domingo, 15 de dezembro de 2013

Vitória arrasadora do chavismo

Conselho eleitoral aponta vitória arrasadora do chavismo na Venezuela

14/12/2013 12:05
Por Redação, com agências internacionais - de Caracas


Maduro comemorou, no início desta semana, a vitória eleitoral obtida na Venezuela
Maduro comemorou, no início desta semana, a vitória eleitoral obtida na Venezuela
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), máxima autoridade do país no assunto, assinalou neste sábado que a aliança revolucionária conquistou 242 das prefeituras submetidas ao voto nas eleições municipais da semana passada. A reitora do CNE, Sandra Oblitas, informou que essa cifra equivale a 72,2% dos cargos, com um total de 5 milhões 227 mil 491 votos.
Enquanto isso, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), da oposição, conseguiu 75 prefeituras, o que representa 22,3%, aprovadas por 4 milhões 423 mil 897 votos. Os resultados mencionados nesta sexta-feira procedem da auditoria total efetuada no sistema eleitoral, como parte do cronograma estabelecido pelo CNE. Oblitas informou ainda que o governista Partido Socialista Unido (PSUV) e outras forças aliadas ganharam 242 das 335 prefeituras em jogo com mais de 5,2 milhões de votos.
Oblitas defendeu a transparência do processo eleitoral das críticas de alguns setores da oposição, ao afirmar que os resultados foram divulgados com rapidez e que só em 0,06% das 39.427 máquinas de votação foi necessário utilizar o voto manual por falhas em funcionamento.
Os venezuelanos votaram no domingo para escolher prefeitos e conselhos municipais com uma participação de 58,9% dos eleitores. O chavismo declarou vitória citando a maior quantidade de votos e de prefeituras em nível nacional, e que chamou a oposição a reconhecer o fracasso de sua estratégia para elevar as eleições à categoria de plebiscito do governo de Nicolás Maduro.
Segundo analistas, as medidas econômicas adotadas atacar a especulação política que resultou em uma escalada de preços, que incluíram a intervenção em cadeias de eletrodomésticos com militares, surtiram efeito no eleitorado e conseguiram atenuar os efeitos de uma inflação que beira os 50% ao ano. A Venezuela também tem sido alvo de ataques ao seu sistema elétrico, o que tem causado apagões no país e uma série de transtornos. Os EUA estaria envolvidos em tais ações terroristas, segundo denúncias.

Ao todo, 13 prefeituras ficaram nas mãos de organizações vinculadas ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e ao Grande Polo Patriótico, enquanto cinco foram para agrupamentos aliados à MUD.


Fonte: Correio do Brasil

O Presidente Mujica impõe respeito


Mujica rebate crítica de dirigente da ONU contra liberação da maconha

14/12/2013 15:17
Por Redação, com RT - de Montevidéo

José Mujica, embora tenha maioria no Parlamento para aprovar a legalização da maconha, prefere contar com apoio da população antes de seguir adiante
José Mujica, embora tivesse maioria no Parlamento para aprovar a legalização da maconha, preferiu contar com apoio da população antes de seguir adiante
Presidente do Uruguai, José Mujica chamou de “mentiroso” o chefe da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes, Raymond Yans, e denunciou a existência de manipulação nas exigências deste organismo antidrogas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mujica reagiu às declarações de Yans, que comparou o Uruguai aos piratas, “por não respeitar as convenções internacionais”, disse, após acusar as autoridades uruguais de descartar o diálogo.
– Digam a esse velho que não se meta. Que venha ao Uruguai e fale comigo quando quiser, mas não fique jogando para a platéia – disse o presidente uruguaio, em uma entrevista a um canal de TV de seu país.
O mandatário avisou também que pedirá explicações sobre a desigualdade no trato com o Uruguai, em comparação a outros Estados, nos EUA, onde a maconha foi legalizada sem nenhum problema com a ONU.
– (Yans) Terá que esclarecer o que se passa em um montão de Estados norte-americanos em que cada um deles, apenas na capital, já supera a população que tem o Uruguai. Ou tem dois discursos? Um para o Uruguai e outro para os que são fortes – sublinhou Mujica
Nesta quarta-feira, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo onde a maconha foi legalizada, com a distribuição e a produção sob controle das autoridades. O governo, após uma longa discussão com os cidadãos uruguaios, encaminhou ao Parlamento o projeto de lei que foi aprovado por ampla maioria. Um dos principais argumentos em favor da nova Lei é o combate à violência e ao narcotráfico.
– O narcotráfico é pior do que a própria droga – afirmou Mujica.


Fonte: Correio do Brasil

Sonegação de impostos pela REDE GLOBO


Rede Globo é citada em documento na Polícia Federal por sonegar impostos

14/12/2013 14:45
Por Redação - do Rio de Janeiro

Documento com denúncia de sonegação de impostos pela Rede Globo tramita na PF
Documento com denúncia de sonegação de impostos pela Rede Globo tramita na PF
Manifestantes ligados a instituições da sociedade civil brasileira que lutam pela democratização da mídia e contra o cartel midiático formado no país marcaram um protesto, na tarde desta segunda-feira, em frente à sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, para que seja agilizado o processo em que a Rede Globo figura como principal suspeita de uma sonegação bilionária de impostos. O escândalo, denunciado por Miguel do Rosário, jornalista e editor do blog O Cafezinho, envolve além da sonegação,
o sumiço de parte do processo dentro da Receita Federal.
O núcleo fluminense do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, junto com o blog Megacidadania, protocolou a denúncia no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, seguindo os trâmites internos da instituição, que deu origem ao Ofício 13344/2013. O documento foi encaminhado à Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde se encontra no momento.
A PF apura dois crimes:
1) contra a Ordem Tributária, que é o crime da sonegação propriamente dita, e que pode envolver evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro;
2) ocultação de bens, diretos ou valores, que corresponde ao misterioso desaparecimento dos documentos originais, nos quais os auditores da Receita decidem pela condenação da Rede Globo pelo crime de sonegação.
O ofício segue em fase de análise pela Corregedoria da PF, procedimento preliminar à abertura de um inquérito policial. Fontes da própria PF informaram aos jornalistas que a praxe é que o procedimento seja concluído de 60 a 90 dias.
– O Barão de Itararé, na próxima semana, enviará uma comitiva às dependências da Superintendência da PF-RJ para pressionar pela abertura desse inquérito, no mais curto prazo possível. Iremos lembrar às autoridades da magnitude do valor em questão, e da importância que ele adquire como exemplo contra a sonegação de impostos – disse Rosário.
O sonegômetro atualizado esta semana pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) deve chegar a R$ 415 bilhões em 2013. Trata-se de uma das maiores chagas nacionais, ainda mais grave que a corrupção, que sangra os cofres públicos em R$ 50 a 80 bilhões por ano.

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares

 



Que o exemplo seja seguido.
O Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, de Salvador, terá seu nome alterado para Colégio Estadual Carlos Marighella, após eleições realizadas por sua comunidade. A informação foi postada no blog do jornalista Mário Magalhães, do portal UOL. Professores, funcionários e alunos decidiram, com 69% dos votos, rebatizar a instituição de ensino com o nome do guerrilheiro, assassinado em 1969 pela polícia.
Para validação da escolha, os resultados serão submetidos à Secretaria da Educação da Bahia. As votações foram coordenadas pelos pais dos alunos, além dos integrantes da comunidade. Não foi considerado manter o nome do ditador no colégio: os descontentes poderiam votar branco ou nulo.
A escola foi inaugurada em 1972, no período da ditadura brasileira, na qual Médici ocupava o posto de presidente. Em segundo lugar, ficou a homenagem ao geógrafo Milton Santos, que também foi perseguido durante a ditadura, tendo de recorrer ao exílio.
Delegado nega acusação de tortura. O delegado aposentado da Polícia Civil, Aparecido Laertes Calandra, negou na quinta-feira (12), em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, qualquer envolvimento com episódios de tortura durante a ditadura militar no Brasil. Apesar de ex-presos políticos terem reconhecido o policial como o torturador de codinome capitão Ubirajara, ele disse que no período em que trabalhou no Destacamento de Operações e Informações do Centro de Operações e Defesa Interna (DOI-Codi) atuou apenas como assessor jurídico.
Ele informou que desconhece qualquer violação aos direitos humanos cometida no local no período de 1972 a 1976, quando exerceu essa função no departamento. “Nunca ouvi gritos”, disse.
Ele não soube explicar como tantas pessoas o reconheceram como membro das equipes de interrogatório. “Atribuo isso a um engano pessoal das pessoas que estão fazendo essas acusações. Nunca participei de nenhuma atividade de tortura e nunca apoiaria isso”, declarou. Embora cumprisse expediente no DOI-Codi, ele negou trabalhar no sistema de informações do governo.
Para a aposentada Darci Miyaki, ex-presa política, que relatou ter sido torturada por ele, não há dúvidas da verdadeira identidade do capitão. “Ele mudou pouco, muito pouco. Está com cabelo mais ralo, branco, mas o visual, a estrutura são os mesmos. Esse cidadão era o Ubirajara, um torturador e partícipe de muitos assassinatos”, disse ela.
Testemunhas confirmam participação de Ustra em sequestro. Mais três testemunhas ouvidas na terça-feira (10) pela Justiça Federal confirmaram a participação do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra no sequestro de Edgar de Aquino Duarte, ocorrido em 1973, durante a ditadura militar (1964-1985). Duarte continua desaparecido até hoje.
Ação penal proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) acusa o coronel reformado e os delegados de polícia Alcides Singillo e Carlos Alberto Augusto pelo sequestro qualificado de Duarte. Ustra comandou o Destacamento de Operações de Informações–Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo no período de 1970 a 1974.
Assim como as testemunhas ouvidas, os ex-presos políticos Ivan Seixas, Lenira Machado e César Augusto Teles disseram que Ustra tinha conhecimento da prisão ilegal de Edgar. Eles falaram na presença de dois dos três acusados. Ustra não compareceu novamente, e foi declarado réu revel, ou seja, por não mostrar interesse em participar do julgamento, a Justiça decidiu que o processo vai seguir à sua revelia.
Uma das testemunhas, Ivan Seixas, além de reconhecer a participação de Ustra, também confirmou que o delegado Carlos Alberto Augusto – conhecido, segundo o MPF, como Carlinhos Metralha – participou do sequestro de Edgar. “Ustra não participou da prisão, mas manteve ele [Edgar] escondido no DOI-Codi, durante alguns meses. E o Metralha participa da prisão e da manutenção dele lá. Eu acredito que tenha participado talvez até do desaparecimento”, disse Ivan Seixas, após dar seu depoimento.
Segundo o MPF, Duarte ficou preso ilegalmente nas dependências do DOI-Codi e, depois, no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops-SP) até meados de 1973. Ele era amigo de José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, que tinha acabado de retornar de Cuba e com quem passou a dividir um apartamento no centro de São Paulo. A tese do Ministério Público é que Duarte foi sequestrado pelos agentes da ditadura porque conhecia a verdadeira identidade de Cabo Anselmo, que passara a atuar como informante dos órgãos de repressão.
Militante da ALN foi torturado e executado. Um novo laudo pericial apresentado no Fórum Mundial de Direitos Humanos (FMDH), na quarta-feira (11), comprova que o militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), Arnaldo Cardoso Rocha, não foi morto em combate com a polícia, em 15 de março de 1973, aos 23 anos, como atestaram à época os agentes públicos da ditadura militar, mas sim que foi brutalmente torturado e, quando não tinha mais nenhuma condições de reação ou mesmo de locomoção, foi executado com dois tiros na cabeça, disparados de cima para baixo, nos porões do Doi-Codi, em São Paulo.
De acordo com o perito criminal Celso Nenevê, o laudo foi requisitado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) e permitiu, pela primeira vez, comprovar a materialidade da tortura e da execução por agentes públicos da ditadura a partir de uma exumação recente. Segundo ele, o exame da ossada do militante demonstrou a existência de 30 lesões causadas por pelo menos 15 disparos de armas de fogo, além de outras provocadas por instrumentos contundentes, como um cassetete, cano ou pedaço madeira. O laudo oficial produzido pela ditadura apontava a existência de apenas sete fraturas, decorrentes do ilusório conflito com a Polícia.
Mas, conforme o perito, não é só a grande diferença no número de lesões que faz com que a versão da ditadura não se sustente. Segundo ele, a causa da morte de Arnaldo foi os dois tiros que atingiram seu crânio, disparados de cima para baixo, de distância próxima, típicos da execução sumária. “Ele teve todos os membros superiores e inferiores feridos. Estava impossibilitado de andar, fugir ou mesmo reagir. E, mesmo assim, foi executado”, esclarece. “As lesões por múltiplos instrumentos também são indicativas da prática de tortura”, acrescenta.
Quatro trabalhadores são resgatados na Bahia. Auditores Fiscais da Gerência Regional do Trabalho e Emprego (GRTE), em Feira de Santana, resgataram quatro trabalhadores em condições análogas às de escravo. A ação de fiscalização ocorreu na empresa Para Materiais de Construções. Na ocasião, foram identificadas várias irregularidades, como falta de uso dos equipamentos de Proteção Individual (EPI) e roupas inadequadas para operação de máquinas e equipamentos como empilhadeiras, policorte, betoneira e trator, além da realização de atividades de corte de madeira e de ferro. Na casa onde os trabalhadores estavam alojados não havia energia elétrica, camas, colchões, geladeira e água potável para beber.
A fiscalização constatou, ainda, que estes trabalhadores foram aliciados pela empresa em suas cidades de origem, em Amargosa e Terra Nova. Três deles não possuíam registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e outro estava com o documento retido, em poder da empresa. No mesmo dia da ação, os fiscais do trabalho providenciaram a retirada dos trabalhadores do local em que estavam alojados e o encaminharam para um hotel da cidade.
De olho na América Latina. Apesar dos discursos de John Kerry e de Obama, dizendo que a “doutrina Monroe” para a América Latina acabou, a verdade é bem diferente. Washington continua vigiando tudo o que se passa no seu “quintal traseiro” e tentando influir politicamente nos países, contando com a ajuda sempre subserviente dos grandes veículos de imprensa no continente.
Na Venezuela, dede abril de 2013, foi montado um esquema para prejudicar o equilíbrio político e tentar um golpe que derrubasse Nicolás Maduro. No início do ano, com atos de violência contra a população comandados por grupos de direita. Depois tiveram início as sabotagens que causaram apagões em todo o país e a especulação de preços por parte de alguns comerciantes. Tudo bem montado e orquestrado a partir da embaixada estadunidense.
Na Argentina o processo foi parecido. Contando com uma imprensa “amestrada”, a direita lançou dezenas de denúncias falsas contra o governo de Cristina Fernández. Programas de televisão e rádio lançavam calúnias tentando influir nas eleições legislativas de junho.
No Chile, onde a população estará hoje nas urnas para o segundo turno da corrida presidencial, a imprensa transformou as manifestações estudantis em ameaças contra o sistema. Tudo foi usado para atacar a imagem da candidata Michelle Bachelet.
Em Honduras, depois de um golpe de Estado, vimos o que aconteceu nas recentes eleições presidenciais. A maior fraude eleitoral de que se tem notícias para não permitir que Xiomara Castro chegasse ao poder.
Golpe na Colômbia (1). Como todos sabem, o governo da Colômbia é um dos principais aliados estadunidenses na América Latina. Depois de dois governos do capacho e narcotraficante Álvaro Uribe, o país vive sob a presidência de Juan Manuel Santos, candidato indicado e apoiado pelo próprio Uribe.
Porém, em janeiro de 2012, o povo de Bogotá elegeu um incômodo prefeito, Gustavo Petro. Vale lembrar que a cidade de Bogotá, capital do país, tem um enorme peso político e econômico no quadro nacional e o prefeito é considerado a segunda maior autoridade colombiana. Mas acontece que Petro é ex-militante do M-19, movimento guerrilheiro urbano surgido nos anos 1970!
Na segunda-feira (9/12), a Procuradoria-Geral da Colômbia destituiu o prefeito eleito e o declarou inelegível pelos próximos 15 anos alegando que ele fez uma “má gestão” na capital do país e colocou em risco “o meio ambiente e a saúde” porque não renovou o contrato de três empresas coletoras de lixo, privadas, para criar uma empresa pública!
Em seu último discurso antes de deixar o cargo, na segunda-feira, em frente a 30 mil apoiadores – muitos deles coletores de lixo, o prefeito incitou uma mobilização permanente dos “indignados” colombianos: “eu fico e irei até onde vocês me disserem”.
Golpe na Colômbia (2).Peço solidariedade ao mundo. Estamos perante um golpe de Estado sobre o governo progressista na cidade de Bogotá”, escreveu o prefeito em sua conta no Twitter. Petro também emitiu uma breve declaração na qual denunciou a existência no país de uma “justiça política” e pediu à população tranquilidade perante a decisão do Ministério Público que o afastou do cargo. “Temos uma justiça política. Pode uma autoridade administrativa que não é do poder Judiciário destituir quem foi eleito pelo voto popular?”, se perguntou.
Milhares de pessoas se reuniram na sexta-feira (13) nas ruas de Bogotá para protestar pelo quinto dia consecutivo contra a destituição do prefeito da capital colombiana, Gustavo Petro. Os manifestantes se concentraram em 17 pontos diferentes da cidade para se reunirem no centro da cidade, na Praça Bolívar, e pedir, além da volta de Petro à chefia do Executivo municipal, a destituição de Ordoñez, que tem em seu passado um histórico de perseguição de líderes da esquerda colombiana. Com palavras de ordem como “Petro fique! Ordoñez vá embora!” os manifestantes se auto intitulam como “indignados”, em referência ao movimento popular que tomou as ruas da Espanha durante o ano de 2012.
Vamos acompanhar os acontecimentos em Bogotá...
Chavismo está bem vivo na Venezuela. O Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV) se consolidou como a principal força política do país ao conquistar 196 das 337 prefeituras (58,5%) que estavam em disputa nas eleições de domingo (8). O Chavismo venceu em 15 das 24 capitais.
Por se tratar de eleições municipais, ninguém esperava uma participação tão grande de eleitores, o que demonstra que o povo venezuelano está mobilizado. A direita tratava as eleições como se fosse uma espécie de plebiscito, para ver se Maduro tem apoio popular. A coalizão opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática), liderada pelo governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, ganhou 53 prefeituras, conseguindo reeleição em grandes centros urbanos como Maracaibo, capital do estado petrolífero de Zulia, e o Distrito Metropolitano, que engloba os cinco municípios de Caracas.
Maduro comemorou o fato de o chavismo ter mantido a hegemonia das prefeituras do país e o maior número de votos totais. “Hoje, sem lugar a dúvidas, obtivemos uma grande vitória, o povo da Venezuela disse ao mundo que a Revolução Bolivariana continua com mais força que nunca”, declarou, em discurso a apoiadores, complementando: “Nem mesmo a guerra econômica que a direita armou, pode com a revolução”.
“Espero que ele [Capriles] aprenda e reconheça que foi derrotado outra vez, que mostre a cara ao país e renuncie à direção política da MUD”, expressou o chefe de Estado venezuelano, ovacionado por chavistas que entoavam cantos conhecidos, como “assim, assim, assim é que se governa” e “Chávez não morreu, se multiplicou”. Uma nova canção, porém, surgiu após o pleito, em alusão a Capriles: “Capri Caprichito [caprichinho], toma seu plebiscito!”.
Senado mexicano aprova reforma do setor energético. O Senado do México aprovou em termos gerais na noite de terça-feira (10) um projeto de lei do setor de energia que vai abrir a indústria petrolífera estatal ao capital privado. A reforma marcará a maior mudança estratégica desde que o 10º maior produtor de petróleo do mundo nacionalizou o setor em 1938. A nova legislação tem como objetivo atrair empresas petrolíferas privadas, seja para operar de forma independente no México ou como sócias da gigante estatal de petróleo Pemex. A produção de petróleo da Pemex diminuiu um quarto desde que atingiu um pico de 3,4 milhões de barris por dia em 2004, e os volumes de exportação caíram um terço no mesmo período.
Na Itália, população protesta contra queda de renda. Centenas de manifestantes entraram em confronto com a polícia em Roma nesta quinta-feira (12) em protesto contra a queda do poder de compra da população. Estudantes lançaram fogos de artifício e pedra em uma universidade onde ministros do governo participavam de uma conferência. As informações são da agência de notícias Reuters.
Nos últimos cinco dias, a Itália vem sendo palco de constantes manifestações onde participam, além dos estudantes, trabalhadores desempregados e mal remunerados de diversos setores profissionais. Passeadas, concentrações e outros protestos continuam acontecendo nas principais cidades italianas, como Milão, Turim, Florença e na capital siciliana, Palermo, sul do país.
Manifestações maiores estão programadas para a capital italiana na próxima semana. “Há milhões de nós e estamos crescendo a cada hora. Esse governo tem de sair”, disse o agricultor Danilo Calvani, que emergiu como um dos líderes dos protestos.
Parlamentares britânicos aumentam o próprio salário. Depois de anunciarem a redução nas pensões de aposentados e pensionistas ingleses, depois de aprovarem a elevação da idade mínima para aposentadoria, depois de deliberarem por novos cortes nos orçamentos da saúde e da educação, depois de aprovarem uma lei autorizando a privatização do serviço de correios do país, os parlamentares ingleses surpreendem com mais uma decisão: agora aumentaram os próprios salários em 11%! A partir da próxima legislatura passarão a receber o equivalente a 88.000 euros anuais.
Na Espanha, mais de 11 mil jornalistas desempregados. Segundo informe divulgado na segunda-feira (9) pela Associação de Imprensa de Madri, 11.151 profissionais da comunicação foram demitidos de seus empregos desde 2008. Segundo Carmen Del Riego, presidenta da Associação, esta situação se tornou um grande problema para os comunicadores que trabalham sob constante ameaça de serem demitidos.
Em seu relato, ela disse ainda que, em 2013, cerca de 73 veículos (jornais, revistas, rádios, etc.) fecharam as portas e deixaram um total de mais de 4.000 profissionais na rua. Uma grande manifestação está sendo preparada para segunda-feira (16).
Situação difícil na Europa. O Instituto de Estatísticas da União Europeia, Eurostat, divulgou novo informe sobre as condições de vida na região. Segundo o novo estudo, mais de 25% dos europeus já estão correndo risco de cair na linha de pobreza.
Os números mais recentes, referentes a 2012, mostravam que mais de 125 milhões de pessoas já viviam em risco de pobreza, mas a situação vem piorando. Na Espanha, o risco de pobreza já alcança 28% da população, enquanto na Áustria cai para 17%. Em termos percentuais, entre os países da UE, os que mais correm riscos de crescimento da pobreza ou exclusão social são: Bulgária, Romênia, Letônia e Grécia. Mas, se forem considerados os números de pessoas e não percentuais a lista muda: Itália, Alemanha e Reino Unido.
Ferroviários da França fazem greve de dois dias contra a privatização. A greve de dois dias (12 e 13 de dezembro) foi organizada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), pela Fuerza Obrera e Rail Sud, as principais organizações sindicais francesas.
Os trabalhadores denunciam o projeto do governo que pretende dividir em três empresas a Sociedade Nacional de Ferrocarris da França para facilitar a venda ao capital privado.
Segundo os sindicatos, a privatização resultará no aumento das tarifas e a queda na condição de segurança dos trens. O secretário regional da CGT, Cédric Ladenise, disse que é injusto que os empresários agora se beneficiem de toda a infraestrutura criada pelo Estado, com os impostos dos cidadãos.
Tentativa de golpe na Ucrânia? O que está acontecendo na Ucrânia? Por que EUA e União Europeia estão envolvidos com a crise ucraniana? O que está sendo escondido? Nossos jornais falam muito pouco (ou nada) sobre o que está ocorrendo na Ucrânia e os interesses em jogo naquele país. Mas vale procurar entender o que se passa para fazer as devidas comparações com outras crises e golpes recentes.
Para início de conversa, a Ucrânia tem um importante papel geoestratégico na região. Com 46 milhões de habitantes, possui 11 usinas nucleares em funcionamento (do tempo da União Soviética) e é passagem para o gás russo exportado para a Europa. Para os EUA e seus aliados da OTAN, a Ucrânia “atrapalha” o projeto de “sufocar” a Rússia deixando-a cercada de países alinhados com a União Europeia.
Recentemente, o governo ucraniano recebeu um “convite” para participar da União Europeia, como membro, e isto animou a direita no país. Imediatamente, passaram a fazer propaganda da “prosperidade” europeia e que ao fazer parte do bloco os jovens ucranianos poderiam procurar emprego em outros países com o passaporte da União. Começaram a espalhar uma pretensa “pesquisa” onde a maior parte da população “deseja” fazer parte do “ocidente” desenvolvido.
Quando o presidente ucraniano, Victor Yanukovich, anunciou que não pretende assinar o acordo de associação com a UE a direita passou a incentivar atos de protestos e divulgar notícias falsas de influência da Rússia na decisão.
Os dois principais líderes da direita no país, Viktor Juscenko e Julia Tymosenko, viram na crise uma maneira de criar uma situação de golpe. Vale lembrar que são duas das pessoas mais ricas no país e já estiveram no poder. Julia Tymosenko, que já esteve presa por corrupção, mas é uma das maiores fortunas do país, tem a simpatia do governo Obama e é muito bem relacionada com o pessoal da embaixada estadunidense.
Para finalizar esta breve análise, vale lembrar que Victoria Nuland, secretária adjunta para Assuntos Europeus e Euro-asiáticos do Departamento de Estado dos EUA participou dos recentes protestos ocorridos na capital, Kiev. Ela foi levar “lanches” para os manifestantes que estavam concentrados na praça e provocou os policiais ao oferecer doces para eles.
Sem se preocupar em esconder sua simpatia pela causa da direita, ela disse que se encontrou com o presidente Víctor Yanukovic para dizer a ele que “esperamos que ainda existam possibilidades de salvar o futuro europeu da Ucrânia”.
Ucrânia fará acordo comercial com Rússia. Na tarde de sábado, quando estava terminando este Informativo, recebi a notícia de que Ucrânia e Rússia vão assinar um acordo comercial na próxima terça-feira, dia 17 de dezembro. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov, que afirmou que a decisão vai evitar um colapso na economia da Ucrânia.
“Na terça-feira vai acontecer uma encontro entre presidentes a Moscou, na qual poderemos assinar um acordo que eliminará a grande maioria das contradições no comércio com a Federação Russa”, disse o premiê à mídia local.
CIA organizou a prisão de Mandela, em 1962. Enquanto nossos jornais submissos e capachos dos interesses estadunidenses gastaram muito tempo falando da presença de Obama no funeral de Nelson Mandela, “esqueceram” de dizer que a CIA teve papel determinante na sua prisão.
A página do WikiLeaks, na internet, reproduziu matéria publicada pelo jornal estadunidense The New York Times, em 1990, mostrando a participação da CIA. Segundo a matéria, um agente infiltrado no Congresso Nacional Africano teria sido usado pela Agência dos EUA para “preparar” a prisão de Mandela.
No dia 05 de agosto de 1962, quando, disfarçado de motorista, ele almoçava com outros ativistas contra o regime de “apartheid”, na cidade de Durban, foi reconhecido e preso. Permaneceu no cárcere até fevereiro de 1990
O ódio contra Cuba! A deputada republicana Ileana Ross-Lehtinen, conhecida por seu ódio a Cuba, passou a atacar Barack Obama por ter cumprimentado Raúl Castro durante o funeral de Nelson Mandela.
A desequilibrada parlamentar, já famosa por seus discursos e articulações contra Cuba, interrompeu o secretário de Estado, John Kerry, que participava de uma reunião com o Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes para reprovar a atitude de Obama.
Kerry respondeu apenas que “Era um dia para homenagear Nelson Mandela. O presidente [Obama] esteve em um funeral internacional onde não podia escolher quem ia assistir”.
Greve mostra verdades sobre a Wal-Mart. A Wal-Mart é vista por analistas como a maior rede de lojas do planeta, instalada em 27 países. Em 2012 teve um faturamento total de 466,7 bilhões de dólares e um lucro líquido de 127 bilhões de dólares! Emprega 2,2 milhões de pessoas, sendo 1,3 milhões nos EUA.
Na última sexta-feira de novembro (dia 29) os funcionários da Wal-Mart realizaram um grande movimento de protesto, com greve se espalhando por todas as lojas nos EUA. Josh Eidelson, um dos líderes do movimento, em entrevista ao “Democracy Now!”, disse: “A maior empresa empregadora dos Estados Unidos, que é propriedade da família mais rica do país, é uma empresa onde grande parte dos seus empregados depende dos míseros programas de ajuda aos pobres dos Estados Unidos. Isto mostra a situação da economia e do emprego no país!”
Barbara Collins, empregada demitida pela Wal-Mart depois da greve, também falou ao “Democracy Now!”. “Antes de ser demitida, eu ganhava 12,05 dólares por hora e estava classificada dentro da categoria de tempo integral, mas isto não significava que eu trabalhasse 40 horas semanais. Algumas vezes trabalhava apenas 8 horas semanais ou mesmo 16 horas semanais.”
Segundo o “Democracy Now!”, o movimento dos trabalhadores da Wal-Mart desencadeou outros protestos, como o dos trabalhadores em lojas de comidas rápidas, e mostrou a realidade salarial no país.
O salário mínimo nacional, nos EUA, é de 7,25 dólares por hora, o que corresponde a uma renda anual de pouco mais de 15 mil dólares para trabalhadores em tempo integral (40 horas semanais). Se o salário mínimo fosse reajustado pela inflação oficial, desde 1968, seria hoje de 10,74 dólares a hora, valor suficiente para deixar uma família de três pessoas acima da linha de pobreza.
Prêmio Nobel da Paz? Como pode Obama receber o Prêmio Nobel da Paz e encontrarmos nos jornais internacionais (claro que nada aparece aqui no Brasil) a seguinte notícia:

“Um avião não tripulado (drone) dos EUA atacou uma festa de casamento na província de Al Bayda, no sudeste do Yemen, causando a morte de 15 pessoas e deixando 21 feridos. Vários foguetes foram lançados contra cinco dos onze carros que transportavam convidados e parentes dos noivos quando regressavam das bodas”. (Matéria na Agência Télam)