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Cuba socialista sediará de 15 a 17 de julho a 24ª reunião do Foro de São Paulo, que contará com a presença de mais de uma centena de partidos políticos e movimentos políticos e sociais de esquerda e progressistas da América Latina e Caribe e dezenas de organizações da Europa, Ásia, África e da América do Norte.
Esta 24ª edição do Foro de São Paulo terá como dois principais protagonistas - embora fisicamente ausentes - seus dois principais fundadores: Luiz Inácio Lula da Silva e Fidel Castro.
A reunião abordará, entre outros temas, o combate ao regime golpista do Brasil. Erguerá bem alto a bandeira da libertação do presidente Lula da prisão política a que está submetido há mais de cem dias e por seu direito a ser candidato a presidente da República.
A libertação de Lula e sua candidatura correspondem às mais sentidas aspirações do povo brasileiro. O Partido dos Trabalhadores e o Partido Comunista do Brasil, forças integrantes do Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo, levarão aos partidos irmãos da América Latina e do mundo em Havana a contundente denúncia da fraude que está sendo tramada no Brasil, o intento de realizar eleições de cartas marcadas, excluindo o maior líder popular e progressista do gigante do Cruzeiro do Sul. Não há dúvida de que calará fundo entre as forças de esquerda e progressistas que se reunirão em Havana a ideia de que as eleições sem Lula serão uma fraude.
Uma das principais sessões de trabalho da 24ª reunião do Foro de São Paulo será dedicada ao pensamento e à obra do comandante da Revolução cubana, Fidel Castro, a maior liderança das forças de esquerda e progressistas latino-americanas e caribenhas do século 20 e inícios do século 21. Sendo o espaço da unidade das forças progressistas e de esquerda da América Latina e Caribe e da luta por transformações políticas e sociais profundas, o Foro de São Paulo é a materialização do pensamento e da ação de Fidel.
Criado em julho de 1990, numa reunião em São Paulo, por inspiração e orientação de Fidel e Lula, então presidente do Partido dos Trabalhadores, o Foro de São Paulo é uma articulação das forças progressistas e de esquerda de toda a América Latina e do Caribe, que atrai e mobiliza as atenções de toda a esquerda mundial.
Quando o Foro de São Paulo foi fundado, o mundo vivia o auge da contrarrevolução que resultou na derrocada dos países socialistas, e quando estava a pleno vapor a ofensiva do imperialismo estadunidense e da reação mundial contra a democracia, os direitos populares e a soberania nacional.
Ao longo destes quase 30 anos, o Foro de São Paulo afiançou-se como a maior e mais duradoura articulação de forças de esquerda do mundo. Vincou seu caráter de força propulsora da luta anti-imperialista, dinamizou a luta contra o neoliberalismo, a democracia, os direitos dos povos, a soberania nacional, a integração regional, a paz mundial e o socialismo, nas condições peculiares da época e resguardadas as situações nacionais específicas.
A existência deste Foro há quase 30 anos reflete a luta pela unidade das esquerdas e forças progressistas, como condição indispensável para levar adiante estes combates no plano regional, em articulação com a esquerda no plano internacional.
A reunião de Havana decerto ratificará a condição do Foro de São Paulo como ferramenta da esquerda latino-americana na luta contra o neoliberalismo, de fiador da unidade, um espaço em que se encontram partidos políticos e movimentos sociais, num ambiente de diversidade política e ideológica, de intercâmbio e debate, de luta de ideias e formulação de plataformas capazes de desatar a energia criadora das massas populares nas lutas pela emancipação nacional e social dos trabalhadores, povos e nações da região.
Todas as vitórias políticas alcançadas na América Latina e Caribe nos últimos anos, desde 1998, quando pela primeira vez o comandante Hugo Chavez se elegeu presidente da Venezuela, inaugurando a Revolução Bolivariana, passando pela eleição do presidente Lula no Brasil em 2002 e as subsequentes vitórias das forças progressistas brasileiras, assim como a instauração de governos progressistas em mais de uma dezena de países latino-americanos e caribenhos, trazem a marca indelével das formulações programáticas e ação prática dos partidos membros do Foro de São Paulo.
No atual momento, a esquerda encontra-se diante de grandes desafios, tendo sempre presente o pressuposto da unidade. A humanidade está sob uma escalada de ameaças, do uso da força, golpes de novo tipo, militarização, corrida armamentista, proliferação de bases militares e intervenções.
Na região, está em curso uma onda contrarrevolucionária cujo escopo é a derrocada dos governos progressistas. A América Latina se encontra hoje submetida a uma intensa contraofensiva imperialista, que tem como objetivos mais específicos derrocar os governos da Venezuela, Nicarágua e Bolívia, além da tentativa de sufocar a Revolução cubana através do bloqueio. Tudo isto protagonizado pelo imperialismo estadunidense, que destrói países, saqueia os recursos naturais dos povos, ocupa territórios, fomenta o terrorismo de Estado e intenta sufocar as experiências democrático-populares em construção na América Latina.
Neste quadro, a 24ª reunião do Foro de São Paulo será um marco nos esforços para asseegurar a unidade das forças progressistas e de esquerda e avançar na elaboração programática estratégica. Nesse sentido, ganha relevo o documento Consenso de Nossa América, que já passou pelo crivo de profundos debates em reuniões anteriores do Foro.
A região da América Latina e Caribe vive uma encruzilhada histórica. Ou avança no sentido de ampliar, intensificar e aprofundar os processos de luta por mudanças estruturais democráticas, ou retrocederá, sucumbindo às políticas neocolonialistas e opressivas do imperialismo e das classes dominantes. As forças de esquerda não podem nem devem enveredar pelo caminho da cedência, da conciliação, da falta de vigilância, nem se desarmar política e ideologicamente perante a ofensiva brutal do inimigo.
O momento requer resistência e luta e sobretudo, que se deem passos seguros no sentido de estabelecer a hegemonia das forças de esquerda nos terrenos eleitoral e nas lutas de massas, na direção de movimentos sindicais, juvenis, femininos e populares, para o que é indispensável uma acertada política de alianças, ampla, com as necessárias demarcações perante forças que se apresentam como centristas sendo na essência retrógradas e de direita.
É ainda indispensável o protagonismo da esquerda na luta de ideias, com a ocupação de espaços nos meios de comunicação, a criação de veículos próprios e atuação nas redes sociais, simultaneamente ao combate ao monopólio dos grupos privados.
A 24ª reunião do Foro de Sao Paulo rechaçará as campanhas desestabilizadoras contra a Venezuela, Nicarágua e o bloqueio a Cuba.
Neste quadro complexo, a reunião de Havana do Foro de São Paulo desempenhará um importante papel na criação de uma nova onda antineoliberal e anti-imperialista e na construção de estratégias de unidade.
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"
Minha filha de 21 anos desceu a escada correndo e gritando: "A Croácia tem que ser eliminada da Copa! Eles estão fazendo apologia do nazismo"! E ela tem razão. Um dos integrantes da comissão técnica já foi expulso da Rússia por isso. Essa seleção já entrou em campo com uma enorme suástica durante a Eurocopa. Leia na coluna do Juca Kfouri que "croatas seguem enaltecendo o nazismo na Rússia". Não importa se ela tem bons jogadores ou que mereça vencer em campo, ela tem que ser impedida de continuar enaltecendo um regime criminoso que matou milhões e milhões de crianças, jovens, adultos e anciãos em câmaras de gás apenas por serem judeus, gays ou ciganos. Pessoas que enaltecem assassinatos em massa, que fazem apologia do genocídio têm que ser excluídas de ambientes civilizados porque só assim é possível estancar a disseminação do ódio. Quando o tal do Vida, aquele jogador croata que usa um rabo de cavalo fez saudações à Ucrânia depois de fazer um gol, eu estremeci. Eu sou ucraniano e sei o que aconteceu na terra em que nasci. Os ucranianos se aliaram covardemente aos nazistas invasores. E adotaram os seus métodos e noções idiotas como a da "raça pura". Na pequena cidade em que eu morava, Drogobytch foi erguido um campo de extermínio, que não ficou tragicamente célebre como os da Polônia e da Alemanha, mas onde foram assassinados todos os judeus que moravam lá. Dentre eles, um brilhante escritor chamado Bruno Schultz, considerado por muitos críticos o Kafka da Ucrânia. Quando Vida gritou "glória à Ucrânia" estava glorificando genocidas. Mais do que isso, estava desejando a volta de genocidas. Não podemos permitir que aconteça de novo. Não passarão.
ZANIN: ABSOLVIÇÃO DE LULA REVELA ILEGALIDADE NA CONDENAÇÃO PELO TRIPLEX
Defesa de Lula destaca que a sentença que absolveu Lula nesta quinta-feira 12 por obstrução à Justiça no caso Nestor Cerveró "evidencia ainda mais o caráter ilegítimo das decisões que o condenaram no caso do tríplex"; "Enquanto o juiz de Brasília, de forma imparcial, negou valor probatório à delação premiada de Delcídio do Amaral por ausência de elementos de corroboração, o juiz de Curitiba deu valor absoluto ao depoimento de um corréu e delator informal para condenar Lula", afirma o advogado Cristiano Zanin Martins
247 - A defesa do ex-presidente Lula destacou em nota que a sentença que absolveu Lula nesta quinta-feira 12 por obstrução à Justiça no caso Nestor Cerveró "evidencia ainda mais o caráter ilegítimo das decisões que o condenaram no caso do tríplex".
"Enquanto o juiz de Brasília, de forma imparcial, negou valor probatório à delação premiada de Delcídio do Amaral por ausência de elementos de corroboração, o juiz de Curitiba deu valor absoluto ao depoimento de um corréu e delator informal para condenar Lula", afirma o advogado Cristiano Zanin Martins.
Inscreva-se na TV 247 e assista ao comentário de Zanin. Abaixo, leia a íntegra da nota:
Justiça de Brasília absolve Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi absolvido hoje (12/07) da acusação do crime de obstrução de justiça (art. 2º, §1º, da Lei nº 12.850/2013). A sentença foi proferida pelo juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª. Vara Federal Criminal de Brasília.
O juiz reconheceu que "há deficiência probatória para sustentar qualquer juízo penal reprovável" por parte de Lula, afastando a acusação de que Lula teria tentado impedir ou modular a delação premiada de Nestór Cerveró, ex-diretor da Petrobras.
A defesa do ex-Presidente Lula sempre demonstrou que a acusação se baseou em versão criada por Delcídio do Amaral para obter benefícios em acordo firmado com o Ministério Público Federal. Durante o processo, Cerveró, assim como as demais testemunhas ouvidas — de acusação e defesa —, jamais confirmaram qualquer participação de Lula em atos objetivando interferir na delação premiada do ex-diretor da petrolífera.
A inexistência de prova de culpa foi reconhecida pelo MPF, que também pediu a absolvição de Lula em suas alegações finais.
A sentença absolutória proferida em favor de Lula nesta data evidencia ainda mais o caráter ilegítimo das decisões que o condenaram no caso do tríplex. Enquanto o juiz de Brasília, de forma imparcial, negou valor probatório à delação premiada de Delcídio do Amaral por ausência de elementos de corroboração, o juiz de Curitiba deu valor absoluto ao depoimento de um corréu e delator informal para condenar Lula.
Espera-se que a Justiça também prevaleça no caso do tríplex, para restabelecer a liberdade plena de Lula e também para reverter a decisão condenatória lá proferida com base unicamente em depoimento de corréu interessado em fechar acordo com o Ministério Público Federal em busca de benefícios.
JUSTIÇA DO DF ABSOLVE LULA POR OBSTRUÇÃO À LAVA JATO
Juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, considerou Lula inocente, por falta de provas, sobre um suposto esquema para a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; o magistrado considerou que não dava para condenar Lula baseado apenas na fala de um delator (Delcídio Amaral) e que houve "clara intenção" de preparar o flagrante para depois oferecer provas ao MPF, e mesmo assim elas foram "deficientes"
Brasília 247 - O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da acusação de obstrução da Justiça na Lava Jato em um processo sobre um suposto esquema para a compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Segundo o magistrado, "o áudio captado não constitui prova válida para ensejar qualquer decreto condenatório". Leite também considerou que não dava para condenar Lula baseado apenas na fala de um delator e que houve "clara intenção" de preparar o flagrante para depois oferecer provas ao Ministério Público. "Mesmo assim, a prova fornecida foi deficiente", concluiu.
Além de Lula também foram absolvidos no mesmo processo o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), Diogo Ferreira, ex-chefe de gabinete de Delcídio, Edson Siqueira de Ribeiro Filho, ex-advogado de Cerveró, o banqueiro André Esteves, o pecuarista José Carlos Bumlai, além de seu filho, Maurício Bumlai.
Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) já havia solicitado a absolvição de Lula afirmando que "a situação de Lula como sendo o chefe dessa operação de obstrução à Justiça não resultou comprovada".
O processo contra Lula foi aberto com base na delação premiada de Delcídio que afirmou que, em maio de 2015, Lula teria manifestado estar preocupado com Bumlai, sendo necessário "segurar" um acordo que Cerveró teria feito com o pecuarista. O esquema teria movimentado cerca de R$ 250 mil. Segundo o procurador Ivan Claudio Marx, esta não foi "a única inverdade narrada pelo 'colaborador' Delcídio".
Para a defesa de Lula, os depoimentos "demonstraram, de forma clara e absoluta, ser fantasiosa a versão apresentada por Delcídio do Amaral em seu acordo de colaboração premiada".