Genebra para solicitar uma visita ao território palestino, mas eles nunca respondem.
“Isso é uma violação dos procedimentos e protocolos, porque, como parte do meu trabalho, preciso conhecer a situação em primeira mão”, enfatizou.
“Mas tenho um plano B e, como Israel não responde aos meus pedidos, todos os anos vou a Amã, capital da Jordânia, e lá encontro-me com membros da Autoridade Palestina e da sociedade civil daquele território ilegalmente ocupado por Tel Aviv”.
O governo de Tel Aviv não cumpre com várias resoluções da ONU que pedem a interrupção da construção ilegal de assentamentos no território palestino e o término da ocupação.
Lyk também se referiu às violações dos direitos humanos em Tel Aviv, atacando a população palestina e aprisionando pessoas inocentes, como menores.
Além disso, ele se referiu a um conjunto de medidas de pressão, como declarações públicas diplomáticas, sanções comerciais e financeiras, proibições de voos, restrições de viagens e redução ou suspensão de auxílio. No caso de Israel permanecer impassível, observou o especialista, a comunidade internacional deve aplicar e escalar o alcance de suas contramedidas específicas.
Israel deve ser chamado a prestar contas, disse ele, e é urgente ter um banco de dados que responda aos negócios desse país e outras atividades ilegais no território palestino ocupado.
Estadunidenses vão marchar contra Trump! Grupos liberais dos EUA anunciaram a realização de várias marchas nos EUA para exigir um julgamento político contra o presidente Donald Trump.
O diretor da organização não governamental MoveOn, David Sievers, informa que as marchas incluirão Washington, a capital do país, disse que “as pessoas agem quando pensam que podem fazer a diferença e, durante muito tempo, grande parte da maioria silenciosa a favor do julgamento político achou que isso não iria acontecer”.
Sievers não especificou a data em que os protestos serão realizados, no entanto, ele indicou que eles poderiam ocorrer na noite anterior à Câmara dos Deputados fazer uma votação formal pelo processo de impeachment ou demissão do chefe da Casa Branca.
Atualmente, as comissões da câmara baixa realizam investigações, com a tomada de declarações, a portas fechadas, de vários funcionários do governo Trump.
A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, é quem promove o julgamento político e afirmou em várias ocasiões que Trump não está acima da lei, pela qual "ele terá que prestar 

Pesquisa norte-americana rebate OEA e afirma que não houve fraude em eleição boliviana

Pesquisa norte-americana rebate OEA e afirma que não houve fraude em eleição boliviana

Relatório do Center for Economic and Policy Research, com sede em Washington, sustenta que Estados Unidos e OEA são responsáveis por golpe na Bolívia por tentativa de boicotar vitória de Morales nas eleições
247 - Estudo feito pelo Center for Economic and Policy Research (CEPR), com sede em Washington, refutou a acusação da Organização dos Estados Americanos (OEA) de que houve fraude nas eleições da Bolívia que reelegeram o presidente Evo Morales. 
No último domingo, 10, Evo Morales foi vítima de um golpe de estado com atuação das Forças Armadas, de grupos militares e paramilitares e de líderes políticos de extrema-direita. Evo chegou nesta terça-feira, 132, ao México, onde recebu asilo político. 
De acordo com o levatamento do CEPR, no momento em que a contagem foi interrompia, marcando 83,85% das urnas apuradas, Morales já possuía grande vantagem com relação a seu opositor, Carlos Mesa. Além disso, uma projeção com os votos que ainda precisavam ser apurados, e constatou que o resultado era idêntico à porcentagem que o presidente eleito conquistou quando as urnas retornaram a contagem.
“As conclusões  desta projeção estatística são consistentes com os resultados oficiais  da contagem eleitoral na Bolívia (que mostra a vitória de Morales com  uma margem de 10,5 pontos percentuais)”, relata a pesquisa, que também conclui que os resultados da contagem oficial seguiram uma tendência  similar aos da contagem rápida.
Leia o documento na íntegra, em espanhol:
(*Com informações da Revista Fórum)

Destaques da noite no 247

Relatório rebate OEA e afirma que não houve fraude na eleição boliviana

Bolsonaro anuncia saída do PSL

Com Lula em liberdade, imagem negativa de Moro e Bolsonaro cresce, diz pesquisa

Presidente eleito da Argentina culpa Estados Unidos por golpe na Bolívia

MP de Bolsonaro aumenta jornada de trabalho de bancários e permite abertura de agência aos sábados

Joice levará power-point sobre a máquina de fake news do clã Bolsonaro

Bolsonaro acabou com DPVAT, seguro de acidentes de trânsito, para atacar Luciano Bivar

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