Um inepto contra a ciência e a cultura!
Entidades ligadas à Ciência e à Tecnologia estão
mobilizadas contra a Medida Provisória (MP 1.112/22). A chamada MP da Sucata,
de autoria do inepto, desvia recursos da ciência para direcionar à frota de
caminhões do país. Na prática, o texto publicado no início deste mês retira
verbas dos setores supracitados para criar um programa de renovação da frota
que tenham ultrapassado 30 anos de atividade.
Na semana passada, a Academia Brasileira de Ciências
(ABC) e o Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino
Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies) levaram suas queixas
aos senadores. Em especial para Izalci Lucas (PSDB-MG), que deve ser o relator
da matéria na Casa legislativa. “A intenção é de impedir o avanço de pautas que
prejudicam, ainda mais, a área científica e tecnológica do País”, informa em nota
o Confies.
Mas não é só! Agora o energúmeno vetou, na quinta-feira,
a Lei Aldir Blanc, proposta aprovada pelo Senado do país, que visa entregar
3.000 milhões de reais (mais de 600 milhões de dólares) aos governos municipais
em apoio à cultura por cinco anos.
Segundo o imbecil, o regulamento, que abrangeria 75%
das cidades do país sul-americano, e geraria um total de 412 mil empregos; é
inconstitucional. Mas vale ressaltar que 80% da verba entregue seria destinada
ao crescimento profissional, ou seja, a cursos, produções e atividades artísticas;
enquanto 20% estariam determinados a promover a democratização do acesso à
cultura em áreas rurais e cidades distantes desse grupo de cidades conhecidas.
Aliás, a deputada Jandira Feghali, promotora da
iniciativa, declarou que o aporte financeiro contribuiria para a aquisição de
obras de arte, a digitalização do patrimônio cultural; bem como a construção ou
reforma de museus, bibliotecas, centros culturais e teatros.
Lugar de milico é no quartel. A rejeição da população brasileira à presença de militares
no governo disparou em 2022. A piora na avaliação coincide com o período em que
foram divulgadas compras questionáveis das Forças Armadas, como os recentes
escândalos envolvendo Viagra e próteses penianas e o uso de recursos do Sistema
Único de Saúde (SUS).
O levantamento também sucede um novo enfrentamento
entre militares e o Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, o general
Paulo Sérgio Nogueira, ministro da Defesa, respondeu a declarações do ministro
Luís Roberto Barroso sobre uma suposta atuação das Forças Armadas contra o
processo eleitoral.
Uma pesquisa divulgada pelo PoderData mostra que a taxa
dos que consideram negativa a participação de militares no governo e na
política subiu 9 pontos percentuais desde dezembro, subindo de 35% para 44%.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o sociólogo Paulo
Ribeiro da Cunha, autor do livro Militares e Militância e ex-assessor da
Comissão Nacional da Verdade (CNV), comentou os “escândalos” envolvendo compras
das Forças Armadas, como nos casos do Viagra e das próteses penianas.
O uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo
Ministério da Defesa bateu recorde no governo do insano. As informações constam
em documento divulgado pela Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho
Nacional de Saúde (CNS) em fevereiro deste ano.
Em 2019, o valor anual de verbas do SUS direcionadas à
saúde dos militares foi a R$ 350 milhões. Dois ano depois, em 2021, a cifra
chegou a R$ 355 milhões, quebrando novamente o recorde da série histórica, de
2013 a 2021. O governo Bolsonaro dedicou, em média, R$ 325 milhões por ano ao
Ministério da Defesa.
Nós, trabalhadores, continuamos perdendo. Boletim
especial do Dieese, lançado no 1º de Maio, alerta que a economia brasileira
patina com as escolhas do governo, resquícios da pandemia e crise
internacional. E a principal atingida é, como sempre, a classe trabalhadora.
Segundo o estudo do Dieese, o rendimento médio do
trabalhador caiu de R$ 2.585,00, no quarto trimestre de 2019, para R$ 2.377,00,
no quarto trimestre de 2021. A queda foi de 8%. Em meio a esse cenário, a inflação
sobe mês a mês. Em março de 2022, o INPC-IBGE chegou a quase 12% ao ano.
A queda no poder de compra dos trabalhadores é agravada
com os preços abusivos dos produtos da cesta básica, que subiram ainda mais do
que a inflação geral. Entre março de 2020 e março de 2022, o aumento foi de
47%. Produtos básicos, como óleo, café e tomate, mais do que dobraram de preço.
O gás de cozinha, que custava R$ 70,00 em 2020 subiu pra R$ 109,00 em março de
2022.
O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer
alcançou 77,7% do total de famílias brasileiras em abril, a maior proporção da
série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic). Em abril de 2021 a parcela correspondia a 67,5%. Na comparação com
março de 2022, o índice avançou 0,2 ponto percentual (p.p.).
O endividamento seguiu crescendo nos dois grupos
apurados, com destaque para o das famílias com ganhos acima de dez salários
mínimos, que desde o início do ano vem apresentando avanço mais acelerado do
que o da parcela com menor renda.
No grupo com renda até dez salários mínimos, o
percentual de endividados chegou a 78,6%, subindo 10 p.p. em relação a abril de
2021. Entre as famílias de menor renda, o indicador de contas/dívidas atrasadas
destacou-se ao alcançar 31,9%, quase 1 em cada 3, o maior nível histórico. Já
entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o percentual
também aumentou e alcançou 13,5% de famílias, o maior percentual desde abril de
2016.
Uma vitória para “lavar a alma”! O
Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informou na
quinta-feira (28) que o ex-presidente Lula (PT) não teve um julgamento
imparcial e sua privacidade não foi garantida, além de que seus direitos
políticos foram violados em Operação Lava Jato.
A comissão também considerou que as “violações processuais”
da operação Lava Jato tornaram “arbitrária” a proibição que recaiu sobre Lula
de participar das eleições presidenciais. Com isso, a ONU entendeu que houve
violação dos direitos políticos do ex-presidente, inclusive o direito de se
candidatar”.
É claro que uma notícia de tanta importância deveria
estar repercutindo em todos os nossos jornais, na TV e nos programas
radiofônicos, mas não teve qualquer destaque por parte da nossa imprensa “tão
livre”!
Em 2018, Lula foi preso após uma sentença que o condenou
por corrupção por ter recebido um triplex, apesar de não ter sido comprovado
que ele era o proprietário. A condenação era tão escassa de provas que os
parágrafos poderiam ser copiados de qualquer lugar do documento, e o resultado
seria o mesmo. O absurdo se repetiu ou apenas os nomes dos informantes mudaram.
Uma definição perfeita. Jorge Majfud
é um escritor, romancista e ensaísta uruguaio, professor de Literatura
Latino-americana na Universidade da Geórgia, Atlanta, EUA. Recentemente
publicou um belíssimo artigo intitulado “A criatividade dos golpistas” onde
analisa o golpe contra Dilma Rousseff.
Escreve ele que “Um carnaval chamado impeachment é
realizado no Congresso Nacional. Gritando, o deputado e ex-capitão vota pela condenação
do presidente “contra o comunismo, pela liberdade, pela memória do Coronel
Carlos Alberto Brilhante Ustra, o terror de Dilma Rousseff, pelo exército de
Caxias, pelas Forças Armadas, pelo Brasil acima de tudo… e por Deus acima de
tudo...” Seu filho grita a mesma coisa ou mais alto na Câmara para justificar seu
voto, invocando Deus e os “militares de '64”. Seu discurso apaixonado termina
com uma meia profecia e uma declaração inequívoca de intenções: “Dilma e Lula
para a cadeia!”.
Majfud nos lembra que o “Dudu Bananinha” é policial
paulista e também deputado. Assim como vários outros membros da família, ele
será acusado de lavagem de dinheiro de drogas e apoio à máfia paramilitar (esquadrões
da morte), que começou com a ditadura promovida por Washington em 1964.
Banco Mundial está vigiando. O
Brasil e a América Latina deverão ter dificuldades em tirar vantagens da alta
de preço das commodities, como de alimentos e combustíveis, avalia Carlos
Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a região da América
Latina e Caribe.
Em entrevista publicada na segunda-feira (2) pela Folha
de S. Paulo, Carlos Felipe Jaramillo falou sobre a crise na Ucrânia, a
volatilidade dos preços do mercado internacional e as perspectivas da América
Latina diante de uma possível fragmentação da economia global em blocos.
Em recentes reuniões do Fundo Monetário Internacional
(FMI) e do Banco Mundial, houve muitos comentários sobre como será a
reorganização da economia a partir de blocos, diante do conflito na Ucrânia.
Carlos Felipe Jaramillo também falou sobre a alta no
preço das commodities. Segundo ele, "em tempos normais" poderia ser
uma coisa positiva, mas não será, porque a maioria das colheitas “já está
pré-vendida”.
Para ele, outra questão é que a alta de preços complica
a retomada da economia após a pandemia. “As famílias, que mal estavam se
recuperando da forte crise dos últimos dois anos, inesperadamente precisam lidar
com altas de preços de comida e energia”, comentou.
Estava demorando! O
ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, acusado por organizações humanitárias de genocídio,
deve ir a julgamento por adulteração de testemunhas, fraude processual e
suborno, decidiu a juíza Carmen Helena Ortiz, após estudar centenas de provas
que o Ministério Público e as partes do processo de um volumoso dossier.
Para a juíza, há provas suficientes para que o líder do
Centro Democrático de extrema-direita se defenda perante um juiz pelos dois
crimes. Uribe foi derrotado legalmente nesta quarta-feira em uma longa batalha
criminal. O ex-presidente esperava que um juiz de Bogotá abrisse uma
investigação contra ele que começou em 2018, aberta pelo Supremo Tribunal de
Justiça. Será o fim da impunidade de Uribe?
Este é o caso jurídico mais importante do país hoje e a
decisão deste juiz tem consequências jurídicas e políticas para o ex-presidente
mais poderoso do país, mentor do atual presidente Iván Duque, cuja popularidade
beira o underground.
Um ano e vinte audiências depois, o ex-presidente
Álvaro Uribe Vélez deve ir a julgamento por suborno e adulteração de testemunhas.
É uma derrota para o promotor no caso Gabriel Jaimes, cujo trabalho foi duramente
questionado durante a audiência que durou mais de 12 horas, e para Jaime
Granados, advogado de Uribe e um dos mais respeitados advogados criminais do
país, que esperava que A juíza Carmen Helen Ortiz ordenou a arquivamento do
caso, diz Las2orillas.
Gustavo Petro ainda na frente. O estudo com uma amostra de 2.132 respondentes apresenta
uma margem de erro de 2,5%.
O candidato da coalizão do Pacto Histórico à Presidência
da Colômbia, Gustavo Petro, lidera a intenção de voto para as eleições marcadas
para 29 de maio, segundo os resultados de uma pesquisa divulgada nesta
segunda-feira.
Na semana passada, as pesquisas Guarumo e EcoAnalítica
realizaram o chamado Estudo de Percepção do País, por meio do qual 2.132
colombianos foram entrevistados com a pergunta: “Em qual candidato presidencial
você votaria se as eleições fossem no próximo domingo”?
Nesse sentido, o candidato do Pacto Histórico, Gustavo Petro,
lidera a lista com 36,4%, enquanto o ex-prefeito de Bogotá, Federico Gutiérrez,
ficou em segundo lugar, chegando a 30,6%.
É possível um golpe? No
nosso Informativo anterior, noticiamos que os EUA acabam de enviar helicópteros
modernos para a Colômbia e que esse país serve de base para todas as ações
terroristas estadunidenses na América Latina.
Agora estamos muito desconfiados com relação às
eleições e a possibilidade de um golpe diante da possibilidade da eleição de um
democrata, não fantoche, naquele país.
Nesta perspectiva, as ameaças de morte e os ataques
contra aqueles que representam eleitoralmente este projeto alternativo não são
surpreendentes, é precisamente mais uma das formas que têm para impedir a mudança
que como “ninguém” precisamos e queremos. Entre outras coisas, é evidente que
devemos manifestar o nosso profundo repúdio a um possível assassinato de um
candidato presidencial, mas é preocupante que quando são feitas múltiplas
ameaças à fórmula vice-presidencial, não haja a mesma indignação da nossa parte,
ambas as situações devem ser enfaticamente rejeitadas, não é possível
normalizar ameaças contra uma mulher negra, uma líder, com processos de base e
arrancar nossas roupas quando é contra um homem branco.
Acontece que a companheira de chapa de Gustavo Petro é
mulher, negra e vinculada aos movimentos sociais. Vem recebendo constantes
ameaças contra sua vida!
Nosso apoio a López Obrador. O
embaixador mexicano na Organização das Nações Unidas (ONU), Juan Ramón de la
Fuente, se reuniu com o presidente Andrés Manuel López Obrador na tarde de 3 de
maio no Palácio Nacional.
Foi precisamente no final da reunião que De la Fuente
disse em entrevista a vários meios de comunicação que o presidente López
Obrador havia ratificado a posição que o México adotou ao longo do conflito
entre Rússia e Ucrânia: não aderir às sanções econômicas contra Moscou.
“Na mesma posição com nossas linhas, ele me ratificou
para dar prioridade à proteção de civis e infraestrutura civil, ajuda
humanitária e estrita adesão ao direito internacional, à carta da ONU e com
base nos princípios constitucionais de nossa política externa”, disse o ex-reitor
da UNAM.
Desde o início do conflito na Ucrânia, o governo do
México assumiu uma posição neutra e até criticou os bloqueios que foram
impostos contra a Rússia.
França: a esquerda vai unida. Duas
semanas após a reeleição do presidente francês, Emmanuel Macron, contra a
representante da extrema direita, Marine Le Pen, os partidos de esquerda se
articulam para eleger uma grande bancada de oposição a Macron na Assembleia Nacional.
Na madrugada de segunda-feira (02), a França Insubmissa
e os ecologistas (EELV) concluíram uma aliança histórica. As negociações do
grupo com o PS (Partido Socialista) e o PCF (Partido Comunista Francês) continuam
e podem dar frutos nos próximos dias. No segundo turno da eleição presidencial
francesa, a esquerda pediu aos seus eleitores que impedisse a chegada de Le Pen
ao poder, fazendo com que Macron vencesse com folga o pleito.
O acordo entre verdes e insubmissos cria a coligação
União Popular Ecológica Social, com um programa mínimo em comum: os partidos
propõem o aumento do salário-mínimo (dos atuais € 1.269 euros para € 1.400
euros), a manutenção da idade mínima de aposentadoria em 60 anos (contra a
proposta de reforma para 65 anos de Macron), e o congelamento dos preços de
produtos de uma cesta de primeira necessidade.
O Conselho Nacional do Partido Socialista (PS) aprovou,
na noite de quinta-feira (05/05), por 62% de votos sua adesão à aliança Nova
União Popular Ecológica e Social, proposta pelo líder da esquerda radical
Jean-Luc Mélenchon, terceiro colocado no primeiro turno da eleição
presidencial. Dos 292 participantes da votação, 167 votaram a favor, 101 contra
e 24 se abstiveram.
A imprensa francesa relata que o debate na sede do PS
foi cordial, apesar das tensões internas e da oposição de pesos-pesados a essa
"união das esquerdas", que há meses era desejada por eleitores dessa
corrente política, um projeto que não se concretizou no caso da eleição presidencial.
Ecologistas e comunistas já tinham se associado a essa
ampla coligação que tem por objetivo formar uma grande bancada de oposição ao
presidente Emmanuel Macron no Parlamento francês, nas eleições legislativas de
12 e 19 de junho.
O principal ponto de atrito entre a esquerda radical e
os socialistas refratários à aliança é a desobediência proposta por Mélenchon a
algumas regras econômicas e orçamentárias da União Europeia (UE). Opositores e
abstencionistas também temem que o PS seja engolido pela sigla A França
Insubmissa (LFI).
União Europeia dividida. A União Europeia está analisando um novo pacote de
sanções econômicas contra a Rússia, incluindo a suspensão das compras de
petróleo russo.
Este plano apresentado pela presidente da Comissão Europeia,
Ursula von der Leyen, na terça-feira (04), propõe a suspensão das compras de
petróleo russo diante da exigência da Rússia de estabelecer transações de gás
em rublos e com o compromisso de concluir até 80 % das reservas de petróleo
bruto da União Europeia.
A medida gerou um debate polêmico entre membros da
comunidade europeia, na medida em que a discussão onde seria discutido o sexto
pacote de sanções contra a Rússia foi adiada de 5 para 6 de maio.
Posição da Itália. O ministro italiano da Transição Ecológica, Roberto
Cingolani, disse antes do Conselho Ministerial de Energia da União Europeia em
Bruxelas que as empresas deveriam ser autorizadas a pagar temporariamente o
combustível fornecido pela Rússia em rublos.
“Acho que seria correto permitir que as empresas paguem
em rublos [pelo gás russo] por pelo menos alguns meses enquanto lidamos com a
estrutura legal e as consequências”, disse ele. E o ministro acrescentou que “quer
uma declaração rápida e clara da Comissão Europeia a respeito desta
possibilidade”. Chingolani disse que pode levar meses para entender
completamente as implicações legais de pagar o gás russo em rublos.
“Acredito que as empresas de petróleo e gás não podem
correr o risco de pagar para serem posteriormente acusadas de violar sanções,
mas ao mesmo tempo não podem correr o risco de não pagar em rublos”, acrescentou.
União Europeia na armadilha. Com a
nova medida do bloco que pretende banir o petróleo russo da UE até o final do
ano, autoridades europeias começam a se aproximar de produtores de africanos.
Entretanto, pela falta de estrutura e logística, essa opção de fornecimento
levaria anos para ser implementada com sucesso.
Tendo introduzido sanções abrangentes contra
fornecedores de energia russos, a União Europeia (UE) está cortejando produtores
africanos de hidrocarbonetos para reduzir sua dependência de Moscou, de acordo
com a Bloomberg.
No entanto, esse “desligamento” levaria anos, ou até
mesmo pode nunca ser realizado em sua totalidade, segundo especialistas.
A virada do bloco europeu para a África não é surpresa
por conta dos vastos recursos energéticos do continente africano. De acordo com
algumas estimativas, a Nigéria provou depósitos de gás de 5,83 bilhões de
metros cúbicos, a Argélia, que ocupa o segundo lugar, tem aproximadamente 4,50
bilhões de metros cúbicos e o Senegal 3,40 bilhões de metros cúbicos, entre
outros.
Contudo, observadores indicam que o principal obstáculo
para explorar essas vastas reservas de energia é superar a infraestrutura
subdesenvolvida.
Barbas de molho.
O Ministério do Interior da Alemanha aconselhou seus cidadãos a fazerem estoque
de alimentos para uma possível situação de emergência.
A lista, elaborada pela Defesa Civil alemã, inclui
produtos necessários para 10 dias, caso ocorra algum desastre.
Nancy Faeser, ministra do Interior da Alemanha,
aconselhou ter um estoque de alimentos para uma eventual crise.
“Quando falta energia, falha por mais tempo, ou a vida
cotidiana é restringida de outra forma, então em qualquer caso, é razoável ter
uma reserva [de alimentos] para uma emergência”, declarou ao Handelsblatt.
A lista inclui 20 litros de bebidas, 3,5 quilos de
cereais, pão, batatas, macarrão e arroz, quatro quilos de verduras e legumes,
2,5 quilos de frutas e nozes, 2,6 litros de leite ou produtos láteos, 1,5 quilos
de carne, peixe, ovos, 357 gramas de gorduras e azeite, ou outros alimentos
conforme o gosto de cada pessoa.
E agora? De acordo com o jornal estadunidense
The Hill, as sanções antirrussas impostas pelos EUA e seus aliados fizeram com
que eles caíssem em sua própria armadilha.
Isso porque essas sanções e o conflito na Ucrânia
resultaram na alta dos preços de commodities e energia, enquanto a Rússia
aumentou suas receitas de petróleo e gás, mesmo com a redução das exportações.
Além disso, o jornal ressalta que os esforços para
excluir a Rússia dos fluxos financeiros globais foram em vão, uma vez que o
rublo se recuperou rapidamente.
Outro ponto destacado pela mídia é que a alta inflação
e as suspensões na cadeia de suprimentos estão ameaçando os lucros das empresas
ocidentais.
Mais gás para a China. Segundo
a gigante russa do gás Gazprom, as exportações de gás natural para a China
aumentaram 60% nos primeiros quatro meses do ano em relação ao mesmo período de
2021.
No último domingo (1º), a empresa também informou que
as vendas de gás natural para países não pertencentes à Comunidade de Estados
Independentes (CEI) caíram para 50,1 bilhões de metros cúbicos nos primeiros
quatro meses – uma queda de 26,9% em relação ao ano anterior, o que pode ser um
reflexo da operação militar especial de Moscou na Ucrânia.
Através do gasoduto Power of Siberia, a Rússia exportou
para a China cerca de 4,1 bilhões de metros cúbicos em 2020 e o objetivo é
fornecer 38 bilhões de metros cúbicos – sua capacidade total – até 2025, de
acordo com o comunicado da Gazprom.
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou em
fevereiro uma série de acordos de petróleo e gás com o líder chinês Xi Jinping
em cerca de US$ 117,5 bilhões (cerca de R$ 589 bilhões), o que significa, na
prática, um incremento de 10 bilhões de metros cúbicos de gás por ano através
do novo gasoduto Power of Siberia 2 – que vai da ilha de Sacalina, no Extremo
Oriente russo, até a província de Heilongjiang, no nordeste da China.
A Gazprom também está trabalhando em planos para outro
gasoduto – o Soyuz Vostok – que vai da Rússia à China via Mongólia, o que
aumentaria para 50 bilhões de metros cúbicos o gás canalizado para a China todos
os anos.
Quem está perdendo? A gigante energética britânica British Petroleum (BP)
anunciou que perdeu mais de 20.000 milhões de dólares no primeiro trimestre de
2022, principalmente devido à sua retirada do mercado russo.
A pressão das sanções impostas pelos EUA e seus aliados
às empresas russas obrigou a BP a deixar a Rússia. O relatório financeiro da
empresa para o primeiro trimestre de 2022 indica que a retirada de sua participação
de 19,75% na Rosneft da Rússia e outros negócios na Rússia resultou em uma
perda de 1,5 bilhão de dólares e 24 bilhões em encargos. Ao mesmo tempo, a
empresa disse que seu fluxo de caixa operacional no primeiro trimestre chegou a
US$ 8,2 bilhões, em comparação com US$ 6,1 bilhões um ano atrás.
Como resultado, as perdas superaram quaisquer
expectativas de ganhos.
Uma complicada situação. A
Alemanha quer e precisa continuar sua bajulação com Washington. Mas, segundo
estudos técnicos, a situação está ficando complicada/
O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck,
declarou na quarta-feira (04) que a proibição de importações de petróleo russo
pode provocar a escassez de gasolina no oeste do país e em Berlim.
Esses territórios recebem gasolina a partir da grande
refinaria na cidade de Schwedt, no estado de Brandeburgo, que só trabalha com
petróleo russo.
Mas as autoridades da Alemanha declararam estar
dispostas a apoiar o embargo petrolífero da Rússia. No entanto, Habeck disse
que espera grandes "saltos de preços", já que o petróleo russo
provavelmente terá que ser substituído por alternativas mais caras de outros
países.
Até o Banco Mundial! De
acordo com um relatório do órgão econômico das Nações Unidas, foi detectada uma
mudança para padrões de comércio mais caros, o que poderia atrasar a transição
para energias mais limpas.
De acordo com o último relatório do Banco Mundial
Commodity Markets Outlook, a guerra na Ucrânia está tendo um grande impacto nos
mercados de commodities e interrompendo os padrões globais de comércio,
produção e consumo que manterão os preços em níveis historicamente altos até o
final de 2024.
O aumento dos preços da energia nos últimos dois anos
foi o maior desde a crise do petróleo de 1973. Os aumentos dos preços dos
produtos alimentares, dos quais a Rússia e a Ucrânia são os principais
produtores, e os fertilizantes, que dependem do gás natural como elemento-chave
da produção, são os maiores desde 2008.
Mais armas para a Ucrânia. Como nosso Informativo vem dizendo, a manutenção do
conflito na Ucrânia é uma válvula de escape para a indústria bélica, em particular
a estadunidense.
E agora tomamos conhecimento de que os EUA transferiram
para a Ucrânia 80% dos obuses M77 atribuídos a esse país e quase todos os
radares, disse um alto funcionário do Pentágono à imprensa.
Por outro lado, o primeiro-ministro britânico Boris
Johnson vai se dirigir ao Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano) para anunciar que
o Reino Unido fornecerá à Ucrânia um pacote de ajuda militar de £ 300 milhões,
o que equivale a cerca de US $ 375 milhões.
“O primeiro-ministro se dirigirá ao parlamento da
Ucrânia em 3 de maio por videoconferência, ele será o primeiro líder internacional
a se dirigir à Verkhovna Rada desde o início do conflito. O governo anunciará
um novo pacote de ajuda militar defensiva de 300 milhões de libras esterlinas
para a Ucrânia”, disse declaração disse.
Manda mais... Segundo
informou a Defesa russa na manhã deste sábado (07), perto da estação ferroviária
Bogodukhov, na região de Carcóvia (Ucrânia), foi eliminada uma grande remessa
de equipamento militar enviada pelos Estados Unidos e vários países europeus.
As tropas de mísseis da Rússia destruíram nas últimas
24 horas 44 postos de comando das tropas ucranianas e 196 áreas de concentração
de pessoal e de equipamento do adversário, relatou o representante oficial do
ministério, o major-general Igor Konashenkov.
A aviação russa atingiu nesta noite 18 alvos militares
da Ucrânia, entre esses dois pontos de comando na área de Skovorodnikovo, na
região de Carcóvia.
Os ataques da aviação resultaram na eliminação de até
280 nacionalistas ucranianos e na destruição de 48 unidades de equipamento e
munição das forças da Ucrânia, informou o representante russo.
Além disso, cinco áreas de concentração da força viva e
de equipamento ucranianos, bem como um armazém de munições foram atingidos por
mísseis da Força Aeroespacial russa.
EUA: Suécia e Finlândia. O
porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que ainda é cedo para falar sobre
quaisquer garantias de segurança para a Suécia e Finlândia.
Ainda assim, de acordo com o porta-voz norte-americano,
os EUA estão prontos para apoiar a política de portas abertas da OTAN.
“Quaisquer que sejam as discussões sobre a adesão à
OTAN, elas serão realizadas entre estes dois governos e a aliança. Cabe a eles
discutirem [...] Quanto às garantias de segurança, esta questão está muito à
frente das discussões atuais”", afirmou.
O controle de Mariupol! Os
militares russos estão controlando a cidade de Mariupol, disse hoje,
quarta-feira (4), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu.
“Nos territórios das RPL e RPD e da Ucrânia, libertados
dos nacionalistas, está sendo estabelecida a vida pacífica. Inclusive em Mariupol,
o maior centro industrial e de transporte no mar de Azov. Ela está sob controle
do Exército da Rússia”,afirmou o ministro.
Em 16 de abril, o representante oficial do Ministério
da Defesa russo, Igor Konashenkov, informou que todo o território de Mariupol
foi libertado das tropas ucranianas, mercenários estrangeiros e neonazistas do
Batalhão Azov. Quem sobrou foi bloqueado na siderúrgica Azovstal.
Os grupos militares ucranianos que estão no território
da Azovstal estão bloqueados em todo o perímetro da fábrica.
Além disso, o ministro russo ressaltou que o transporte
da OTAN com armas e munições para o Exército ucraniano que chegou à Ucrânia será
destruído.
Lenha na fogueira? A Romênia informou que um batalhão Stryker da OTAN e uma
unidade de caças F-35 dos EUA chegaram ao país para reforçar a dissuasão e a
defesa no flanco oriental da aliança.
De acordo com Klaus Iohannis, presidente da Romênia, as
aeronaves americanas cumprirão missões de dissuasão e defesa da OTAN no país.
“A situação de segurança na vizinhança do nosso país
requer medidas para desenvolver a capacidade de responder aos novos desafios na
região, o que nos permite reforçar a resiliência da Romênia"” declarou.
Os EUA mostram mais uma vez sua intenção de desestabilizar
a região, e em vez de buscar o diálogo, preferem enviar unidades aéreas e
armamentos aos membros da OTAN, sob o pretexto de se prepararem contra
possíveis ameaças.
O problema e a China? Por
muitos anos, a intenção de Washington foi que Moscou e Pequim mantivessem uma
rivalidade constante para enfraquecer suas hegemonias. Com o atual conflito na
Ucrânia, a estratégia parece clara: enfraquecer a Rússia para romper com o
poder econômico do gigante asiático.
Embora a China aparentemente tenha adotado uma postura
neutra em relação às tensões no Leste Europeu, a realidade é que a relação
entre russos e chineses continua mais forte do que nunca.
Dois gasodutos de grande porte comprovam o exposto:
Força Siberiana 1 e Força Siberiana 2. Com ambos, a República Popular da China
pretende abastecer toda a sua população com gás russo. Não importa para ele que
desde 2014 a União Europeia (UE) e os Estados Unidos impuseram sanções
econômicas ao governo de Vladimir Putin. A aliança entre as duas potências vai
além do conflito na Ucrânia e o país asiático não pretende aderir às sanções
contra Moscou.
“Em 2014, quando a reabsorção da Crimeia pela Rússia
aconteceu após o golpe contra Viktor Yanukovych [ex-presidente da Ucrânia], a
China decidiu apoiar Moscou em vez de aderir às sanções impostas pelo Ocidente.
gasoduto para garantir que a Federação Russa forneça gás aos chineses por 30
anos", observa Ana Teresa Gutiérrez del Cid, internacionalista da
Universidade Autônoma Metropolitana do México (UAM) e autora do livro “China and
Russia” como atores centrais do novo coordenadas do poder mundial (2019).
O atual conflito na Ucrânia não mudou a posição de Xi
Jinping. De fato, seu apoio aumentou com a decisão de estender o gasoduto
Siberian Force 2 através do projeto Soyuz Vostok, que ligará a Rússia à China
através da Mongólia em um trecho de quase 963 quilômetros. Prevê-se que, com
esta ligação, sejam fornecidos anualmente cerca de 50.000 milhões de metros
cúbicos de gás.
Sputnik Mundo
Mercadoria estragada. Lançadores de mísseis antitanque britânicos Javelin e
NLAW foram fornecidos com vida útil expirada e falharam em sua maioria, disse
um oficial militar ucraniano capturado em um vídeo divulgado pelo Ministério da
Defesa russo.
Ele ressaltou que a ajuda militar da OTAN foi exagerada.
As armas apresentavam falhas de disparo e eram abastecidas com baterias
vencidas.
Segundo ele, o treinamento dessas armas era
teoricamente realizado nos campos de tiro.
“Na maioria das vezes havia falhas nos exercícios práticos,
mas como eles nos ensinavam tudo rapidamente, não tínhamos muito tempo para entender.
Não os testamos em condições de combate, e não havia muitas pessoas que
prestassem atenção a isso. fracassos, ninguém entendeu realmente os princípios
dessas decisões”, acrescentou.
Um exército de obesos? A
epidemia de obesidade está afetando a prontidão de combate do Exército dos EUA,
escreve o Daily Express citando dados de uma pesquisa científica.
De acordo com um estudo, elaborado pela cientista
nutricional Sara Police e seus colegas do Colégio da Medicina da Universidade
de Kentucky, a questão do excesso de peso, apesar de todos os esforços do Pentágono
e de outras entidades, tem tido um impacto negativo sobre o Exército dos EUA, e
os riscos associados à segurança nacional são simplesmente "enormes".
“Este é um problema complexo que tem um profundo
impacto na segurança nacional, limitando o número de recrutas disponíveis,
diminuindo as candidaturas ao reingresso e potencialmente reduzindo a eficácia
das missões”, aponta a especialista.
Os pesquisadores descobriram que hoje o contingente que
passa por treinamento militar inicial mudou significativamente. Assim, está
aumentando a porcentagem de mulheres e representantes de minorias étnicas entre
os novos recrutas.
Ao mesmo tempo, é entre as mulheres e as minorias que
existe uma percentagem crescente de pessoas com tendências para a obesidade.
Muito prejuízo! A
Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) alertou as
empresas estadunidenses de que podem ser obrigadas a divulgar o impacto gerado
pelas ações do governo na Ucrânia e das sanções contra a Rússia.
“As empresas podem estar sob a lei federal [...] para
declarar o impacto direto e indireto que a operação russa na Ucrânia e a
resposta internacional geraram ou podem gerar em seus negócios”, alertou a SEC.
De acordo com a SEC, as empresas são solicitadas a
divulgar informações relacionadas às suas atividades em Rússia, Belarus ou
Ucrânia por meio de operações, investimentos, valores mobiliários, fornecimento
de bens e serviços e relações comerciais.
Fome no país mais rico do mundo? Os maiores
preços dos supermercados prejudicaram os consumidores dos EUA, mas muitos estadunidenses
também estão lutando para encher suas cestas de compras com produtos básicos
semanais, como leite, ovos e alimentos embalados, devido à escassez de mão de
obra desencadeada pela pandemia e outros problemas de a cadeia de suprimentos
impedir que as lojas reabasteçam com rapidez e eficiência, informou a CNN na
semana passada.
Isso é no nível do supermercado. Para despensas de
alimentos e bancos de alimentos, “o problema fica ainda mais consequente porque
eles dependem fortemente de compras de alimentos a granel subsidiados e doações
de alimentos de lojas e outros fornecedores para construir suprimentos adequados
para atender às necessidades da comunidade”, segundo o relatório.
A Feeding America, que opera 200 bancos de alimentos em
todo o país, estima que até 42 milhões de estadunidenses (um em oito),
incluindo 13 milhões de crianças (uma em seis), podem ter vivenciado insegurança
alimentar em 2021, segundo o relatório. Isso se compara a 35 milhões de
pessoas, incluindo 11 milhões de crianças em 2019, quando a taxa geral de
insegurança alimentar foi a menor em mais de 20 anos, a organização sem fins
lucrativos foi citada.
Existe o risco de que, à medida que os alimentos fiquem
mais caros e mais difíceis de estocar, a fome nos EUA piore e afete
desproporcionalmente as famílias de baixa renda por causa das desigualdades no
sistema, Nancy Roman, presidente e CEO da Partnership for a Healthy America,
foi citada.
Porque ser pouco canalha é bobagem! Em
2020, o então presidente dos EUA, Donald Trump, propôs lançar mísseis em território
mexicano para destruir laboratórios de fabricação de narcóticos, revela um
livro de memórias de seu chefe de Defesa, Mark T. Esper.
O chefe do Pentágono na época descreve em seu próximo
livro, A Sacred Oath, que Trump propôs o ataque a supostos laboratórios de
drogas no México e pretendia mantê-lo em segredo.
Esper revela ainda que o magnata e então presidente
avaliou o desdobramento do exército nas assembleias de voto nas eleições de
2020, o que deu vitória a Joe Biden sobre a intenção de Trump de se reeleger,
pelo que o secretário federal pediu a seus elementos que ficassem alertas sobre
possíveis chamadas incomuns da Casa Branca.