quarta-feira, 26 de setembro de 2018

BARROSO: O IMPEACHMENT FEZ MAL PARA O BRASIL Tá querendo se limpar? Agora é tarde.

STF DECIDE: 3,3 MILHÕES DE TÍTULOS DE ELEITOR SERÃO CANCELADOS Outro golpe?

Sobre quando Bolsonaro entrou no Congresso com o torturador de Genoino

Sobre quando Bolsonaro entrou no Congresso com o torturador de Genoino

Andrea Caldas, em sua coluna: "Eu vi. Ninguém me contou. No depoimento de José Genoino à CPI sobre o caso dos Correios, Jair Bolsonaro adentrou a sala do Congresso com o torturador de Genoino, preso no Araguaia"
Eu vi. Ninguém me contou.
No depoimento de Jose Genoino à CPI sobre o caso dos Correios, Jair Bolsonaro adentrou a sala do Congresso com o torturador de Genoino, preso no Araguaia.
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Arthur Virgílio (PSDB) alertou Idely Salvatti (PT) que comunicou ao presidente da mesa, Romero Jucá (MDB).
Jucá pediu que Bolsonaro se retirasse e disse que não iria tolerar provocação.
Idely agradeceu o alerta de Arthur Vigilio que disse: “Tenho profundas divergências ideológicas com Genoino e seu partido mas, jamais tolerarei apologia à tortura.”
Eu estava assistindo à sessão do Senado em casa – à época, estava muito proxima de Genoino, como companheiro de partido e amigo.
E lembro de ter pensado aliviada: há racionalidade na disputa politica. Há uma fronteira que não se ultrapassa.
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Pois bem, treze anos depois esta fronteira parece não existir mais.
O torturador entrou na sala de visitas e ninguém – dos poderes constituídos- parece ter coragem de botá-lo para fora.
Minha filha era recém nascida e eu suspirei aliviada pelo seu futuro.
Hoje, me inquieto e me angustio.
Por isso, por ela, e por todas elas e eles, não posso parar de lutar.
#elenao

Acusado de abuso por CPI da Pedofilia denuncia senador Magno Malta, que disputa reeleição

Acusado de abuso por CPI da Pedofilia denuncia senador Magno Malta, que disputa reeleição

Publicado em 26 setembro, 2018 10:25 pm
De Ubervalter Coimbra no site Século Diário.
Com o objetivo de ganhar os holofotes da mídia na véspera de disputar a reeleição para o Senado, em 2010, o senador Magno Malta (PR) é acusado de usar uma menina de dois anos e seus pais. O pai respondeu por estupro à criança e a mãe por ter sido conivente com o fato. 
O senador colocou o caso na mídia do Estado e do país na época, ganhando espaço até na imprensa internacional, legitimando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, rebatizada de CPI dos Maus-Tratos, da qual ainda é presidente.  
Seu alvo principal foi o então cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima, à época com 35 anos, acusado de ter violentado a própria filha, então com dois anos. O acusado passou nove meses preso, até ser declarado inocente pela Justiça. Luiz mora em Vitória.
(…)
Luiz Alves de Lima relata que foi torturado fisicamente nas dependências do Centro de Detenção Provisória de Cariacica (CPDC), até quase ser morto. Dentre as práticas de tortura a que foi submetido no local, aponta asfixia com sacola na cabeça; choques elétricos, principalmente no órgão genital; e surras. 
Dia sim, dia não, segundo ele, era colocado amarrado dentro de tonel de água gelada. Como consequência das torturas, diz que ficou cego do olho direito e tem visão parcial do esquerdo (só enxerga entre 20 e 25%). Afirma que também teve dentes arrancados por alicates, mas as marcas visíveis da tortura não podiam ser observadas por seus familiares: a Polícia impedia a presença dos seus parentes na prisão nos dias de visitas, como conta Luiz. 
(…)
Magno Malta. Foto: Agência Brasil

Racha no partido de Bolsonaro leva à expulsão de sua secretária-geral em São Paulo

Racha no partido de Bolsonaro leva à expulsão de sua secretária-geral em São Paulo

Publicado em 26 setembro, 2018 10:03 pm
De Severino Motta no BuzzFeed Brasil.
O PSL expulsou do cargo de secretária-geral do partido em São Paulo a empresária Letícia Catel, integrante do núcleo duro da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência. Letícia é próxima da família Bolsonaro e nos últimos anos possuía livre acesso ao presidenciável. Letícia também foi destituída do diretório nacional e da Executiva Nacional da sigla, o que deve levar outros membros da ala paulista do partido a abandonarem seus postos.
Para além do trabalho político e de organização interna da sigla, Letícia mantém presença constante em redes sociais, onde defende de maneira ferrenha as bandeiras do bolsonarismo e, por vezes, posta fotos em que empunha armas – e falando que armas valem mais que feministas “mostrando os peitos na rua”. Foi ela quem protagonizou uma discussão com a jornalista Christina Lemos, da TV Record, após fotografar o celular da repórter acusando-a de perseguição ao candidato Bolsonaro. Ela também esteve recentemente no programa “Pânico”, da Jovem Pan. Nele, ao comentar a tentativa de assassinato de Bolsonaro, disse que hoje é mais seguro vestir uma camisa do comunista Che Guevara do que apoiar o candidato do PSL.
Sua expulsão dos cargos no PSL, no entanto, está muito mais ligada às desavenças internas com o presidente em exercício do partido, Gustavo Bebianno, do que com suas postagens em redes sociais ou aparições na mídia. Por um lado, Bebianno comanda com mão de ferro o partido. Fez a negociação das candidaturas e ameaça adversários, como revelou o BuzzFeed News. Também foi acusado pelo príncipe Luiz Philip de Orleans e Bragança, filiado ao partido, de agir “como um agiota”, de acordo com a revista Crusoé. Por outro lado, Letícia Catel, que vem de uma família com negócios no ramo da metalurgia, goza de boa situação financeira e, sem precisar de cargos político-partidários para sobreviver, abraçou como voluntária as bandeiras da direita e delas fez sua luta política nos últimos anos.
Essa situação lhe dá liberdade e não exige que ela bata continência a caciques partidários que controlam os recursos do PSL. Isso, no entanto, acabou transformando-a numa espécie de para-raio dos insatisfeitos com a condução do partido por Bebianno e seu braço direito, o vice-presidente em exercício do PSL, Julian Lemos. Sempre que insatisfações surgiam nos Estados, segundo pessoas próximas a Letícia, muitos recorriam a ela para reclamar das negociações. Nessa toada, as desavenças com Bebianno não foram poucas.
Aliados de Letícia no partido, falando na condição de anonimato para evitar o clima de perseguição que está instaurado na legenda, citaram, por exemplo, um episódio em que a colega tentou criar um grupo em aplicativos de mensagens para unificar os diversos diretórios regionais do PSL. A ideia era manter uma comunicação centralizada em que cada Estado pudesse saber o que acontecia no outro, quem era quem em cada localidade e ter informações sobre alianças e sobre como recursos eram gastos, por exemplo. O projeto, no entanto, foi derrubado por Bebianno nos primeiros dias em que começou a funcionar. Como presidente em exercício do partido, ele quis manter discretas cada uma de suas tratativas nos diferentes Estados.
Outro caso se deu quando parte do PSL tentou expulsar a candidata a deputada federal Joice Hasselmann da sigla. Bebianno queria que Letícia fosse nomeada como representante do Conselho de Ética para o serviço, algo que ela se negou a fazer e ainda contou a trama para Jair Bolsonaro. O presidenciável barrou a expulsão.
(…)
A empresária Letícia Catel. Foto: Reprodução/Instagram

Algoz de Bolsonaro rascunhou projeto de lei e queria concorrer à Câmara

Algoz de Bolsonaro rascunhou projeto de lei e queria concorrer à Câmara

PF vasculhou arquivos do computador de Adélio Bispo de Oliveira durante as investigações sobre o atentado contra o presidenciável

Algoz de Bolsonaro rascunhou projeto de lei e queria concorrer à Câmara
Notícias ao Minuto Brasil
HÁ 20 MINS POR FOLHAPRESS
POLÍTICA APURAÇÃO
Homem que esfaqueou Jair Bolsonaro e alterou o curso destas eleições, Adélio Bispo de Oliveira, 40, perdeu a chance de ser colega do presidenciável quando o PSOL -partido ao qual foi filiado- lhe negou legenda para concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados, em 2014. Mas manteve o ímpeto de legislador.
Depois de vasculhar arquivos do computador por ele usado, a Polícia Federal encontrou textos sobre o Brasil e "projetos de lei" que o próprio esfaqueador escrevia.
Aos investigadores Adélio disse ser ele o pai do Ministério da Segurança Pública, criado este ano pelo governo de Michel Temer (MDB), e reclamou ter sido plagiado.
O algoz de Bolsonaro chegou a procurar no Congresso parlamentares que estivessem dispostos a encampar as propostas que rascunhava. Uma visita feita por ele ao prédio do Legislativo em Brasília, em 2013, foi confirmada pela PF.
As investigações, ainda em curso, estão divididas em duas. Uma trata do ataque em si e deve ser concluída até o fim desta semana. A outra, instaurada na terça (25), vai buscar possíveis coautores. Imagens do local do crime, obtidas nas redes sociais e no comércio de Juiz de Fora, além de dados recolhidos em uma lan house frequentada por Adélio, estão sendo periciadas.
Por ora, no entanto, não foram encontradas evidências de trama política, arquitetada por um terceiro que tenha financiado ou incentivado o ataque ao candidato do PSL –a hipótese foi alimentada nas redes sociais e pelo presidenciável. Os indícios são de que ele agiu sozinho, talvez fora de juízo perfeito.
Militante de esquerda e frequentador de igreja evangélica, Adélio afirmou ter praticado o atentado a mando de Deus e por se sentir ameaçado pelos discursos do candidato. Alegava-se perseguido por grupos como a maçonaria.
No Facebook, disse que combatê-la seria a chave "para barrar o alto índice de assassinatos não só em Montes Claros [sua cidade de origem, em MG], mas no Brasil e no mundo".
Há quatro anos, quando esteve em Montes Claros, parentes recomendaram que Adélio fosse a um médico por causa do comportamento estranho. Falava sozinho, trancava-se no quarto e demonstrava agitação. Mas Tuca, como era chamado pelos mais próximos, declinou.
"Que Deus é esse que ele serve que 'manda' ele endoidar? Tenho certeza de que, quando o delegado olhou para ele, percebeu que ele surtou", afirma a servente Maria Inês Dias Fernandes, 48, casada com o irmão do agressor, ao comentar a atitude do cunhado.
A tese de insanidade mental tem sido levantada pela defesa. O advogado de Adélio, Zanone Manoel de Oliveira Júnior, pediu que seu cliente, atualmente preso, fosse submetido a exames psiquiátricos, o que foi deferido pela Justiça.
A avaliação está sendo feita pelo psiquiatra Hewdy Lobo, contratado pelo defensor. Se o laudo indicar algum tipo de doença ou transtorno, abre-se caminho para perícia judicial.
Por lei, o esfaqueador se livra da pena caso se confirme que era inteiramente incapaz de compreender o caráter ilícito do ato que praticou; ou pode tê-la reduzida em até dois terços, caso fique demonstrado entendimento parcial sobre o crime.
Adélio já foi examinado na prisão pelo psiquiatra, que deve entregar seu parecer até sexta (28). Também teve uma consulta com um médico da mesma especialidade, do próprio sistema prisional, que lhe prescreveu um medicamento. O paciente, no entanto, se recusou a tomá-lo.
Para investigadores, o comportamento do algoz de Bolsonaro indica não só premeditação, mas que ele tinha, sim, consciência de que praticaria um crime, pois, no meio da multidão, disfarçou a faca e o propósito de atacar.
Às 14h daquele 6 de setembro, Adélio já estava à espreita no parque Halfeld, em Juiz de Fora, próximo ao ponto de concentração do ato marcado pelo candidato. O deputado só chegaria uma hora e 15 minutos depois. Adélio se aproximou do presidenciável entoando as mesmas frases de seus apoiadores. Levava a faca escondida num jornal.
Como mostrou a Folha de S.Paulo no sábado (22), ele tinha a arma do crime consigo havia meses. Comprou um jogo com duas facas e optou pela maior, de 20 centímetros. A decisão de atacar o candidato foi tomada três dias antes, ao ver um outdoor sobre o evento, segundo contou a policiais.
Em julho, o agressor esteve na mesma escola de tiro frequentada pelos filhos do presidenciável, em Santa Catarina –com os quais, no entanto, não cruzou. Justificou à PF que pretendia comprar uma arma de fogo, mas não indicou o propósito.
Filho de um gari com uma varredora de rua já mortos, Adélio é descrito por familiares como solitário e errante. Saiu pela primeira vez de casa, em Montes Claros, aos 17 anos, em busca de trabalho. Passava anos sem dar notícias e, quando aparecia, não fazia muitos comentários de si ou de relacionamentos.
"Ele falava que não ia colocar filho no mundo para não sofrer. Namorada dele, sempre foi para fora [de casa]", diz a sobrinha, Jussara Ramos, 31.
Andarilho, o agressor de Bolsonaro morou em bairros pobres de algumas cidades brasileiras, como Uberaba, Florianópolis, Joinville e Curitiba, nas quais desempenhou inúmeros serviços, quase sempre de curta duração, em obras, drogaria, iate clube, supermercado e restaurante.
A habilidade com facas teria vindo de trabalhos como açougueiro e sushiman –era exímio cortador de carnes.
A chegada em Juiz de Fora, 15 dias antes do crime, foi também em busca de emprego. Investigadores constataram que Adélio fez telefonemas para departamentos de recursos humanos de algumas empresas, procurando vagas.
O algoz de Bolsonaro está isolado na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Não tem direito a banho de sol e só pode receber advogados.
Entre outros mistérios sobre o crime que cometeu, permanece a identidade de quem patrocina uma banca de grife para defendê-lo. O advogado Zanone Manoel diz que seu escritório é pago por um religioso que tem apreço por seu cliente e quer anonimato. Ele diz receber ofertas de dinheiro para ajudar na defesa. Com informações da Folhapress.