quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O circo está completo


PSB articula para ter Barbosa candidato ao Senado

O PSB do governador Eduardo Campos planeja uma nova ação política de impacto, semelhante à da entrada no partido da ex-ministra Marina Silva e sua Rede Sustentabilidade: a filiação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Relator do processo do mensalão e responsável por levar à prisão parte da antiga cúpula do PT, Barbosa será convidado a disputar, pelo partido, a vaga de senador pelo Rio de Janeiro. Pela legislação eleitoral, ele pode se filiar ao partido até 5 de abril, seis meses antes da eleição.
De acordo com integrantes do PSB, Eduardo Campos “tem loucura” para saber quais os planos políticos do ministro Barbosa. Sem contato com o presidente do STF, e tomando todos os cuidados para não fazer uma sondagem que pareça assédio político, Campos escalou a ex-corregedora da Justiça Eliana Calmon, também ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para fazer a aproximação.

No STF e no STJ é dada como certa a saída do presidente do STF. Mas ele quer, primeiro, concluir o processo do mensalão, pois ainda há recursos a serem julgados. O próprio Barbosa tem confidenciado que acha improvável que a ação termine até o prazo para a desincompatibilização.

O ministro, no entanto, tem dado esperanças ao PSB. Convidado a entrar no partido no dia 19 de novembro pelo presidente da legenda no Rio, deputado Romário Farias, ele não descartou a oferta. No último sábado, por intermédio da assessoria do STF, divulgou nota segundo a qual não será candidato a presidente da República.

Mas não rejeitou outros cargos. Ele afirmou ainda que dificilmente ficará no Supremo até seus 70 anos, idade da aposentadoria compulsória. Ele tem 59 anos. Sabe-se que seus planos de sair têm relação com a posse do novo presidente da Corte, Ricardo Lewandowski, que tomará posse em novembro. A relação entre os dois são ruins.Diante desse quadro, Eduardo Campos vem insistindo para que Eliana Calmon converse com Barbosa. Ela será candidata do PSB ao Senado pela Bahia.

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Eliana Calmon confirmou que foi escalada por Campos para sondar Barbosa, mas ainda não conseguiu conversar com o presidente do Supremo. Na primeira investida, um assessor próximo do ministro descartou a possibilidade de ele sair candidato, mas a ex-corregedora deve procurar Barbosa para um contato direto após o carnaval.
A amigos, o ministro teria dito que, depois do julgamento do mensalão, considera-se um “player” no processo eleitoral deste ano.

Em dezembro do ano passado o Estado ouviu os dirigentes dos 32 partidos filiados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de oferecerem legenda para Joaquim Barbosa. A metade lhe negou espaço, com as justificativas mais diversas possíveis.

O tucano Aécio Neves, que é candidato à Presidência da República, disse que Barbosa cumpre um importante papel no STF. “O ministro cumpre um papel como presidente do STF que honra os brasileiros. Nosso respeito pelo ministro é tão grande que nem sequer aventamos essa hipótese”, afirmou na época o senador e presidente do PSDB.

Outros partidos, como o PPS, que faz parte da aliança de Eduardo Campos, disseram que não dariam a legenda a Barbosa. Da mesma forma agiram o PP, o PMDB e o PTB e PCO. O PEN admitiu ceder legenda ao ministro. (Colaborou Valmar Hupsel Filho). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Roberto Luna. Paraibano

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Pochmann: 2014 pode ter última eleição com "candidaturas populares"

Pochmann: 2014 pode ter última eleição com “candidaturas populares”



por Luiz Carlos Azenha/Viomundo/04/02/2014


Se nada mudar, as eleições de 2014 serão as últimas em que haverá a possibilidade de “candidaturas populares” ao Parlamento, sustenta o presidente da Fundação Perseu Abramo, o economista Marcio Pochmann. Se não houver uma reforma eleitoral, é possível que aumente o desequilíbrio que se vê hoje no Congresso: 40 mil produtores agrícolas que controlam 50% das áreas agricultáveis elegem de 120 a 140 deputados, enquanto de 4 a 6 milhões de famílias que praticam agricultura familiar são representadas por de 12 a 13 deputados.

 

 

Por isso, não se assusta com as manchetes extremamente negativas sobre a economia brasileira que dominam os jornais nos últimos meses. A “dissonância”, diz ele, ainda resulta da incompreensão ou má vontade com o novo paradigma de enfrentamento da crise internacional adotado pelo ex-presidente Lula, em 2008. No Brasil, isso se traduz, segundo Marcio, em pelo menos duas propostas políticas distintas: a do PT, que acredita que é possível crescer com distribuição de renda; e a da oposição, que quer retomar a idéia de que primeiro é preciso crescer para depois distribuir o bolo.

 

 

Sobre os críticos à esquerda, o presidente da Fundação Perseu Abramo afirma que a sociedade brasileira tem características próprias em relação aos vizinhos latinoamericanos: muda devagar, mas de forma segura. Relembra a oposição ao Bolsa Família e às cotas raciais, que foi duríssima no início do primeiro governo Lula, mas foi se diluindo ao longo dos anos. Hoje, as duas políticas contam com sólido apoio na opinião pública.




OBS: clique no endereço acima para assistir à entrevista


Cinco filmes de Eduardo Coutinho

http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/cinco-filmes-de-eduardo-coutinho-para-ver-na-internet/

Outros filmes de Eduardo Coutinho



"O homem que comprou o mundo" (1968) - http://www.youtube.com/watch?v=HgfxC266H98;

"Faustão" (1970) - http://www.youtube.com/watch?v=P1CcESb8xrU;

"Portinari, o menino de Brodósqui" (1980) - http://www.youtube.com/watch?v=xbLz1LPYolM;

"Santa Marta: duas semanas no morro" - http://www.youtube.com/watch?v=dErVvYLO67M (1987);

"O fio da memória" (1991) - http://www.youtube.com/watch?v=UrIwQT_KKp8;

"Boca de Lixo" (1993) - http://www.youtube.com/watch?v=c8kNX8D-LKg;


"Peões" (2004) - http://www.youtube.com/watch?v=JEde0T13kF8;

"O fim e o princípio" (2005) - http://www.youtube.com/watch?v=_VQC51XZ5ow;

"Moscou" (2009) - http://www.youtube.com/watch?v=YVxnnLKrqw8.



A máfia de branco que acha que pobre é para morrer

AMB FAZ CARTILHA PARA MÉDICOS DESERTAREM

A Associação Médica Brasileira (AMB) deu seu tiro de misericórdia contra o programa Mais Médicos e o governo brasileiro. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira 13, a entidade anuncia criar um programa de apoio a médicos estrangeiros que atuam no programa, mas que estejam insatisfeitos. O plano consiste em divulgar uma cartilha com o passo a passo de como agir para abandonar o programa e oferecer assessoria jurídica para quem quiser pedir refúgio/asilo político.

O Programa de Apoio ao Médico Estrangeiro da AMB visa "a proteção da liberdade e integridade dos profissionais trazidos de outros países pelo Governo Federal através do Programa Mais Médicos", segundo a nota. "O objetivo da entidade é atender médicos, tanto de Cuba como de outras nacionalidades, que necessitem de orientação caso haja insatisfação no Programa Mais Médicos pelas condições a que estão submetidos, assim como desejem solicitar refúgio/asilo político", diz ainda o texto.

Na semana passada, a entidade ofereceu emprego à médica cubana Ramona Rodríguez, primeira que anunciou estar abandonando o Mais Médicos, segundo ela, por ter descoberto que o salário dos cubanos era inferior ao dos outros estrangeiros. Outros casos foram noticiados depois pela imprensa, mas não se sabe os motivos de cada um, como aconteceu com Ramona. Agora, desligada oficialmente do programa, ela trabalha na AMB como auxiliar administrativa e recebe um salário de R$ 3 mil.

A associação, que é presidida por Florentino Cardoso, se coloca ainda à disposição dos desertores estrangeiros para oferecer um curso que preparatório para o Revalida – exame obrigatório para que estrangeiros exerçam a medicina no País, além de aulas de português e o apoio de outras entidades médicas.

Crítico do Mais Médicos, assim como os presidentes de outras entidades da classe médica brasileira, como Roberto D´Ávila, do Conselho Federal de Medicina, Florentino Cardoso afirmou, em maio de 2013, no auge das discussões sobre a contratação de cubanos pelo governo brasileiro, que o Brasil queria "trazer a escória". Leia abaixo reportagem publicada pela Agência Câmara na época:

Associação médica diz que Brasil quer trazer a "escória"

O presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, criticou as informações que levam as pessoas a acreditar que o "caos instalado na saúde pública brasileira é causado pelos médicos". Cardoso participa de audiência pública na Câmara que debate a contratação e a entrada de médicos estrangeiros no Brasil.

"Isso é uma inverdade. O que acontece e o subfinanciamento do setor. A cada ano, o governo coloca menos recursos para a área de Saúde. Além disso, existem vários municípios no País que não teriam condições de se manter" disse.

Ao referir-se aos médicos formados em Cuba, Cardoso afirmou que "o Brasil quer trazer a escória". "Desafio a quem quer que seja mostrar a excelência da medicina cubana. Os médicos formados lá estudam quatro anos, mas, para poderem exercer a profissão naquele próprio país, têm que estudar mais dois anos em outra faculdade."

Ele afirmou ainda que a associação não é contra a vinda de médicos do exterior, desde que passem por um crivo adequado. "Dizem que o Reino Unido tem 40% dos médicos estrangeiros. Perguntem quais as condições de trabalho que encontraram lá, e se não foram avaliados antes de começarem a atuar. Perguntem também qual a remuneração que recebem", destacou.


A fábrica de bandidos

domingo, 5 de dezembro de 2010



A FÁBRICA DE BANDIDOS

Por Antônio Carlos Vieira

Observando a, situação atual, distribuição da população brasileira em relação a educação, terras e riquezas fica a seguinte pergunta: por que a grande maioria dos descendentes de africanos e dos nativos (índios) não tem terras para plantar, são maioria no grupo dos analfabetos, maioria dos delinquentes e geralmente são maioria no grupos dos desempregados ou possuem empregos de baixa renda? Melhor ainda: por que os fatos históricos que levaram a essa situação nunca são mostrados na imprensa(também nas escolas) e não são levados em consideração quando se combate o aumento dos crimes e aumento do analfabetismo?
O atual enfrentamento das forças no Estado do Rio de Janeiro, contra os traficantes no morro, tem levando muita gente a achar que bastaria se eliminar (matar) os traficantes do morro e a paz reinaria naquela cidade. Além dos traficantes não serem os únicos bandidos a atormentar a população é bom observar o que levou a se criar o atual estado de coisa. Por que senão vão matar os bandidos atuais e os fatos que fizeram surgir esses bandidos irão produzir mais bandidos para que futuramente podermos matar mais e saciarmos a nossa “sede de justiça” em um país que não se combate a produção de tais bandidos. Senão estará se criando uma Fábrica de Bandidos para em vez em quando exercitarmos o patriotismo de termos que eliminarmos estes “estrangeiros nascidos no Brasil !!!”
O Brasil antes da libertação dos escravos (negros e índios) as terras eram adquiridas pelo processo das sesmarias que simplesmente eram ocupadas pora que se pudessem plantar e produzir. Só que os negros e índios não podiam ocupar,  adquirir ou tomar posse de terras por serem escravos e tratados como mercadorias. Com a “Abolição da Escravatura”, o grupo político que controlavam o Estado e o poder econômico criaram a chama Leis das Terra (1850). A partir desta lei, todas as terras brasileiras passaram a pertencer ao Estado e só poderiam ser adquiridas, por particulares ,compradas em Leilões Públicos. Essa “coincidência”, de libertação dos escravos e criação das Leias das Terras, impediram os negros de terem acesso a algum pedaço de terra. O mais estranho é que os negros foram libertos da escravidão sem receberem nenhuma indenização pelos trabalhos forçados e castigos recebidos. Por ironia da vida, os fazendeiros, antigos donos dos escravos, é que receberam indenizações para tornarem os escravos livres!!!
Para piorar a situação, o Estado brasileiro passou a ceder sesmarias, em Santa Catarina, para os novos colonos que estavam chegando ao Brasil, sem nunca terem trabalhado para terem direito a um pedaço de Terra e também facilitou a chegada de novos colonos para substituírem a mão de obra escrava.
Essa situação deixou os negros abandonadas sem direito a terra, sem acesso aos empregos, sem acesso a educação e sem direito a segurança. Muitos continuaram tralhando por salários ínfimos que não davam condições minimas de vida e continuavam tendo a vida miserável de escravos. Os que não conseguiram empregos passaram a ocupar terras sem valor como morros, terras de mangues e muitos distantes das grandes cidades (surgindo os atuais Quilombolas). Os negros continuaram a fazer parte da sociedade que se destinavam a fazer os trabalhos pesados e considerados de menos valor para as classes mais abastardas (constituídas em sua grande maioria de brancos).
Mesmo depois de mais de cem anos, da Abolição da Escravatura, a grande maioria dos descendentes dos escravos (negros e índios) vivem reivindicando educação, terra (o MST é um grande exemplo) e acesso a saúde. Nos morros a policia só aparece para punir os que já se tornaram delinquentes e bandidos e nunca garantem aos que não se tornaram bandidos o direito a segurança (que faz "justiça" nos morros são os traficantes!!!). O mais interessante é que até na bandidagem os negros fazem o serviço mais perigoso (que é vender drogas e dar seguranças aos lideres do grupo) e o grosso do dinheiro com a venda das drogas ( não fica nos morros) vão parar nos bolsos dos lideres que moram em condomínios ou mansões de luxo protegidos pelo anonimato.
Acredito que a grande maioria dos que entraram para o crime não tenha mais recuperação. Mas, as futuras gerações desses abandonados terão apenas como exemplos de bandidos como referência de vida? O Estado dará acesso a cidadania (Educação, Saúde e segurança) aos que ainda não entraram para o crime? Ou o Estado, apoiado por uma sociedade injusta, continuara fabricando bandidos pra serem eliminados no futuro em nome da “justiça”?
Estamos vendo na televisão a ocupação de alguns morros na Cidade do Rio de Janeiro e sequer sabemos se daqui para frente esses mesmo morros irão ter a presença do Estado. Mas, vamos que o Estado resolva marcar presença nesses morros (garantido a ciddania), ainda fica uma pergunta: e o restante das favelas e abandonados de outras cidades terão direito a cidadania? Que eu saiba a Cidade do Rio de Janeiro não é a única a apresentar locais em estado de abandonos!!!

Mensalão mineiro (também chamado mensalão do PSDB, mensalão tucano)

12/02/2014 - 09:00 -

Política - iG  -
Por Wilson Lima - iG Brasília -
Mensalão mineiro tem caminho mais seguro para condenação no STF
Procurador-geral da República não precisou utilizar a 'teoria do domínio do fato' e apoiou-se em embasamentos jurídicos mais consolidados, na avaliação de juristas

Em suas alegações finais sobre o mensalão mineiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conseguiu deixar de lado algumas polêmicas que embasaram a argumentação da denúncia do mensalão do PT e que até hoje são alvo de questionamentos por parte das defesas dos condenados na ação penal 470. Alguns advogados especialistas em Direito Penal consultados pelo iG acreditam que essa estratégia aumenta as chances de condenação do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu do mensalão mineiro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na prática, Janot descartou mecanismos instituídos no mensalão petista e adotou jurisprudências já consolidadas antes mesmo do julgamento da AP 470. Janot não utilizou, por exemplo, as duas teses jurídicas mais polêmicas que embasaram a condenação dos réus domensalão do PT: a chamada “teoria do domínio do fato” e a criminalização do réu pelo delito de lavagem de dinheiro, sem a existência de um crime anterior. Esta última ainda será rediscutida durante o julgamento dos embargos infringentes do mensalão.
Agência Brasil
Janot descartou mecanismos instituídos
no mensalão petista e adotou jurisprudências
já consolidadas
A teoria do domínio do fato, em síntese, afirma que pode ser considerado criminoso aquele que tem poder de decisão sobre a prática de fato ilícito, e não apenas quem o executa. Apesar de reconhecer que a participação de Azeredo no mensalão mineiro foi semelhante ao do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu no mensalão petista, Janot acredita que existem elementos que comprovam o envolvimento direto do parlamentar no esquema de desvios públicos ocorrido na campanha ao governo do Estado de Minas em 1998. Dirceu foi condenado somente por orquestrar o mensalão do PT; Azeredo, para a PGR, teria orquestrado, criado meios de operacionalização e sido um dos autores do esquema.
“Importante deixar muito claro não se desconhecer críticas dogmáticas que foram feitas em face da adoção de alguns argumentos atinentes à denominada ‘teoria do domínio do fato’ no julgamento da Ação Penal 470. De forma bastante expressa, se refere que no presente caso não se está evocando a teoria original”, afirma. “O que há nos autos são provas suficientes e hábeis para a condenação do réu porque foi, efetivamente, autor das condutas criminosas”, complementa.
Lavagem
No que se refere ao crime de lavagem de dinheiro, outra polêmica da AP 470, o julgamento do mensalão do PT marcou um endurecimento na legislação sobre o tema. Antes do mensalão do PT, havia a possibilidade de absolvição por esse crime, quando não havia a comprovação do chamado “crime antecedente”. Ou seja, antes do mensalão, para haver a condenação pelo crime de lavagem, era necessária a comprovação de que o dinheiro “lavado” fosse fruto de um assalto ou do tráfico de drogas, por exemplo.
No caso das acusações pelo crime de lavagem contra Azeredo, Janot cita o entendimento anterior ao mensalão. No caso específico, o procurador-geral afirma que houve o chamado “crime antecedente” ao estabelecer que as acusações sobre branqueamento de capitais se referem à dinheiro supostamente desviado de cofres públicos.
Pela acusação da PGR, Azeredo ordenou a liberação fraudulenta de patrocínio a três eventos esportivos (Enduro da Independência, Iro Biker e Supercross) por meio de três estatais, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e, com esse dinheiro, financiou parte de sua campanha ao governo do Estado de 1998. Pelo entendimento da PGR, houve primeiramente o crime de peculato (quando um servidor público obtém vantagens para si através de seu cargo) e depois houve a lavagem de dinheiro.
“O dolo do réu na prática das condutas de lavagem é evidente, pois ele próprio atuou, decisivamente, mesmo que por intermédio de ordens de execução a terceiros para proporcionar, operacionalizar a ocultação dos recursos públicos desviados, tudo para evitar que o crime antecedente (peculato) viesse à tona e garantir, de forma segura, o emprego dos valores subtraídos na campanha à reeleição”, explica Janot.
O novo entendimento sobre o crime de lavagem (quando há condenação sem crime antecedente) ainda é alvo de questionamento de réus como o ex-deputado federal João Paulo Cunha, que obteve quatro votos absolutórios nesse item. Conforme advogados ouvidos pelo iG, ao não fazer paralelo ao novo entendimento pelo crime de lavagem, Janot evita polêmicas e também enterra a possibilidade de ser alvo de questionamentos no futuro, já que ele toma como base uma jurisprudência mais consolidada nesse sentido.

    Leia mais:
    Procuradoria:
    Defesa:

    __._,_.___

    Os dois intocáveis da República

    qui, 13/02/2014 - 06:00 - Atualizado em 13/02/2014 - 06:00
    É provável que Joaquim Barbosa deixe o STF (Supremo Tribunal Federal) em março. Há boatos sobre sua pretensão de disputar ou o governo do Distrito Federal ou uma senatoria pelo Rio de Janeiro.
    Saindo, seus malfeitos serão corrigidos. O plenário se reunirá, analisará os abusos cometidos enquanto presidente da Suprema Corte, corrigirá o que for possível e tentará voltar à normalidade.
    ***
    Suas últimas medidas – derrubando decisões do interino Ricardo Lewandowski - impedem que qualquer prefeitura do país reajuste o IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano).
    Tome-se o caso de Florianópolis, há 16 anos sem reajustar seu IPTU. Todas as mansões à beira mar continuarão pagando IPTUs simbólicos, para poder pavimentar a carreira política de Barbosa. E serão paralisados todos os serviços públicos a serem financiados com esse aumento.
    Qual a diferença de atitude do político populista mais desprezível, aquele cujo jogo consiste em comprometer receitas públicas para contentar a torcida e garantir os votos? Nenhuma.
    ***
    É uma situação inédita, a do STF. Uma mesma geração acolhe dois dos mais polêmicos Ministros da história: Barbosa e Gilmar Mendes. Por conta da guerra fria instalada, o único poder capaz de barrá-los – a grande mídia – tornou-se cúmplice.
    ***
    Gilmar é dono de uma biografia polêmica. Vale-se do prestígio de Ministro do STF para alavancar seus negócios à frente do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público). E escuda-se na parceria com a mídia para gerar falsos escândalos, sempre que seus casos podem transbordar para a opinião pública.
    Tinha relações estreitas com o ex-senador Demóstenes Torres e, enquanto presidente do STF, manteve como assessor o principal araponga de Carlinhos Cachoeira. Recentemente, vendeu para o Tribunal de Justiça da Bahia – que estava sob a mira do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e, agora, sob sua intervenção  – um projeto de curso no valor de R$ 10 milhões.
    ***
    Na Operação Satiagraha, quando seu nome ganhou visibilidade, protagonizou dois episódios escandalosos: o grampo sem áudio (com Demóstenes Torres) e a falsa denúncia de grampo no Supremo. Conseguiu matar a operação.
    Quando explodiu a CPI de Cachoeira, e seu nome voltou a ser mencionado, criou um novo falso escândalo – o encontro onde Lula supostamente teria intercedido pelos mensaleiros (encontro desmentido pelos dois presentes, Lula e Nelson Jobim). E a CPI foi abafada pelo julgamento da AP 470.
    Quando auditoria do CNJ apura contratos sem licitação do TJBA, cria mais um fato sem consequência: a denúncia sem provas da tal “lavagem” de dinheiro na vaquinha para os mensaleiros.
    Nada ocorre, tudo lhe é permitido.
    ***
    De seu lado, Joaquim Barbosa atropela o Regimento Interno do STF para represálias sem justificativa contra políticos presos, impedindo-os de exercer seus direitos de trabalhar ou estudar fora do presídio. Derruba decisões de Lewandowski sobre diversos temas, pelo mero prazer do exercício do poder absoluto.
    ***
    Um dos primados da ordem democrática é a inexistência de cidadãos acima da lei. Todos têm obrigação de cumprir rituais, subordinar-se a regimentos, aos limites impostos pela Constituição e pela lei e pelas normas da transparência pública.
    Mas o país tem dois intocáveis.

    Parada de sucessos de 1973

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    https://www.youtube.com/watch?v=PUPhOC5X7cc&list=PLD62702468D50CC16&index=77