sábado, 16 de fevereiro de 2019

Entrevista com Samuel Pinheiro Guimarães (15.2.19)

https://www.youtube.com/watch?v=k3iYfmm4OW4&feature=em-uploademail

É preciso criar novos meios para fins transformadores

16 DE FEVEREIRO DE 2019, 20H15

É preciso criar novos meios para fins transformadores

Em novo artigo para a Fórum, Andrea Caldas diz que na “curvatura do mal menor, da acomodação e da burocratização fomos perdendo o encantamento de gerações inteiras com o exercício pela política”
É preciso parar de dizer que “os fins justificam os meios”. Esta tese vem sendo repetida na direita, no centro e na esquerda.
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Ela é, ao fundo e ao cabo, a autojustificativa para a corrupção e os caminhos tortos em nome do “projeto maior”. Para a violência física ou simbólica.
Caixa 2, concessões, tergiversações, recuos programáticos, alianças inexplicáveis…tudo e mais entra na conta de soma zero do sofisma “os fins justificam os meios”.
E imersos na caverna de Platão, já não se enxerga que os meios conspurcaram os fins e os inviabilizaram.
O que sobra é contar as migalhas que começa sempre com o “pelo menos…”.
Pelo menos é o que nos resta.
Em um país de gênese espoliadora, em uma história que aninhou o colonizador em suas entranhas, em uma trajetória em que o “intimismo à sombra do poder” (Carlos Nelson Coutinho) e a conciliação foram a linha-guia.
Nesta curvatura do mal menor, da acomodação e da burocratização fomos perdendo o encantamento de gerações inteiras com o exercício pela política.
Fomos abrindo espaço para o niilismo e o individualismo. Fomos ficando tristemente iguais, na mesmice da repetição da forma de exercer o poder, nos espasmos permitidos para o “pelo menos…”.
É preciso criar novos meios para fins transformadores. Já tem gente fazendo isto. Temos que resplandecer estes novos caminhos.
Olhar para a luz e não para as sombras refletidas na caverna (bolha) de nosso tempo.
Olhar para a possibilidade de uma nova política – relação na polis.
Um tempo em que a famosa frase de Che Guevara seja prática e não apenas um slogan para enfeitar paredes.
Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.

Pedro dos Anjos e Gerson Carneiro: Interpretar a barbárie já não basta; é preciso confrontá-la antes que seja tarde demais!

VIOMUNDO 
Diário da Resistência
    

Pedro dos Anjos e Gerson Carneiro: Interpretar a barbárie já não basta; é preciso confrontá-la antes que seja tarde demais!
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Pedro dos Anjos e Gerson Carneiro: Interpretar a barbárie já não basta; é preciso confrontá-la antes que seja tarde demais!


16/02/2019 - 21h14
No RJ, segurança do Extra (de uniforme preto, estilo paramilitar) sufoca e mata o jovem Pedro Gonzaga, 19 anos, e  bolsonaristas destroem placa em homenagem a Marielle Franco.
O de camisa da seleção é Daniel Silveira, eleito deputado federal pelo PSL-RJ.  Nesta quarta, ele apresentou dois projetos de lei que tratam da “cessão compulsória de órgãos, no caso em que o cadáver apresenta indícios de morte por confronto com agentes de segurança pública. Pela proposta,“a retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica” não precisará de autorização expressa familiar. 
Interpretar a Barbárie Já Não Basta! É Preciso Confrontá-la!
Por Pedro dos Anjos, especial para o Viomundo
“[…] uma outra técnica crucial que Zweig identificou em Hitler e seus ministros: eles introduziram suas medidas mais extremas gradualmente –estrategicamente – a fim de avaliar como cada novo ultraje era recebido.
“Apenas uma única pílula de cada vez e depois um momento de espera para observar o efeito de sua força, para ver se a consciência mundial ainda digeria a dose”, escreveu Zweig. “As doses tornaram-se progressivamente mais fortes até que toda a Europa finalmente perecesse delas”. When it’s too late to stop fascism, according to Stefan Zweig” [Quando é tarde demais para acabar com o fascismo, segundo Stefan Zweig, por George Prochnik, na New Yorker, em 06/02/2017 
Um homicídio covarde, ato das trevas, foi cometido à luz do dia. E ninguém não fez nada não!
Um ser humano, treinado para trucidar, desabou mortiferamente sobre outro semelhante e ninguém não fez nada, não!
Um vigilante de aluguel, em circunstâncias obscuras, escolheu como alvo um jovem negro – apenas mais um na lista dos cabras pretos anônimos marcados pra morrer. E ninguém não fez nada, não!
Uma rede de supermercado contrata vigilantes paramentados à moda paramilitar, para intimidar, reprimir e – como vimos agora na Barra da Tijuca – até matar excluídos sociais que ousem adentrar suas dependências. E ninguém não faz nada, não!
Uma chacina culposa ma non troppo no Ninho do Urubu e outra suspeitosamente dolosa no Fallet-Fogueteiro, ambas na maravilhosa cidade. E posteriormente quase ninguém não fez nada, não!
Um celerado deputado skinhead , com intelecto diametralmente oposto à sua farta musculatura,  propondo o sequestro de órgãos de cadáveres tombados em dantescas ocorrências policiais. E quase ninguém não faz nada, não!
O mundo cada um de nós modifica a partir de onde a gente está.
Diante de atos de barbárie fascista devemos agir confrontando abertamente seus autores – na força e/ou na moral.
Serpentes já deixaram os ovos e temos que levantar a voz e agir pra combatê-las, antes que o Brasil pereça.
Até quando vamos aguentar esses brucutus?
por Gerson Carneiro, especial para o Viomundo
Desde quinta-feira, não me sai da cabeça a cena do segurança do supermercado Extra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio Janeiro, que, com uma ”gravata’, sufocou e matou Pedro Gonzaga, de 19 anos.
No judô, aprendemos (para não usar) técnicas de sufocamento capazes de desacordar a vítima em cinco segundos.
O vigilante, além de despreparado, foi vaidoso e cruel. Babaca!
Em cinco segundos, você desacorda uma pessoa cortando o fluxo de sangue para o cérebro.
Ela volta ao normal,  sem lembrar de nada, após cair completamente horizontalmente.
Mas é preciso ter conhecimento para aplicar a técnica de forma correta e, claro, sem se preocupar com exibicionismo.
Por que não estou presente nesses momentos?
Mostraria para esse porra como se faz! Sem precisar matar!
Quero passar por essa vida sem precisar revidar alguém na base da força, mas  está difícil.
Em algum momento vamos ter que reagir para nos defender. Esse momento não está distante. Graças a eles.
Eu só quero paz.
Paz com voz. Sem medo.
Ao começar a escrever este texto eu pensei muito no Moa do Katendê, assassinado com 12 facadas nas costas por um bolsonarista por dizer que tinha votado no PT.
É uma sucessão de tragédias da mesma natureza: banalização da vida humana.
Na época, o jornalista Ricardo Boechat classificou como ”bobagem” a morte de Moa.
Durante programa na BandNews, ele comparou o crime que vitimou Moa com cenário nacional: ”Tem um capoeirista morto, mas somos 200 milhões de pessoas”.
Até quando vamos aguentar esses brucutus?

Jornalista relata um final de semana na Vigília Lula Livre

16 DE FEVEREIRO DE 2019, 19H56

Jornalista relata um final de semana na Vigília Lula Livre

Grupo viajou de Santos, no litoral paulista, até Curitiba onde o ex-presidente está preso desde abril do ano passado. Lá eles encontraram solidariedade e acolhimento. Voluntários trabalham há quase um ano no local onde mantêm a Casa Lula e o Espaço Marielle Vive.
(Fotos: Daniela Origuela)
Por Daniela Origuela
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O céu ainda estava escuro quando o ônibus estacionou em uma rua do bairro Santa Cândida, em Curitiba. Manhã de sábado, 9 de fevereiro de 2019. O cheiro de café recepciona os passageiros do coletivo que saiu de Santos, litoral de São Paulo, na noite anterior. “Bom dia, companheiros!”, cumprimenta a anfitriã. Marcia é uma das voluntárias que, há quase um ano, se dedica à manutenção da casa, que abriga pessoas de várias partes do Brasil e do mundo. Todos chegam para prestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há quase 320 dias em uma sala do prédio da Polícia Federal, localizado a alguns quarteirões dali.
“Sejam bem-vindos! Para lá (aponta para trás) fica o alojamento feminino e na frente o masculino. Temos lençol para quem precisar. Aqui ajudamos uns aos outros”, diz Marcia, que explica a rotina, a relação com a vizinhança e o funcionamento do espaço. Ao término de sua fala, as vozes se juntam em um coro: “Lula Livre!”. Pães caseiros, manteiga, doce de abóbora, leite e café estão na mesa e são ofertados aos visitantes. Mais pessoas chegam. Homens, mulheres e crianças. São de Florianópolis, Santa Catarina.
O espaço é a Casa Lula, ponto de apoio aos que vão para a Vigília Lula Livre, instalada em frente ao prédio da PF. Nos quartos beliches de madeira feitos artesanalmente acomodam os visitantes. O refeitório é amplo, com mesas, bancos e pias. Na cozinha são preparados o café e o jantar. O lugar é mantido com doações, que também chegam com as caravanas. Voluntários, boa parte integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cuidam da organização, que é compartilhada com os que passam diariamente pelo local.
Refeitório (Foto: Daniela Origuela)
Roseli Andrade, integrante do MST, é uma das voluntárias da Casa Lula. Deixou o assentamento em Ponta Grossa com destino a Curitiba em abril do ano passado, quando o ex-presidente foi preso. “Vim para cá fazia dois dias que Lula tinha chegado. A vigília é amor. Sou apaixonada por Lula“, diz. Mãe de quatro filhos, um já falecido, ela conta um pouco da sua história. “Fui morar no assentamento com meus filhos pequenos. A vida na cidade não era boa, passava necessidade. O MST mudou muita coisa na minha vida. Com eles aprendi a mexer na terra, nas plantas e na lavoura.”
É Roseli quem conduz parte dos visitantes até a Vigília Lula Livre. Durante o trajeto conta o que ocorreu neste quase um ano. “No começo nós ficávamos acampados aqui (aponta para a calçada de uma rua que dá acesso ao prédio da PF). Era muita gente, muitas barracas. Ficamos nessas ruas até o dia que a polícia nos tirou. Tinha vizinho que jogava água quente. Só a senhora daquela casa (um chalé cinza) é que nos deu abrigo.”
(Foto: Daniela Origuela)
Falta pouco para 9h, horário em que é dado o primeiro bom dia a Lula. Os visitantes chegam à vigília que foi montada em um terreno em frente à PF há quase um ano. No local, também organizado por voluntários e mantido com doações, há espaço para leitura, debates, acolhimento e venda de camisetas, souvenires e alimentos orgânicos produzidos pelo MST. A programação de atividades do dia está escrita com giz em uma lousa. Naquele sábado, antes do almoço, ainda haveria uma roda de conversa. Depois apresentações culturais, às 14h30 o ‘boa tarde, presidente’, e, logo mais, o ‘boa noite’.
Bom dia ao presidente é dado diariamente às 9h (Foto: Daniela Origuela)
As saudações ao ex-presidente são dadas diariamente em três horários. Um megafone é utilizado para ampliar as vozes, que, segundo relatos, podem ser ouvidas por Lula no prédio do outro lado da rua. “Já disseram que ele ouve e fica muito feliz”, diz um homem.
“Só vou sair daqui quando ele sair”
Perto da vigília, outro imóvel chama atenção. No portão um cartaz indica: “Não temos campainha, grite Lula Livre e seja bem vindo!”. A casa foi o primeiro ponto de apoio aos visitantes. Na sala do andar superior, muitas mensagens a Lula escritas em folhas de papel coladas nas paredes. Os recados foram redigidos por pessoas que passaram por ali vindas de muitos lugares do país e também do mundo. Entre elas, o ator norte-americano Danny Gloover, que visitou o ex-presidente em maio do ano passado.
(Foto: Daniela Origuela)
“Vim acompanhar a minha mãe que é do PT, eu nunca fui filiado. Não sou filiado. Cheguei e vi a luta, que era por uma causa justa, e decidi ficar. Comecei no acampamento Marisa Letícia. Minha mãe voltou para casa, eu não. Aqui recebemos gente de todo lugar. Já veio pessoal da Venezuela, Estados Unidos, Índia e China“, conta Alex Muniz Matos da Cunha, de 33 anos. Natural de Registro, cidade do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo, ele é um dos moradores do espaço, que também é mantido com doações e destinado à formação política e acolhimento de voluntários e visitantes.
“Estou aqui para proteger quem sempre ajudou os mais pobres. Estamos aqui para proteger o presidente. Ninguém vai humilhar ele. Só vou sair daqui quando ele sair”, diz Alex, enquanto mostra um vídeo no celular de pessoas, vestidas de camisetas amarelas, que foram até a porta da PF, durante a noite, em um caminhão, gritar palavras contra Lula.
Espaço de leitura da vigília (Foto: Daniela Origuela)
Aniversário
Ainda era sábado, mas o pensamento estava no domingo, dia 10 de fevereiro, data em que o PT completou 39 anos. Enquanto a comemoração oficial do partido acontecia em São Paulo, os anfitriões da Casa Lula começavam a preparar o cardápio especial. “Amanhã é aniversário do PT. Vamos fazer frango assado”, diz Marcia. As coxas e sobrecoxas são limpas e colocadas para marinar no tempero feito a base de alho e ervas frescas.
O domingo amanhece. Os visitantes se reúnem às 9h na Vigília para a primeira saudação: “Bom dia, presidente Lula!”. Depois do compromisso oficial, as pessoas se espalham pelo espaço, conversam sobre o momento político atual, trocam informações e contatos. Muitos já se conhecem. Um homem se aproxima. Diz que é vizinho do local e, há oito meses, diariamente, presta solidariedade ao ex-presidente. “Tinha uma visão distorcida do PT e dos movimentos sociais, a imagem que a mídia me passava. Um dia vim aqui e comecei a conversar com o pessoal e vi que estava errado. Não sou filiado, mas acho importante estar aqui para apoiar”, disse ele.
(Foto: Daniela Origuela)
O bancário Carlos Zardo, filiado ao PT desde a fundação do partido, marca presença em Curitiba todos os finais de semana desde que Lula foi para a PF. O servidor público, morador de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, encara aproximadamente 24 horas de viagem, somando ida e volta. “Saio do serviço na sexta-feira e vou direto para a rodoviária. Volto no domingo à tarde. Venho motivado pelo sentimento de solidariedade, por tudo o que ele representa e ajudou a construir no país. O que estão fazendo com ele e a família dele é injusto. Só paro de vir para cá quando Lula estiver livre”, afirma.
Zardo comentou a conjuntura atual do partido e projetou um futuro: “Desde a fundação tentam acabar com o PT, não conseguiram. Acho que quanto mais o PT apanha mais ele cresce. Quanto mais ele sofre mais fica forte. Todo mundo imaginou que o PT acabaria, mas o PT não acabou e vai continuar e sair fortalecido. Penso que o PT tem que se reafirmar diante das pessoas. Mostrar para a população que estamos há 39 anos ao lado do povo e somos sendo muito atacados hoje por isso. Acertamos mais do que erramos”.
Dedicação
O almoço é servido aos visitantes todos os dias às 13 horas no Espaço Marielle Vive de Formação Política, que fica a alguns metros da Vigília. Refeição de qualidade, possível por meio de doações e com alimentos produzidos pelo MST. No sábado, o cardápio foi arroz, feijão, carne ensopada e salada de tomate com pepino. O do domingo, macarrão com molho, arroz, feijão preto, frango assado, salada de abobrinha e berinjela. Comida caseira feita pelas mãos de dois homens. Um deles é Tille Chaves, de 35 anos. Membro do PT de Santo André, cidade do ABC paulista, ele coordena o local.
“Cheguei aqui e fiquei na rua também nas barracas com o pessoal. Sou militante e a militância é uma causa. Montei a cozinha e locamos o espaço a partir de doações. Aqui é servida alimentação e oferecido curso de formação política”, conta Tille. A capacitação política da Escola Nacional do MST dura em torno de 22 dias e é voltada a movimentos progressistas. Nas paredes do Espaço Marielle, em um grande mural de grafite, as imagens da vereadora carioca assassinada em março do ano passado, Karl Marx, Engels, Che Guevara, Papa Francisco, Fidel Castro.
“O Lula representa uma força”, diz Tille Chaves (Foto: Daniela Origuela)
O jovem, que já tinha habilidade com a culinária, agora cozinha para centenas de pessoas. O espaço recebe, em média, 200 pessoas por dia aos finais de semana. “São 20 quilos de arroz, oito quilos de feijão e 78 quilos de carne. A maior parte das pessoas, cerca de 90%, que passa por aqui viaja com recursos financeiros próprios. São pessoas com entendimento político e que não são guiadas por alguém. Minha motivação para estar aqui é política. Não sou ‘lulista’, mas o respeito por sua trajetória. O Lula representa uma força. Ele conseguiu enxergar aqueles que sempre foram esquecidos pelo estado. Fico aqui, se possível, até quando ele sair.”
Daniel Barbosa, de 47 anos, também é do ABC. Voluntário da Casa Lula, acompanha o ex-presidente desde o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, de onde saiu com destino a Curitiba. Neste período presenciou inúmeras histórias na vigília, e uma faz questão de mencionar: “Veio caravana do semiárido de Pernambuco. Através dos depoimentos deles vi como foi grande o legado de Lula, o que ele realmente fez para o povo pobre. A gente lê, mas ouvir a história de quem passou é diferente. São pessoas que nunca tiveram água e luz e hoje têm graças a Lula. É por isso que só saio daqui com ele. Se é 12 anos que ele vai ficar, por 12 anos ficarei aqui também”.
Um grupo de jovens vai chegando à vigília na tarde de domingo. Carregam um violão, onde já dedilham pelo caminho algumas músicas. São moradores locais. Descobriram que podem usar o espaço dedicado à Lula para apresentações culturais. Desde então, se reúnem lá.
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De volta a Casa Lula, o ônibus do litoral paulista já se apronta para acomodar os passageiros que vão fazer o caminho de volta. O clima é de despedida. Antes da partida, uma pausa para conhecer Hilda Monteiro, a dona de casa moradora de Recife, Pernambuco. Pegou um avião com destino a Curitiba junto com o marido, o irmão, a cunhada e uma prima da Paraíba. Não é filiada ao PT. “Realizei um sonho e se Deus quiser voltarei novamente. Não sou do partido, não sou da política, vim por Lula. Lula é inocente. Se essa sentença fosse dada em Pernambuco, eles iam ver o que é guerra.”

DE PRÓPRIO PUNHO, LULA REJEITA CONDENAÇÃO: NÃO RECONHEÇO, SOU INOCENTE