quarta-feira, 6 de março de 2019

Mídia estrangeira debocha de Bolsonaro por vídeo pornô

https://www.youtube.com/watch?v=h3cjmrGRCt8&feature=push-u-sub&attr_tag=fFJzI6JFhUGYreQR%3A6

PERSEGUIÇÃO A LULA FAZ ELITE PASSAR O MAIOR VEXAME DE SUA HISTÓRIA

SONDAGEM 247: 93% DEFENDEM AFASTAMENTO DE BOLSONARO

Vitória da Mangueira sacramenta derrota de Bolsonaro no Carnaval

06 DE MARÇO DE 2019, 18H07

Vitória da Mangueira sacramenta derrota de Bolsonaro no Carnaval

Enquanto nas ruas os protestos contra Bolsonaro dominaram os blocos, na Sapucaí a Estação Primeira de Mangueira lavou a alma dos brasileiros ao desconstruir os heróis e as ideias defendidas pelo presidente e contar a verdadeira história do país
Foto: RioTur
A Estação Primeira de Mangueira conquistou, nesta quarta-feira (6), seu 20º título do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro.
A vitória da escola de samba sacramentou a derrota do presidente Jair Bolsonaro neste Carnaval. Enquanto nas ruas os protestos contra o presidente dominaram os blocos, transformando a festividade em um verdadeiro ato nacional de resistência ao governo autoritário, a Mangueira, na Sapucaí, lavou a alma dos brasileiros ao desconstruir os heróis e as ideias defendidas pelo presidente e contar a verdadeira história do país.
A agremiação, com o enredo “História pra ninar gente grande”, fez um desfile histórico em que homenageou heróis esquecidos como lideranças negras, indígenas e mulheres – segmentos que Bolsonaro historicamente procura marginalizar.
Entre os “heróis esquecidos” homenageados pela escola, estão, por exemplo, o lendário Sepé Tiaraju, guerreiro indígena que lutou contra a dominação portuguesa e espanhola no Brasil, e mulheres negras do Quilombo dos Palmares, como Acotirene e Dandara.
A homenagem a Marielle Franco, citada no enredo, foi um dos destaques do desfile. O rosto da vereadora e ativista dos direitos humanos foi estampado em bandeiras e faixas na última ala, que contou com a presença, na avenida, do deputado federal Marcelo Freixo e do vereador Tarcísio Motta, ambos do PSOL, partido de Marielle, além da viúva da vereadora, a arquiteta Mônica Benício.
Outro destaque do desfile da verde e rosa foi o carro que representou os assassinatos e perseguições da ditadura militar, em uma verdadeira provocação ao capitão da reserva que, além de um entusiasta do período, tem entre seus ídolos militares torturadores.
Representando a memória dos mortos e desaparecidos da ditadura, estava a jornalista Hildegard Angel,  filha de Zuzu Angel e irmã de Stuart Angel, ambos assassinados pelo aparelho repressor dos anos de chumbo. Ela estava em cima de um livro gigante e a frente de um em que se lia “ditadura assassina”.
Em tempos de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, a Mangueira ainda ousou ao apresentar uma bandeira do Brasil com as cores da escola onde, no lugar de “Ordem e Progresso”, se lia “Índios, Negros e Pobres”.
“Na luta é que a gente se encontra”, dizia o enredo da escola de samba. De fato, o Brasil se encontrou na luta deste carnaval.
Assista, abaixo, a íntegra do desfile da campeã do Carnaval 2019 do Rio de Janeiro.

Antes de completar 100 dias, governo Bolsonaro assiste desmobilização de apoiadores nas redes Toma, bozo!

Antes de completar 100 dias, governo Bolsonaro assiste desmobilização de apoiadores nas redes

Publicado em 6 março, 2019 5:57 pm
Bolsonaro (Foto: reprodução)
Após repercussão negativa de postagens controversas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais, o Palácio do Planalto identificou desmobilização de parte da tropa de seus apoiadores na internet, informa a Folha.
(…)

CAROLINA LEBBOS CENSUROU LULA ANTES DE PERMITIR SUA IDA AO VELÓRIO DO NETO OH MEDO!

Caio Toledo: A tragédia das meninas violentadas pelo ditador-pedófilo, ”herói’ de Bolsonaro; veja vídeo

Caio Toledo: A tragédia das meninas violentadas pelo ditador-pedófilo, ”herói’ de Bolsonaro; veja vídeo
Tânia Rego/Agência Brasil
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Caio Toledo: A tragédia das meninas violentadas pelo ditador-pedófilo, ”herói’ de Bolsonaro; veja vídeo


06/03/2019 - 11h55

por Caio N. Toledo, via e-mail
Na última terça-feira de fevereiro (27/2), o capitão Jair Messias Bolsonaro, em cerimônia oficial, fez eloquentes elogios ao general Alfredo Stroessner, ditador do Paraguai entre 1954 e 1989.
Numa infamante de mentirosa declaração,  afirmou que Stroessner – como teriam sido todos os ditadores brasileiros no pós-1964 – foi um “Estadista” e “Homem de visão”.
Como repudia o documento final da Comissão da Verdade e Memória brasileira, Bolsonaro ignora também as conclusões do Relatório da Comissão da Verdade e Justiça do Paraguai que informa que mais de 18 mil pessoas sofreram torturas e mais de 400 foram executadas ou desapareceram nos 35 anos da ditadura de Stroessner.
Igualmente, constam da lista de acusações contra o general “cristão” e “patriota” as práticas de corrupção, contrabando, tráfico, proteção a refugiados nazistas e manutenção de um “harém de meninas” (8 a 12 anos) e adolescentes (sequestradas de suas famílias) para a prática de pedofilia e violência sexual.
Por não ter sido ainda amplamente divulgado no Brasil, impõe-se conhecer o vídeo Calle del Silencio  que documenta a tragédia vivida pelas meninas paraguaias (algumas, posteriormente, desaparecidas), sob as ordens do General Alfredo Stroessner.
Ao lado de Augusto Pinochet, Brilhante Ustra, Garrastazu Medici, Costa e Silva e outros, ficamos conhecendo, assim, um novo “herói” do atual presidente da República Federativa do Brasil.
Caio N. Toledo é professor aposentado do IFCH, Unicamp, e do comitê editorial do blog marxismo21.

A devastação do trabalho de hoje é a ruína do amanhã

A devastação do trabalho de hoje é a ruína do amanhã

Vinícius Torres Freire, na Folha, aborda uma situação terrível, na qual poucos reconhecem a gravidade que tem, não apenas para a situação econômica presente, mas para suas projeções no futuro – nada distante – das estruturas previdenciárias e nos direitos sociais da população. Tinha tratado disto aqui.
Num ótimo texto, Freire mostra como é no trabalho precário crescente que se apóia a magra estagnação da situação do emprego no Brasil que, “quebrando o galho” hoje vai criando uma fogueira para amanhã.

Cinzas no mundo do trabalho

Vinicius Torres Freire, na Folha
A discussão do futuro das aposentadorias faz a gente lembrar que existem trabalhadores que dificilmente têm condições de contribuir para o INSS, por exemplo. De costume, a situação do trabalho é um assunto mais raro no debate público mais geral.
No entanto, é o caso de prestar atenção no que se passa, até porque um dos pilarzinhos da quase estagnação econômica, as estacas dessa palafita, é o consumo, que em parte grande depende da recuperação de emprego e salário.
Há cheiro de queimado no mundo do trabalho:
1) Emprego e salário desaceleram desde o terceiro trimestre do ano passado;
2) A precarização aumenta;
3) Setores em que houve grande devastação do trabalho, mal se recuperam (construção civil) ou têm sintomas de resfriado (indústria);
4) Não há decisões de políticas públicas que tratem da grande desgraça do emprego, de um setor ainda em recessão, o da construção civil;
5) O ritmo de criação de emprego formal desacelera e começa a ficar relevante a quantidade de empregados pelo regime de trabalho intermitente, o que suscita pelo menos uma dúvida séria sobre a qualidade do trabalho oferecido com carteira assinada.
Uma das categorias de emprego que crescem de modo mais rápido e relevante é o “por conta própria”, 23,9 milhões das 92,5 milhões de pessoas ocupadas. Destas “por conta”, 19,2 milhões não têm CNPJ. São informais de quase tudo.
Com razão, a gente se preocupa com o que vai ser das pessoas formalmente empregadas por trabalho intermitente. Por ora, são cerca de 10% dos novos empregos formais. Foi assim em 2018 (cerca 50 mil empregos intermitentes); foi assim em janeiro de 2019.
Não sabemos mesmo se essas pessoas de fato estão trabalhando, quanto ganham, como fica sua situação na Previdência (há um vácuo jurídico). Mas, repita-se, foram 50 mil contratados por essa invenção da reforma trabalhista. De um ano para cá, apareceram mais 400 mil pessoas ocupadas na categoria “por conta própria sem CNPJ”.
As estatísticas não são diretamente comparáveis (o intermitente aparece nos registros do Caged, o “por conta” nas amostras da Pnad do IBGE). Mas é possível notar a diferença de ordem de grandeza e a relativa indiferença do público em relação aos “por conta sem CNPJ” (para nem falar dos empregados sem carteira assinada)
Temos, pois, um problema de conjuntura que mal deixou de ser dramático combinado a uma bomba armada de gente desprotegida pela Previdência.
A criação de emprego formal cresceu ao ritmo anual de 1,2% em janeiro de 2019. Para refrescar a memória, a construção civil chegou a perder 33% de seus empregos formais. As indústrias extrativa e de transformação, algo na casa de 14%.
Os “por conta própria”, empregados sem CLT e mesmo empregados sem CNPJ são ainda parcelas crescentes do conjunto dos empregados. Não sabemos bem o que fazem os “por conta” nem de suas preferências de trabalho _são dos mais mal pagos. Para alguns otimistas, não se trata apenas de arranjo conjuntural, bico na crise, mas de gente que prefere se empregar de outro modo, “novas modalidades de trabalho que não são emprego”.
Por outro lado, sabemos é que empresas estão ociosas, com medo de contratar, de investir. Pode ser que algumas tenham se renovado e, estruturalmente mais enxutas, precisem de menos trabalho, tudo mais constante.
Seja qual for a combinação de crise de conjuntura e problemas estruturais, mesmo manter esse ritmo de crescimento ínfimo pode ficar difícil.