sábado, 25 de abril de 2020

Os destaques da noite no 247

PF identifica Carlos Bolsonaro como chefe do esquema de fake news nas redes sociais

Rui Falcão pede à PGR que investigue crimes confessados por Moro

Requião: provas apresentadas por Moro são suficientes para colocá-lo na cadeia

Em busca de apoio do centrão, Bolsonaro entrega comando de banco público a alvo da Lava Jato

Lula: Bolsonaro é cria do Moro e os dois são bandidos

Ivan Lins: Bolsonaro tem um problema psíquico forte

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un está em estado vegetativo, diz imprensa asiática

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Equipe 247

Leo ao quadrado : Dirceu diz que é preciso afastar Bolsonaro para evitar o golpe

https://www.youtube.com/watch?v=4CGVtH9mzns

Lula já esclarecia tudo sobre o falso processo contra ele e as mentiras de Moro e Dallangnol

https://www.youtube.com/watch?v=Rxuxr4fM6Tw&feature=push-sd&attr_tag=t3XsqOb6XBp5nmmh%3A6

Requião: provas apresentadas por Moro são suficientes para colocá-lo na cadeia

Requião: provas apresentadas por Moro são suficientes para colocá-lo na cadeia

Do Blog do Esmael - O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente da Frente Ampla pela Soberania, pelo Twitter, pediu neste sábado (25) que as autoridades judiciárias investiguem o ‘pixuleco’ que o ex-ministro Sérgio Moro exigiu para entrar no governo Jair Bolsonaro (sem partido).
“Moro não pediu demissão, foi banido, escorraçado, defenestrado do governo”, afirmou o emedebista. “Resta saber como recebe a grana, o estipêndio, o seguro de cargo, o pixuleco que exigiu ao entrar”, exigiu Requião.
"Se Moro -parte do governo até agora- tem provas suficientes para impichar Bolsonaro, estas provas também seriam suficientes para po-lo -a ele, Moro - na cadeia", escreveu Requião.
Em sua coletiva à imprensa, na manhã de ontem (24), o ainda ministro da Justiça confessou ao Brasil:
“Tem uma única condição que eu coloquei – não ia revelar mas agora acho que não faz mais sentido manter segredo. Isso pode ser confirmado tanto pelo presidente como pelo general Heleno. Eu disse que, como estava abandonando 22 dois anos da magistratura – contribui 22 anos para a Previdência e perdia, saindo da magistratura, essa Previdência -, pedi, já que nós íamos ser firmes contra a criminalidade, especialmente a criminalidade organizada, que é muito poderosa, pedi que se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada, sem uma pensão. Foi a única condição que eu coloquei para assumir essa posição específica no MJ.”
“Fui deputado estadual pelo Paraná, prefeito de Curitiba, três vezes governador do estado e duas vezes senador. Hoje conto com uma aposentadoria pelo INSS de R$2.700 ao mês. Bom mesmo, depois de todo esse trabalho, seria uma aposentadoria igual a que Bolsonaro e Heleno garantiram a Moro”, afirmou.
O ex-senador analisou que as provas de Moro são suficientes para desencadear o impeachment de Bolsonaro e, em efeito bumerangue, de colocar o ex-juiz da Lava Jato na cadeia.
Moro acusou o presidente Bolsonaro de interferir nas investigações da Polícia Federal e de tentar influenciar em inquéritos no STF com o intuito de blindar seus filhos e interesses particulares, alheios aos interesses da República. Em resposta, Bolsonaro denunciou seu ex-ministro da Justiça de chantageá-lo por uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
“Quem participa do governo Bolsonaro não se diferencia dele em nada, quer seja militar, quer seja civil. Moro é Bolsonaro, e Bolsonaro é Moro. É triste, mas é assim”, observou Requião.
“Sérgio moro aprendeu que não vale a pena apoiar o fascismo. Isso só é interessante quando se é o fascista-mor, se não, rua”, interpretou o presidente da Frente Ampla.
Para Requião, Bolsonaro e Moro é cara de um e focinho do outro: ‘assim como Moro interferia na Polícia Federal, evitando a soltura de Lula, o mesmo iria fazer Bolsonaro [interferir nas investigações na PF e no STF]’.
“Moro durante este ano e meio foi parceiro inarredável de Bolsonaro e de todos absurdos cometidos pelo desgoverno”, disse Requião. “Não passou de tutor dos filhos malucos e mandalete do chefe”, completou.


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PF identifica Carlos Bolsonaro como chefe do esquema de fake news nas redes sociais

PF identifica Carlos Bolsonaro como chefe do esquema de fake news nas redes sociais

247 - A Polícia Federal identificou o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, como um dos articuladores da esquema criminoso de disseminação de fake news e ataques a autoridades, no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 
Segundo o jornalista Leandro Colon, da Folha de S. Paulo, dentro da Polícia Federal, não há dúvidas de que Bolsonaro pressionou o ex-diretor da PF Mauricio Valeixo, homem de confiança do ex-ministro Sérgio Moro, porque tinha ciência de que a corporação havia chegado ao seu filho.
"Carlos é investigado sob a suspeita de ser um dos líderes de grupo que monta notícias falsas e age para intimidar e ameaçar autoridades públicas na internet. A PF também investiga a participação de seu irmão Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP", afirma Colon. 
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Bolsonaro é acusado de dificultar combate à corrupção


Bolsonaro é acusado de dificultar combate à corrupção

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Foto: Dida Sampaio/Estadão
Os mecanismos de controle e combate à corrupção foram criados em rede no Brasil e, pouco a pouco, o presidente Jair Bolsonaro tem tentado desfazer esse sistema ao enfraquecer pontos nevrálgicos – como a Polícia Federal. A avaliação é da especialista em desenho institucional de combate à corrupção, Raquel de Mattos Pimenta. “Hoje Sérgio Moro fez algo importante que é chamar a atenção para essa forma de desfazimento da rede de accountability. Um ataque à Polícia é importante para o avanço em um projeto mais autoritário”, afirma Raquel ao Estado.
Pesquisadora de pós-doutorado na FGV, Raquel de Mattos Pimenta passou temporada na Yale Law School, onde conheceu a economista Susan Rose-Ackerman, referência mundial no estudo da corrupção. Seu trabalho nos Estados Unidos, orientado por Rose-Ackerman, fez parte da tese de doutorado em direito econômico e economia política defendida na Faculdade de Direito da USP, sobre o assunto. Além de Yale, a brasileira foi pesquisadora na Universidade de Georgetown, na capital dos Estados Unidos, e tem desenvolvido pesquisas sobre corrupção em coautoria com Susan Rose-Ackerman, inclusive sobre a Operação Lava Jato. Abaixo os principais pontos da entrevista:
O que o episódio do embate entre Moro e Bolsonaro significa para política de controle da corrupção?
Tenho estudado a emergência do legalismo autocrático – que são governos que assumem democraticamente o poder mas que têm que tem o projeto autoritário de fundo. Uma das coisas comum nessa literatura, que vai desde o livro ‘Como as democracias morrem’ até outros autores mais preocupados com o papel do direito nisso tudo, é: independentemente da matriz política, quando líderes autoritários chegam no governo uma das primeira evidências de que são líderes autocráticos é o fato de ficarem o tempo todo desafiando as instâncias de controle.
Há um outro lado nisso que é a história brasileira, de 30 anos de construção do que chamamos de rede de accountability (controle), uma construção com dificuldades, com momentos muito importantes – como o momento constitucional e depois uma série de leis. No Brasil, o controle é feito de forma compartilhada, em rede. Então, a Polícia Federal depende do Ministério Público Federal, que depende dos juízes, que depende da livre informação circulando para alimentar também PF e MPF. Tem toda uma teoria sobre como nossa rede funciona de forma compartilhada. Existem problemas entre esses órgãos – bate cabeça, brigas, não é uma relação harmoniosa, mas é uma relação que foi produzindo resultados.
Juntando uma coisa com a outra, de onde estou vendo, a tentativa do Bolsonaro é enfraquecer vários pontos dessa rede e criar um certo desfazimento institucional a partir de pontos nevrálgicos. Vemos isso nas indicações que ele fez e nas confusões do Coaf, por exemplo. Um dos pontos nevrálgicos dessa rede é a Polícia Federal. A PF é também uma das instituições que mais precisa ser colaborativa com o resto da rede, porque a PF em si precisa da autorização para agir, do apoio do Executivo com recursos financeiros, recursos humanos.
Fazer interferência política na PF é, portanto, mais um passo de desfazimento da rede de controle?
Se você atinge a PF você consegue atingir toda a rede de accountability, e não é primeira vez que o Bolsonaro está nessa tentativa, já vimos a história da Superintendência do Rio de Janeiro ano passado. É este o movimento que estamos vendo agora.
O Moro emprestou a legitimidade dele para o governo Bolsonaro e a popularidade que ele tinha. Hoje Moro fez algo importante que é chamar a atenção para essa forma de desfazimento da rede de accountability. Esse ataque na polícia é importante para o avanço em um projeto mais autoritário. O Moro ficou muito dúbio por algum tempo, aceitou muitas atitudes do Bolsonaro, talvez com esperança de que pudesse no futuro fazer avanços importantes para a política de combate à corrupção, mas hoje ele nos ajudou a ver o que o Bolsonaro quer fazer.
Há um marco temporal de quando isso começou?
Parece que nunca existiu um projeto enraizado e verdadeiro do Bolsonaro de construção das instituições de controle. Talvez o desfazimento viesse desde o começo, mas há pontos que começam a deixar muito claro e menciono dois episódios. A indicação do Procurador-geral da República, fora da lista tríplice, que é uma garantia de independência. O episódio que acontece com a superintendência do Rio de Janeiro, e aí o Moro ter sua responsabilidade por ser o Ministro da Justiça. Outros episódios que me vem: o STF e o Coaf em uma certa briga, provocada pelo filho do presidente, pelo Flávio Bolsonaro, e também a perda do Coaf para o Ministério da Economia.
O que é interessante no método do Bolsonaro é que ele não está falando de nenhuma forma em desfazer a instituição do tipo: vou editar uma nova norma e vou acabar com a polícia ou com o MP. Esse não é o método de operação desse governo. São os avanços e recuos. Agora tivemos mais um exemplo da tentativa de desfazimento da rede: em plena crise do coronavírus vem uma MP para limitar os pedidos feitos com base na lei de acesso à informação muito além do que era necessário para a pandemia. Se tomarmos esses episódios todos como sinal de algo maior, começa a ficar claro.
O desenho institucional do País é capaz de barrar esse tipo de interferência?
Existem diversas possibilidades de resistência ou de resiliência institucional. Agora vai existir agora uma certa reação à troca do comando da PF, vi que a ANPR acaba de soltar uma nota, os ministros do STF e o judiciário tem um papel importante, a imprensa também. Vivemos em uma democracia e existe capacidade de reação institucional. A questão é que o presidente no Brasil historicamente é uma figura muito poderosa, tem recursos financeiros e muito poder político. Nunca tivemos e acho que essa é uma novidade do governo Bolsonaro, um governo que fosse tão avesso à transparência, ao controle. É uma novidade o presidente colocar toda sua força contra o funcionamento livre das instituições de controle. Nos outros governos existiam, é claro, embates, mas eram mais pontuais ou quando se tornaram muito frontais não resistiram, foram tentativas mal sucedidas. Existe capacidade de resistência, mas não devemos subestimar esse novo cenário de ter um presidente que de fato coloca seu peso político e seus recursos contra esse funcionamento da rede de accountability.
O que vemos em outros países que supostamente também tem líderes inseridos na ideia de legalismo autocrático?
Há estudos sobre experiências da Hungria, agora recentemente a Índia, Polônia, e também alguns comentadores do governo Trump nos Estados Unidos. Os governos que eu acompanho com mais proximidade são o Trump e do Modi, na Índia. Vemos iniciativas que não são iguais, mas que também miram as instituições de controle, por exemplo todo o embate do Trump do Departamento de Justiça é uma característica desse tipo de governo autocrático. Na Índia é mais escancarado, os modos de operação do Modi são muito parecidos com os do governo Bolsonaro de indicar suas pessoas, de fechar o cerco nas instituições para que elas funcionem para atender os seus interesses.

*Um massacre* *Não sabemos o tamanho da tragédia que nos aguarda*


*Um massacre*
*Não sabemos o tamanho da tragédia que nos aguarda*

Texto de Antonio Prata, escritor e roteirista, autor de “Nu, de Botas”, neste domingo (19), na  FSP

Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata.

Sim, me repito. Eu não sei mais o que escrever. Eu tô há dois anos tentando apontar o óbvio ululante, mas parece que o país enlouqueceu. O Brasil, que nunca foi lá muito saudável, resolveu suicidar-se. Elegeu um louco para a presidência. Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata.

Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública? Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública? Vocês acham tolerável o que esse doente vem dizendo e fazendo desde que surgiu na vida pública?

Anos atrás ele disse que o Brasil só daria certo se houvesse uma revolução e 30 mil pessoas fossem mortas. Pois bem, ele acredita que sua eleição foi uma revolução e desde que a pandemia de coronavírus chegou por aqui, todas suas atitudes vão no sentido de cumprir a promessa e matar 30 mil pessoas. Ou muito mais.

Se dependesse dele e não tivéssemos governadores, prefeitos, STF e até a última quinta-feira um ministro da Saúde que tomava as mesmas precauções de todos os países do globo, poderiam ser 300 mil ou 3 milhões de mortos. Mortos. Mortos. Mortos. Mortos. Mortos. 

Alinhados ao nosso presidente e minimizando a Covid-19 estão somente os ditadores da Nicarágua, Belarus e Turcomenistão. Ditadores. Ditadores. Ditadores. Da Nicarágua, Belarus e Turcomenistão.

Não sabemos o tamanho da tragédia que nos aguarda. O demente demitiu o ministro da Saúde e segue fazendo lives minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha. O demente segue minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha.

O demente segue minando o isolamento social, comendo sonho em padaria, limpando o nariz na manga e estendendo a mão pra velhinha.

Louco. Louco. Louco. Louco. Louco. Burro. Burro. Burro. Burro. Burro. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Assassino. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata. Sociopata.

Eu não sei mais o que escrever. É como se eu estivesse num incêndio e gritasse “a casa tá pegando fogo!” e ouvisse uma parte enorme da população responder “bem, esse é o seu ponto de vista”. Nas 24 horas que levo para redigir esta crônica, 200 pessoas morrem de Covid-19, no Brasil. Provavelmente bem mais do que isso, uma vez que a gente faz pouquíssimos testes.

Há quem tema que viremos uma Lombardia ou uma Nova York em pouco mais de um mês. Eu acho que estão profundamente equivocados. Existe a chance de que façamos com que as tragédias da Lombardia e de NY sejam esquecidas. Que o Brasil venha mostrar ao mundo toda a sua originalidade, sua pujança, sua exuberância única entre as nações, terra onde “em se plantando, tudo dá”. Temos um presidente que não para de semear vento —e nós já estamos colhendo tempestade.

Vamos assistir quietos a este facínora cometer um massacre? Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre. Um massacre.