terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Quer enganar a quem?

Tudo combinado!

Depois de “combater fake news”: TSE aprova contas da campanha de Bolsonaro por unanimidade

Publicado em 4 dezembro, 2018 10:48 pm
Reportagem de Bernardo Barbosa no UOL informa que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aprovou, com ressalvas, as contas da chapa formada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e por seu vice, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB). A decisão foi tomada por unanimidade em sessão na noite desta terça-feira (4) em Brasília. Independentemente do resultado, o julgamento das contas era necessário para a diplomação de Bolsonaro, marcada para segunda-feira (10) e o último ato antes da posse, em 1º de janeiro.
De acordo com a publicação, a chapa de Bolsonaro arrecadou mais de R$ 4,3 milhões e declarou gastos de R$ 2,4 milhões, segundo dados do TSE. O MPE (Ministério Público Eleitoral) se manifestou a favor da aprovação com ressalvas das contas, assim como os técnicos do TSE. Para os analistas da Asepa (Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias), houve “impropriedades e irregularidades que, no conjunto, não comprometeram a regularidade das contas”.
Segundo o relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, as ressalvas nas contas “se referem a quantias verdadeiramente inexpressivas” — segundo ele, R$ 5.200 referentes a doações de fontes vedadas por lei e R$ 3.075 de origem não identificada, completa o Portal UOL.
Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Globo/Jornal Nacional

Alarme do Ciberespaço! Tempo Real destruirá a Democracia

Alarme do Ciberespaço! Tempo Real destruirá a Democracia

 domingo, dezembro 02, 2018  Wilson Roberto Vieira Ferreira
Einstein teria falado sobre a “segunda bomba”: A bomba eletrônica, depois da atômica. Uma bomba na qual o que o tempo real é para a informação corresponderia ao que a radioatividade é para a energia. Em artigo de 1995, publicado na “Le Monde Diplomatique”, intitulado “Vitesse et Information: Alerte Dans le Cyberespace!”, o urbanista e pensador francês Paul Virilio alertava para o “grande evento que dominará o século XXI”: a corrosão da Democracia pelo tempo real das redes digitais. Um novo complexo militar que o Pentágono iniciava naquele ano – uma “revolução no exército junto com uma guerra do conhecimento que substituirá a guerra de campo”. Eram os esboços cibernéticos que hoje se transformaram em engenharia política. A vitória de Bolsonaro foi um dos laboratórios da corrosão da representação política pelo tempo real. E agora, os protestos dos “coletes amarelos” na França promete que essa engenharia será global.

Em postagens anteriores este Cinegnose cravava que não haveria eleições este ano. Afinal, para quê foi dado o golpe em 2016? Para todo o esforço da Guerra Híbrida iniciado em 2013 ser deixado a um arriscado resultado eleitoral? 
Como é dito em uma dura linha de diálogo no surpreendente final do filme Terra Prometida (2012 – clique aqui) de Gus Van Sant, “acha mesmo que deixaríamos algo assim cair nas suas mãos depois de deixa-los levar isso para uma eleição?... empresas como a Global não confiam em ninguém, assim que vencem. Vencem controlando qualquer resultado... e fazem isso jogando dos dois lados...”.
Estavam lá urnas eletrônicas, títulos eleitorais, postos de votação, eleitores e observadores internacionais que viram uma eleição acontecer. Pelo menos em sua forma houve uma espécie de processamento digital de votos, mas não uma eleição.
                  Assim como o Brexit e a vitória eleitoral de Trump, as eleições brasileiras de 2018 foram um ponto de inflexão, talvez sem volta, daquilo que o urbanista e pensador francês Paul Virilio considerava “o acidente de todos os acidentes”: como o tempo real da “bomba informática” iria destruir a Democracia.



O “Grande Evento”

 Em agosto de 1995, Paul Virilio publicava no “Le Monde Diplomatique” o artigo “Vitesse et Information: Alerte Dans le Cyberespace!” – “Velocidade e Informação: Alerta do Ciberespaço”. Nesse pequeno texto, Virilio descrevia o “grande evento que dominará o século XXI” que seria a invenção da perspectiva em tempo real substituindo a velha perspectiva tridimensional renascentista. À qual a Política e a Democracia são tributárias – a Política dependente de um lugar concreto (a cidade), a “democracia das festas políticas”.
A chegada ao poder do “golpista da mídia” Sílvio Berlusconi em 1994 seria apenas o prenúncio de uma tecnologia que reduziria os eleitores a espectadores onde “as pesquisas de opinião apurando votos reinariam”.

Paul Virilio (1932-2018)

Para Virilio, Einstein teria dito sobre a “segunda bomba”: “A bomba eletrônica, depois da atômica. Uma bomba na qual o que o tempo real é para a informação corresponderia ao que a radioatividade é para a energia”.
E essa “radioatividade” seria o tempo real da comunicação pelo computador – a instantaneidade, simultaneidade e ubiquidade que iriam aos poucos minar os fundamentos da democracia representativa. Nas palavras de Virilio:
Quando se levanta a pergunta sobre os riscos de acidentes na informação nas (super) estradas, o problema não está sobre a informação em si mesma, o problema está sobre a velocidade absoluta dos dados eletrônicos. O problema aqui é a interatividade. A ciência do computador não é o problema, mas a comunicação do computador, ou o (não completamente conhecido) potencial de comunicação do computador. Nos Estados Unidos, o Pentágono, o mesmo criador da lnternet, está falando até mesmo em termos de uma “revolução no exército" junto com uma "guerra de conhecimento" como a qual poderia substituir a guerra de campo, da mesma maneira que substituiu a guerra de corpo-a-corpo da qual Sarajevo é uma lembrança trágica e antiquada. (VIRILIO, Paul, “Vitesse et information: Alerte dans le cyberespace !”, In: Le Monde Diplomatique, 08/1995,clique aquiEm inglês clique aqui).

Esboços da Guerra Híbrida

Nos anos 1990, Virilio antevia aquilo que hoje chamamos de Guerra Híbrida, a guerra convencional transposta para ferramentas semióticas. Na qual o poder de agendamento da grande mídia se alia às estratégias de psicometria e manipulação de Big Data nas redes sociais. A representação política na esfera pública substituída pela apresentação em tempo real nas redes digitais.


Ao deixar a Casa Branca em 1961, Eisenhower alertou que o complexo militar-industrial era uma ameaça à Democracia. Um complexo similar ao que se formava em 1995: um novo complexo militar baseado nas tecnologias da informação. Naquele momento, líderes políticos norte-americanos como Ross Perot e Newt Gingrich falavam em “democracia virtual”.
“Como não se sentir alarmado? Como não ver os esboços cibernéticos se transformarem em uma engenharia política?”, indagava Paul Virilio.. E completava:
Há outra coisa de grande importância aqui: nenhuma informação existe sem desinformação. Um novo tipo de desinformação está em ascensão, que é totalmente diferente da censura voluntária. Tem a ver com algum tipo de sufocamento das sensações, uma perda de controle sobre a medida das coisas. Aqui jaz um novo risco para a humanidade, cuja origem é a multimídia e os computadores (VIRILIO, Paul, IDEM). 

Governo de Ocupação

Por isso o governo de Bolsonaro será um “governo de ocupação”: eleito pela e na mídia tradicional (através do “frame set” que conseguiu construir – corrupção + polarização em torno das questões culturais e identitárias) e redes sociais (através da pós-verdade como efeito letal das fake news), poderá mandar às favas qualquer governo de coalizão – transformará a oposição em inimigo terrorista e o parlamento em refém dos fatos consumados que serão criados por “super-ministros” como Paulo Guedes e Sérgio Moro. 

Um avatar disponível 24 horas por dia, em tempo real

A “Democracia das festas políticas” (a política presencial dos palanques, das representações de ideologias e discursos na esfera pública de opiniões) já havia sofrido o primeiro golpe com a TV (o início da “segunda bomba” prevista por Einstein), quando o presidente Kennedy foi o seu maior símbolo – eleito através da TV e morto nas imagens da TV.
O segundo e decisivo golpe vem através do tempo real da ciência da computação e do efeito-bolha algorítmico das redes sociais – efeito tautista (autismo midiátio + tautologia) de fechamento, semelhante ao que ocorreu com a televisão – tanto a TV quanto a Internet deixaram de ser janelas abertas para o mundo para se converterem em ambientes fechados em si mesmos.
Sem esfera pública, debate ou representação (essências da Política e da Democracia), Bolsonaro conseguiu que seus “eleitores” assinassem um cheque em branco. Sem a representação, Bolsonaro se apresentou como um avatar, disponível 24 horas, em tempo real, nas redes sociais.
Enquanto a grande mídia construiu uma paródia de esfera pública com a polarização em torno de uma pauta congelada na corrupção e nas questões culturais e costumes. Tática diversionista que ainda a mídia corporativa dá continuidade após as eleições: meganhagem da Justiça ao vivo na TV (a prisão em rede nacional do governador do Estado do Rio Luiz Fernando Pezão na tela do "Bom Dia Brasil" da Globo, p. ex.) e as “polêmicas” em torno do “Escola Sem Partido” e suposto “marxismo cultural” nas escolas.
Dessa maneira, grande mídia e Internet continuam escondendo o saco de maldades das medidas neoliberais do receituário do novo governo para o próximo ano – sucateamentos, desconstruções, desmontagens, destruições e privatizações. Tudo colocado fora de qualquer debate, para mais à frente ser, aí sim, apresentados como fatos consumados.
Em 1995, Paul Virilio pressentiu esse ponto de inflexão que agora estamos dramaticamente testemunhando. Se o Brasil foi o laboratório, agora vemos os canhões híbridos voltados para a França com a atual onda de protesto dos “coletes amarelos” – movimento “espontâneo” (novamente, movimento “sem líderes” surgido em redes sociais) externo à mediações e representações políticas: sindicatos, partidos etc. 
A engenharia política cibernética que pretende substituir a Democracia promete agora ser global. 

TSE afrouxou para Bolsonaro

TSE afrouxou para Bolsonaro

 
Bem que a senadora Gleisi Hoffmann avisou: contra o PT, eles são tigrões; contra Bolsonaro eles são tchutchuquinhas.
Dito isto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sucumbiu hoje (4), por maioria de cinco votos, ao rejeitar o pedido protocolado pelo PT para cassar a candidatura do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Apesar do placar, um pedido de vista do ministro Edson Fachin suspendeu o julgamento.
Até o momento, votaram os ministros Jorge Mussi, relator do caso, e os ministros Og Fernandes, Admar Gonzaga, Tarcísio Vieira e Luís Roberto Barroso. Faltam os votos de Fachin e da presidente, Rosa Weber. Não há data para a retomada do julgamento.
Na ação, a campanha eleitoral do PT acusou Bolsonaro e seu vice, general Hamilton Mourão, de abuso de poder econômico durante as eleições deste ano.
O partido alegou que os candidatos se beneficiaram do suposto constrangimento provocado pelo empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Segundo as alegações da chapa petista, em vídeo divulgado na internet, Hang teria constrangido seus funcionários a votarem em Bolsonaro “sob ameaças de fechamento de lojas e dispensa”.

Jornalistas pela Democracia


4 déc. à 05:57

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Onyx diz que investigação sobre caixa 2 “é uma bênção”

Publicado em 4 dezembro, 2018 7:34 pm
Onyx Lorenzoni. Foto por: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Do Extra:
O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira que a abertura investigação contra ele sobre episódios de caixa 2 é uma chance de esclarecer o assunto.
O ministro, que esteve reunido com a bancada do PSDB na Câmara para uma primeira conversa antes do encontro da bancada com o presidente eleito Jair Bolsonaro na quarta-feira acrescentou não ver “problema” na abertura de investigação.
“Para mim é uma bênção, porque vai permitir que tudo se esclareça”, disse a jornalistas antes de seguir para reunião com o PSD na Câmara. “Não tenho problema com isso, ao contrário, é uma chance de resolver.”
Onyx afirmou que se reúne com as duas bancadas nesta terça-feira para iniciar o diálogo com o Congresso.
O ministro, que ficará responsável pela articulação com o Legislativo disse não ter uma fórmula para tocar a negociação com o Congresso, mas tem batido na tecla que não irá se utilizar do chamado “toma lá, dá cá”.