
Não há uma terceira via.
Estávamos na dúvida sobre iniciar este debate agora ou
aguardar os desdobramentos do início de 2022. Mas um excelente texto de Boaventura
de Sousa Santos, publicado no portal Rebelión, não deixa dúvidas sobre a
necessidade de abrir esse diálogo e reafirmar que não existe uma terceira via,
nem agora e nem nunca.
Segundo o grande mestre Boaventura. “A ideia da
terceira via tem uma longa história, tanto quanto a história de polarizações
reais ou imaginárias entre opções políticas. Entre as versões mais conhecidas
da terceira via nos últimos 150 anos, podemos encontrar as seguintes. A partir
de meados do século XIX, a polarização entre capitalismo e socialismo
instalou-se na Europa. A primeira versão de uma terceira via entre os dois polos
é a doutrina social da Igreja proclamada na encíclica Rerum Novarum do Papa
Leão XIII. A versão secular dessa terceira via surge após a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) e a Revolução Russa (1917).”
De nossa parte, lembramos que Karl Marx, ao analisar as
“Lutas de classes na França”, escreve que, “na disputa entre a esquerda e a
direita sempre surge um centro, que acaba servindo à direita”.
No caso do Brasil, a burguesia, os ricos, sabem que
fizeram uma grande besteira levando um demente ao poder apenas para afastar o
PT. Pior ainda, agora percebem que o “plano econômico” do terraplanista amado pelo
ex-capitão causou um caos maior ainda do que o da pandemia que assolou o
planeta. Os pobres, os despossuídos que acreditaram no “mito” e se entregaram de
corpo e alma à sua adoração agora sabem que a vida só piorou. Nada podem nesse
mundo e tudo lhes é tirado, até o direito de uma alimentação minimamente digna.
Sem ter alternativa, todo o império midiático já se
coloca em campo construindo um discurso fantasioso de “terceira via” para
evitar o confronto com Lula que, todos sabem, está disparado e vai vencer as
eleições. Eles sabem que um novo “golpe jurídico” como o montado com o “Marreco
de Maringá” já não funciona. Então, a alternativa é enganar o povo com o
discurso de uma terceira via.
Vamos encerrar essa primeira parte do debate com mais
um pedaço do texto de Boaventura de Souza Santos: “Diante dessa história, a
recente terceira via brasileira não oferece surpresas. Baseia-se em uma polarização
falsa e distorcida. É falso na medida em que B..., por tudo o que fez e disse,
e pelas conclusões da ICC (Comissão Parlamentar de Inquérito), não é um
candidato viável ou, se o fosse, não é minimamente crível, e, nesse caso, a
terceira via reivindicada pela direita é, na verdade, uma segunda via
disfarçada de terceira”.
Portanto, precisamos vencer em todos as frentes!
Brasil com fome. Em 2013, a parcela da população que passava fome era
de 4,2%, o nível mais baixo da série histórica medida pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD). No ano passado, o número saltou para 27,6%,
atingindo 19,1 milhões de brasileiros. A situação causou a morte de 4.540 brasileiros
por desnutrição em 2020, segundo o Ministério da Saúde. Neste ano, até maio,
foram 1.231 mortes pelo mesmo motivo.
Um levantamento realizado pela Rede Penssan em dezembro
de 2020, chamado de Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto
da Pandemia da COVID-19 mostrou que, nos três meses anteriores à coleta de
dados, 116,8 milhões de brasileiros estavam em insegurança alimentar, sem
acesso pleno e permanente a alimentos.
Isso representa 55,2% dos domicílios brasileiros. Em
2018, essa taxa era de 36,7%.
Do total, 43,4 milhões (20,5% da população) não
contavam com alimentos em quantidade suficiente (insegurança alimentar moderada
ou grave) e 19,1 milhões (9%) passavam fome (insegurança alimentar grave).
Europa não quer carne brasileira. Cinco redes europeias de supermercados e uma
fabricante de alimentos comunicaram na quinta-feira (16) que não venderão carne
bovina com origem no Brasil ligados à empresa JBS por causa de recentes
denúncias de destruição na Amazônia.
As seis redes são o grupo holandês Ahold Delhaize (que
inclui as marcas Delhaize e Albert Heijn), a também holandesa Lidl Netherlands
(que pertence ao grupo alemão Lidl), a belga Carrefour Belgium (subsidiária do
grupo francês de mesmo nome), a francesa Auchan e as britânicas Sainsbury's e
Princes Group.
Os boicotes foram anunciados depois de uma investigação
das ONGs Repórter Brasil e Mighty Earth, escreve o portal G1.
As entidades acusam a JBS de adquirir animais abatidos
criados em áreas desmatadas, dentro de um esquema conhecido como "lavagem
de gado".
Neste esquema, o gado criado em áreas desmatadas é
transferido para uma fazenda regularizada e depois vendido para o abate. Dessa
forma, a origem dele é mascarada.
A JBS declarou que mantém tolerância zero com o
desmatamento ilegal e que bloqueou mais de 14 mil fornecedores por descumprirem
suas normas.
Legalizar o roubo? Há cerca de 4 anos uma organização internacional chamada
“Transparência Global” publicou a lista dos países com mais corrupção no
planeta. Curiosamente, não vimos os Estados Unidos entre os primeiros 50
citados. Mas, ao final do documento, uma nota esclarecia tudo: é difícil medir
o índice de corrupção nos EUA porque lá a maior parte é legalizada através do
lobby.
Nesta semana, com surpresa, lemos uma matéria
preocupante no site do Diap (Departamento Intersindical de Análises
Parlamentares). Lá diz que o demente que nos governa “anunciou, na quinta-feira
(9), que enviou ao Congresso projeto de lei (PL 4.391/21), que regulamenta o
lobby”. Foi durante evento relacionado ao Dia Internacional contra a Corrupção.
Na ocasião, o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário,
disse que o projeto vai prever algumas punições a agentes públicos e privados
que cometerem infrações na representação de interesses.
Apesar dos belos discursos feitos contra a corrupção, a
verdade é que estão seguindo a trilha dos EUA e legalizando o trambique!
PF agora contra o insano? A Polícia Federal (PF) enviou um relatório ao Supremo
Tribunal Federal (STF) em que acusa o ex-capitão de atuar de maneira “direta e
relevante” para gerar desinformações sobre o sistema eleitoral.
Conforme publicou o portal G1, o relatório da PF foi
enviado ao Supremo no dia 13 de setembro deste ano como parte da investigação
que apura notícias falsas veiculadas por Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas.
Segundo a chefe do inquérito, a delegada Denisse Riberio,
o insano brasileiro aderiu a um padrão de atuação utilizado por membros de
governos estrangeiros. Ainda segundo a PF, a estratégia de comunicação utilizada
por seus apoiadores replica um modelo utilizado nas eleições presidenciais dos
Estados Unidos, em 2016.
E ele já declarou diversas vezes ao longo de seu
governo que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável devido ao uso das
urnas eletrônicas, acusando de fraude o próprio pleito que o elegeu em 2018.
MPF também... A Procuradoria da República no Distrito Federal entrou
com uma ação, na quarta-feira (15), contra o governo do demente pedindo que a
Justiça condene a União a pagar um valor estimado em R$ 62,5 bilhões para as
famílias de vítimas da COVID-19 e pessoas com sequelas graves.
Na ação civil pública, enviada à Justiça Federal, os
procuradores da República afirmam que houve omissão e negligência da gestão do ex-capitão
nas negociações para a aquisição de vacinas, conforme noticiou o jornal Folha
de S. Paulo.
Os representantes do Ministério Público Federal (MPF)
responsabilizam o insano e seus comparsas pelo número de vítimas fatais da
pandemia. Até esta terça-feira (14), o país já registrou mais de 617 mil óbitos
por COVID-19.
Os signatários da ação, que tramita na 20ª vara Cível
de Justiça Federal do DF, pedem que as famílias dos mortos sejam indenizadas
em, no mínimo, R$ 100 mil. Além disso, segundo eles, as famílias de sobreviventes
com sequelas graves e persistentes devem receber ao menos R$ 50 mil.
Outro pedido do MPF é que a Justiça condene a União a
pagar R$ 1 bilhão a ser revertido a um fundo como forma de reparação ao dano
moral coletivo. De acordo com os procuradores, o valor deverá ser aplicado
obrigatoriamente em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico.
E o Congresso... A Lei Assis de Carvalho II havia sido aprovada dentro
do processo legislativo brasileiro e prevê medidas de socorro para pequenos
agricultores com o objetivo de mitigar os impactos causados pela pandemia Covid-19. No Senado, a proposta do deputado
Pedro Uczai (PT) foi encaminhada pelo deputado Paulo Rocha, e aprovada por
unanimidade.
Mas, no Brasil há um demente governando e ele resolveu
vetar a Lei. Isso aconteceu no dia 17 de setembro passado e provocou
dificuldades para os agricultores, levantando protestos de vários movimentos
sociais.
A lei Assis de Carvalho II prevê medidas de socorro
para pequenos agricultores com o objetivo de mitigar os impactos causados pela pandemia Covid-19. Entre elas: a) extensão de
dívidas da agricultura familiar rural por um ano após a última parcela; b) concede
auxílio de 2.500 reais para cada família; c) garante ao agricultor o repasse de
3.000 reais por família; d) implantação de cisternas ou outras tecnologias de
acesso à água para consumo humano e produção de alimentos e; e) medidas
emergenciais de apoio aos agricultores familiares durante a crise
socioeconômica provocada pela pandemia.
A Lei prevê também a criação de linhas de crédito para
custeio e investimento das atividades relacionadas à produção de alimentos
básicos e leite.
Vale lembrar que o pequeno agricultor é responsável por 70% dos alimentos. consumidos pelas famílias brasileiras.
Tendo sido vetada pelo ex-capitão, ela volta ao
Congresso, como manda o Processo Legislativo. E o Congresso do Brasil revogou,
na sexta-feira (17), com a votação do Partido dos Trabalhadores, o veto do insano.
Na Câmara, o resultado foi de 317 votos a 146. No Senado, 53 a 21. Mais uma
derrota para ele!
Polícia mata uma pessoa negra a cada quatro
horas. Um novo estudo da Rede de
Observatórios da Segurança evidencia a relação entre violência policial e racismo
no país. O levantamento “Pele alvo: a cor da violência policial”, divulgado na
terça-feira (14), mostra que uma pessoa negra é morta a cada quatro horas pela
polícia de seis dos sete estados monitorados. São eles: Bahia, Ceará, Piauí,
Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados foram coletados em 2020. Ao
todo, foram 2.653 mortes provocadas pela polícia com informação racial. A
maioria das vítimas – 82,7% – eram pessoas negras.
Pesquisador da Rede de Observatórios da Segurança,
Pedro Paulo da Silva, comenta em entrevista à repórter Júlia Pereira, da Rádio
Brasil Atual, que o levantamento evidencia um padrão de atuação da polícia que
independe de fatores como região e disposição demográfica. Ele aponta para o
caso do Rio de Janeiro, o estado que mais produziu mortes durante ações
policiais no ano passado e que chama atenção pela diferença em relação ao total
da população negra no estado. Segundo o levantamento, entre os 1.245 óbitos, 86%
das mortes foram de pessoas negras, sendo que 51,7% da sociedade fluminense
assim se declara.
“A gente consegue ver que existe um padrão (de
letalidade) que ultrapassa o número da população, a região, o tamanho do
estado. Há um padrão mesmo de quem mais morre e é mais vítima da polícia”,
explica Pedro.
O pesquisador observa que a violência contra pessoas
negras no Rio não depende somente dos governos e já se tornou uma questão
estrutural das polícias do estado. Ele relembra das chacinas ocorridas neste ano
causadas por diferentes forças de segurança. Nesse caso, a chacina do Jacarezinho,
a mais letal do período democrático, que vitimou 27 civis e um agente,
envolvendo a Polícia Civil, e a chacina do Salgueiro, em que uma operação da
Polícia Militar foi responsável pela morte de 10 pessoas.
Mulheres violentadas nas prisões mexicanas. A prática de agressão física ou sexual ainda está presente
no México no momento da detenção de mulheres, segundo os resultados da Pesquisa
Nacional da População Privada de Liberdade (ENPOL 2021), na qual 15,5 por cento
das mulheres relataram agressões físicas e sexuais pela polícia ou autoridade
que os deteve.
De acordo com informações do Instituto Nacional de
Estatística e Geografia (INEGI), embora as mulheres entrevistadas privadas de
liberdade representem 5,7 por cento da população privada de liberdade nas
prisões mexicanas, quase 4.000 mulheres, cinco por cento Ele disse ter sofrido
violência sexual durante a detenção.
A ENPOL 2021 foi realizada em 203 presídios federais e estaduais
dos 32 estados que concentraram 95,5% da população privada de liberdade entre
junho e julho de 2021.
Em termos gerais, a porcentagem da população que foi
vítima de atos de corrupção em pelo menos uma das etapas do processo penal,
desde sua prisão até a conclusão de seu julgamento e prisão perpétua, foi de
36,2 por cento. A população que sofreu atos de corrupção dentro das prisões foi
de 17,2 por cento.
Todas as informações derivadas da Pesquisa Nacional da
População Privada de Liberdade (ENPOL) 2021 estão disponíveis no site do
Instituto: https://www.inegi.org.mx/programas/enpol/2021/
Direita chilena mostra as garras. O Chile irá às urnas neste domingo. Um candidato socialista
e um candidato ultradireitista disputam o segundo turno presidencial e a direita
faz de tudo para tumultuar o processo.
Espalhar notícias falsas, criar temores na população e
desqualificar o contrário são estratégias utilizadas hoje pela extrema direita
chilena durante a campanha para as eleições presidenciais.
Questionado pela Prensa Latina sobre o assunto, o
analista e diretor do jornal El Siglo, Hugo Guzmán, explicou que este fenômeno
ocorreu não só no Chile, mas também em outros países latino-americanos como
Brasil, Paraguai e Argentina.
“Aqui no Chile a extrema direita usa mentiras, meias
verdades, terrorismo midiático, distorcendo as comunicações e alterando a
realidade para impor uma mensagem que atinge setores da sociedade”, afirmou.
Guzmán referiu-se em particular aos ataques de Kast a
Boric quando em debates de rádio e televisão ele tentou manchar a imagem de seu
adversário.
O candidato conservador aproveitou a maior parte de
suas intervenções para tentar desqualificar seu rival, acusou-o de ter mudado
suas posições iniciais sobre vários assuntos, de abuso sexual e até mesmo o
convocou publicamente para fazer um teste de drogas.
O também ex-presidente do Colégio de Jornalistas
denunciou que o porta-estandarte da extrema direita, Kast, foi aos EUA
coordenar o segundo turno das eleições e ver como o enfrentariam, pois sua campanha
não é dirigida a partir do Chile, mas do exterior.
Chile na hora decisiva. O domingo, 19 de dezembro, pode marcar uma grande
virada no Chile. As urnas vão mostrar qual dos dois candidatos é o preferido do
povo chileno e vai dirigir a retomada de um crescimento sem ingerências
estrangeiras e livre da triste herança da ditadura.
De um lado estará Gabriel Boric que conseguiu
consolidar o apoio de setores políticos e sociais que enxergam a oportunidade
de avançar nas mudanças que milhões de chilenos exigem. Ele desponta como vencedor
da votação, segundo as pesquisas.
A esquerda consolidou o apoio de diversos setores
políticos e sociais que viram em Boric a oportunidade de avançar na
transformação a que aspiram milhões de chilenos.
Durante sua etapa universitária Gabriel Boric
desenvolveu intensa atividade política, em 2008 foi eleito vereador da
Federação de Estudantes da Universidade do Chile (Fech). No ano seguinte, foi
eleito presidente do Centro de Estudantes de Direito da Universidade do Chile.
Entre 2010 e 2011, foi senador universitário na Universidade do Chile.
Em 2012, Boric tornou-se presidente da Federação de
Estudantes da Universidade do Chile (FECh), liderando o movimento estudantil
iniciado em 2011, e foi um dos porta-vozes da Confederação de Estudantes do
Chile, Confech.
O advogado e político de esquerda conquistou sua
primeira cadeira no Parlamento chileno em 2014 como um candidato independente
das mãos da Esquerda Autônoma (AI). Posteriormente, surgiu a criação do Movimento
Autônomo (MA) e os primeiros passos da Frente Ampla.
Em 2017 Boric atingiu o seu segundo mandato no
Congresso com o apoio do MA, que em 2019 evoluiu para a Convergência Social, o
partido que os unia à Esquerda Libertária (IL), Nova Democracia (ND) e Socialismo
e Liberdade (SOL).
Do outro lado estará José Antonio Kast, um ferrenho defensor
do regime de Pinochet, filho de um ex-oficial nazista e apoiador da “mão dura”,
o candidato de extrema direita José Antonio Kast aspira à presidência chilena
nas eleições de 19 de dezembro.
Kast, indicado pela Frente Social Cristã, venceu o primeiro
turno das eleições de 21 de novembro com 27,91 por cento dos votos, apenas dois
pontos acima de seu rival, Gabriel Boric, da coalizão de esquerda I Approve
Dignity, que chegou a 25,83.
O advogado e político chileno de 55 anos assumiu seu
primeiro cargo público em 1996 como vereador na prefeitura de Buin, no sul da
Região Metropolitana de Santiago, e atuou como deputado por quatro mandatos
consecutivos de 2002 a 2018 para partido União Democrática Independente de
Direita (UDI).
Convencido de que suas ambições presidenciais não
teriam sucesso na UDI, ele se separou dessa organização para concorrer como
candidato independente à presidência em 2017, quando ficou em quarto lugar com
7% dos votos.
Uma carteira de identidade publicada nas redes sociais
contradiz as afirmações do candidato à presidência, que sempre garantiu que seu
pai havia lutado na guerra como simples recruta para o serviço militar obrigatório.
Para o jornalista Weibel, Kast mentiu conscientemente e é muito importante que
em meio à campanha eleitoral o público saiba se seus candidatos estão falando a
verdade ou não.
Kast também é muito criticado por apoiar a ditadura de
Augusto Pinochet (1973-1990), negar as violações de direitos humanos cometidas
por aquele regime e favorecer o perdão aos repressores.
Com a palavra... o povo chileno.
Nova ameaça à Venezuela. O vice-presidente do setor de Obras e Serviços Públicos
da Venezuela, General Néstor Luis Reverol, denunciou na madrugada de
sexta-feira (17) um novo atentado ao sistema elétrico do país.
Em conversa telefônica com o canal estatal Venezolana
de Televisión (VTV), o ministro da Energia Elétrica informou que o atentado
ocorreu no complexo elétrico de Guri, no sul do país.
Reverol disse que funcionários da Electricity
Corporation (Corpoelec) estão no local para iniciar as operações para restaurar
o serviço nos estados afetados pelo apagão. E frisou que a experiência
acumulada pelos trabalhadores do Sistema Elétrico Nacional (SEN) vai permitir a
recuperação do sistema.
A Venezuela foi vítima de uma série de ataques ao seu
sistema elétrico em 2019, com uma série de cortes em todo o país. A primeira
foi em 7 de março de 2019 e foi o maior apagão de energia da história do país
sul-americano.
A barbárie do Estado Terrorista e Genocida. De acordo com dados divulgados na quinta-feira (17) pela
ONG Defense International for Children (DCI), o número de assassinatos entre a
população minoritária palestina até aqui, neste ano, só está abaixo do
registrado em 2014, quando ultrapassou a média de mil, em grande parte devido
ao “Operação Protective Edge”, realizada pelo Exército israelense em Gaza, na
qual 2.251 palestinos (1.462 civis, incluindo 551 crianças) foram mortos.
Em 2021, 62 menores morreram em Gaza, a maioria durante
a escalada da guerra entre Israel e os grupos armados na Faixa em maio, que
durou 11 dias e na qual a Human Rights Watch (HRW) documentou supostos crimes
de guerra perpetrados por ambos os lados.
No total, 54 crianças e adolescentes foram mortos em
ataques do Exército israelense, 7 por foguetes da milícia palestina que não
conseguiram cruzar o enclave e 1 após explodir um dispositivo que não havia detonado,
cuja origem ainda não é conhecida.
A ONG argumenta que sua pesquisa “regularmente sugere
que as forças israelenses usam força letal contra crianças palestinas em circunstâncias
que podem equivaler a execuções extrajudiciais ou deliberadas”, nas quais as
forças israelenses não enfrentam ameaças reais à sua integridade física.
O DCI estima que pelo menos 2.198 menores palestinos
morreram desde 2000 “como resultado da presença militar e de colonos
israelenses no território palestino ocupado”.
Tarifa de energia explode, na Espanha. Mais de 350 dólares por MW/h é o preço que a
eletricidade atingiu na sexta-feira (17) e em todo o ano de 2021 é 15% superior
a 2018.
O preço médio da eletricidade no mercado grossista em
Espanha atingirá o equivalente a 352 dólares por megawatt hora (MWh) esta
sexta-feira, o que representa um novo recorde histórico pelo terceiro dia
consecutivo, embora continue acima da barreira psicológica dos 300 euros.
Depois de se estabilizar em torno do equivalente a US$
226 na semana anterior, o preço da eletricidade voltou a disparar nos últimos
dias e a tendência dos ultimos dias já alertava para a possibilidade de mais
uma vez encadear um novo recorde após o outro, como já aconteceu. em setembro e
outubro, embora naquela época fosse a barreira psicológica de 200 euros.
O aumento dos preços no mercado de eletricidade nos
últimos meses é explicado pelas empresas privadas, principalmente devido aos
elevados preços do gás nos mercados e direitos de emissão de dióxido de carbono
(CO2), em máximos históricos este ano.
Segundo uma análise da Facua-Consumidores en Acción, se
as mesmas taxas fossem mantidas para o resto do mês, a última fatura do ano
atingiria o equivalente a 150 dólares para o usuário médio, 94,1 por cento
acima dos 78 dólares de dezembro 2020.
Dívida global explode. Em 2020, o planeta assistiu ao maior aumento da dívida
em um ano desde a Segunda Guerra Mundial, com a dívida global subindo para US$
226 trilhões, atingindo 256% do PIB, um aumento de 28 pontos percentuais,
revela texto de Vitor Gaspar, Paulo Medas e Roberto Perrelli, do Fundo Monetário
Internacional (FMI).
Os empréstimos dos governos representaram um pouco mais
da metade do aumento, e a proporção da dívida pública global saltou para um
recorde de 99% do PIB. A dívida privada de empresas não financeiras e famílias
também atingiu patamares inéditos.
Os aumentos são particularmente marcantes nas economias
avançadas, onde a dívida pública passou de cerca de 70% do PIB, em 2007, para
124% do PIB, em 2020. A dívida privada, por outro lado, aumentou a um ritmo mais
moderado, de 164% para 178% do PIB, no mesmo período, mas continua sendo
majoritária.
A dívida pública agora representa quase 40% do total da
dívida global, a maior parcela desde meados da década de 1960. O acúmulo de dívida
pública desde 2007 pode ser atribuído em grande parte às duas principais crises
econômicas: a crise financeira global e a pandemia.
Mais desespero em Washington. Um novo acordo de livre comércio da Ásia-Pacífico, que
entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022, criará o maior bloco comercial do mundo
em tamanho econômico, de acordo com um Estudo da UNCTAD publicado nesta
quarta-feira. A Parceria Econômica Global Regional (RCEP) inclui 15 nações do
Leste Asiático e do Pacífico de diferentes tamanhos econômicos e estágios de
desenvolvimento. São Austrália, Brunei Darussalam, Camboja, China, Indonésia,
Japão, República da Coréia, Laos, Malásia, Mianmar, Nova Zelândia, Filipinas,
Cingapura, Tailândia e Vietnã.
O RCEP se tornará o maior acordo comercial do mundo,
medido pelo PIB de seus membros – quase um terço do PIB mundial. Em comparação,
outros grandes acordos comerciais regionais por parcela do PIB global são o
Mercosul (2,4%), a área de livre comércio continental da África (2,9%), a União
Europeia (17,9%) e o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (28%).
A análise da UNCTAD mostra que o impacto do RCEP no
comércio internacional será significativo. “O tamanho econômico do bloco
emergente e seu dinamismo comercial o tornarão um centro de gravidade para o
comércio global”, diz o relatório.
O acordo abrange várias áreas de cooperação, com
concessões tarifárias como princípio central. Eliminará 90% das tarifas dentro
do bloco, e essas concessões são essenciais para entender os impactos iniciais
do RCEP no comércio, dentro e fora do bloco.
O comércio entre as 15 economias do bloco já valia
cerca de US$ 2,3 trilhões em 2019, e a análise da UNCTAD mostra que as
concessões tarifárias do acordo poderiam aumentar ainda mais as exportações dentro
da aliança recém-formada em quase 2%, ou aproximadamente US$ 42 bilhões.
Parando o Império. Habitantes do povoado sírio e tropas do país impediram
dois comboios dos EUA de passar por áreas do nordeste da Síria, informaram na
quinta-feira (16) meios de comunicação locais.
Fontes informaram à agência síria de notícias SANA que
o primeiro incidente ocorreu no povoado de Damkhiya, na zona rural da província
de Al-Hasakah, na quinta-feira (16).
Moradores de quatro povoações se juntaram para
interceptar um comboio dos EUA composto por cinco veículos blindados e um
veículo das milícias curdas sírias apoiadas por Washington, que se
autodenominam Forças Democráticas da Síria (FDS), que tentava atravessar um
posto de controle do Exército sírio. O comboio teria sido forçado a voltar para
trás.
Segundo as fontes, habitantes locais jogaram pedras nos
veículos e gritaram palavras de ordem contra os EUA e as FDS. Moradores de Damkhiya
e dos povoados vizinhos foram apoiados por soldados do Exército sírio.
No segundo incidente, que ocorreu no mesmo dia em um
posto de controle do Exército sírio em al-Baylona, civis e tropas
governamentais interceptaram um outro comboio de quatro veículos blindados dos
EUA e um carro da milícia das FDS, forçando-os a recuar e impedindo-os de
chegar a uma rodovia principal.
O governo sírio, reconhecido internacionalmente, tem
exigido a saída de todas as forças militares estrangeiras do país que não foram
convidadas por Damasco, sendo que tal autorização foi apenas dada a militares
da Rússia. (Matéria em Sputnik Brasil)
China tem novo trunfo! Recentemente, a China revelou uma versão modernizada
do caça embarcado J-15, que iniciou seus voos de teste. De acordo com relatos,
a versão modernizada da aeronave recebeu melhorias nos pilones (suportes
lançadores) de mísseis, no sistema infravermelho de busca e rastreamento, no radar
e nas asas.
Conforme especialistas, citados pelo jornal Global
Times, o novo J-15 é potencialmente capaz de operar com catapultas, e vai ter
um papel importante nos porta-aviões chineses.
Nas fotos, reveladas pela Sina Corporation, é possível
notar diversas diferenças em comparação com a versão anterior da aeronave, como
um novo tipo de pilones na asa, o mesmo utilizado pelo caça J-16.
Com isso, a aeronave poderá transportar o mais novo e
avançado míssil de curto alcance chinês, o PL-10, que pode ser lançado assim que
o piloto avista o alvo, sem dar chances para uma eventual retirada, devido a
sua extrema manobrabilidade e orientação por infravermelho.
Além disso, é possível notar que a aeronave conta com
um sistema infravermelho para busca e rastreamento na frente da cabine, bem
como sistemas aviônicos melhorados.
Novo porta-aviões da China. Em 2022, a
China provavelmente implantará seu novo porta-aviões Type 003, ou seja, antes
que o USS Gerard R. Ford norte-americano finalize sua reforma de
pré-implantação.
Com o lançamento do Type 003, a China envia um sinal
aos EUA de que o setor de construção de porta-aviões chinês está aberto aos
negócios, indicando que esta área é um mercado a ser explorado, segundo a Forbes.
De acordo com a Forbes, enquanto a China avança no
compartilhamento da tecnologia de porta-aviões, os EUA, atual líder do mercado,
seguem dando passos lentos para competir no mercado, demonstrando sua falha de
agressividade nos negócios relacionados ao acesso mais amplo ao sistema de
catapultas eletromagnéticas (EMALS, na sigla em inglês), às tecnologias
inovadoras, aeronaves e outras tecnologias de menor importância.
Para se fortalecer e mudar o panorama do mercado, que
está presenciando o crescimento e a chegada da China, os EUA precisariam mudar
sua maneira de compartilhar as tecnologias com seus aliados e parceiros.
De acordo com o portal Naval News, o Type 003 terá 320
metros de comprimento, com um convés um pouco mais estreito. Devido a algumas
diferenças no design, como ter dois elevadores de aeronaves ao invés de três, o
porta-aviões chinês vai ter uma área do convés superior um pouco maior, de
19.500 metros quadrados.
Putin fala das relações Rússia-China. As relações entre a Rússia e a China são um verdadeiro
modelo no século XXI, afirmou o presidente russo Vladimir Putin durante
encontro on-line com o líder chinês, Xi Jinping.
“Estou satisfeito pela oportunidade de manter uma linha
direta de comunicação com vocês. Isso permite discutir a fundo o
desenvolvimento das relações russo-chinesas, de nossa parceria abrangente e
interação estratégica. Considero essas relações um verdadeiro modelo de cooperação
intergovernamental no século XXI”, afirmou Putin.
Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, agradeceu
a Putin por ele não permitir as tentativas de fomentar a discórdia entre os
dois países.
Vladimir Putin e Xi Jinping realizaram uma reunião em
regime de videoconferência nesta quarta-feira (15).
Xi Jinping declarou que aguarda ansiosamente uma
reunião presencial com Putin.
E alguém deve estar “se rasgando”. O presidente russo, Vladimir Putin, entrou na lista
dos dez homens mais admirados do mundo em 2021, ocupando a nona colocação, de
acordo com ranking da YouGov, empresa de pesquisa de mercado sediada no Reino
Unido.
Putin subiu três posições na lista com relação ao ano
passado, quando ficou em 12º.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e sua
esposa Michelle Obama lideram os rankings masculino e feminino,
respectivamente, assim como em 2020.
Depois de Obama, estão entre os homens mais admirados
do mundo o fundador da Microsoft, Bill Gates; o líder chinês, Xi Jinping; os
jogadores de futebol Cristiano Ronaldo e Lionel Messi; o ator Jackie Chan; o
bilionário e CEO da Tesla Elon Musk; o primeiro-ministro da Índia, Narendra
Modi; e o fundador do Alibaba, Jack Ma.
O último e o atual presidente dos EUA, Donald Trump e Joe
Biden, que disputaram as eleições de 2020, ficaram em 13º e 20º no ranking,
respectivamente.
Biden viola sempre a democracia. Em uma clara intenção de propaganda e de reviver a ideologia
da Guerra Fria, Joe Biden organizou em 10 de dezembro uma cúpula virtual pela
democracia para a qual foram convidados representantes de 110 países, incluindo
muitos líderes do mundo ocidental.
Teoricamente, a cúpula deveria servir para promover a “democracia”
e os “direitos humanos universais” em todo o mundo. Mas se olharmos mais de
perto alguns dos países convidados, veremos rapidamente que uma agenda muito
diferente está em jogo.
Por exemplo, a Colômbia que é o segundo país mais
perigoso do mundo para jornalistas, defensores dos direitos humanos ou do meio
ambiente. Em 2020, mais de 250 líderes indígenas, ativistas de direitos, ambientalistas
ou ex-combatentes das FARC foram assassinados (1). No primeiro semestre deste
ano já eram mais de 350. Nos protestos de rua que começaram em abril de 2021,
pelo menos 44 pessoas foram mortas e outras 500 "desapareceram".
Outro país convidado é a Índia, a chamada “maior
democracia” do mundo. 29% dos parlamentares têm casos criminais suficientemente
graves para merecer cinco anos de prisão. Foram construídos campos no norte do
país para abrigar dois milhões de imigrantes ilegais. Sim, nunca ouvimos falar
disso porque a mídia do Império não permite. As organizações de direitos
humanos estão cada vez mais sendo reprimidas na Índia e a Anistia Internacional
deixou o país no ano passado.
Não riam, mas o Brasil também foi convidado, mesmo
tendo um insano admirador de Pinochet exercendo o poder.
Outros convidados que não servem nem um pouco como
exemplo de democracia e direitos humanos são Filipinas, Israel, Polônia,
Geórgia e outros
Olhe primeiro o teu rabo! Aprendi essa máxima de minha avó, quando era ainda
pequeno. Antes de falar que alguém está sujo, olhe o teu rabo primeiro!
Agora Biden, que no pouco tempo de governo nos EUA vem
torpedeando governos na América Latina e pelo mundo, não deixa um só dia de
atacar a China e a Rússia, agride qualquer país onde um pouco de democracia
sobrevive, mesmo com a imposição de bloqueios, sanções e outras medidas de
força, quer ser o “defensor da democracia no planeta”? Ou seja, retoma o velho
discurso estadunidense de ser o “xerife do planeta”!
O governo Biden jamais compreenderá que o povo de cada
país deve decidir democraticamente seu destino, mesmo que isso custe fortes
perdas ao capitalismo que ele quer impor. Ele jamais entenderá que pode haver povos
que desejam se livrar do jugo do capital. No fundo, a democracia representativa
liberal nada mais foi do que um subterfúgio para permitir a perpetuação das
injustiças contra as maiorias.
Virou doença... obsessão. A matéria está em Sputnik Brasil e mostra, com dados e
exemplos, que os EUA estão estranhamente obcecados com o tema de uma suposta
invasão russa da Ucrânia, isso não existe nem pode existir, afirmou
vice-ministro das Relações Exteriores russo Sergei Ryabkov.
Ele disse também que Washington não tem o direito moral
nem político de questionar aquilo que a Rússia faz no seu território.
“Os estadunidenses estão inexplicavelmente obcecados
com a ideia de que existe a ameaça de uma 'invasão russa' da Ucrânia. Isso não
existe nem pode existir. Mas aquilo que fazemos em nosso território não lhes
diz respeito, eles não têm nem o direito moral nem político de levantar a
questão nesse contexto”, disse vice-ministro.
Durante a reunião virtual da semana passada, o
presidente russo Vladimir Putin disse ao presidente dos EUA Joe Biden que as
tropas russas estão posicionadas em território russo e não representam uma ameaça
para ninguém, de acordo com Dmirty Peskov, porta-voz do Kremlin.
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