quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Petrobras anuncia novo aumento no gás de cozinha CADÊ A TURMA DO "TIRA A DILMA QUE MELHORA"?

26 DE DEZEMBRO DE 2019, 18H35

Petrobras anuncia novo aumento no gás de cozinha

Sem o aumento, média do botijão de 13 kg já ultrapassa os R$ 80 em 6 estados. No Mato Grosso o valor médio chega a R$ 94
Gás de cozinha (Foto: Pedro Ventura/ Agência Brasília)
Um novo reajuste nos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, foi anunciado pela Petrobrás. O GLP vai aumentar 5% a partir desta sexta-feira (26) nas refinarias.
A medida vale tanto para o botijão de 13 kg, quanto para os industriais e comerciais, de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg. O impacto no consumidor final é incerto.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo entre os dias 15 e 21 de dezembro, a média nacional do botijão de 13 kg é de R$ 69,34. O Mato Grosso é o estado com a média mais alta, R$ 94,94. Em Roraima, Tocantis, Amapá, Rondônia e Acre o valor médio ultrapassa os R$ 80.
Este é o quinto reajuste nos preços do GLP apenas em 2019. O último foi no dia 25 de novembro.

Porta dos Fundos: Câmera de segurança grava placa da caminhonete usada em atentado


26 DE DEZEMBRO DE 2019, 06H26

Porta dos Fundos: Câmera de segurança grava placa da caminhonete usada em atentado

As imagens mostram que são três suspeitos e um deles aparece com o rosto descoberto, o que deve facilitar a identificação
Fábio Porchat - Foto: Reprodução/GNT
Uma câmera de segurança gravou a placa da caminhonete que foi usada pelos criminosos no atentado contra o prédio onde funciona a produtora do Porta dos Fundos.
As imagens mostram que são três suspeitos e um deles aparece com o rosto descoberto, o que deve facilitar a identificação. Um dos homens estava numa moto, e fugiu na contramão da Rua Capitão Salomão, onde fica a empresa. O material será entregue nesta quinta-feira (26) à polícia.
Existem seis câmeras que apontam para a entrada do prédio. Ainda esta semana, testemunhas do ataque serão ouvidas, como o segurança do local atacado, conseguiu apagar o fogo. Na madrugada em que aconteceu o crime, o local estava movimentado: havia uma comemoração de fim de ano de garçons e funcionários dos restaurantes da região em um bar ao lado da produtora, que aconteceu até 3 horas.
O humorista Fábio Porchat, que está em viagem ao México, foi entrevistado por O Globo.
“Penso que o ódio pelo Especial de Natal diz muito mais sobre quem o repudia do que sobre nós. A homofobia é nítida. Para nós, do Porta dos Fundos, ser gay é uma característica como qualquer outra. A pessoa pode ser alta, baixa, branca, negra, gay, hétero. Para os homofóbicos, ser gay é xingamento. Aí é que mora o preconceito. Se não identificarmos esses terroristas, isso pode soar como um aval para que mais atentados sejam encorajados a acontecer. O país e o estado precisam mostrar que não aceitamos ataques violentos de qualquer espécie contra quem quer que seja. Contra o presidente, contra o Porta dos Fundos ou contra você”, afirmou.
Ódio e violência
A assessoria do grupo, em nota, disse que o “Porta dos Fundos condena qualquer ato de ódio e violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades, para o secretário de Segurança, e espera que os responsáveis pelos ataques sejam encontrados e punidos”.
O Porta dos Fundos disse, ainda, que o fogo só foi contido graças à ação rápida de um segurança do prédio. Somente o quintal e a recepção foram atingidos. O grupo destacou, também, que voltará a se manifestar quando tiver mais informações sobre o ocorrido e que, por enquanto, os integrantes seguirão em frente “mais unidos, mais fortes, mais inspirados e confiantes que o país sobreviverá a essa tormenta de ódio e que o amor prevalecerá junto com a liberdade de expressão”.
Com informações de O Globo

Supostos integralistas reivindicam ataque a bomba à produtora do Porta dos Fundos


25 DE DEZEMBRO DE 2019, 21H38

Supostos integralistas reivindicam ataque a bomba à produtora do Porta dos Fundos

Encapuzados e com vozes distorcidas, três homens que se dizem integralistas - os fascistas brasileiros - afirmam que o Porta dos Fundos é um grupo marxista e que tem como objetivo "destruir nosso povo, nossa crença, nosso patrimônio imaterial"; assista
Reprodução
Três homens encapuzados que dizem ser do “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira” gravaram um vídeo, que começou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira (25), reivindicando a autoria do ataque a bomba contra a sede da produtora do Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, na terça-feira (24).
Encapuzados e com as vozes distorcidas, os três homens aparecem em frente a uma bandeira do integralismo – vertente brasileira do fascismo – e atrás de uma mesa coberta com a bandeira do Brasil império. Eles afirmam que cometeram o atentado para “justiçar os anseios de todo povo brasileiro contra a atitude blasfema, burguesa e antipatriótica que o grupo de militantes marxistas Porta dos Fundos tomou quando produziu o Especial de Natal a mando da mega corporação bilionária Netflix”.
De acordo com o trio, o objetivo do grupo de humor é “destruir nosso povo, nossa crença, nosso patrimônio imaterial com o intuito de nos enfraquecer, nos dividir e nos jogando uns contra os outros e espoliar nossas riquezas”
“A Justiça burguesa, covarde e corrupta, vendida para o grande capital, luta contra o povo, mas quando a Revolução Integralista vier, todos estarão condenados ao justiçamento revolucionário. Nós integralistas não renegaremos nosso papel histórico e nos incumbiremos de ser a Espada de Deus. A revolução é do espírito, o Brasil é cristão e jamais deixará de ser”, afirmam.
Ataque
Nesta terça-feira (24), dois coquetéis molotov foram lançados dentro do prédio da produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, no bairro Humaitá, no Rio de Janeiro. As bombas geraram enormes labaredas e, se não fosse um segurança que estava no local, que conteve as chamas, era provável que o local fosse incendiado.
“Não vão nos calar! Nunca! É preciso estar atento e forte…”, disse o ator Fábio Porchat, um dos integrantes do Porta dos Fundos, logo após o atentado vir à público.
Imagens de câmeras de segurança do local mostram que ao menos três pessoas participaram do ataque. A polícia ainda tenta localizar os suspeitos.
Especial de Natal
O ataque à produtora do Porta dos Fundos aconteceu em meio à revolta gerada com o especial de Natal do grupo, lançado no início do mês e disponível na Netflix.
Bolsonaristas e fundamentalistas religiosos passaram a promover ataques virtuais a integrantes do grupo humorístico pelo fato de o especial de Natal por retratar, ironicamente, um Jesus Cristo homossexual.
A produção audiovisual chegou, inclusive, a ser alvo de petições e ações na Justiça.
Na última sexta-feira (20), uma juíza negou um pedido para que o especial de Natal fosse retirado do ar. “Seria
inequivocamente censura”, disse a magistrada.

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Afinal, o que é integralismo?

26 DE DEZEMBRO DE 2019, 13H56

Afinal, o que é integralismo?

Especialista Leandro Pereira Gonçalves nos traz as origens e fala sobre atuais correntes do movimento
Integralistas liderados por Plínio Salgado (Arquivo/CPDOC)
Diante do ataque à produtora do Porta dos Fundos na véspera do Natal e do vídeo de supostos neo-integralistas reivindicando a autoria do atentado, é necessário esclarecer de onde vem e o que é, afinal, o integralismo e o neo-integralismo. Leandro Pereira Gonçalves,  professor do departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autor do livro “Plínio Salgado: um católico integralista entre Portugal e o Brasil (1895-1975)”, esclareceu em entrevista à Fórum alguns pontos básicos acerca do tema.
Confira a íntegra.
Fórum – Sobre esse ressurgimento dos grupos integralistas: esse “neo” significa um resgate de valores já defendidos ou há várias correntes?
Leandro Pereira Gonçalves – Academicamente, quando falamos em neo-integralismo, estamos denominando todas as tentativas de organizações do movimento após a morte do Plínio Salgado em 1975. O líder máximo, Plínio Salgado, era a síntese do movimento, que começa nos anos 30 e continua em décadas posteriores em outras organizações partidárias. Com a morte do chefe, os militantes ficam sem uma referência e passam a buscar diversas possibilidades para reestruturar o integralismo. São várias experiências desde os anos 80 até os grupos contemporâneos, portanto, chamamos de “neo” – essas organizações e movimentos, que vem após a morte do Plínio Salgado. Mas destaco que os grupos não aceitam essa caracterização. Eles se denominam como integralistas, pois dizem que o movimento não “morreu” para “renascer”.
E em relação às correntes e valores: há uma miscelânea muito grande. Há vários tipos, alguns mais radicais outros mais conservadores. Certamente, há muitos militantes que não concordam com a ação divulgada ontem, mas muitos apoiam de forma total.
Fórum – E eles sempre estiveram “vivos” mesmo? Onde se encontram esses grupos, há algum estado específico onde eles se proliferam?
Leandro – Entre os anos de 1975 (morte do Plínio) e 1988, os antigos militantes atuaram principalmente na publicação de artigos em defesa do movimento, tanto é que em 1981 foi fundada a Casa de Plínio Salgado, com o objetivo de preservar a memória do Plínio Salgado (que existe até hoje em uma sala no centro de São Paulo).
Em 1983, o ex-militante do PRP paulista, Anésio Lara Campos Júnior (meio irmão do Eduardo Suplicy), registrou a Ação Nacionalista Brasileira, porém sem continuidade ou aderência expressiva. Em 1985, Anésio promoveu outra tentativa de reestruturação ao criar uma nova Ação Integralista Brasileira, tornando-se o primeiro presidente.
Durante o decorrer da década de 1980 os conflitos entre os “herdeiros” se acentuaram. De um lado, liderados pela viúva do chefe, D. Carmela Salgado, estavam aqueles que não concordavam com o que consideravam “usurpação” da legenda da AIB por Anésio e, de outro, o então presidente que se recusava a abrir mão da liderança.
Nessa ocasião, tentaram reorganizar o integralismo através dos Centros Culturais que reuniam alguns grupos nacionalistas, mas não necessariamente seguidores diretos do integralismo. Alguns deles pertenciam ao movimento “carecas” do Rio de Janeiro e do ABC em São Paulo. A relação entre os “carecas” e o integralismo ocorreu através de Anésio Lara Campos Júnior, que os acolheu na recém-fundada AIB.
Entendo que nesse momento o integralismo ganhou outra conotação, pois defensores de outros elementos políticos, além do integralismo, passaram a utilizar a simbologia, algo que é visto atualmente com os diversos grupelhos que se denominam de integralistas.
No século XXI eles tentaram uma reorganização principalmente a partir de 2004, quando reuniram-se os grupos dispersos que tentavam dar uma unidade ao integralismo através do Iº Congresso Integralista para o Século XXI, mas que não foi muito bem sucedido, pois as ramificações continuaram, marca dos diversos grupos que hoje existem.
Devido as redes sociais, eles estão presentes em todo o Brasil, mas vejo que Rio de Janeiro e São Paulo tem uma maior expressão.
Fórum – Você acha que a recente cobertura da mídia de pequenas manifestações desses grupos tenha incitado outros grupos neo-integralistas, não necessariamente alinhados aos que apareceram, a se manifestarem?
Leandro – No dia 16 de dezembro eu fiz uma postagem no twitter, quando divulguei a reportagem do Estadão comentando superficialmente algo a respeito. Copio abaixo:
O Integralismo está na mídia! Nos últimos dias uma série de matérias jornalísticas foram publicadas sobre o integralismo brasileiro, seja na busca de relações analíticas com a contemporaneidade ou com o propósito de refletir sobre o passado da extrema-direita brasileira. [1]
Para o pesquisador do integralismo é muito bom, pois o seu objeto está cada vez mais em evidência e mostra a relevância de um tema que foi visto como periférico e marginalizado na historiografia. [2]
Mas, ao mesmo tempo, contribui para dar voz aos grupelhos que hoje não possuem voz alguma, encorajando muitos jovens a gritar o Anauê! [3]
Por muitos anos, o integralismo e o estudo da direita foram marginalizados pela historiografia. Lembro de uma edição especial, em dezembro de 2005 da saudosa revista Caros Amigos, com um dossiê voltado para o estudo da direita. A justificativa emitida pela redação, ao analisar a necessidade de conhecer e estudar o tema, foi justificada pela necessidade de conhecimento do conservadorismo brasileiro: “A direita brasileira é uma das mais espertas do mundo, porque entregou a pesquisa universitária à esquerda, para que esta estudasse os movimentos populares e assim ela ficaria bem informada – enquanto praticamente não há quem estude a própria direita e as elites em geral”.
E é isso mesmo. Por anos, a universidade estudou, financiou e incentivou apenas o estudo da esquerda, no que tange a História Política, deixando a direita em um espaço de desconhecimento (e associando quem estuda a direita como um defensor do espectro). Quantas vezes eu não fui questionado se não era integralista por estudar o integralismo?!?
Nos anos 70 o Florestan Fernandes escreveu: “Hoje está na moda dizer-se que se deve estudar o integralismo. Não compartilho dessa opinião.” Entendo as palavras do sociólogo, mas não concordo, pois é preciso dar voz e conhecer aqueles que assumem uma posição de força e opressão, entretanto, quando a mídia trata o tema, um lado sensacionalista e caricaturado é muitas vezes estabelecido.
Como disse, em hipótese alguma, acho que deva ser um objeto de pesquisa ignorado, mas quando o tema sai dos muros acadêmicos, para o público geral, deve ser tratado com cautela. Sei que o leitor tem curiosidade em saber quem são, onde vivem… Mas acho que as falas públicas dos militantes deveriam ser mais dosadas, ao contrário do pesquisador. Participei recentemente de algumas excelentes reportagens na Folha de São Paulo, com algumas jornalistas excelentes. O Estadão fez uma matéria muito boa com o meu colega de departamento da UFJF, Odilon Caldeira, entretanto, sinto que, em troca de likes, em alguns momento, a voz do militante ecoa mais que a voz do pesquisador.
Fórum – Você acha que poderia haver um movimento maior de repressão à esquerda depois do ato, ainda que eles estejam, de certa forma, alinhados ideologicamente com o governo fascista?
Leandro – Ontem mesmo quando o vídeo foi divulgado eu pensei nisso… Creio que, dependendo dos rumos das investigações, o governo pode, sim, endurecer e aplicar a lei anti-terror… Mas ainda acho cedo, porque o principal no momento é identificar a veracidade do vídeo, dos autores e dos elementos que estão por trás do ato.
Fórum – Os integralistas sempre foram alinhado com os católicos. Você acha que poderia existir um braço evangélico neo-integralista?
Leandro – O integralismo tem a defesa do cristianismo e não só o catolicismo. Aqui em Juiz de Fora mesmo, o integralismo nos anos 30 foi fundado dentro da Igreja Metodista. No Rio Grande do Sul, a base foi o Luteranismo. Tinham espíritas kardecistas no movimento dos anos 30, mas obviamente, a base central foi o catolicismo, devido a liderança e discurso do Plínio Salgado, que era um homem muito católico. A defesa gira em torno dos elementos católicos (inclusive no passado alguns neo-integralistas ensaiaram uma aproximação com a TFP, nitidamente católica), mas nada impede um protestante ser integralista.

Polícia do Rio diz que terrorismo contra Porta dos Fundos não foi terrorismo

Polícia do Rio diz que terrorismo contra Porta dos Fundos não foi terrorismo

Embora a produtora O2, que filma os programas do Porta dos Fundos, tenha sofrido um atentado terrorista a bomba na semana passada, a polícia civil do Rio de Janeiro negou que o ato tenha sido terrorismo – o que abre espaço para novos atentados no Brasil; retaliação ao Porta dos Fundos se deu em razão de um especial que mostrou um Jesus Cristo gay
Porta dos Fundos
Porta dos Fundos (Foto: Divulgação)
 
247 - Embora a produtora O2, que filma os programas do Porta dos Fundos, tenha sofrido um atentado terrorista a bomba na semana passada, a polícia civil do Rio de Janeiro negou que o ato tenha sido terrorismo – o que abre espaço para novos atentados no Brasil, como destacou o escritor Paulo Coelho. 
 Retaliação ao Porta dos Fundos se deu em razão de um especial que mostrou um Jesus Cristo gay.
O secretário Marcus Vinícius Braga e outras autoridades da Polícia Civil receberam na manhã de hoje o ator João Vicente, que representou o Porta dos Fundos ao lado do advogado do grupo, os delegados Fábio Barucke, subsecretário Operacional da Polícia Civil, e Marco Aurélio Ribeiro, titular da 10ª DP (Botafogo) e responsável pela investigação, informou o Portal UOL. 
A Lei Antiterrorismo, sancionada em 2016 pela ex-presidente Dilma Rousseff diz que "o terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública".
Apesar disso, o secretário Marcus Vinícius Braga, disse que "terrorismo não é hipótese investigada"

Os destaques da manhã no 247

Bolsonaro impôs a Moro sua maior derrota, diz Bernardo Mello Franco

Folha denuncia desastre da gestão de Ernesto Araújo e aponta Brasil de joelhos diante dos Estados Unidos

Polícia já tem como identificar terroristas que atacaram produtora do Porta dos Fundos

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