Oex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) concedeu entrevista na tarde desta segunda-feira (26), em Salvador, para se defender da acusação de que teria recebido R$ 82 milhões em propina no processo de reforma do estádio Arena Fonte Nova, na capital do estado.
"Eu não sei de onde tiraram aquele valor de R$ 82 milhões, e acho estranho que, antes da investigação chegar ao fim, alguém já se pronuncie nesses termos [...] Então, repilo a ideia de receber propina. Nunca recebi e nunca pedi propina", disse o petista, segundo o G1.
Atualmente secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, ele comentou também a eventual motivação política das acusações: "Quando a gente chega no ano eleitoral, efetivamente, eu sou citado como plano B, o Haddad é citado como plano B, e também foi contra ele aberto um inquérito. Eu então, eu prefiro que as coisas se esclareçam para que eu possa me defender".
Sem plano e nomes, Temer improvisa na Segurança Pública
Michel Temer volta a mexer no tabuleiro e anunciou a que o Ministério da Defesa voltará a ser comandado por um militar, tirando Raul Jungmann do cargo para que assuma o provisório Ministério da Segurança Pública. As medidas devem ser oficializadas ainda nesta segunda-feira (26), por meio de medida provisória.
Reprodução da Internet
Jungmann troca de cadeira e sai da Defesa para o improvisado e provisório Ministério da Segurança
A ida de Jungmann para o novo ministério demonstra que o governo está com dificuldades para encontrar aliados que assumam as ações do governo. O nome de José Beltrame, ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, foi cotado para o cargo, sendo a segunda vez que Beltrame teria recusado ocupar cargo no governo. Chegaram a apelar para o nome do ex-governador de São Paulo Luiz Antônio Fleury, que era o governador durante o massacre do Carandiru. Mas ele também teria recusado.
Jungmann foi a solução caseira para a questão, o que não muda em nada o cenário já existente.
Fontes do governo dão conta de que o Planalto chegou a avaliar o nome do general Sérgio Etchegoyen, ministro do gabinete de Segurança Institucional, mas, pelo fato dele ser militar, esta opção foi descartada, por conta da reação que poderia gerar com mais um general no governo, já que decidiu colocar um na Defesa e outro como interventor federal no Rio de Janeiro.
O general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-executivo, vai assumir interinamente o comando do Ministério da Defesa. Ele é conhecido pela sua capacidade técnica e administrativa, já que está há alguns anos na função.
No entanto, há uma quebra de tradição simbólica para o país que, desde 1999, teve o comando da Defesa nas mãos de civis. Porém, o governo optou em minimizar o impacto, já que não encontrou um nome civil para comandar a Defesa e um nome qualquer poderia gerar mais problemas, tanto na política como com os militares que foram empurrados mais uma vez para cumprir papel que está fora de sua função. Com isso, Temer tenta ganhar uns pontos com os militares que já se posicionaram contra o desvio de função das tropas.
A medida do governo também reforça que Temer tem tratado o assunto da segurança pública de forma improvisada. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse o governo não pretende criar muitos cargos de comando e a transferência de departamentos que já estão em operação e com suas políticas definidas. Ou seja, tudo permanece como está.
O único plano do governo é o que foi apresentado no ano passado, sem resultados efetivos. Lançado em janeiro de 2017, como resposta a uma série de chacinas no sistema penitenciário, o Plano Nacional de Segurança tinha várias metas, e nenhuma delas foi alcançada e o governo diz que vive um processo de “reformulação”.
De acordo com matéria do jornal O Estado de S. Paulo, dez das mais importantes metas traçadas pelo então ministro Alexandre de Moraes, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo diz ter cumprido uma, ao produzir estatística nacional para mensurar a atividade da polícia judiciária. “Mas, como não há divulgação, não foi possível avaliá-la”, disse o jornal.
Ainda de acordo com a publicação, das seis metas não cumpridas, três sequer saíram do papel ou foram abandonadas, e três começaram a ser executadas, mas estão longe do que foi proposto originalmente.
Na matéria, a ex-diretora da Secretaria Nacional de Segurança e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Isabel Figueiredo, afirma que há falta de direção na política para a área. "Nenhum vento ajuda o barco que não sabe para onde quer ir. Fica à deriva. O governo propõe respostas imediatas para crises que são, na verdade, não respostas. Passou da hora de se pensar apenas em sensação de segurança e discutir Segurança propriamente dita."
Sérgio Moro, como seus fãs, só aceita bandidos de estimação.
Em despacho negando pela quarta vez a oitiva de Rodrigo Tacla Durán pedido pelos advogados de Lula, Moro explicou seus critérios de seleção de interrogados.
“É certo que criminosos podem ser ouvidos em Juízo e vários, aliás, foram ouvidos perante este Juízo em processos da Operação Lava Jato”, disse.
PUBLICIDADE
“Mas, neste caso, normalmente após terem celebrado um acordo de colaboração e assumido o compromisso de dizer a verdade. E aos seus depoimentos só se concedeu credibilidade quando corroborados”.
Por “verdade”, obviamente, entenda-se o que o magistrado e a turma querem ouvir.
Ao final, uma bandeira do quanto o ex-advogado da Odebrecht o incomoda.
“Como se não bastasse, Rodrigo Tacla Duran, ciente dos processos contra ele instaurados, fugiu do país e inventou estórias contra pessoas relacionadas a este julgador e ainda contra os membros do MPF, a fim de forçar uma situação de impedimento ou suspeição, embora, destituído de conhecimento jurídico, não tenha atentado ao art. 256 do CPP.”
O tal artigo sustenta que “a suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la”.
Porto Maravilha corre o risco de parar novamente em 2018
Prefeitura diz que serviços na região podem ser suspensos por falta de dinheiro;mais da metade dos empreendimentos não colabora financeiramente com a operação
A crise econômica atracou nos últimos anos no cais do Porto Maravilha. Às vésperas de completar nove de seus 30 anos de vida, a operação ficou refém do seu gigantismo e enfrenta dificuldades para pagar o consórcio formado pela Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia, que faz obras e serviços como limpeza de ruas e coleta de lixo na região.
Em entrevista exclusiva, Antônio Carlos Mendes Barbosa , presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (CDURP), admite a possibilidade do projeto ficar sem caixa este ano.
“É possível, mas não sei dizer a probabilidade de isso acontecer”, confirmou o economista, que participou da campanha da candidatura de Marcelo Crivella em 2016 e, no início do ano passado, assumiu o órgão municipal responsável pelo Porto Maravilha.
Para Mendes Barbosa, tudo vai depender do Fundo de Investimento Imobiliário do Porto Maravilha, controlado pela Caixa Econômica Federal (CEF). “Quem comprou os terrenos e/ou Cepacs têm o compromisso de dar liquidez”, diz ele, referindo-se à obrigação de a CEF garantir recursos. “Tenho conversado tanto com gestores quanto com cotistas do fundo sobre isso”, completa.
Segundo o fluxo planejado, os Cepacs pagariam as empreiteiras, que se tornaram responsáveis não só por obras como também por serviços que no resto da cidade são realizados pela prefeitura, como a coleta de lixo. O problema é que foram poucos os compradores, e os Cepacs estão encalhados.
Não há novos projetos licenciados com consumo de Cepacs no Porto Maravilha desde meados de 2015.
A última licença para compra de títulos foi em meados daquele ano. Muitas vezes a CEF preferiu entrar como sócia nos negócios em vez de somente vender os Cepacs.
O resultado? O fundo controlado pela CEF declarou em maio de 2016 falta de dinheiro em caixa (iliquidez) para pagar a parceria público-privada (PPP) com as empreiteiras. Em julho de 2017, após meses sem receber, a concessionária formada por essas empresas suspendeu as atividades na região.
Em novembro do ano passado, os trabalhos foram retomados, mas as perspectivas futuras ainda são incertas.
Só 15% dos empreendimentos financiaram a operação
Entre os 77 empreendimentos do mercado imobiliário licenciados, mais da metade (48) não consumiu nem consumirá nenhum Cepac, ou seja, não injetará recursos na PPP. Isso porque são apenas reformas ou estão fora das áreas autorizadas para aplicação dos Cepacs. 17 podem ou não utilizá-los e somente 12 já consumiram Cepacs, mas isso não significa que estejam concluídos.
A conclusão é do Observatório das Metrópoles, que durante três meses foi a campo para percorrer as iniciativas do mercado imobiliário na região. O objetivo era checar em que pé estão as iniciativas já licenciadas.
A Pública teve acesso aos resultados da primeira fase do projeto, ainda inédito. O mapeamento mostra em números as dificuldades de o Porto Maravilha deslanchar.
“No geral, há uma baixa intensidade de novas construções, que pode não ser suficiente para sustentar a operação”, analisa Orlando dos Santos, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do projeto. Porém, ele ressalta que, apesar da crise, nem tudo está parado no Porto Maravilha. “Há coisas acontecendo, mas são em setores específicos, como na praça Mauá”, pondera.
Feito com base no mapa de empreendimentos e nos relatórios disponibilizados pela Cdurp, o levantamento revelou que 57 dos 77 empreendimentos são comerciais. Há sete que são residenciais, mas o prometido “uso misto” dos imóveis ainda é minoria, somando quatro iniciativas.
A maior parte das construções nem sequer saiu do papel. Das 35 identificadas, 23 não iniciaram e duas estão com as obras paradas. Por outro lado, 13 das 35 reformas licenciadas foram concluídas e seus estabelecimentos estão em funcionamento.
“Os licenciamentos anunciados para uso comercial dificilmente vão sair do papel nos próximos anos. Mas as reformas podem envolver também uma aposta de valorização”, nota Mariana Werneck, pesquisadora do Observatório. Ela vê um lado positivo na pequena venda de Cepacs: “Caso contrário, veríamos mais despejos de ocupações e pequenos negócios sofrendo pressões para serem substituídos por outros mais ‘gourmetizados’”.
A pesquisa identificou também quais são as empresas por trás dos empreendimentos do Porto Maravilha. Há desde iniciativas internacionais, como o Google e a Landmark Properties, quanto velhos conhecidos dos brasileiros, como o Opportunity de Daniel Dantas, envolvido em diversos casos de corrupção nos últimos anos.
Raio-X do Porto Maravilha
Levantamento inédito do Observatório dos Metrópoles no Porto Maravilha mostra predominância de empreendimentos comerciais, baixo consumo de CEPACs e construções paradas. O gráfico elaborado pela Pública mostra os empreendimentos únicos identificados pela pesquisa,
A pesquisa focou nos empreendimentos de mercado que foram licenciados na região.
Dentre os 27 empreendimentos públicos licenciados, os dois que receberam mais recursos da Operação para promoção do patrimônio cultural na região estão diretamente ligados às Organizações Globo. Com a gestão de Eduardo Paes (PMDB) na Prefeitura, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio levaram mais de 70% do total de R$ 122 milhões dedicados ao tema na operação do Porto Maravilha.
Mais um nó financeiro para retomar operação
Ainda que o fundo da CEF seja o responsável por gerar recursos, quando o seu orçamento apertou, sobrou para os cofres municipais cobrir os rombos da operação em 2017. A solução encontrada foi mais um nó num fluxo financeiro já intrincado. A prefeitura pegou um empréstimo com a CEF para comprar Cepacs do fundo controlado pelo mesmo banco.
Mesmo em princípio sendo contra a recompra dos títulos, a nova gestão da prefeitura do Rio, comandada por Marcelo Crivella (PRB), topou o acordo, desde que a CEF pagasse de volta o valor do empréstimo com correções. Segundo Mendes Barbosa, não há prazo para isso, mas a transferência ocorrerá quando o fundo da CEF voltar a ter liquidez.
“Apesar da estrutura sofisticada de garantias e fluxos financeiros, no limite quem arca com o ônus do contrato é o município. Recomprar os Cepacs da Caixa para garantir o fluxo de recursos para o contrato é uma opção. Cancelar o contrato, outra. É preciso avaliar as alternativas postas”, analisa a arquiteta Camila Maleronka, cuja tese investiga as Operações Urbanas Consorciadas, modelo adotado no Porto Maravilha. Ou seja, no final quem paga é o contribuinte.
Ao mesmo tempo, para além da PPP já firmada, a prefeitura planeja novas intervenções no local. Uma das propostas da gestão de Marcelo Crivella é esticar o caminho de pedestres até a rodoviária, criando o que chama de o “maior bulevar do mundo”.
Há também o Porto 21, projeto para estimular a instalação de empresas de tecnologia no Porto Maravilha. A iniciativa é encabeçada por Clarissa Garotinho, secretária Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação. A Pública tentou entrevistá-la, mas foi informada em fevereiro de que o prefeito Marcelo Crivella proibiu seus secretários de falar com a imprensa.
O repórter recebeu uma bolsa do Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e Lincoln Institute for Land Policy.
Amor, ironicamente, está escrito na camiseta, apenas.
No resto é espanto, destes que faz a gente torcer as mãos, só para ter uma mão qualquer que segure a nossa na hora do medo, ainda que, por falta de outra, seja a mão de nós mesmos.
Não sei seu nome, mas não importa. Mesmo pequeninos na imagem, seus olhos contam tudo, falam da história de três anos de vida numa quase ruína, num quase escombro, o único castelo de princesa que já conheceu.
Menininha, como fazer para não ouvir, ao te ver, os versos do Vinícius…
Menininha, que graça é você/Uma coisinha assim/Começando a viver/Fique assim, meu amor/Sem crescer/Porque o mundo é ruim, é ruim e você/Vai sofrer de repente/Uma desilusão/Porque a vida é somente/Teu bicho-papão
O bicho-papão vem assim, sem reparar que se veste de verde – que é a cor com que se desenha os monstros -, que usa máscara para que você não veja que são gente fantasiada, os clóvis, os bate-bola de um carnaval mórbido e tardio, que percorre as vielas de teu mundo, mundo da favela, onde você teima em brotar, como uma flor sem nome, mas com esse rosa – e rosa-choque! – para gente que não mais se choca.
Não, menina, a cena que te assusta não será revivida em divãs, não será tema de séries “cult”, não terá um pintor que a retrate, que nem mesmo valerá uma crônica senão esta, pobre e limitada, que é só o que posso te dar.
Posso apenas te prometer, talvez falsamente, que há gente que ainda tem escrito no peito o que você tem: love. Em inglês, português, em árabe, em francês , em sânscrito, em hebreu, em qualquer língua do esperanto que é a humanidade.
E que não tem, nem nunca terá medo do bicho-papão que faça te abandonar, sozinha, a torcer as mãozinhas.
PS. A foto vai sem crédito porque não o achei, e ao autor anônimo aplaudo a delicadeza.
Janio de Freitas, hoje, na Folha, escreve no mesmo entendimento que se expôs aqui – mais fácil de perceber aos cariocas, que olham a realidade ao vivo e não na mídia, apenas – que “a delinquência que faz o pânico e o clamor da população não é a mesma vista como “o problema da criminalidade” pelas áreas específicas dos governos, entre os militares e no alto Judiciário”
Tantas vezes fatais, o assalto aos celulares, relógios, bolsas e joias; o ataque armado para tomar o carro ou a moto, os arrastões, os roubos a lojas e seus clientes, tudo em números alarmantes, criam o medo de sair à rua e a insegurança em casa. Esses crimes de varejo, que não têm lugar nem hora para acometer, hoje são um sistema próprio. Como um costume, tamanha é sua difusão. Não se confundem com o narcotráfico das concepções oficiais.
O crime “organizado” – e nem tanto, porque repartido em chefes, prepostos, chefetes e gerentes – atormenta os pobres da mesma maneira que as “operações” e “batidas” policiais e/ou militares atormenta: cerceia o direito de ir e vir, controla, humilha, exibe armas pesadas, intimida.
Nem uma, nem duas vezes apenas vi cenas de soldados gritando – como é comum a polícia e o tráfico fazerem -, com a diferença que agregam a palavra “cidadão” que, aos berros, acaba tomando o sentido contrário ao que tem ou deveria ter.
O (ex?) governador Pezão é um mulambo, mas não se pode fechar os ouvidos ao que disse sobre “segurança é ter uma carteira assinada”. O Rio de Janeiro, em três anos, viu desaparecerem mais de um milhão de empregos, num salto de 157% no número de desocupados, grande parte da construção civil e outras áreas que se animavam pela atividade petroleira.
Pior, e só um pouquinho, só Santa Catarina, onde a coisa anda feia também, com carros e ônibus sendo incendiados.
Junte um exército de jovens sem trabalho, uma polícia corrupta e um núcleo de tráfico em cada comunidade e não é preciso ser adivinho para saber no que dá este caldo.
Trabalho e educação não merecem intervenção federal. Repressão, sim.
Postas a enxugar gelo, por mais senso e equilíbrio que tenham, sobrará às Forças Armadas exercitar uma repressão censitária, voltada para comunidades que trocam o sobressalto de fuzis de bermudas e sandálias pelos de farda e botinas.
Cumprindo sua missão de espetacularizar o que deveria ser coisa séria, O Globo hoje dá manchete a um monte de bobagens envolvendo o uso de forças especiais do Exército Brasileiro, que imaginam como “Seals”, os “comandos” do exército americano.
E se não é bobagem, antes fosse, porque do contrário seria colocar o Exército Brasileiro em missões secretas de extermínio.
Admitamos, porém, que estas forças “secretas” estejam sendo empregadas, como diz o jornal, com todo o aparato bélico que lhe atribui, para missões de reconhecimento e definição de alvos e das abordagens que eles terão.
Os “rambos”, diz o jornal, subiriam à noite os morros portando mochilas com até 35 kg de armamentos, granadas, munições e explosivos diversos. Mais o fuzil, o capacete e o colete à prova de balas (nos níveis 3 ou 4, para resistirem a munição pesada), tem-se que o desafortunado Stallone andará morro acima, em trilhas e vielas, carregando 50 quilos. Um saco de cimento, portanto.
Que deslocamento, que agilidade, que capacidade de reação veloz ao perigo!
Pelo amor de deus, será que não têm respeito pela inteligência dos leitores ou dos planejadores de ação?
E metralhadora .50? Calibre para perfurar blindados, embora não se tenha notícias de blindados entre o inimigo.
Nem mesmo nova a apelação é.
Em 2007 o mesmo O Globo dava manchete e fotos para o inspetor Leonardo da Silva Torres, o “Trovão”, que fumava charutos e gabava-se de ter morto 19 em um só dia. Ele aparecia, em outros jornais, , numa viela juncada de corpos, trajando uma indumentária cenográfica igual, inclusive os mesmos alegados 35 kg na mochila, como você vê na imagem ao lado.
Quatro anos depois, “Trovão”estava preso por negociar fuzis e receber propina do tráfico, em troca de serviços e informações.
“Trovão” estava apenas repetindo, em atos, o que ouvia dele dizerem: era um herói de guerra, diante do território hostil e do inimigo morto. Tinha direito ao butim, como reflete hoje Nilo Batista em seu artigo no JB.
Supondo, como se espera, que o Exército não esteja enviando missões noturnas de extermínio e que a “barriga” de O Globo seja apenas devaneio de jornalistas embasbacados, loucos para serem “correspondentes de guerra” à distância de um táxi de suas vidinhas normais e das baladas de final de semana. a manchete deveria ser um alerta aos chefes militares responsáveis pela ação militar no Rio de Janeiro.
Se não desmentida e condenada, é um apelo à “rambização” das tropas e à ambição de qualquer tenente em ser “Trovão”.