domingo, 6 de novembro de 2022

Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares


 

 

 


A vitória da vida!

Contra o fascismo, contra a extrema-direita, contra os golpes e contra as mentiras lançadas nas redes sociais, a vida e a democracia saíram vitoriosas das eleições do dia 30 de outubro.

Após vencer o segundo turno das eleições presidenciais, sendo eleito presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva fez seu primeiro discurso como presidente eleito diretamente de um hotel na cidade de São Paulo, onde também acompanhou a apuração das urnas.

Lula afirmou que nesta eleição enfrentou a “máquina do Estado” que foi utilizada por seu adversário. Segundo ele, “o Brasil chegou ao final de uma das mais importantes eleições da nossa história, uma eleição que colocou frente a frente dois projetos opostos de Brasil”. Continuou dizendo que “Essa não é uma vitória minha ou do PT, é vitória de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, interesses pessoais e ideologias para que a democracia saísse vencedora”.

Para ele, foi esse movimento democrático, “no sentido mais amplo do termo”, que o “povo brasileiro escolheu hoje nas urnas”. “É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam e nós queremos a vida”, afirmou.

Voltamos a ter esperança! Muita coisa vai mudar no Brasil. No domingo, 156 milhões de brasileiros elegeram mais uma vez Lula da Silva como presidente, e decidiram entre a democracia e um futuro para todos ou a autocracia de um governo apoiado pelos comandantes militares, em benefício dos mais rico. O Brasil ganhou o direito de ter esperança nas urnas.

O ex-capitão demente fez o possível para que Lula não vencesse, com sua grande campanha de Fake-News, mentiras, intimidações.

À noite, enquanto o povo festejava nas ruas, Lula falou em São Paulo: “Hoje dizemos ao mundo que o Brasil voltou. Que o Brasil é grande demais para ser relegado ao triste papel de pária no mundo. Vamos recuperar a credibilidade, previsibilidade e estabilidade do país, para que os investidores voltem a confiar no Brasil”, afirmou.

Disse Lula da Silva: “O povo brasileiro quer comer bem, trabalhar bem, ter saúde, educação, liberdade religiosa, quer livros em vez de armas e ter acesso a todos os bens culturais, quer voltar a ter esperança”.

Repercussão internacional. A imprensa internacional repercute a vitória de Lula no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil. O seu retorno para um terceiro mandato, depois de passar 12 anos ausente do poder, é celebrado como um resgate da democracia, após um governo de extrema direita que fraturou a maior economia da América Latina.

O francês Le Monde diz que Lula “faz um retorno espetacular da prisão à presidência”. No Reino Unido, The Guardian afirma que Lula “volta a surpreender” ao vencer a extrema direita e recuperar a liderança, prometendo reunificar o país. “Foi uma das eleições mais importantes e árduas da história da história do Brasil (...) uma corrida tóxica pelo poder, que dividiu profundamente uma das maiores democracias do mundo”, escreve The Guardian.

“Lula é eleito o novo presidente do Brasil, mas o que faz o atual presidente?”, questiona a manchete do Suddeutsche Zeitung. “A preocupação é grande, pois ele pode não reconhecer as eleições”, diante da vitória apertada do petista, diz o jornal alemão.

Em seu editorial, o espanhol El País destaca que o Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou 13,3 milhões de votos a mais do que nas eleições presidenciais de 2018, enquanto Jair Bolsonaro obteve apenas 401.000 votos adicionais. “Será o início de uma nova era, na qual a ressurreição do ex-presidente de esquerda, preso por um ano e meio por uma condenação por corrupção da qual foi finalmente exonerado, será acompanhada pelo desafio de reconstruir um país gravemente fraturado”, observa o maior jornal da Espanha.

Em Portugal, o Público destaca o discurso de Lula após a vitória. “Pacificação e diálogo, o combate à fome como prioridade e o regresso do Brasil à liderança no combate às mudanças climáticas. No discurso da vitória, Lula colocou o bolsonarismo na gaveta”, diz o diário.

Com uma imagem de Lula sorridente em sua manchete, o americano The New York Times afirma que “esta vitória completa um impressionante renascimento político” do líder de esquerda e “encerra o período turbulento do atual presidente como o líder mais poderoso da região”. O retorno de Lula ao Palácio do Planalto “provavelmente representará grandes mudanças, embora os planos específicos de Lula ainda sejam vagos”.

Líderes parabenizam Lula. Vários líderes internacionais parabenizaram Lula da Silva pela vitória no segundo turno das eleições. O presidente dos EUA, Joe Biden, parabenizou o petista em um comunicado oficial. “Envio meus parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva pela vitória em uma eleição livre, justa e digna de confiança. Espero que possamos trabalhar juntos e manter a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e nos anos que virão”, afirma o documento divulgado pela Casa Branca.

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros líderes a reagir ao resultado. “Parabéns, caro, Lula, por sua eleição que dá início a um novo capítulo da história do Brasil. Juntos, vamos unir nossas forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países”, tuitou em português Macron, que se tornou um desafeto de Bolsonaro ao longo de seu mandato.

O chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez, também celebrou a vitória. "Parabéns, Lula, por sua vitória nestas eleições em que o Brasil decidiu apostar no progresso e na esperança", escreveu o líder socialista no Twitter. “Vamos trabalhar juntos por justiça social, igualdade e contra as mudanças climáticas. Seu sucesso vai ser o do povo brasileiro”. O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, também exaltou a cooperação entre os dois países. “Já tive a oportunidade de felicitar calorosamente Lula pela sua eleição como presidente da República do Brasil. Encaro com grande entusiasmo o nosso trabalho conjunto nos próximos anos, em prol de Portugal e do Brasil, mas também em torno das grandes causas globais”, escreveu.

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, disse esperar trabalhar com Lula para promover as relações entre o bloco e o Brasil. "Parabéns, Lula, por sua eleição! Estou ansioso para trabalhar juntos e avançar as relações UE-Brasil com seu governo e com as novas autoridades do Congresso e do Estado", disse o comissário europeu.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, falou do início de “um novo tempo” com a vitória de Lula. “Parabéns, Lula! Tua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e futuro começa hoje. Aqui você tem um parceiro para trabalhar e sonhar alto com a boa vida de nossos povos”, escreveu o argentino. “Depois de tantas injustiças que você viveu, o povo do Brasil o elegeu, e a democracia triunfou”. E a vice-presidente Cristina Kirchner também parabenizou Lula pela vitória. “Hoje mais do que nunca, amor e muita felicidade. Obrigada, povo do Brasil. Obrigada, camarada Lula, por devolver alegria e esperança à nossa América do Sul”, escreveu Fernández no Twitter.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, falou em “grande vitória” e disse que o resultado marca o retorno da “justiça social” ao Brasil. “Estimado irmão Lula, eu o parabenizo em nome do governo e do povo cubanos, que festejamos sua grande vitória em favor da união, da paz e da integração latino-americana e caribenha. Conte sempre com Cuba”, escreveu Díaz-Canel no Twitter.

Em mensagem sucinta no Twitter, o presidente do Chile, Gabriel Boric, compartilhou um tuíte de Lula e escreveu: “Lula. Alegria!”.

O presidente do Peru, Pedro Castillo Terrones, compartilhou o mesmo tuíte do petista. "O Peru parabeniza o presidente eleito do Brasil, o camarada Lula, trabalhador, sindicalista, lutador. Sua vitória é essencial para fortalecer a unidade da América Latina e a justiça social da grande pátria", escreveu o peruano.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, afirmou que a vitória de Lula "fortalece a democracia e a integração latino-americana". "Temos certeza que você conduzirá o povo brasileiro pelo caminho da paz, do progresso e da justiça social", escreveu no Twitter. O ex-presidente boliviano e presidente do partido governista Movimento pelo Socialismo (MAS), Evo Morales, se juntou à felicitação, referindo-se a Lula como um “irmão de alma” que agora assume a Presidência pela terceira vez. “Temos certeza que voltará a trabalhar pelos mais pobres e restabelecerá a dignidade e a soberania de seu país em suas relações exteriores. A Grande Pátria te abraça, irmão!”, afirmou Morales.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, publicou uma foto ao lado de Lula no Palácio Nacional do México, diante de uma pintura de Benito Juárez, e escreveu: “Lula venceu, povo abençoado do Brasil. Haverá igualdade e humanismo”.

China e Rússia. O presidente da China, Xi Jinping, enviou uma mensagem na segunda-feira (31) a Lula após a eleição do líder petista. A diplomacia chinesa também comentou o resultado das urnas no Brasil e ressaltou que os dois países são “parceiros estratégicos”.

“A China atribui grande importância ao desenvolvimento das relações China-Brasil e está pronta a trabalhar com Lula para fortalecer conjuntamente a parceria estratégica global China-Brasil para um novo nível, de modo a beneficiar os dois países e dois povos”, disse Xi, de acordo com o jornal Global Times.

Na mensagem, que parabeniza o petista pela vitória na eleição, o presidente russo, Putin, diz acreditar no esforço conjunto para manter o futuro desenvolvimento entre os dois países.

“Caro Sr. Lula, receba minhas sinceras felicitações pela vitória nas eleições presidenciais. Os resultados da votação confirmaram sua alta autoridade política. Espero que, através dos esforços conjuntos, asseguremos o desenvolvimento de uma cooperação construtiva entre a Rússia e o Brasil em todas as áreas”, declarou o presidente russo, Vladimir Putin.

Um novo Brasil. A vitória de Lula da Silva nas eleições de domingo (30) deve promover uma guinada na política externa brasileira e pode reaproximar o Brasil dos países da América Latina e abrir caminho para a retomada do protagonismo brasileiro em assuntos ambientais.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, estão entre os que se anteciparam e comemoraram logo após Lula tomar a frente na apuração. Posteriormente, presidentes de México, Chile, Bolívia, Cuba, Venezuela começaram a celebrar o triunfo do presidente eleito.

O respaldo internacional de Lula ficou evidente com o pronto reconhecimento por lideranças da região e de países como China, França, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Espanha.

O foco na América Latina e nos processos de integração regional fica evidente no discurso de Lula. Para Ana Garcia, professora de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e diretora do BRICS Policy Center, esse será o ponto central da agenda do novo governo.

De todos os países da América Latina, apenas cinco não parabenizaram Lula pela vitória no segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, sendo eles Costa Rica, El Salvador, Belize, Guiana e Suriname.

Primeiros efeitos. Após a vitória Lula na disputa pela Presidência do Brasil, a Alemanha sinalizou na terça-feira (01) que pretende desbloquear verbas que deveriam ser destinadas ao Fundo Amazônia.

Os repasses ao fundo de proteção da floresta, financiado pela Alemanha e sobretudo pela Noruega, foram suspensos por ambos os países em 2019, em meio à alta do desmatamento da Amazônia e após o governo do presidente Jair Bolsonaro ser acusado de não agir para conter a destruição.

Após a Noruega anunciar na segunda que iria reativar o Fundo Amazônia, o secretário de Estado do Ministério alemão para Cooperação e Desenvolvimento, Jochen Flasbarth, afirmou haver disposição de estender rapidamente a mão ao Brasil novamente.

A Noruega afirmou na segunda-feira (31) que irá reativar o Fundo Amazônia, que foi suspenso pelo país em 2019, depois do aumento no desmatamento e de mudanças promovidas no governo do presidente Jair Bolsonaro. “Tivemos uma colaboração muito boa e próxima com o governo antes de Bolsonaro, e o desmatamento no Brasil caiu muito sob a presidência de Lula. Depois tivemos a colisão frontal com Bolsonaro, cuja abordagem era diametralmente oposta em termos de desmatamento”, explicou o ministro norueguês do Meio Ambiente, Espen Barth Eide.

A Noruega era a maior doadora do fundo, tendo, entre 2008 e 2018, repassado 1,2 bilhão de dólares para a iniciativa, que paga para o Brasil prevenir, monitorar e combater o desmatamento. A Alemanha era o segundo maior doador e também suspendeu os repasses.

Lula e a América Latina. Em diálogo no site Sputnik, o vice-chanceler boliviano, Freddy Mamani, falou sobre o possível retorno do Brasil à Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), cuja última reunião foi em outubro na Argentina. Mamani também explicou a posição do bloco em relação ao conflito na Ucrânia. Ele avaliou o cenário que se abre para a América Latina com a volta à presidência de Lula da Silva no Brasil, o país mais importante da região. Para a autoridade boliviana, seria fundamental reincorporá-lo no âmbito da CELAC.

Ele lembrou que o demente que ainda governa o Brasil retirou o país da CELAC e falou da possibilidade de um retorno à comunidade após a vitória de Lula da Silva. “Estamos esperançosos de que a América Latina se tornará mais forte”.

O Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia. Eles compartilham 3.423 quilômetros de fronteira, “nós compartilhamos a bacia do Prata e a bacia amazônica. O trabalho futuro é muito importante. Além disso, temos várias linhas de trabalho”, em matéria de comércio, cooperação, mudanças climáticas, biodiversidade, florestas e água. “Questões que são fundamentais”, alertou o vice-chanceler.

Mamani mencionou que o conflito na Ucrânia, que envolve fortemente Rússia, Estados Unidos, Grã-Bretanha e países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), esteve presente em todos os discursos na reunião da CELAC, bem como na com os chanceleres da UE, que ocorreu em Buenos Aires, Argentina, em 26 de outubro.

“Como países da América Latina e do Caribe, pedimos uma solução pacífica para o conflito. A paz é nossa bandeira comum dos povos caribenhos e latino-americanos. Somos uma zona de paz”, disse o vice-chanceler.

Um encontro histórico. O Palácio de Miraflores, sede do governo em Caracas, foi palco de uma reunião há muito esperada, a dos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Gustavo Petro. Petro foi recebido com altas honras em uma cerimônia que contou com a presença de cadetes das forças armadas, bem como funcionários de alto nível do governo venezuelano.

Em uma reunião privada de duas horas, os líderes chegaram a concordar em restabelecer a coordenação entre as agências de inteligência dos dois países para atacar as ações de quadrilhas armadas na fronteira.

Segundo Petro, essa área está hoje nas mãos de máfias, e ele concordou com Maduro que deve ser “completamente recuperada”.

Foi o primeiro encontro entre líderes da Venezuela e da Colômbia em seis anos. Há 1.400 quilômetros entre Caracas e Bogotá, sobre os quais Petro voou para encontrar seu colega Nicolás Maduro e tentar preencher essa lacuna. “Separar duas nações vizinhas é uma aventura suicida”, disse Petro, pouco depois de apertar a mão, pela primeira vez oficialmente, de Maduro. Que dois países vizinhos não se falem é “antinatural”, disse Petro diante das câmeras, no final da visita.

“Colômbia e Venezuela, se temos alguma coisa, é um destino comum”, disse Maduro, que ressaltou que as relações entre Caracas e Bogotá devem ser sempre marcadas pela “fraternidade e compreensão”. “Os governos são obrigados, na diversidade de nossas visões, a trabalhar sempre pelo bem comum”, acrescentou.

Vitória de Petro. O Congresso da Colômbia aprovou a reforma tributária proposta pelo governo na noite de quinta-feira (03). Com a medida, o Estado colombiano busca arrecadar 20 bilhões de pesos (cerca de R$ 204 milhões) até o final de 2023, sendo que 8,1 bilhões de pesos seriam fruto dos impostos de pessoas físicas e 5,5 bilhões de pesos da cobrança a empresários.

“A mais liberal da história, mas também a mais consensuada”, disse o ministro da Fazenda, José Antonio Ocampo, após a aprovação da reforma na Câmara de Representantes. Os novos recursos deverão ser destinados para a aplicação da política de “paz total” do governo do Pacto Histórico. Os três objetivos do projeto são: erradicar a fome, reduzir a pobreza e acabar com tratamento preferencial na cobrança de impostos.

Nas duas casas do Legislativo, os pontos mais polêmicos foram os chamados tributos saudáveis, que iriam incidir sobre os alimentos ultra processados; a agenda verde, com impostos para desestimular a emissão de gases do efeito estufa; e a taxação sobre o setor extrativista de minérios e combustíveis fósseis. A proposta foi aprovada por blocos e na próxima terça-feira (08/11) haverá uma sessão conjunta para redigir o texto final com as mudanças sugeridas pelos congressistas e senadores.

Entre as alterações já aprovadas estão: a suspensão da cobrança de impostos a igrejas, e a taxação de rendimentos no exterior, ambos previstos no documento original.

Governo de Arce é bem avaliado. Com dois anos de mandato, 51% da população boliviana avalia positivamente a gestão do governo de Luis Arce, segundo o último levantamento do Centro Estratégico Latino-Americano de Geopolítica (CELAG).

A nova pesquisa do CELAG, a décima realizada pela instituição na Bolívia desde 2019, mostra que a sociedade boliviana continua apoiando o Governo Nacional, cujo chefe Luis Arce colhe uma imagem positiva em 47,8% dos pesquisados.

O aval dos cidadãos baseia-se na boa avaliação da gestão econômica, que recebe a aprovação de quase metade dos bolivianos.

No espaço político da oposição, o apoio é escasso: a maioria dos que expressam repúdio ao atual governo pensa que a oposição não tem uma liderança definida e quando questionados sobre os sentimentos que os principais referentes da oposição despertam neles 75% expressa sentimento de indiferença, decepção ou rejeição.

O presente estudo foi realizado entre 10 de outubro e 2 de novembro de 2022, por meio de 2.000 entrevistas telefônicas (sistema CATI) nos 9 departamentos do país, em localidades urbanas e rurais, controlando cotas de gênero, idade e escolaridade.

Denúncia contra Macri. O ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi denunciado pelo promotor Franco Picardi perante o juiz Marcelo Martínez de Giorgi por suposta espionagem ilegal realizada durante seu governo contra vários líderes políticos, incluindo a atual vice-presidente Cristina Fernández de Kirchner.

O representante do Ministério Público solicitou que o caso que acusa o ex-presidente de realizar um plano sistemático de espionagem por meio da Agência Federal de Inteligência (AFI) seja submetido a julgamento oral e público.

Picardi apresentou um parecer de mais de 200 páginas perante o juiz onde argumentou que o então chefe da AFI, Gustavo Arribas, entre outros funcionários, participou do crime em que Macri teria a maior responsabilidade.

O promotor destacou em seu escrito que “as manobras reveladas neste caso não foram excepcionais ou isoladas; Pelo contrário, eles compõem um conjunto de muitos outros processos criminais - vários dos quais são arquivados perante o Tribunal responsável por eles por razões de conexão ".

Por outro lado, destacou que Macri pode ter tido interesse pessoal nos casos que tiveram como vítimas a então senadora Cristina Fernández, sua irmã Florencia Macri e seu sócio Salvatore Pice, bem como o jornalista Hugo Alconada Mon.

185 países contra o bloqueio! A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou o projeto de resolução para acabar com o bloqueio econômico imposto pelos EUA contra Cuba. A resolução foi adotada com 185 votos a favor, duas abstenções e dois votos contrários (EUA e Israel). Ucrânia e Brasil foram os países que se abstiveram.

Em seu discurso perante o plenário, o chanceler da Ilha, Bruno Rodríguez Parrilla, denunciou os efeitos das políticas restritivas aplicadas pelo governo dos Estados Unidos contra Cuba nas últimas seis décadas e seu impacto na vida cotidiana dos habitantes de Cuba.

O relatório apresentado indica que “não há um único setor da vida social e econômica de Cuba que escape a esses efeitos. Várias gerações de homens e mulheres cubanos nasceram e viveram sob o cerco desta política criminosa, que viola os direitos da população e afeta o bem-estar e o paradigma de desenvolvimento que todo cubano aspira”.

O documento, intitulado “É preciso acabar com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, acrescenta que a essência do bloqueio visa sufocar a economia cubana e tornar o povo faminto e necessitado, e qualifica-o como “um ato de guerra econômica em tempo de paz”.

Segundo o relatório, entre janeiro e julho de 2021, o atual governo dos EUA manteve o bloqueio em vigor e aplicou rigorosamente as mais de 240 medidas coercitivas adicionais contra Cuba implementadas no governo anterior de Donald Trump (2017-2021).

Sobre Israel ser o único país a votar com os EUA, veja adiante matéria sobre eleição de Netanyahu.

Por que odeiam vacinas? O insano brasileiro negava a eficácia das vacinas e Donald Trump relutou em aplicar a vacina nos estadunidenses. Por que os fascistas odeiam as vacinas?

O governo da premiê da Itália, Giorgia Meloni, eleita por um partido abertamente fascista, aprovou na segunda-feira (31) o fim da obrigatoriedade de vacinação contra covid-19 para profissionais da saúde.

A medida foi determinada durante uma reunião do Conselho dos Ministros, em Roma, e entrou em vigor já na terça-feira (01).

Na última semana, o ministro da Saúde, Orazio Schillaci, já tinha antecipado que Meloni queria reintegrar médicos e enfermeiros afastados por não terem se vacinado contra a covid-19, doença que matou quase 180 mil pessoas na Itália.

Na Alemanha, Scholz perde força. Mais da metade dos cidadãos alemães acredita que o chanceler Olaf Scholz não está à altura do cargo, mostrou uma pesquisa realizada pelo Instituto Alemão de Novas Respostas Sociais (INSA) para o jornal Bild, nesta segunda-feira (31).

De acordo com a pesquisa divulgada pelo jornal Bild, 55% dos alemães acham que Scholz não está fazendo um bom trabalho como chanceler.

A pesquisa realizada com mais de 1.000 cidadãos alemães, também revelou que 24% acham que Scholz está falhando completamente, enquanto 31% acreditam que o chanceler está falhando bastante em suas tarefas atuais, e apenas 37% dos entrevistados discordam da afirmação formulada na pesquisa.

Biden se irrita com Zelensky? A NBC News relatou que Joe Biden “perdeu a cabeça" e elevou o tom de voz durante um telefonema com Zelensky.

O descontrole de Biden teria ocorrido em junho deste ano devido à ingratidão do presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, com relação à assistência militar fornecida a Kiev, relata a NBC citando fontes.

Conforme a mídia, Biden e Zelensky conversam regularmente por telefone, depois de os EUA anunciarem um novo pacote de ajuda à Ucrânia.

“Biden tinha acabado de conversar com Zelensky, aprovando mais US$ 1 bilhão [R$ 5,3 bilhões] em assistência militar à Ucrânia, quando Zelensky começou a listar toda a ajuda adicional que espera, mas não recebe. Biden perdeu a cabeça [...] O povo americano é muito generoso, mas sua administração e militares americanos se esforçam arduamente para ajudar a Ucrânia, afirmou ele [Biden], com alto tom de voz, e Zelensky poderia mostrar um pouco mais de gratidão”, destacou a emissora.

E nesse mesmo dia, Zelensky agradeceu publicamente a Biden pela promessa de fornecer assistência.

Problemas na zona do euro. Com os preços ao consumidor atingindo a marca de 10,7% em outubro, o Banco Central Europeu (BCE) precisou elevar as taxas de juros, enquanto o produto interno bruto (PIB) apresentou crescimento de apenas 0,2% no terceiro trimestre.

De acordo com dados da Bloomberg, a inflação na zona do euro atingiu um novo recorde histórico, enquanto a economia do bloco vem perdendo a força e alimentando expectativas quanto a uma recessão praticamente inevitável.

Os preços ao consumidor aumentaram 10,7% em outubro em relação ao ano anterior, ao passo que o PIB do terceiro trimestre desacelerou para 0,2% em relação aos três meses anteriores.

“Os riscos de recessão estão se espalhando”, disse o presidente do banco central espanhol, Pablo Hernández De Cos, em um evento nesta segunda-feira (31) na Turquia. “Uma ação decisiva de nossa parte na atual conjuntura apoiará o crescimento de médio prazo, reduzindo as pressões inflacionárias e evitando um desencorajamento das expectativas de inflação”.

Ainda segundo a Bloomberg, uma desaceleração drástica no terceiro trimestre já era evidente na Espanha e na França, à medida que o boom pós-confinamento nas indústrias de turismo e lazer desaparecia. Esses dados vieram um dia depois que o BCE dobrou os custos de empréstimos para o nível mais alto em mais de uma década, com autoridades mais tarde apoiando outras grandes medidas para recuperar os preços de volta à meta de 2%.

Japão está com dificuldades. O Japão não vai sobreviver sem o fornecimento de petróleo e gás da Rússia, disse o presidente e CEO da empresa Itochu, Masahiro Okafuji.

“A realidade é que não sobreviveremos se não continuarmos a importar [recursos energéticos] da Rússia, mesmo que os volumes sejam menores”, disse Okafuji ao Financial Times.

O CEO acrescentou que, “ao contrário da Europa e dos Estados Unidos, o Japão é quase totalmente dependente de países estrangeiros para suas necessidades energéticas, por isso é impossível romper relações com a Rússia por causa de sanções”.

Além disso, Okafuji criticou uma tendência de pressão geopolítica sobre as empresas e indicou que isso afeta negativamente a economia mundial.

O governo do Japão decidiu implementar um plano de economia de energia de 1º de dezembro de 2022 a 31 de março de 2023.

Gás russo tem novos destinos. Segundo a Gazprom, as remessas para países não pertencentes à Comunidade de Estados Independentes (CEI) caíram mais de 40%, enquanto as exportações para a China estão aumentando.

O fornecimento de gás natural da gigante russa de energia Gazprom para países fora da CEI, uma categoria que inclui a maior parte da União Europeia (UE), diminuiu 42,6% em janeiro-outubro em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou a empresa na terça-feira (1º).

De acordo com o relatório da empresa, as exportações somaram 91,2 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás, o que é 67,6 bcm a menos que nos primeiros dez meses de 2021.

Por baixo dos panos... É bem conhecida a prática estadunidense de jogar seus aliados no fogo, mas tirar seu corpo fora para não se queimar. E isso está acontecendo agora com a compra do petróleo russo.

Os EUA decretaram um embargo às importações de produtos petrolíferos russos. Mas... Sempre tem um “mas” quando se trata deles. Mas... continuam a importar o precioso petróleo.

Como se faz isso? Muito simples. A empresa russa Lukoil tem uma refinaria na Sicília e, como a Itália não decretou embargo, está importa petróleo russo à vontade. Assim, a Lukoil exporta para os EUA refinados de petróleo russo que seguem com uma etiqueta italiana. Nada como a criatividade para contornar os problemas!

E os “aliados” que se danem!

Biden está “brincando com fogo”. Enquanto falava sobre os esforços de sua administração para melhorar os cuidados com os veteranos e com as pessoas que estiveram no Iraque e Afeganistão, Biden fez uma pausa e disse: “Não se preocupem, vamos libertar o Irã”. Ele acrescentou de imediato que “eles muito em breve vão ser libertados por eles próprios”.

Em resposta às palavras de Biden de “libertar o país”, o presidente iraniano Ebrahim Raisi disse que o Irã foi libertado durante a Revolução Islâmica de 1979. “O Irã foi libertado há 43 anos e está determinado a não ser feito refém por você”, disse ele aos partidários da Revolução Islâmica em possível referência a Biden.

Há mais de um mês, o Irã tem sido palco de tumultos, gerados pela morte de uma jovem em uma delegacia. Em 13 de setembro, Mahsa Amini, de 22 anos, foi detida por usar o véu obrigatório que cobria sua cabeça de forma imprópria, segundo as normas religiosas.

Segundo as autoridades iranianas, os distúrbios foram orquestrados do exterior. Nesse sentido, o Ministério das Relações Exteriores iraniano convocou os embaixadores do Reino Unido e da Noruega, bem como o encarregado de negócios da França, para entregar uma nota de protesto contra as informações anti-iranianas propagadas pela mídia desses países.

Afagando Israel. O ex-primeiro-ministro (e genocida) israelense, Benjamin Netanyahu, garantiu a maioria dos assentos parlamentares na quinta-feira (03). O premiê que governou Israel por 12 anos possivelmente voltará ao posto após o novo pleito.

Netanyahu e seus aliados de direita conquistaram um total de 64 assentos dos 120 disponíveis no Parlamento. Seu próprio partido, Likud, conquistou 32 cadeiras. Com esses números, espera-se que esse seja o governo mais de direita nos 74 anos de história do Estado judeu, relata o The Times of Israel.

Após a vitória, o embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, ligou para Netanyahu para parabenizá-lo afirmando que “estou ansioso para trabalharmos juntos para mantermos o vínculo inquebrável” entre Washington e Tel Aviv.

Entretanto, apesar da simpatia do embaixador, dois dias antes o governo Biden, através do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, disse que os EUA esperam que a nova gestão israelense respeite “os valores de uma sociedade aberta e democrática”, incluindo os direitos das minorias, escreve o jornal.

Mas, no mesmo dia, Israel votou a favor dos EUA na Assembleia Geral da ONU. Certamente tudo está bem entre os dois.

Lá também. Nas recentes eleições brasileiras vimos como o sacripanta no poder tentou usar a religião e os pastores evangélicos para ganhar votos. A situação não é muito diferente em Israel.

Segundo sua própria propaganda, o Estado de Israel é uma democracia e compartilha os mesmos valores que o Ocidente. Na prática, o país está em um caminho muito sombrio há algum tempo.

Vale lembrar que, há pouco menos de um ano e meio, uma ampla coalizão derrubou Benjamin Netanyahu. Hoje ele parece prestes a voltar ao poder, em grande parte graças à ascensão de um partido de extrema direita, o Jewish Force.

Esta é uma aliança muito cínica. Netanyahu enfrenta pena de prisão acusado de corrupção, fraude e quebra de confiança durante seu mandato anterior. Agora ele quer anular esse processo judicial recuperando a imunidade ou modificando a lei sobre o assunto. A extrema direita está feliz em ajudá-lo a fazer isso, porque eles também querem mudar o sistema judicial.

O principal responsável por tudo isso é Itamar Ben-Gvir, presidente do partido de extrema direita e ultranacionalista Força Judaica. Antes das eleições, ele havia formado uma aliança com outro partido de extrema-direita, os Sionistas Religiosos. Juntos, eles se tornaram a terceira força no parlamento.

Mais dinheiro para a guerra. Os EUA (leia-se Biden) continua apostando no conflito da Ucrânia para se fortalecer e tentar debilitar a Rússia. A nova ajuda militar estadunidense à Ucrânia contará com envio de tanques T-72. Para disfarçar, todos vão ser enviados pela República Tcheca e serão reformados pelos Países Baixos e por Washington.

Os Estados Unidos fornecerão um novo pacote de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) em assistência de segurança à Ucrânia. A nova ajuda inclui tanques T-72 reformados, drones Phoenix Ghost e barcos blindados, disse a porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Sabrina Singh, nesta sexta-feira (4).

Ao mesmo tempo, a porta-voz anunciou que Washington está estabelecendo um novo grupo de assistência de segurança para a Ucrânia a fim de coordenar os esforços dos aliados e manter o nível de ajuda militar enviada ao país em meio ao conflito em curso com a Rússia.

Biden muito preocupado. As eleições de meio de mandato nos EUA estão agitando a política local e colocando muita preocupação para Joe Biden. As atenções estão voltadas para o dia 08 de novembro, quando o povo estadunidense irá às urnas. Joe Biden viaja pelo país e, paralelamente, nomes de peso como Barack Obama e Hillary Clinton, tentam motivar eleitores democratas a comparecerem as urnas.

O resultado dessa disputa redefinirá a configuração no Congresso, tanto na Câmara quanto no Senado e, além disso, também serão eleitos governadores e procuradores gerais. O pleito pode mudar completamente o jogo político no país. Começando pelos estados, 36 dos 50 terão eleições para governadores, ou seja, haverá uma troca de 70% na atual configuração. No Legislativo, a Câmara elegerá 435 deputados, com mandatos de 2 anos. Para o Senado são 35 vagas, um terço dos senadores do total de 100, já que o mandato é de 6 anos.

Historicamente, as eleições de meio mandato, também chamadas de intercalares, são conhecidas por trazerem sempre uma troca de cadeiras que desfavorece o partido que está no poder. Desde 1860, somente 3 de 40 eleições de meio mandato tiveram resultados favoráveis para o partido que estava no poder.

Joe Biden alertou os eleitores americanos que o futuro da democracia estará em jogo nas eleições legislativas da próxima semana, com a recusa de alguns candidatos do Partido Republicano em aceitar o resultado da votação.

Em pronunciamento à nação na quarta-feira (02), ele advertiu que mais de 300 republicanos que concorrem a diferentes cargos ainda negam o resultado das eleições presidenciais, quando ele derrotou o ex-presidente Donald Trump, e ameaçam não aceitar uma possível derrota nas urnas daqui a seis dias.

O papel da máfia latina. A lista de organizações mafiosas e terroristas sediadas em Miami é muito extensa para incluir em um artigo, mas basta dizer que, salvo exceções, é compatível com seu grau de impunidade, alguns por terem pertencido à CIA e outros por suas conexões políticas. O Center for Justice and Accountability, com sede na Califórnia, registra mais de 1.000 estrangeiros criminosos da classe VIP que vivem nos Estados Unidos. Agora, não é necessário ser um gênio para adivinhar quais candidatos esses “empresários de sucesso” que são responsáveis ​​por vários genocídios apoiam.

Na mais recente campanha eleitoral nos EUA, a imprensa tradicional, a televisão e as redes sociais bombardeiam com propaganda política que é cópia de todas as anteriores. Uma delas é a do poderoso senador da Flórida, Marco Rubio (22 anos no Congresso), com a simplicidade do cardápio do McDonald's que a extrema direita tanto gosta. Em todos eles, o senador aparece com imagens de imigrantes pobres atravessando a fronteira como se fossem invadir a ainda primeira potência mundial. Em outros discursos esses homens são acusados ​​de ter um apetite sexual desproporcional, ou seja, a mesma acusação da imaginação pornográfica que os proprietários de escravos do século XIX tinham sobre uma possível libertação dos escravos e o estupro das meninas loiras.


Hospício a céu aberto

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Pneus para ações criminosas

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As principais notícias desta noite no Brasil 247 , em 30/10/2022