segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Sobre o impeachment

 

Impeachment bate à porta de Bolsonaro novamente e presidente dispara: “Só papai do céu me tira daqui”

Chefe do Executivo ainda voltou a dizer, em conversa com apoiadores, que é "imbrochável"

 
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Nesta segunda-feira (11), em meio à crescente manifestação de parlamentares e políticos em defesa de um processo de impeachment contra Jair Bolsonaro, o presidente afirmou a apoiadores na porta do Palácio do Planalto que “só papai do céu” o retiraria do cargo.

“Você não sabe o tamanho da minha paciência. Eu sou imbrochável, tá ok? Então, vão ter que aturar. Só papai do céu me tira daqui. Mais ninguém”, disparou.

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Leia também: Impeachment de Bolsonaro ganha impulso neste início de ano e deve ser tema central da esquerda

O mandatário afirmou, ainda, que “você nunca vai ter um presidente perfeito”, em referência às críticas por ter dito, na semana passada, que “o Brasil está quebrado” e que não consegue “fazer nada”.

A fala de Bolsonaro vem no mesmo dia em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que o chefe do Executivo pode ser alvo de um processo de impeachment nos próximos meses devido à demora em elaborar um plano de vacinação contra a Covid-19.

Também nesta segunda-feira, o PT protocolou mais um pedido de impedimento de Bolsonaro na Câmara, em sintonia com um coro pró-impeachment que vem crescendo nas últimas semanas.

“Tenho certeza que esse ano vai ser o ano do impeachment. O governo tem tido atos cada vez mais desastrosos em todos os campos. Desastrosos e criminosos”, declarou à Fórum o deputado Rogério Correia (PT-MG), um dos autores da nova peça protocolada na Câmara.

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Ivan Longo

Jornalista e repórter especial da Revista Fórum.

Em nota, Guedes minimiza fim da Ford no Brasil e fala “forte recuperação” da economia kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!

 

Em nota, Guedes minimiza fim da Ford no Brasil e fala “forte recuperação” da economia

O Ministério da Economia, cobrado pela saída da montadora do Brasil, lamentou a decisão e disse que "trabalha intensamente"

 
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O Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, divulgou uma nota nesta segunda-feira (11) sobre a saída da Ford e dando seu parecer sobre a situação do Brasil. A pasta minimiza a decisão e afirma que o Brasil vive uma suposta “forte recuperação”.

“O Ministério da Economia lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”, diz trecho do texto.

Ao anunciar a decisão, a montadora afirmou que “a continuidade do ambiente econômico desfavorável e a pressão adicional causada pela pandemia deixaram claro que era necessário muito mais para criar um futuro sustentável e lucrativo”.

A empresa fechou as três fábricas no Brasil, mas irá manter as da Argentina e do Uruguai.

O ministério de Guedes trata a decisão como algo corriqueiro e ainda afirma que “trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais”.

Cerca de 4 mil trabalhadores serão diretamente impactados com essa decisão.

O governo foi alvo de inúmeras críticas por conta da saída da Ford, um sintoma de desindustrialização. “[O fechamento da Ford] é o resultado da estupidez intelectual de [Paulo] Guedes e sua equipe, estagnados no ultrapassado receituário neoliberal da década de 70. Num cenário de depressão econômica, em vez de políticas anticíclicas, eles apostaram em mais arrocho e nenhum investimento”, criticou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

Segundo Solla, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), está “buscando alternativas junto a montadoras chinesas” para tentar reverter o quadro que, segundo ele, “sangra a Bahia”. A principal fábrica da Ford no país fica em Camaçari (BA).

“São mais de 10 mil empregos diretos, a Ford representa 2% do PIB da Bahia, 1,7% da massa salarial do Estado e 10% da arrecadação de ICMS”, afirmou Solla.

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Lucas Rocha

Jornalista da Sucursal do Rio de Janeiro da Fórum.