domingo, 29 de maio de 2022

As principais notícias desta noite no Brasil 247

 

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 


 

 

 


Qual deles representa o inepto?

Sim, sou ateu e materialista, mas fui um estudioso de todas as mitologias conhecidas, por curiosidade. No século XVI, um bispo alemão chamado Peter Binsfeld caracterizou o que ele dizia serem os “sete deuses” do Inferno. Binsfeld associou cada um deles a um dos chamados “pecados capitais”.

Hoje, no Brasil, tento entender o governo do demente e vou comparando com o que conheço de mitologia. E é então que lembro da classificação feita pelo bispo alemão. Como eu poderia definir o inepto? Como me referir ao insano se ele se encaixa perfeitamente em todas as definições de Binsfeld?

Vejamos: Asmodeus associado à Luxúria (e isso ele demonstra ser); Azazel à Ira (nem temos dúvidas); Belphegor à Preguiça (quanto trabalha por dia esse vagabundo?); Belzebu à Gula (basta ver as compras feitas com cartão corporativo e os churrascos que ele patrocina); Leviatã à Inveja (ele e sua família invejam aqueles que recebem o apoio popular); Lúcifer à Soberba (aqui vemos o centro do demente, achando-se o maior, o mito) e Mammon à Ganância (tem alguém que duvida da ganância do ex-capitão e seus rebentos?).

Começamos assim o nosso Informativo Semanal desta semana.

Com o apoio do ex-capitão demente. Um documento elaborado por militares com propostas até 2035, que prevê o fim da gratuidade no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e do ensino superior, entre outras perversidades, revoltou os brasileiros.

Em evento realizado na quinta-feira (19) da semana passada, os institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista apresentaram o chamado ‘Projeto de Nação, O Brasil em 2035’, um documento de 93 páginas que trata de 37 temas considerados estratégicos pelos militares. O primeiro a receber o documento foi o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

A ideia dos militares é que, em um eventual segundo mandato do inepto na presidência da República - ou a eleição de outro político de extrema direita -, a partir de 2025, o governo passe a cobrar pelo atendimento no SUS e que a classe média passe a pagar mensalidades nas universidades públicas.

O argumento do documento elaborado pelos militares é, segundo eles, o de “entregar um Brasil melhor aos nossos filhos e netos”. O projeto foi coordenado pelo general Luiz Eduardo Rocha Paiva, ex-presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), a ONG do coronel e torturador condenado por crimes na ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, que afirma que o texto é “apartidário, aberto e flexível”, segundo o repórter Marcelo Godoy, do Estadão, que divulgou o conteúdo.

Mas isso custou o nosso dinheiro! O Instituto Sagres, uma das organizações militares que ajudaram a elaborar o chamado Projeto de Nação que defende o fim do Sistema Único de Saúde (SUS) e das universidades públicas, pressupondo a permanência dos militares no poder até 2035, recebeu R$ 170 mil da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em junho de 2021, revela o repórter Paulo Motoryn, do Brasil de Fato.

De acordo com a reportagem do jornal Brasil de Fato, o Instituto Sagres, que formalmente é uma empresa chamada Sagres - Política e Gestão Estratégica Aplicadas, recebeu os R$ 170 mil do Executivo em duas ordens de pagamento diferentes, uma de R$ 161,5 mil e outra de R$ 8,5 mil.

Ainda segundo a reportagem, de acordo com a descrição que consta no Portal da Transparência, a Codevasf repassou a verba ao Instituto Sagres como patrocínio pela realização do Fórum de Desenvolvimento do Semiárido, uma iniciativa em parceria com a Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido. O evento foi realizado em Mossoró (RN) em dezembro de 2020, com a participação do vice-presidente Hamilton Mourão.

E o povo passa fome. Estudo da FGV Social, centro de pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, conduzido pelo economista Marcelo Neri, aponta que, em 2021, 36% das famílias brasileiras foram ameaçadas pela fome. Os resultados foram publicados no jornal O Globo desta quinta (26).

Segundo os dados coletados, em algum período do ano essas famílias não tiveram dinheiro pra colocar comida na mesa. Esse é o maior patamar da pesquisa, iniciada em 2006, além de ser a primeira vez que a insegurança alimentar no Brasil ultrapassa a média mundial, de 35%.

De acordo com Marcelo Neri, a insegurança alimentar aumentou quatro vezes mais no Brasil do que na média mundial. Ele explica que essa situação de fome se agravou durante a pandemia, combinado com a crise econômica que provocou recessão entre 2014 e 2019, quando a desigualdade de renda aumentou.

Mulher – Ainda de acordo com Marcelo Neri, as mulheres foram as que mais sofreram pela fome. Entre os homens, a insegurança alimentar caiu de 27% para 26%. Já para as mulheres, deu um salto de 33% para

E pode piorar. Na quinta-feira (26), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que em uma possível reeleição do demente a Petrobrás será privatizada e as reformas que estão propostas pela pasta vão acontecer, segundo o site da UOL.

“Vamos privatizar a Petrobrás, fazer vários acordos comerciais, vamos fazer bem mais do que temos feito até agora”, afirmou.

A proposta de privatização da estatal foi anunciada no dia 12 de maio pelo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, diante do aumento constante de preços dos combustíveis no Brasil.

A fome no Brasil do inepto. Entre 2019 e 2021, nos dois primeiros anos do governo ex-capitão, saltou de 30% para 36% o percentual de brasileiros em situação de insegurança alimentar e ameaça de fome. A taxa é recorde da série histórica, iniciada em 2006, e superou, pela primeira vez, a média global (35%).

Entre as pessoas mais afetadas pela fome estão mulheres, famílias pobres e pessoas entre 30 e 49 anos, grupos que geralmente têm mais filhos. No Brasil, a taxa de insegurança alimentar entre as mulheres é de 47%, contra a média global ficou em 37%.

Os dados são do Instituto Gallup, que realiza pesquisas sobre a insegurança alimentar desde 2006. Este ano, foram feitos questionários em 160 países. No Brasil, os dados foram analisados Centro de Políticas Sociais do FGV Social.

No ano passado, entre os 20% dos mais pobres, três em cada quatro brasileiros (75%) disseram que faltou dinheiro para comprar comida nos últimos 12 meses. Em todo o mundo, o percentual de mais pobres entrevistados que afirmou não ter renda para comprar alimentos foi de 48%. Em 2019, a taxa de insegurança alimentar nas classes de baixa renda era da 53%.

O “amiguinho” pode. O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), autor do requerimento que aprovou a urgência do PL 191, que libera a mineração em terras indígenas, em março deste ano, está investindo na extração de manganês no leste do Pará.

Dois dias antes de ser nomeado líder do governo do indecente presidente brasileiro na Câmara dos Deputados, em 12 de agosto de 2020, Barros abriu uma empresa chamada RC6 Mineração, sediada em seu estado natal, o Paraná.

Apesar do nome, a empresa foi inscrita na Receita Federal tendo como atividade a fabricação e o envase de água mineral, o que não habilita a companhia a realizar extração e exportação de minério. Porém, em março deste ano, Barros entrou oficialmente no setor.

A RC6 Mineração passou a compor o quadro societário da Sulpar Mineração, empresa fundada em 31 de março, com sede no município de Marabá. A cidade paraense é marcada pela extração ilegal de manganês, além do desmatamento, do garimpo e da grilagem.

Uma das áreas requeridas para exploração de ouro está a apenas 10 km da TI (Terra Indígena) Trincheira Bacajá, habitada por quase 800 indígenas Mebêngôkre Kayapó, Mebêngôkre Kayapó Kararaô e Xikrin (Mebengôkre).

A TI está em segundo lugar no ranking de áreas protegidas mais ameaçadas do país, segundo um estudo divulgado na última semana pelo MapBiomas. O levantamento classifica como ameaça casos de derrubada da floresta registrados em um raio de 10 km dos limites dos territórios.

O “véio” que anda na garupa da moto! Quantas vezes já vimos a foto do inominável “pilotando” uma motocicleta com o “véio” da Havan na garupa?

Pois é, mas o “véio” está agora em uma embrulhada e o seu “mito” vai precisar entrar no jogo, porque o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2, que inclui a Grande São Paulo e a Baixada Santista), o maior do país, confirmou condenação da empresa Havan por coagir uma funcionária a votar em determinado candidato, nas eleições presidenciais de 2018. O nome não é citado, mas o dono do grupo, Luciano Hang, é notório apoiador do insano que nos governa. A condenação por dano moral foi decidida pela 4ª Turma do TRT. A relatora do processo, desembargadora Ivani Contini Bramante, afirmou que a conduta do empresário é “ilegal e inadmissível, à medida que afronta a liberdade de voto e assedia moralmente seus funcionários com ameaças de demissão”.

A ação foi aberta por uma auxiliar de vendas. De acordo com os testemunhos, os constrangimentos ocorriam em lives, durante reuniões presenciais, e por meio de ordens internas. “Além disso, vinculavam os empregos ao resultado da eleição”, diz o TRT.

Ainda segundo o TRT paulista, também há relatos de que eram realizadas pesquisas de opinião de voto no sistema interno da Havan. Em um vídeo, citado no processo, o dono da empresa – que publicamente gosta de falar em liberdade – se dirige aos funcionários afirmando que se o candidato indicado não fosse eleito, as lojas seriam fechadas e todos ficariam sem emprego.

Barbárie 01. A Anistia Internacional Brasil oficiou o governo do estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal na tarde de quarta-feira (25) cobrando explicações sobre a chacina ocorrida na Vila Cruzeiro, onde uma ação policial causou a morte de pelo menos 26 pessoas.

Segundo levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado e o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos, da Universidade Federal Fluminense (UFF), no período de um ano de gestão do governador Cláudio Castro (PL) foram registradas 180 mortes em 39 chacinas. O estudo aponta que dos 39 massacres, 31 ocorreram durante operações promovidas pelas forças policiais. No total, os agentes provocaram 150 mortes, o equivalente a 84% dos assassinatos.

As notícias que nos chegaram é que, depois da ação policial, os corpos foram deixados no chão e os policiais entraram nas viaturas e nem olharam pelo retrovisor. Os moradores de Vila Cruzeiro é que se encarregaram de pegar os corpos.

Pior ainda, no dia seguinte, o demente que habita o Palácio do Planalto enviou mensagem parabenizando os policiais pela operação.

Barbárie 02. Um homem negro morreu asfixiado “numa câmara de gás” dentro de uma viatura policial em Sergipe.

Moradores de Umbaúba, litoral sul de Sergipe, Brasil filmaram, na quarta-feira, uma abordagem policial violenta que resultou na morte de um homem que não resistiu após ser detido por dois policiais rodoviários federais (PRF) dentro de uma espécie de “câmara de gás” montada no porta-malas de um veículo da PRF.

O homem foi identificado como Genivaldo de Jesús Santos, 38 anos, enquanto o sobrinho da vítima, Wallyson de Jesús, que presenciou a situação, esclareceu que o tio sofria de transtorno mental.

O sobrinho da vítima também relatou que tentou falar com os agentes, mas não foi ouvido. Segundo ele, os policiais, durante a abordagem, ainda usavam spray de pimenta. “[A polícia] foi à delegacia, mas meu tio chegou inconsciente. Então a polícia o levou para o hospital, mas já era tarde”, conta o sobrinho da vítima.

Após a repercussão das imagens, a PRF instaurou um procedimento disciplinar para apurar a conduta dos policiais envolvidos no caso. A Polícia Civil também confirmou que está coletando depoimentos de parentes e pessoas que presenciaram a ação dos agentes.

Em nota da Polícia Rodoviária Federal, a entidade afirmou que Genivaldo “resistiu ativamente à abordagem de uma equipe”. Devido à suposta agressividade, “para contê-los, foram utilizadas técnicas de mobilização e instrumentos com menor potencial ofensivo”. No entanto, “durante a ida à delegacia ele se sentiu mal, eles o resgataram e o levaram para o hospital, onde morreu”.

Chegou a hora? Durante décadas a direita, vinculada à Casa Branca e aos traficantes de drogas dominaram a Colômbia. Mas neste domingo (29), o povo colombiano pode estabelecer um ponto final nessa situação e tomar o futuro em suas mãos.

Gustavo Pietro Alarcón, candidato da esquerda, ex-guerrilheiro, atualmente senador e jurista, tem ampla vantagem nas pesquisas e pode vencer ainda no primeiro turno eleitoral. Segundo ele, a elite dominante sofreu um golpe contundente quando o pedido de paz se tornou o centro da política do movimento guerrilheiro. “O povo colombiano perguntou: se os violentos são os guerrilheiros, por que o Estado estaria contra a paz?”, resumiu.

Ele diz que o que está em jogo no processo eleitoral em relação aos direitos humanos, à soberania e à autodeterminação do país: “a Colômbia praticamente renunciou à ideia de interesse nacional e assumiu o interesse nacional da potência hegemônica no poder internacional, os EUA. Tornou-se um território de funcionamento de sete bases militares estadunidenses, uma espécie de plataforma de agressão a outros Estados”.

Para ele há um papel determinante da candidata a vice-presidente pelo Pacto Histórico, Francia Márquez, oriunda dos estratos populares da Colômbia afrodescendente e que muito lutou pela terra e pela reforma agrária.

A eleição presidencial de domingo desperta atenção internacional porque, diferentemente de outros países da América Latina, como Brasil, Argentina, Equador e Venezuela, jamais a Colômbia teve um governo de esquerda. “Historicamente, a classe dominante constituiu uma hegemonia e, no último período, tem criado uma condição muito negativa para o desenvolvimento interno e para a integração latino-americana, através de um setor muito conservador que acredita na guerra como saída para os problemas nacionais e tem compromisso com setores do narcotráfico e paramilitares”, definiu.

Luiz Inácio Lula da Silva já declarou seu apoio a Pietro e o desejo de trabalhar em conjunto com ele, para mudar Nossa América

Não vai ser fácil (01). A direita colombiana e os traficantes estão com muitos dólares para investir contra a candidatura de Pietro. Muitas das atividades do candidato precisaram ser suspensas, porque as possibilidades de um atentado eram claras. “É lamentável que tenha tido que suspender a minha turnê no Eixo cafeeiro. A iniciativa dos setores de corrupção de pagar quadrilhas de assassinos para me eliminar fisicamente mostra o desespero político a que chegaram”, denunciou o candidato em suas redes sociais sobre um suposto plano do grupo paramilitar ‘La Cordillera’ identificado por sua equipe de segurança. Esse possível ataque ameaçou sua turnê pelo noroeste do país, uma região onde ‘La Cordillera’ controla o negócio do tráfico de drogas e é responsável por várias intimidações.

Se Petro e sua companheira na corrida, Francia Márquez, que também recebeu ameaças de morte, chegassem à Casa de Nariño (Palácio do Governo), seria a primeira vez que um partido progressista assumiria o comando do Estado. A memória mais simbólica é a de Jorge Eliécer Gaitán, que deveria ser um candidato forte para vencer as eleições de 1949, mas cuja participação foi cortada depois de ter sido assassinado em 9 de abril de 1948.

Não vai ser fácil (02). Já temos várias denúncias de operações preparadas pelos EUA para impedir o triunfo de Gustavo Petro na Colômbia

A possibilidade do primeiro triunfo da esquerda – no país da América Latina e Caribe que mais tem afinidade com as políticas de Washington – motivou múltiplos alertas das agências dedicadas ao “Hemisfério Ocidental”, rótulo com o qual o Departamento de Estado localiza o continente em que está inserido. Após as eleições primárias e parlamentares de 13 de março, o Comando Sul - que coordena as atividades militares da Guatemala ao sul - promoveu uma reunião com o Comandante Geral das Forças Militares Colombianas, General Luis Navarro. No referido encontro, conjecturaram-se os cenários de uma potencial vitória do Petro nas eleições de maio. Navarro foi recebido pela general do Exército Laura Richardson, que solicitou informações sobre o possível desmantelamento das sete bases militares que os Estados Unidos têm em território colombiano, caso o candidato do Pacto Histórico obtenha a Presidência.

Segundo fontes diplomáticas sediadas em Bogotá, um dos funcionários mais hiperativos é o atual embaixador de Washington naquela cidade, Philip Goldberg, que tem registro de ter sido expulso da Bolívia em setembro de 2018 por promover iniciativas secessionistas nas regiões de Santa Cruz, Beni, Pando, Tarija e Chuquisaca. Goldberg – transferido para Bogotá em 19 de setembro de 2019, dois meses antes do golpe contra Evo Morales – escandalizado alertou que existe a possibilidade de “interferência de russos, venezuelanos ou cubanos nas eleições”. Essas declarações foram interpretadas por grande parte dos analistas colombianos como o prólogo para uma futura deslegitimação da eleição, caso Petro ganhe a presidência: uma forma de preparar o terreno, semelhante à perpetrada em novembro de 2019 na Bolívia.

Mesmo sob chuva! Pietro encerrou sua campanha no município de Jamundí, no sul do Valle del Cauca, a caminho de Cali. Chovia muito, mas o povo estava na praça para ouvi-lo. O aguaceiro não esfriou a vontade do povo pela mudança e Pietro deu o seu recado, a sua plataforma política, se eleito.

“Seremos o governo da juventude, do povo, do respeito aos direitos humanos”. “Você é a esperança de mudança, vamos minha Cali para vencer a batalha da vida e da paz. Vamos mudar a história da barbárie, do racismo na Colômbia. Seremos a capital da vida saborosa”.

As ameaças da direita. Na reta final das eleições presidenciais de 29 de maio, uma campanha de pesquisas pagas tenta mudar as preferências majoritárias da população em relação à candidatura do líder de centro-esquerda Gustavo Petro, enquanto a candidatura do ex-prefeito de Bucaramanga, Rodolfo Hernández, é inflada para apresentá-lo como uma alternativa à polarização entre o progressista e a extrema-direita Rodolfo Gutiérrez.

O medo da direita e do establishment é que o Petro vença no primeiro turno e não haja necessidade de votação para os 39 milhões de cidadãos aptos a votar. É por isso que vários analistas falam de uma possibilidade de golpe ou suspensão das eleições com qualquer desculpa pré-fabricada.

Petro reconheceu que está sob um alto nível de risco pessoal: "Muitos dos candidatos presidenciais alternativos foram assassinados e eu sou o mais próximo de vencer, de acordo com as pesquisas". Quatro candidatos presidenciais foram assassinados na Colômbia desde 1980.

Enquanto isso, em Cali e diante de milhares de seus seguidores, Petro denunciou que seus detratores estão tentando sabotar as eleições com a intenção de suspendê-las, em um momento em que as pesquisas o mostram como o grande favorito. “Eles já estão conspirando em reuniões secretas para ver como as eleições são suspensas, como podem passar pelos mais altos tribunais de justiça, para que o dia da liberdade não aconteça... Eles já se sentem derrotados”, disse.

Que a golpista continue na cadeia. O Tribunal Constitucional da Bolívia rejeitou na quinta-feira um recurso de inconstitucionalidade interposto pela ex-presidente de fato, Jeanine Áñez, no âmbito do caso Golpe de Estado II, informou o ministro da Justiça deste país, Iván Lima.

Este processo aberto contra Áñez a acusa de vários crimes cometidos antes de se proclamar presidente da Bolívia.

O chefe da pasta da Justiça pediu às autoridades competentes que continuem com o processo contra o ex-presidente de fato pertencente à demanda do povo boliviano Memória, verdade e justiça, cumprindo as normas do devido processo.

O julgamento contra Áñez pelos eventos que cercam o golpe de Estado de 2019 foi suspenso há cerca de 21 dias em resposta ao recurso interposto pela defesa do réu, pelo que ainda se aguarda a audiência em que o tribunal se pronuncie contra ela.

Uma espinha na garganta da Casa Branca. O governo Joe Biden, ameaçado por uma crise energética antes das eleições legislativas de novembro, começou a reconsiderar sua política de agressão e sanções e até reconheceu que o diálogo entre o governo venezuelano e grupos de oposição interrompidos no México é o único quadro de negociação possível.

O passo dado por Washington em relação a Caracas, com a autorização para a petroleira transnacional estadunidense Chevron voltar a operar na Venezuela, coincide com uma flexibilização recentemente aprovada das restrições de remessas, turismo e vistos impostas por Donald Trump contra Cuba, e reflete um rearranjo do perfil continental às vésperas de uma Cúpula das Américas que, como se sabe, não augura nada de bom para Washington.

A reivindicação generalizada na região latino-americana-caribenha e o compromisso de vários líderes de não comparecer à IX Cúpula das Américas em Los Angeles devido à exclusão da Venezuela, Cuba e Nicarágua, também representa um desafio à autoridade da Administração da Biden, que está exposto a outra cúpula inconsequente.

Os EUA planejaram essas cúpulas em 1994 com o único propósito de impor a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), projeto abortado na cúpula de Mar del Plata em 2005, pela tríade Lula-Kirchner-Chávez.

A caminho da barbárie? O mundo poderá ter um milhão de pessoas empurradas para a pobreza extrema a cada 33 horas em 2022, quase a mesma velocidade do surgimento de novos bilionários durante a pandemia (um a cada 30 horas). As informações são da Oxfam Brasil. Segundo estudo da entidade chamado “Lucrando com a dor”, lançado às vésperas da reunião presencial do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), revela ainda que O total de 2.668 bilionários do mundo – 573 a mais que em 2020 – tem uma fortuna que chega a US$ 12,7 trilhões, um aumento de US$ 3,78 trilhões.

A riqueza total dos bilionários do mundo é hoje equivalente a 13,9% do PIB global – quase três vezes maior do que o verificado em 2000 (4,4%).

O estudo aponta que as grandes empresas dos setores de energia, alimentação, tecnologia e medicamentos tiveram lucros acima da média, ao mesmo tempo que salários ficaram estagnados e os trabalhadores tendo que encarar a alta nos preços dos produtos básicos.

Bilionários se reúnem em Davos para comemorar o extraordinário aumento de suas fortunas. Para eles, a pandemia e agora o aumento astronômico dos preços dos alimentos e da energia foram simplesmente um período de expansão. Enquanto isso, houve um retrocesso nos avanços alcançados nas últimas décadas no combate à pobreza extrema. Milhões de pessoas enfrentam um aumento impressionante no custo de vida”, diz Gabriela Bucher, Diretora Executiva da Oxfam International.

O que acontece em Portugal? A Segurança Interna de Portugal publicou na quarta-feira o relatório anual para 2021 onde alerta que foram registados 82 atos de violência sexual no país, mais do que os registados em 2020, ou seja, um aumento de 26%.

Um total de 397 estupros em 2021 foi confirmado pela investigação, que também detalha que, na maioria dessas violências de gênero, os estupradores tinham alguma relação com as vítimas.

94,3% das pessoas abusadas sexualmente são mulheres, entre 21 e 30 anos. Eles também especificam que 98,1% dos agressores eram homens.

Organizações sociais confirmam que os crimes de violência doméstica ainda não classificados como violência de gênero no país caíram 4%, onde três em cada quatro vítimas eram mulheres.

A fome aumenta enquanto bilionários estão cada vez mais ricos. Dois estudos apresentados na segunda-feira (23), dia da abertura do Fórum Econômico Mundial, alertam para o aumento recorde da desigualdade social e para uma possível falta de alimentos relacionada à pandemia e à guerra entre Rússia e Ucrânia.

Destinado aos ricos, o Fórum Econômico Mundial é reconhecido por reunir os principais líderes empresariais do mundo em Davos, na Suíça. Neste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, representa o governo brasileiro no evento, que termina na quinta (26/05).

Aproveitando o início do fórum, a ONG Oxfam divulgou na manhã desta segunda o relatório “Lucrando com a Dor”, que aponta como os bilionários do mundo ficaram ainda mais ricos ganhando dinheiro com os problemas enfrentados pela população pobre na pandemia.

Segundo a Oxfam, na pandemia, um bilionário surgiu no mundo a cada 30 horas – foram 573 desde 2020, ano em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a emergência sanitária. Enquanto isso, também a cada 30 horas, 1 milhão de pessoas caíram na extrema pobreza.

Zelensky em Davos? O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, discursou na segunda-feira (23) na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial de Davos e pediu mais sanções contra a Rússia, a quem acusa de ter “’interesses sanguinários”.

O evento começou depois de dois anos de interrupção por causa da pandemia de covid-19. A atual edição é marcada pela exclusão da Rússia e tem foco nas consequências provocadas pela guerra na Ucrânia, além da desaceleração no crescimento global. O fórum acontecerá ao longo desta semana em Davos, na Suíça.

Zelensky discursou ao público por videoconferência e recebeu muitos aplausos da pessoas presentes no evento.

Mas faz sentido... A imprensa mundial esconde, mas Zelensky, o golpista ucraniano, está estabelecendo o seu futuro e de sua família.

Seus pais receberam a cidadania israelense (tinha que ser do Estado Terrorista e Genocida, não é?) e se tornaram proprietários de uma mansão na cidade de Rishpon no valor de 8 milhões de dólares!

A "casinha" tem 950 metros quadrados de área, uma piscina com 9 toneladas de água do mar e uma residência separada para os seguranças. Sim, porque quatro agentes das forças especiais de Israel cuidam do casal, ao custo de 12 mil libras esterlinas! E ainda desfrutam de dois carros blindados para seus deslocamentos!

Como dizia um filme antigo: "Oh que delícia de guerra"!

Por baixo desse angu tem caroço! Para quem não acompanha, para quem não analisa a conjuntura internacional, pode ficar a impressão de que a rápida e iminente adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN está relacionada apenas com os acontecimentos atuais.

As causas da integração acelerada, forçada pelos EUA, dos escandinavos na Aliança não estão no sul, mas no norte. Eles residem em uma intensificação significativa desde 2020 da expansão político-militar de Washington e Bruxelas no Ártico. Essa região é considerada a principal reserva de hidrocarbonetos de longo prazo e cenário de um iminente confronto geopolítico entre as potências. Espera-se que o Ártico seja onde o destino da humanidade será decidido. Os aliados iniciaram o "reconhecimento a fogo", o primeiro desde a Guerra Fria, em maio de 2020, quando três destroieres estadunidenses Arleigh Burke e a fragata britânica Kent entraram no Mar de Barents, até então águas atravessadas pela Frota do Norte.

Em 14 de junho de 2021, Bruxelas sediou uma cúpula da OTAN na qual os problemas do Ártico foram mencionados de maneira ampla e conceitual pela primeira vez. O documento adoptado nesta reunião confirmou a necessidade de reforçar a coordenação no quadro da política da Aliança para o Ártico e de aumentar o poder militar. Reconheceu - se que seria útil desenvolver ainda mais uma estratégia detalhada da OTAN em relação ao Ártico, na qual também foi possível ver a intenção de envolver novos aliados nisso.

Mas esbarraram na Turquia! A Turquia deve, se necessário, fazer uso de seu poder de veto à adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN por 20 anos, mas Ancara deve em primeiro lugar conduzir negociações sobre isso com os EUA e não com os países escandinavos, disse Naim Baburoglu, general aposentado, antigo representante da Turquia na OTAN.

De acordo com ele, esta carta estratégica que hoje está nas mãos de Ancara só cai a cada 30-40 anos e deve ser usada para forçar todos os países da OTAN, não apenas a Suécia e a Finlândia, a reconhecer o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido na Turquia, como organização terrorista. Mas, primeiro, devem ser os EUA a fazê-lo, observou o general aposentado.

Está piorando a situação. Terminou sem acordo a missão diplomática enviada por Finlândia e Suécia para garantir o apoio da Turquia à adesão dos dois países escandinavos à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Após a conclusão da rodada de conversas em Ancara nesta quarta-feira (25/05), Ibrahim Kalin, porta-voz do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que os três lados não conseguiram chegar a um consenso, mas destacou que o diálogo “pode continuar”.

De acordo com Kalin, a Turquia pede o fim do apoio de Finlândia e Suécia a grupos “terroristas” para endossar a candidatura dos dois países à Otan.

Ancara acusa Helsinque e Estocolmo de dar refúgio a militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), movimento que luta pela criação de um Estado curdo e que é considerado uma organização terrorista pelo governo turco.

Além disso, uma fonte de dentro da aliança euro-atlântica contou à ANSA que a ameaça de veto da Turquia incomodou os Estados Unidos, principal financiador da organização militar.

Quem sai perdendo? A relutância da Turquia em aceitar a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN deixa a Aliança numa posição que pode enfraquecê-la durante décadas, diz Mark Episkopos, colunista do ‘The National Interest’.

Até agora, a posição final da Turquia sobre o assunto e o grau de concessões que a Finlândia e a Suécia estão dispostas a fazer para convencer Ancara ainda não estão claros.

Diante dessa situação, a OTAN e os governos ocidentais podem tentar pressionar a Turquia a ceder, indica a mídia.

Por exemplo, “Biden pode interromper um acordo de exportação do F-16 com a Turquia que ele havia pedido anteriormente ao Congresso para aprovar. Uma medida punitiva mais dramática seria limitar a participação da Turquia nos planos de interoperabilidade e exercícios conjuntos da OTAN”, escreveu Episkopos.

No entanto, ele admitiu que essas medidas podem sair pela culatra, já que “Erdogan pode optar por dobrar em vez de recuar”. O líder turco já fez isso em resposta às sanções ocidentais após sua decisão de 2017 de importar o sistema de defesa antimísseis S-400 da Rússia.

Biden não quer a paz. Joe Biden reiterou em várias ocasiões que, sob nenhum pretexto, enviará soldados estadunidenses à Ucrânia para evitar um confronto direto com o exército russo. Agora, o Pentágono está considerando enviar Forças Especiais para Kiev, o que representa um dilema para o governo.

Em particular, o Wall Street Journal indica que oficiais militares e diplomatas dos EUA estão testando planos para enviar tropas de forças especiais a Kiev para realizar funções de segurança na Embaixada dos EUA na capital ucraniana.

Assim, o governo do presidente deve pesar seu desejo de evitar o envio de militares dos EUA em uma zona de conflito contra os temores pela segurança dos diplomatas, disseram os funcionários ao veículo.

Claro que a proposta ainda não foi apresentada a Biden, mas se ele a aprovar, as tropas seriam mobilizadas apenas para a defesa da embaixada, diz o The Wall Street Journal, citando autoridades e militares. Com isso, sua presença na Ucrânia seria uma escalada das promessas iniciais do presidente dos EUA de que nenhum soldado seria enviado para lá.

Vamos “fazer de conta” que acreditamos, não é?

Pode acontecer? O general do Exército dos EUA Mark Milley afirmou que o risco de um conflito internacional com as grandes potências está crescendo, segundo a emissora Fox News.

Durante discurso aos graduados da Academia Militar de West Point, o general instou os militares se prepararem para tal possibilidade.

“O mundo em que vocês se formaram tem um grande potencial para grandes conflitos internacionais envolvendo as grandes potências. E a chance de isso ocorrer está aumentando e não diminuindo”, declarou.

Como de costume, o general, destacou ante os graduados que os EUA estão enfrentando duas potências mundiais, a Rússia e a China.

Tudo errado... O governo dos EUA está repetindo na Ucrânia o erro cometido no Afeganistão ao enviar fundos para Kiev sem ter um plano claro e compreensão do que estava acontecendo, disse Scott Ritter, ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA em seu artigo no RT.

“Olhando para o envio apressado de dezenas de bilhões de dólares de ajuda Ucrânia involuntariamente surge uma sensação de déjà vu, de que Washington está repetindo os mesmo erros que levaram ao fiasco no Afeganistão. Trata-se de incapacidade de avaliar adequadamente os acontecimentos que ocorrem na Ucrânia”, observa o ex-oficial de inteligência.

De acordo com Ritter, as autoridades dos EUA têm uma falsa imagem da Ucrânia como um “baluarte nobre e corajoso de liberdade e democracia”, que contrasta fortemente com a realidade: a Ucrânia moderna é um dos países mais corruptos do mundo.

Muitos estão “pulando fora”. A emissora NBC News citou estatísticas oficiais indicando que o número de militares que deserta da Marinha dos EUA está aumentando, levando a preocupações de especialistas.

O número de marinheiros que desertou da Marinha dos EUA em 2021 foi mais que o dobro do registrado em 2019, informou na quinta-feira (19) a emissora NBC News, citando as últimas estatísticas federais.

Os dados das últimas estatísticas oficiais indicam que entre os mais de 342.000 marinheiros ativos na Marinha, houve 157 desertores em 2021, contra 63 em 2019 e 98 em 2020. O número total de desertores que ainda estavam em liberdade em 2021 cresceu de 119 em 2019 para 166, de acordo com a mídia.

Já denunciamos várias vezes. O tiroteio no Texas é o mais grave em instituições para crianças dessa faixa etária desde Sandy Hook em 2012, onde 20 estudantes e seis adultos morreram. Todos os ataques.

O número de mortos no tiroteio na escola Robb Elementary, em Uvalde, Texas, subiu para 21, incluindo 19 crianças, informou a CNN ao vivo na terça-feira (24), citando autoridades estaduais.

Em um discurso emocionado no Congresso dos EUA, o senador Chris Murphy criticou os colegas e a frequência de tiroteios em escolas do país.

A motivação do atirador ainda não foi esclarecida, mas se trata do pior massacre em uma escola infantil em cerca de dez anos.

Já são 200 tiroteios em 2022! Até agora, neste ano, pelo menos 7.584 pessoas morreram e outras 14.166 ficaram feridas como resultado de tiros.

Em pouco menos de cinco meses, 212 tiroteios em massa foram perpetrados em 35 estados dos Estados Unidos (EUA), que deixaram milhares de mortos e feridos, segundo a organização The Gun Violence Archive (GVA).