TSE DIZ QUE AÉCIO RECEBEU R$ 2 MILHÕES DA ODEBRECHT, MAS NÃO REGISTROU
Enquanto os tucanos tentam a todo custo abrir um processo sem provas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base no inconformismo da derrota nas urnas em 2014, o tribunal aponta irregularidades na prestação de contas do PSDB e a imprensa pouco fala sobre o assunto.
A relatora da prestação de contas da campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas eleições de 2014, no TSE, ministra Maria Thereza de Assis Moura, solicitou esclarecimento sobre 15 irregularidades detectadas nos documentos entregues ao tribunal. O pedido foi feito há duas semanas, mas só agora a imprensa teve acesso a detalhes do despacho do tribunal.
Entre os apontamentos, chama a atenção o repasse feito por Aécio de uma doação de R$ 2 milhões da Odebrecht ao PSDB. A transferência não foi registrada na prestação de contas.
"O comitê financeiro nacional para presidente da República do PSDB registrou em sua prestação de contas o recebimento de doação de R$ 2 milhões, efetuada pelo candidato, no entanto, não há o registro da transferência na prestação de contas", afirma o relatório técnico da Justiça Eleitoral. Pergunta: por que Aécio não registrou, isto é, omitiu a “doação" da Odebrecht?
Enquanto as doações de empreiteiras feitas ao PT são criminalizadas pela imprensa e alvo de investigações no Judiciário, as doações feitas a outros partidos não ganham o mesmo tratamento. A empreiteira é uma das investigadas na Operação Lava Jato e seu presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde 17 de julho.
Além da doação não registrada, o TSE encontrou também uma diferença entre o valor declarado pela campanha e o montante efetivamente doado pela construtora CONSTRUBASE. O candidato tucano recebeu R$ 1,75 milhão, mas declarou R$ 500 mil. Uma diferença de nada menos que R$ 575 mil.
Tucanos dizem que são "erros contábeis"
Das irregularidades detectadas pelo tribunal, pelo menos três foram consideradas infrações graves, como doações recebidas antes das prestações de contas parciais e que só foram registradas nas prestações finais, somando mais de R$ 6 milhões.
A relatora Thereza de Assis também questiona o fato de que a campanha tucana declarou R$ 3,9 milhões em doações estimáveis apenas na prestação de contas retificadora. Um valor muito alto para ser apontado apenas na retificadora.
Por meio de nota, o PSDB disse que as irregularidades apontadas nas doações feitas pela Odebrecht e Construbase são apenas "erros meramente contábeis".
www.vermelho.org.br com informações do Estadão
domingo, 6 de setembro de 2015
Mujica convida órfãos da guerra síria para morar na casa dele
Mujica convida órfãos da guerra síria para morar na casa dele
Por CdB em setembro 4, 2015
Por Redação, com agências internacionais – de Montevidéo
Ex-presidente do Uruguai e líder da esquerda latino-americana, José Mujica vive em um sítio nos arredores de Montevidéo. Mora em uma casa simples, mas espaçosa, com a mulher, a senadora Lucia Topolansky. Nesta sexta-feira, o casal comunicou aos canais competentes, junto ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que receberá 100 crianças que tenham ficado órfãs em consequência da guerra no Oriente Médio.
O presidente José Mujica dispensou o palácio presidencial para seguir morando em seu sítio, nos arredores de Montevidéo
A casa de Lucia e Pepe situa-se “de frente para a um rio, e está rodeada por um prado verdejante”, como a descrevem. Neste cenário, segundo Mujica, as crianças serão bem vindas para viver, estudar e crescer, a partir do final deste mês, segundo previsão da ACNUR. Foram também convidados um parente de cada menor abrigado, um tio, um primo, um irmão.
O ex-presidente, ícone da juventude de esquerda no Brasil e nos demais países da América Latina, estuda junto ao governo uruguaio um número exato de imigrantes, uma vez que seu país concordou na cobertura das despesas para o sustento do grupo.
Mais de 2 milhões de sírios têm fugido do país desde que, em março de 2011, teve início a guerra civil na região. Turquia, Jordânia e Líbano, países vizinhos, têm recebido o maior número de refugiados. Mais de 1 milhão no Líbano, cerca de 600 mil na Jordânia e 700 mil na Turquia. Alemanha e Brasil concederam, respectivamente, 10 e 2 mil vistos de imigração, até hoje.
Inicialmente, Mujica pensou em consultar o povo uruguaio sobre a admissão de imigrantes. Mas, devido à urgência, conversou com a esposa e ambos concordaram com o convite, de imediato, para os refugiados.
FHC entregou a Petrobras antes de sair candidato
03/09/2015 - Copyleft
FHC entregou a Petrobras antes de sair candidato
Paulo Henrique Amorim testemunhou a promessa de FHC, ex-ministro da Fazenda de Itamar, de 'entregar' a Petrobras ao FMI como garantia da dívida brasileira.
Luiz Carlos Azenha - Viomundo
Fomos correspondentes ao mesmo tempo, em Nova York. Ele, na Globo; eu, na TV Manchete. Na rede norte-americana CNN, ele me sucedeu como colaborador do programa World Report, que reproduzia reportagens de jornalistas estrangeiros baseados nos Estados Unidos. Temos o mesmo hábito: fazer anotações em blocos de notas sobre as conversas com entrevistados.
Pois Paulo Henrique Amorim, aos 50 anos de carreira, decidiu contar, a partir de suas anotações, os bastidores das coberturas jornalísticas que viveu.
Fez isso no livro O Quarto Poder — Uma Outra História, que será lançado na noite desta quinta-feira na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, a partir das 19h30m.
Poucos leitores, ouvintes e telespectadores se dão conta de que, na carreira de um repórter, mais da metade do que ele vê, ouve ou apura nunca é publicado, seja por falta de confirmação imediata, por desagradar editores ou patrões. Detalhes saborosos — às vezes essenciais — da notícia acabam morrendo ali, no bloco de anotações.
Tenho um exemplo pessoal: quando Bonn ainda era capital e a Alemanha Ocidental existia, fui até lá entrevistar o então embaixador dos Estados Unidos, Vernon Walters. Na Segunda Guerra Mundial, ele foi o oficial de ligação entre o Exército dos Estados Unidos — Walters era coronel — e os soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), despachados para lutar na Itália sob comando norte-americano.
Na entrevista, Walters foi só elogios à bravura e à capacidade dos soldados brasileiros. Desligada a câmera, passou a contar o “outro lado”: sem uniformes adequados para o inverno europeu e despreocupados com a guerra, os brasileiros acendiam fogueiras durante a noite para enfrentar o frio e ele tinha de despachar subordinados para explicar aos aliados que, com o fogo, se tornavam alvo fácil para a artilharia inimiga.
Em O Quarto Poder, Paulo Henrique narra episódios politicamente relevantes deste “outro lado”. Por exemplo, sobre seu vizinho de bairro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como se sabe, FHC fez mudanças importantes na Constituição durante seus dois mandatos.
Relembrando…
AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:
1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.
2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;
3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital;
4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação;
5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava Direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional.
Como registrado em O Quarto Poder, Paulo Henrique Amorim estava lá quando isso aconteceu.
Ele testemunhou a promessa de FHC, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, de “entregar” a Petrobras ao Fundo Monetário Internacional como garantia da dívida brasileira.
Paulo Henrique registrou as palavras elogiosas de Michel Camdessus, o francês que era diretor-gerente do FMI, ao Príncipe da Sociologia — e da Privataria.
Segundo o repórter, foi o que pavimentou o caminho de FHC rumo ao Planalto.
Outras anotações iluminam aquele momento em que as câmeras estão desligadas.
Uma delas traz a palavra “idiotas” para descrever herdeiros de um império ameaçado de morrer.
Noutra, “cafetão” é dito pelo cacique baiano Antonio Carlos Magalhães para descrever um ex-ministro que supostamente fazia o papel de arranjar namoradas para o chefe.
No vídeo acima, Paulo Henrique explica quem é quem nas anotações. E conta os bastidores de seu embate com o banqueiro Daniel Dantas, acusado pelo jornalista de mandar espioná-lo e à sua família.
Pois Paulo Henrique Amorim, aos 50 anos de carreira, decidiu contar, a partir de suas anotações, os bastidores das coberturas jornalísticas que viveu.
Fez isso no livro O Quarto Poder — Uma Outra História, que será lançado na noite desta quinta-feira na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, a partir das 19h30m.
Poucos leitores, ouvintes e telespectadores se dão conta de que, na carreira de um repórter, mais da metade do que ele vê, ouve ou apura nunca é publicado, seja por falta de confirmação imediata, por desagradar editores ou patrões. Detalhes saborosos — às vezes essenciais — da notícia acabam morrendo ali, no bloco de anotações.
Tenho um exemplo pessoal: quando Bonn ainda era capital e a Alemanha Ocidental existia, fui até lá entrevistar o então embaixador dos Estados Unidos, Vernon Walters. Na Segunda Guerra Mundial, ele foi o oficial de ligação entre o Exército dos Estados Unidos — Walters era coronel — e os soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB), despachados para lutar na Itália sob comando norte-americano.
Na entrevista, Walters foi só elogios à bravura e à capacidade dos soldados brasileiros. Desligada a câmera, passou a contar o “outro lado”: sem uniformes adequados para o inverno europeu e despreocupados com a guerra, os brasileiros acendiam fogueiras durante a noite para enfrentar o frio e ele tinha de despachar subordinados para explicar aos aliados que, com o fogo, se tornavam alvo fácil para a artilharia inimiga.
Em O Quarto Poder, Paulo Henrique narra episódios politicamente relevantes deste “outro lado”. Por exemplo, sobre seu vizinho de bairro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Como se sabe, FHC fez mudanças importantes na Constituição durante seus dois mandatos.
Relembrando…
AS CINCO MUDANÇAS CONSTITUCIONAIS PROMOVIDAS POR FHC:
1) Mudou o conceito de empresa nacional. A Constituição de 1988 havia estabelecido uma distinção entre empresa brasileira de capital nacional e empresa brasileira de capital estrangeiro. As empresas de capital estrangeiro só poderiam explorar o subsolo brasileiro (minérios) com até 49% das ações das companhias mineradoras. A mudança enquadrou todas as empresas como brasileiras. A partir dessa mudança, as estrangeiras passaram a poder possuir 100% das ações. Ou seja, foi escancarado o subsolo brasileiro para as multinacionais, muito mais poderosas financeiramente do que as empresas nacionais. A Companhia Brasileira de Recursos Minerais havia estimado o patrimônio de minérios estratégicos brasileiros em US$ 13 trilhões. Apenas a companhia Vale do Rio Doce detinha direitos minerários de US$ 3 trilhões. FHC vendeu essa companhia por um valor inferior a que um milésimo do valor real estimado.
2) Quebrou o monopólio da navegação de cabotagem, permitindo que navios estrangeiros navegassem pelos rios brasileiros, transportando os minérios sem qualquer controle;
3) Quebrou o monopólio das telecomunicações, para privatizar a Telebrás por um preço abaixo da metade do que havia gastado na sua melhoria nos últimos 3 anos, ao prepará-la para ser desnacionalizada. Recebeu pagamento em títulos podres e privatizou um sistema estratégico de transmissão de informações. Desmontou o Centro de Pesquisas da empresa e abortou vários projetos estratégicos em andamento como capacitor ótico, fibra ótica e TV digital;
4) Quebrou o monopólio do gás canalizado e entregou a distribuição a empresas estrangeiras. Um exemplo é a estratégica Companhia de Gás de São Paulo, a COMGÁS, que foi vendida a preço vil para a British Gas e para a Shell. Não deixou a Petrobrás participar do leilão através da sua empresa distribuidora. Mais tarde, abriu parte do gasoduto Bolívia-Brasil para essa empresa e para a Enron, com ambas pagando menos da metade da tarifa paga pela Petrobrás, uma tarifa baseada na construção do Gasoduto, enquanto que as outras pagam uma tarifa baseada na taxa de ampliação;
5) Quebrou o Monopólio Estatal do Petróleo, através de uma emenda à Constituição de 1988, retirando o parágrafo primeiro, elaborado pelo diretor da AEPET, Guaracy Correa Porto, que estudava Direito e contou com a ajuda de seus professores na elaboração. O parágrafo extinto era um salvaguarda que impedia que o governo cedesse o petróleo como garantia da dívida externa do Brasil. FHC substituiu esse parágrafo por outro, permitindo que as atividades de exploração, produção, transporte, refino e importação fossem feitas por empresas estatais ou privadas. Ou seja, o monopólio poderia ser executado por várias empresas, mormente pelo cartel internacional.
Como registrado em O Quarto Poder, Paulo Henrique Amorim estava lá quando isso aconteceu.
Ele testemunhou a promessa de FHC, ex-ministro da Fazenda de Itamar Franco, de “entregar” a Petrobras ao Fundo Monetário Internacional como garantia da dívida brasileira.
Paulo Henrique registrou as palavras elogiosas de Michel Camdessus, o francês que era diretor-gerente do FMI, ao Príncipe da Sociologia — e da Privataria.
Segundo o repórter, foi o que pavimentou o caminho de FHC rumo ao Planalto.
Outras anotações iluminam aquele momento em que as câmeras estão desligadas.
Uma delas traz a palavra “idiotas” para descrever herdeiros de um império ameaçado de morrer.
Noutra, “cafetão” é dito pelo cacique baiano Antonio Carlos Magalhães para descrever um ex-ministro que supostamente fazia o papel de arranjar namoradas para o chefe.
No vídeo acima, Paulo Henrique explica quem é quem nas anotações. E conta os bastidores de seu embate com o banqueiro Daniel Dantas, acusado pelo jornalista de mandar espioná-lo e à sua família.
Créditos da foto: reprodução
Morre, no Rio, o historiador Joel Rufino dos Santos
Morre, no Rio, o historiador Joel Rufino dos Santos
Por CdB em setembro 4, 2015
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
O historiador, escritor e professor Joel Rufino dos Santos faleceu nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, aos 74 anos. Ele teve complicações após uma cirurgia cardíaca no inicio deste mês e não resistiu. Autor de mais de 50 livros de ficção e não-ficção, Rufino escrevia para adultos, jovens e crianças, ganhou alguns prêmios por sua literatura e foi indicado mais de uma vez ao Prêmio Hans Christian Andersen, o nobel da literatura infantil.
O historiador, escritor e professor Joel Rufino dos Santos
O ativismo de Rufino no movimento negro foi destacado pela presidenta da Ong Crioula e membro Conselho Nacional de Igualdade Racial), Lucia Xavier. “O papel que ele exerceu, tanto do ponto de vista intelectual como político, nos últimos trinta anos, foi muito importante. Construiu novos instrumentos para trabalhar as culturas afro-brasileiras, e marcou sua vida política contra o racismo, apresentando novos estudos, mas também trazendo à tona temas do nosso interesse, e que modificavam o modo de pensar da sociedade brasileira” comentou. “Acima de tudo, ele era um ativista das causas humanas, fará muita falta na nossa vida”.
Lucia lembrou que, no mês passado, Rufino salvou a vida de um ladrão que era linchado em plena Copacabana, zona sul do Rio, incidente que foi noticiado na imprensa.
Desde fevereiro, Rufino trabalhava no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) como diretor-geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento. Na sua gestão, foram realizadas iniciativas inovadoras, como a dramatização do desenforcamento de Tiradentes e um baile charme no próprio tribunal.
O presidente do Tribunal, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho disse que a morte de Rufina é grande perda para os meios intelectuais e professores. “Uma alma generosa. Vamos guardar do professor os melhores exemplos. A nós, Joel Rufino vai deixar a semente do seu exemplo, de um homem dedicado ao humanismo e causa pública”.
Em abril, o historiador participou da 2ª Bienal do Livro de Brasília em que foi um dos debatedores sobre a diáspora africana e a construção do país.
Nascido em Cascadura, Zona Norte, ele era filho de pernambucanos. Cursou História na antiga Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, onde começou a sua carreira de professor. Foi um dos co-autores da História Nova do Brasil, um marco da historiografia brasileira. Durante a ditadura militar, exilou-se na Bolívia e depois no Chile. Voltou ainda na ditadura clandestino e foi preso três vezes. As cartas que escreveu na prisão foram transformadas no livro Quando eu voltei, tive uma surpresa, em 2000.
Com a Lei da Anistia, foi reintegrado ao Ministério da Educação e convidado a dar aulas na graduação da Faculdade de Letras e, posteriormente, na pós-graduação da Escola de Comunicação, UFRJ. Obteve da Universidade os títulos de “Notório Saber e Alta Qualificação em História” e “Doutor em Comunicação e Cultura”. Recebeu também, do Ministério da Cultura, a comenda da Ordem do Rio Branco, por seu trabalho pela cultura brasileira.
O corpo de Joel Rufino dos Santos foi cremado, em cerimônia reservada a parentes. Rufino deixa a esposa Teresa Garbayo dos Santos, os filhos Nelson e Juliana e os netos Eduardo, Raphael, Isabel e Victoria.
Pré-sal alcança seu primeiro milhão de barris/dia
Pré-sal alcança seu primeiro milhão de barris/dia
Nenhum jornalão deu a notícia com destaque.
Afinal, é notícia sem importância, né?
E se dermos muita atenção à ela, é capaz do povo brasileiro voltar a respeitar o trabalho da Petrobrás, e isso é uma coisa que não pode acontecer.
O povo tem de odiar a Petrobrás.
Tem de achá-la um covil de ladrões, de incompetentes, e que o melhor a fazer é entregá-la, de graça, aos americanos, estes sim, inteligentes, honestos e competentes.
O golpe contra o pré-sal, já falei em outros posts, é a luta do século.
Por isso eles agem com tanto desespero para derrubar Dilma.
Querem se aproveitar do momento, usar as conspirações judiciais, para comprar barato nossas reservas e controlar as atividades relacionadas à bilionária indústria do petróleo.
Querem controlar o próprio ritmo da produção nacional de petróleo.
Se fizeram tantas guerras para isso, se torraram trilhões de dólares, porque permaneceriam parados diante da riqueza do Brasil?
A falta de visão do nosso próprio empresariado, faz com que ele não entenda que, sem o controle estatal sobre nosso petróleo, o Brasil perderia um instrumento geopolítico fundamental para fechar grandes acordos comerciais com o resto do mundo.
Quanto à nossa mídia, já sabemos que ela é um braço político do interesse imperialista e não possui uma gota de compromisso com nossa soberania.
A notícia sobre o primeiro milhão do pré-sal, porém, deveria ser a manchete em todos os jornalões, porque é o sinal que precisávamos para mostrar ao mundo que a nossa economia tem fundamentos sólidos e já caminha para um processo de retomada do crescimento.
***
Um milhão de barris por dia. O pré-sal já chegou lá, apesar dos urubus
Por Fernando Brito, no Tijolaço.
POR FERNANDO BRITO · 02/09/2015
Não tem manchete para registrar.
Muito pouca gente escreveu que estava para acontecer, apesar de estar diante dos olhos de todos, como mostrou este Tijolaço há um mês.
Mas assim, quase em silêncio e com muito trabalho e capacidade técnica, a Petrobras chegou à marca de um milhão de barris de petróleo e gás na camada pré-sal do nosso leito marinho, nas contas fechadas para o mês de julho.
Exatos 1,0041 milhão de barris na medição do “óleo equivalente” – que considera a capacidade energética do gás natural que vem associado ao petróleo.
Foram 812,1 mil barris diários, em média, de petróleo e 30,5 milhões de m³ de gás.
Em julho do ano passado eram 480,8 mil barris/dia de petróleo e 16,2 milhões de metros cúbicos de gás natural, equivalentes, no total, a 582 mil barris diários.
69% a mais de petróleo; 88% a mais de gás natural e, na soma dos dois, um crescimento de 72,3% em apenas um ano.
E isso não tem óleo nem de Libra, nem de Beija-Flor (antes chamado de Franco)os dois mega campos em desenvolvimento.
Não existe, em todo o mundo, nenhuma área de extração de petróleo em que a produção cresça nestes volumes e nestas taxas.
É disso que vamos “aliviar” a Petrobras?
São estes os investimentos que devemos cortar para melhorar o “fluxo de caixa”?
Até mesmo o endividamento da empresa – necessário para o volume de investimento exigido na epopéia do pré-sal – tem de ser considerado levando em conta a perspectiva de gigantescas quantidades de óleo que o pré-sal, do dia, vem provando que possui.
É preciso ser muito tolo para dizer que “há dúvidas sobre a viabilidade do pré-sal”.
É preciso ser muito tolo para dizer que “há dúvidas sobre a viabilidade do pré-sal”.
Tolo ou traidor de sua pátria e de seu povo.
Quem é contra a moralização?
Temos que pôr um fim ao financiamento de campanhas políticas por empresas e à concessão de benefícios fiscais, bases do gigantesco esquema de corrupção que impera no Brasil.
Em peso, PSDB votou contra o fim do financiamento privado
![]() ![]() Em peso, PSDB votou contra o fim do financiamento privado
EM PESO, PSDB VOTOU CONTRA FIM DE DOAÇÕES PRIVADAS
Liderados por José Serra, Aécio Neves e Aloysio Nunes, todos os senadores tucanos votaram contra a emenda apresentada ao projeto de lei da reforma política, na noite desta quarta-feira, que previa o fim do financiamento de empresas privadas a campanhas eleitorais; em discurso em que orientou a bancada e explicava seu ponto de vista, Serra cometeu ato falho sobre o financiamento privado: "ruim sem ele, pior com ele"; Aloysio definiu como "história da carochinha" a tese de que a corrupção vem do financiamento de campanha; irritado com os resultados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai tentar reverter decisões de ontem e retomar o texto original que havia sido aprovado pelos deputados
3 DE SETEMBRO DE 2015 ÀS 13:54
247 – Liderada por José Serra (SP), Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), a bancada do PSDB no Senado votou em peso contra o fim do financiamento de empresas privadas a campanhas eleitorais na noite desta quarta-feira 3. A proposta constava em uma emenda apresentada ao projeto de lei da reforma política e acabou sendo aprovada por 36 votos a 31. O texto agora segue de volta para a Câmara.
No discurso em que orientou a bancada a votar contra o fim das doações privadas e justificava seu posicionamento, Serra cometeu ato falho sobre o financiamento empresarial: "ruim sem ele, pior com ele". Aloysio definiu como "história da carochinha" a tese de que a corrupção vem do financiamento de empresas privadas (assista aqui trecho de seu discurso).
O líder dos tucanos, senador Cássio Cunha Lima (PB), atacou o PT em seu discurso contra a proposta. "Perdoem a dureza da palavra, mas quem está criminalizando é quem praticou o crime de extorsão, lavando dinheiro como doação de campanha, e depois lavou de novo com uso de empresas fantasmas para sobrar algum. Agora querem criminalizar? É muita ingenuidade achar que vamos cair nessa armadilha", criticou. Segundo ele, sem doação de empresas, recursos podem ser repassados por pessoas físicas a sindicados e movimentos sociais aparelhados "por baixo do pano".
O discurso de Cunha Lima irritou os petistas, que rebateram acusando os tucanos de terem iniciado o esquema de uso de desvios de recursos empresariais, no chamado mensalão tucano. Segundo Jorge Viana (PT-AC), defensor do fim das doações empresariais, hoje, financiamento privado de campanhas virou sinônimo de escândalo de corrupção. "Querer botar na conta do PT os escândalos de relação de empresários com campanhas? Quem criou o mensalão mineiro para financiar partido em 2005 foi o PSDB. Nós fomos copiar o PSDB e nos demos muito mal", disse.
Irritado com os resultados das votações dos destaques de ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vai tentar reverter as decisões e retomar o texto original que havia sido aprovado pelos deputados. Além do fim do financiamento empresarial, item que mais irritou Cunha, os senadores aprovaram uma nova regra que, na prática, põe fim às coligações partidárias em eleições proporcionais, contra proposta que havia sido aprovada na Câmara.
Também foram aprovados no Senado a abertura de uma janela para mudanças de partido 13 meses antes das eleições; novas regras para participação de candidatos em debates de rádio e TV; restrições ao uso de carros de som e materiais de campanha; limitações às pesquisas; e fim da exigência de domicílio eleitoral para candidaturas. Para Cunha, os senadores não cumpriram o acordo de não modificar o texto aprovado pelos deputados para que, em troca, a Câmara aprovasse, quando recebesse a matéria de volta, as propostas apresentadas pelo Senado à matéria.
Confira aqui como votou cada senador sobre o financiamento empresarial de campanhas.
|
2 pessoas
Mostrar detalhes
|
Assinar:
Postagens (Atom)