quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Governo Bolsonaro acaba com subsídios do Minha Casa Minha Vida

Governo Bolsonaro acaba com subsídios do Minha Casa Minha Vida

O governo de Jair Bolsonaro acabou com o subsídio destinado ao programa Minha Casa Minha Vida nas faixas 1,5 e 2. As duas faixas são voltadas a famílias com renda de até R$ 4.000. A partir de agora, o FGTS passa a ser responsável por todo o pagamento
247 - O governo de Jair Bolsonaro acabou com o subsídio destinado ao programa Minha Casa Minha Vida nas faixas 1,5 e 2. As duas faixas são voltadas a famílias com renda de até R$ 4.000 e oferecem subsídio de até R$ 47.500.
Como informa reportagem da Folha de S. Paulo nesta terça-feira, 11, até esta semana, a União arcava com 10% da subvenção –os outros 90% ficavam com o FGTS. Entretanto, os R$ 450 milhões do Orçamento federal destinados a essa finalidade foram esgotados na última semana.
Pela portaria do ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, o FGTS passa a ser responsável por todo o pagamento. A regra é válida apenas até dezembro deste ano, mas os ministérios de Desenvolvimento Regional e da Economia, além da Caixa, estudam ampliar a nova regra para 2020.
De acordo com a pasta, em 2019, o governo liberou R$ 3,27 bilhões para o Minha Casa Minha Vida, sendo R$ 2,82 bilhões para a Faixa 1, valor que corresponde a 86,2% dos investimentos. Já as faixas 1,5 e 2 receberam R$ 450 milhões.

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Lava Jato mandou agentes truculentos e com metralhadoras em casa com criança de 7 anos

Lava Jato mandou agentes truculentos e com metralhadoras em casa com criança de 7 anos

Em ato de desprezo pelo Estado Democrático de Direito, a Lava Jato colocou na presença de uma criança de 7 anos agentes armados com metralhadoras que invadiram a casa de sua mãe em maio de 2018. O objetivo era obrigar o avô da criança o empresário Raul Schmidt, a entregar-se. Segundo revelação do Intercept, os policiais federais que invadiram a casa exigiram "aos berros", com metralhadoras, que ela revelasse o paradeiro de seu pai, para "evitar dor de cabeça para seu filho'", referindo-se à criança de sete anos
(Foto: Reuters)
247 - Em ato de desprezo pelo Estado Democrático de Direito, a Lava Jato colocou uma criança de 7 anos sob a mira de metralhadoras ao invadir a casa de sua mãe em maio de 2018. O objetivo era obrigar o avô da criança o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, a entregar-se. Segundo revelação do Intercept, os policiais federais que invadiram a casa  exigiram "aos berros", com metralhadoras, que ela revelasse o paradeiro de seu pai, para "evitar dor de cabeça para seu filho'".
A operação aconteceu no Rio de Janeiro, em 24 de maio do ano passado, Quatro dias depois em pedido de habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, os advogados de Nathalie Angerami Priante Schmidt Felippe informaram que "três agentes da Polícia Federal portando metralhadora ingressaram na residência da paciente de forma truculenta, exigindo, aos berros, que ela revelasse o atual paradeiro do seu genitor, sob ameaça de 'evitar dor de cabeça para seu filho'", referindo-se à criança dela, um menino então com sete anos.
"O MPF apelou a Moro mirando na filha do investigado: queria que o passaporte de Nathalie fosse cassado e que ela fosse proibida de sair do Brasil. O plano era forçá-lo a se entregar para evitar mais pressão sobre a filha", diz a matéria. 
Posteriormente, Moro reconheceu: "não havia comprovação suficiente de culpa e que o nome dela era inédito nas investigações até ali", disse ele (veja mais aqui).

Com apoio do Brasil e dos EUA, OEA aprova tratado que abre a porta para intervenção militar na Venezuela

Com apoio do Brasil e dos EUA, OEA aprova tratado que abre a porta para intervenção militar na Venezuela

Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou projeto apresentado por aliados do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que prevê a a convocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar), o que praticamente abre as portas para uma intervenção militar no país sul-americano. Doze dos dezoito países-membros do Tiar votaram a favor do projeto apresentado pelas Missões Permanentes do Brasil, Colômbia e EUA
Líder da oposição venezuelana Juan Guaidó
Líder da oposição venezuelana Juan Guaidó (Foto: REUTERS/Manaure Quintero)
247 - A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou um projeto de resolução apresentado por aliados do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, que prevê a a convocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar), o que praticamente abre as portas para uma intervenção militar no país sul-americano. 
Doze dos dezoito países-membros do Tiar votaram a favor do projeto apresentado pelas Missões Permanentes do Brasil, Colômbia e Estados Unidos, que vem defendendo abertamente uma intervenção contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Apenas cinco países, entre eles o Uruguai e o México, se posicionaram contra a medida. 
Uma reunião com os ministros do Exterior dos países-membros pra tratar da crise venezuelana será convocada para a segunda quinzena de setembro. De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, Guaidó não teria, no momento, interesse em uma intervenção armada, mas em ações como a ruptura de comunicações e na interrupção de relações diplomáticas com o governo Maduro. 
Na reunião, o Uruguai ressaltou que o Tiar deve ser empregado em casos de “ataques externos”, não tendo aplicação na crise interna da Venezuela. O México, que não faz parte do pacto, afirmou considerar “inaceitável” o uso político do Tiar, que possibilita o uso de uma intervenção militar em um país latino-americano, o que vai de encontro aos fundamentos da própria OEA. Os representantes da Bolívia abandonaram a reunião em repúdio às discussões sobre o assunto.  

Debate na UFPB

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Carluxo disse o que o pai pensa, diz Bernardo Mello Franco ATÉ "o globo" JÁ SENTE O CHEIRO DE DITADURA!

Carluxo disse o que o pai pensa, diz Bernardo Mello Franco

"O novo surto de Carlos Bolsonaro espelha as ideias autoritárias do pai. Jair foi eleito nas urnas, mas nunca escondeu o desprezo pela democracia", afirma o colunista Bernardo Mello Franco, do Globo, sobre as tentações autoritárias do clã Bolsonaro
(Brasília - DF, 07/09/2019) Desfile Cívico por ocasião do Dia da Pátria.
(Brasília - DF, 07/09/2019) Desfile Cívico por ocasião do Dia da Pátria. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
247 – Não é apenas Merval Pereira quem protesta contra o viés autoritário do clã Bolsonaro no jornal O Globo desta quarta-feira. A mesma postura foi adotada pelo colunista Bernardo Mello Franco, no artigo Carlos Bolsonarodisse o que o pai pensa.  "O novo surto de Carlos Bolsonaro espelha as ideias autoritárias do pai. Jair foi eleito nas urnas, mas nunca escondeu o desprezo pela democracia. Em oito mandatos na Câmara, notabilizou-se por exaltar a ditadura, enaltecer torturadores e desdenhar a participação popular na política", afirma.
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"O exercício do poder ensinou ao capitão que a pregação golpista tem outra utilidade. Além de mobilizar eleitores radicais, ela serve para mascarar fracassos administrativos. Quando não consegue aprovar projetos, Bolsonaro ataca o Congresso e culpa a 'velha política'”, afirma. "O vereador Carlos recorreu à mesma fórmula em seu tuíte contra as 'vias democráticas'. Ao escrever que 'a transformação que o Brasil quer' não acontecerá pelo caminho institucional, o Zero Dois justificou a paralisia do governo e municiou os extremistas que o apoiam cegamente. Carluxo tem a quem puxar", conclui.

Merval, da Globo, diz que clã Bolsonaro tem viés autoritário e defende cassação de Carluxo ATÉ A GLOBO...

Merval, da Globo, diz que clã Bolsonaro tem viés autoritário e defende cassação de Carluxo

O colunista Merval Pereira, do Globo, que é quem melhor expressa a posição da família Marinho, publica nesta quarta-feira um artigo sobre as "bravatas autoritárias" da família Bolsonaro – a mais recente a do vereador Carlos, que disse não ser possível promover mudanças rápidas numa democracia. "Os Bolsonaro têm uma visão de democracia muito relativa. Em qualquer estado do Brasil, um vereador que escrevesse o que ele escreveu, estaria sendo passível de cassação diante de uma comissão de ética", diz ele
247 – O jornalista Merval Pereira, principal colunista político do jornal O Globo, grupo de comunicação que foi decisivo na construção do golpe de 2016, que abriu as portas para a ascensão do neofascismo no Brasil, agora se queixa das tentações autoritárias do clã Bolsonaro. "Não, não é coincidência, nem má interpretação. A família Bolsonaro vem, há anos, dando sinais de que não considera a democracia um valor em si mesma", escreve ele.
"A família Bolsonaro costuma fazer comentários que soam como uma ameaça à democracia. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que quer ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos, já disse que para fechar o STF basta um soldado e um cabo", afirma ainda o jornalista.
Em outro trecho, ele chega a sugerir a cassação do vereador Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo. "Os Bolsonaro têm uma visão de democracia muito relativa. Em qualquer estado do Brasil, um vereador que escrevesse o que ele escreveu, estaria sendo passível de cassação diante de uma comissão de ética. Não se comportou como exige o decoro parlamentar", afirma. "Essa de Carlos Bolsonaro, como as anteriores de seu irmão Eduardo, e do pai, são bravatas típicas de políticos autoritários, e no momento não encontram eco na realidade. As instituições que o presidente ataca com frequência, Congresso, Judiciário, imprensa, reagem a cada tentativa de ultrapassar os limites democráticos. Não se pode normalizar uma declaração dessas", conclui.

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Como a Globo chocou o seu ovo da serpente, por Luis Nassif


Como a Globo chocou o seu ovo da serpente, por Luis Nassif

Assim como a Lava Jato, a Globo tornou-se vítima de seu excesso de poder.
No período áureo do chamado jornalismo de esgoto, Veja se incumbia das fake news, Globo dava dimensão nacional às matérias, mas sem sujar as mãos: limitava-se a repercutir no Jornal Nacional todas as capas da Veja.
Anotei, na época, que a Globo era a melhor não apenas por ser a maior, mas por ter a melhor visão estratégica da instrumentalização do jornalismo.
Corrijo: a Globo cavou sua própria sepultura com a estratégia do impeachment, de se aliar a Eduardo Cunha e acelerar a queda de Dilma Rousseff. O epitáfio está na matéria de hoje, da Folha, sobre os planos de expansão da Amazon no Brasil. O Pacote Prime, a R$ 9,90 por mês, dará acesso a filmes, música, livros, jogos, revistas. Mas não apenas isso: a frete grátis para todo o país, na compra de produtos da Amazon.
O modelo de negócios da Time, nos anos 50, incluía catálogo de vendas, se não me engano de produtos da Sears. Era uma maneira de aproveitar o fator público e a rede de distribuição para expandir o catálogo de produtos seu serviço de logística para toda sorte de produto.
A Amazon nem precisa de parceria. Já faz as vendas de livros eletrônicos, montou um eficientíssimo sistema de logística, tem catálogo de filmes, paga as editoras à vista, em vez do consignado. E há um mês contratou João Mesquita, executivo que dirigia a Globoplay, principal projeto da Globo para enfrentar a Netflix, a Amazon e outras empresas OTT (de streaming de vídeo). Também deu início às co-produções exclusivas.
Não é a única frente no caminho da Globo. Em publicidade, Google e Facebook já ultrapassaram a Globo no Brasil. Cada uma delas, incluindo a Amazon, vale 30 Globos em faturamento e 200 em valor de mercado. Os grandes grupos internacionais de mídia estão se juntando aos de comunicação, casos como Comcast/Universal ou AT&T/HBO, Time Warner. E, internamente, enfrentará cada vez mais a aliança Bolsonaro com Record e SBT.
A Globo terá que se juntar ao Magazine Luiza se quiser enfrentar a Amazon e dificilmente terá condições de comprar o próximo Brasileirão sem um parceiro internacional.
Em 2015, um acordo com PT e com Dilma poderia ter sido a salvação da Globo. Toda a lógica econômica de Dilma era de fortalecimento de empresas nacionais. Não haveria maiores dificuldades para aceitar uma política similar às dos países europeus, regulamentando e controlando as gigantes de tecnologia americana, como Google, Facebook e Amazon.
Do mesmo modo, a Globo nunca aceitou uma Lei Geral das Telecomunicações, confiando em seu poder de lobby individual. Uma Lei da Mídia protegeria a Globo. Dificilmente haveria TVs de bispos ou uma SBT devendo mais de R$ 4 bilhões no CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
Agora, a Globo está sozinha, com os Bolsonaro e seu internacionalismo raso tratando-a como inimiga e pretendendo abrir todas as facilidades para a entrada de grupos estrangeiros. Assim como a Lava Jato, a Globo tornou-se vítima de seu excesso de poder.
Mas era tão poderosa que podia se permitir ser defendida pelo seu então advogado, Luis Roberto Barroso, com um dos pareceres mais ridículos jamais escritos sobre o fenômeno da globalização das mídias:
 “A primeira questão a ser enfrentada diz respeito ao fato de que as empresas genuinamente brasileiras que atuam nesse mercado não podem ter mais de 30% de capital estrangeiro, por imposição constitucional. Admitir-se empresas com 100% de capital estrangeiro fazendo jornalismo ou televisão no Brasil não apenas viola a Constituição como cria uma competição desigual. Imagine se um jogo de futebol em que um dos times devesse observar as regras tradicionais e o outro pudesse pegar a bola com a mão, fazer faltas livremente e marcar gols em impedimento. A injustiça seria patente.”
Existem (…) razões mais substantivas para que as regras sejam mantidas e respeitadas. O Brasil é um país cioso de suas tradições culturais, que  incluem uma belíssima música popular, o melhor futebol do planeta, novelas premiadas mundo afora e cobertura jornalística acerca dos fatos de interesse nacional.
Entregar o jornalismo e a televisão ao controle estrangeiro poderia criar um ambiente de surpresas indesejáveis. No noticiário e na programação, teríamos touradas ou jogos de beisebol. Ou, quem sabe, de hora em hora, entraria em tela cheia a imagem do camarada Mao, grande condutor dos povos. Como matéria de destaque, uma reportagem investigativa provando que Carlos Gardel era uruguaio e não argentino. Pura emoção. À noite, um documentário defenderia a internacionalização da Amazônia.”

O GGN prepara uma série de vídeos explicando a interferência dos EUA na Lava Jato. Quer apoiar esse projeto? Acesse www.catarse.me/LavaJatoLadoB e saiba mais.

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A empáfia cega o arrogante. A outrora, todo poderosa vênus platinada não notou que os seus arranjos politiqueiros de tempos passados se tornaram inviáveis em tempos de www, onde o seu desejo de monopolizar a audiência - como foi por décadas - seria suplantado pelas gigantes mundiais, com os mesmos desejos monopolistas, porém com a força de suas plataformas. Ironicamente a globo está agora com seus canais no youtube e pode ser que, com o passar do tempo se torne isto, mais um dos milhões de canais a levantar recursos através do adsesnse. Em eras de informação solta, uma coisa é a de se transformar em plataformas (o que para ela só seria possível se o mercado aqui tivesse sido regulado e bastava "dificultar" para as estrangeiras, como por exemplo obrigá-las a recolher impostos no Brasil). Esta adesão cega ao deus mercado resolutor de todos os problemas, trouxe-lhe este beco escuro e sem saída. Acho que já comentei aqui que em meia década a globo não será nem sombra do que já foi. As novas gerações já sentem-se bastante servidas de produtores de conteúdos, que lhes abastecem e interagem com elas. O espectador hommersimsoniano está definhando no sofá. A televisão lhe deixou burro e apagado.
— Lúcio Vieira
Quanto ao jogo internacional, é pesadíssimo: A Amazon Espanha iniciou atividades faz pouco tempo e atende a Europa inteira em prazos impressionantes, coisa de 24 horas para qualquer produto e até menos. Por outro lado, a Aliexpress, pertencente à gigantesca Alibaba, rival chinesa da Amazon, abriu a primeira loja física no centro comercial Xanadú em Madrid, Espanha, faz uns dias. Havia uma fila de 48 horas! Quarenta e oito horas!!! No prédio onde vivo em Lisboa - um arranha-céus de 15 andares e 60 apartamentos! - cada dia que encontro o António, nosso carteiro, ele chega mais carregado de pacotes da China. Me conta que o seu trabalho se converte, cada dia mais, em entregador de produtos chineses. E assim caminha a humanidade. Resta saber onde chegaremos. Já a Grobo... Se fue... E já vai tarde!

É insensatez ignorar o golpismo do clã Bolsonaro, diz Miriam Leitão

É insensatez ignorar o golpismo do clã Bolsonaro, diz Miriam Leitão

Numa dura ofensiva contra o clã Bolsonaro, a Globo, que liderou o golpe de 2016 no Brasil e criou as condições para a ascensão do neofascismo no País, agora escala todos os seus colunistas para alertar contra o caráter autoritário do bolsonarismo. "Golpes às vezes são dados com o pretexto de acelerar mudanças econômicas. O presidente Bolsonaro, a sua família e alguns em seu entorno já louvaram tantas vezes as ditaduras que ignorar isso é insensatez", diz a jornalista Miriam Leitão
247 – O grupo Globo de comunicação, que chocou o ovo da serpente do fascismo no Brasil, ao liderar o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a campanha midiática pela prisão ilegal do ex-presidente Lula, agora se mostra preocupado com a escalada autoritária do clã Bolsonaro – o que é consequência da irresponsabilidade editorial da própria Globo. "Os períodos autoritários sempre nasceram simulando a defesa de ideias que não poderiam ser implantadas na democracia. As instituições democráticas seriam estorvo nessa visão autoritária. No Brasil, dizia-se que 1964 fora também contra a corrupção e a inflação. Quem conseguiu vitórias nas duas frentes foi a democracia. Golpes às vezes são dados com o pretexto de acelerar mudanças econômicas. O presidente Bolsonaro, a sua família e alguns em seu entorno já louvaram tantas vezes as ditaduras que ignorar isso é insensatez. Esse é o contexto da mensagem do segundo filho", escreve hoje a jornalista Miriam Leitão, no artigo A democracia como estorvo, sobre os ataques à democracia feitos por Carlos Bolsonaro, o Carluxo.
Miriam também critica o exibicionismo de Eduardo Bolsonaro com suas pistolas. "Em todos os gestos, os filhos do presidente se colocam como fidalgos, o que também não é democrático. Quem seria admitido em um grande hospital portando arma? Eduardo repetiu ontem o gesto na Firjan. Se virar embaixador nos Estados Unidos ele conseguirá embarcar, desembarcar, fazer diplomacia com a pistola no cinto?", questiona.
Ela também afirma que o atual governo, além de não gerar crescimento, também desmonta os órgãos de combate à corrupção. "A campanha inventou que o bolsonarismo era herdeiro da onda de combate à corrupção que já vinha ocorrendo pela via democrática. Prometeu também crescimento econômico. Nove meses depois, há evidentes ataques à operação de combate à corrupção, e a economia desacelerou da fraca retomada que chegou a esboçar em meados do ano passado. E isso está decepcionando quem acreditou nas promessas de campanha. Aí veio a tentativa de achar um culpado. No caso, seria a democracia. Até agora, o que houve foi o desmonte do combate à corrupção patrocinado direta ou indiretamente pelo grupo no poder", escreve.
"As palavras querem dizer o que elas dizem. Não adianta tentar consertá-las depois. Tratar como naturais declarações antidemocráticas só porque elas são recorrentes é deixar-se entorpecer pelo absurdo. É exatamente a repetição que as torna mais graves", conclui Miriam. Só faltou dizer "volta PT". 

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