segunda-feira, 3 de julho de 2017

Quem controla o que você vê ou não na internet?

27/06/2017 19:09 - Copyleft

Quem controla o que você vê ou não na internet?

O princípio de relevância cria um mundo sob medida para você. Antes de comemorar vale conhecer o alerta de quem afirma que isso mais asfixia do que liberta


Tatiana Carlotti
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Você já reparou que seus amigos de direita desapareceram do seu “feed” no Facebook? Percebeu como os anúncios do Google resolveram ofertar justamente aquilo que você pensou em comprar, mas viu o preço e acabou desistindo?
 
Pois saiba que seus amigos continuam na ativa, malhando a esquerda nas redes sociais, mesmo com as revelações sobre o Aécio Neves. A diferença é que eles não aparecem mais no seu Facebook, da mesma forma que você não aparece mais no deles.
 
Trata-se do princípio de relevância, o mesmo capaz de tornar o Google uma espécie de Mágico de Oz, capaz de criar um mundo sob medida para você. Antes de comemorar, vale conhecer o alerta de quem afirma que isso mais asfixia do que liberta.
 
É o caso de Eli Pariser, co-fundador da Upworthy e presidente da MoveOn.org, que em entrevista ao El País lembrou que “a democracia requer que os cidadãos vejam as coisas a partir de outros pontos de vista, em vez disso, estamos cada vez mais fechados em nossas bolhas”.
 
Bolhas de interesse
 
Pariser explica que isso acontece porque as empresas de internet filtram o conteúdo que é apresentado ao usuário, com base no seu comportamento na rede. Isso faz com que ele tenha acesso apenas a ideias que lhe são afins, reduzindo a possibilidade dele entrar em contato com o contraditório.
 
Em “O Filtro Invisível: o que a Internet está escondendo de você” (Zahar, 2012) ele analisa como corporações como Facebook, Amazon e Google se utilizam de algoritmos a partir do histórico e do perfil dos usuários na internet, ameaçando a liberdade na rede.
 
Em sua participação no TED Talks (confira aqui), Pariser detalha esse processo, explicando a criação de “filtros-bolha”, compostos por todos os filtros e algoritmos que geram um universo de informação sobre cada internauta. Um universo “próprio, pessoal e único” gerado a partir do que os usuários da internet são e fazem na rede.
 
Esses algoritmos criam o conteúdo que será ofertado, diminuindo a possibilidade de escolha do usuário e restringindo o acesso ao que extrapola esta bolha de interesses, por exemplo, visões de mundo desafiadoras que fariam o internauta reavaliar seus pontos de vista.
 
Pariser relata, por exemplo, sua surpresa diante do desaparecimento de seus amigos conservadores no Facebook. O sistema simplesmente percebeu que ele clicava mais nos links de seus amigos liberais e, sem consultá-lo, ocultou as postagens dos amigos conservadores em sua rede social.
 
Em relação ao Google, o mesmo processo: “não há mais um Google padrão”, aponta. A partir de dados prévios, a plataforma trará diferentes resultados de acordo com o internauta que realizar a pesquisa. Segundo Pariser isso evidencia a “edição algorítmica e invisível” praticada pelas corporações no ambiente virtual.





 
A rede passa a “mostrar aquilo que pensa que queremos ver, mas não necessariamente o que precisamos ver”, avalia. Lembrando que antes o controle dos fluxos de informação cabia aos editores da mídia, ele destaca que agora esses editores foram substituídos por algoritmos que se transformaram em “curadores do mundo”, com poder de decisão sobre o que será ou não visto pelo usuário.
 
“Sou um fatalista das plataformas de Internet como Facebook ou Google. A comunicação de massa já foi transferida para elas. Isso significa ceder a elas o poder de distribuição e aceitar que possam decidir o que entra ou não. É um problema, mas hoje não há alternativa para elas”, denuncia.
 
Privacidade ameaçada
 
Ao controle apontado por Pariser somam-se as denúncias gravíssimas de Edward Snowden, reveladas em 2013, envolvendo as empresas de internet no esquema de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) norte-americana.
 
Em “Sem Lugar para se Esconder” (Sextante, 2014), o jornalista Glenn Greenwald traz uma farta documentação sobre os acordos secretos firmados entre NSA e as corporações da internet no escopo do PRISM, programa que permite a coleta de dados de usuários diretamente dos servidores dessas empresas.
 
Em um dos slides apresentados no livro (na página 117) nove empresas - Microsoft, Yahoo, Google, Facebook, PalTalk, AOL, Skype, YouTube, Apple – são citadas como colaboradoras do programa. Segundo Greenwald, todas negaram ter dado acesso ilimitado a seus servidores para a NSA. Facebook e Google afirmaram que “só fornecem informações para as quais a NSA tem mandato”.
 
Porém, essas empresas “não negaram ter trabalhado com a NSA para montar um sistema por meio do qual a agência poderia ter acesso direito aos dados de seus clientes”, salienta o jornalista. A NSA “alardeou repetidas vezes os méritos do PRISM por suas capacidades de coleta ímpares, observando que o programa foi vital para o aumento da vigilância”, complementa.
 
Uma vigilância, como indica o slide, capaz de fornecer à agência, por meio desses servidores, acesso a “e-mail, chat (vídeo, voice), fotos, dados armazenados, voIP, transferências de arquivos, videoconferências, notificações de atividade do alvo (logins etc), detalhes de redes sociais na Internet, solicitações especiais”.
 
É compreensível, portanto, que Snowden tenha enfatizado: “livrem-se de ferramentas como o DropBox e evitem usar o Google e o Facebook”, em 2014, quando do lançamento de CitizenFour, documentário dirigido e disponibilizado na íntegra por Laura Poitras.
 
Além da espionagem praticada por governos, a violação da privacidade dos usuários na rede e a comercialização de seus dados para os mais diversos fins é outro alerta que vem sendo dado por vários estudiosos. Em seu artigo “A captura do poder pelo sistema corporativo” (confira aqui), o economista Ladislau Dowbor menciona a “erosão radical da privacidade” nas últimas décadas.
 
Hoje, alerta, “a vida de todos trafega em meios magnéticos, deixando rastros de tudo o que compramos ou lemos, da rede dos nossos amigos, os medicamentos que tomamos, o nosso nível de endividamento”. Empresas conseguem comprar informações pessoais de clientes e também de seus funcionários.
 
“A defesa dos grandes grupos de informação sobre as pessoas é de que se trata de informações ‘anomizadas’, mas o cruzamento dos rastros eletrônicos permite individualizar perfeitamente as pessoas”, analisa Dowbor.
 
Ele aponta que o acesso a informações confidenciais das empresas fragiliza grupos econômicos menores diante dos grupos gigantes que podem, inclusive, ter acesso às comunicações internas destes grupos.
 
“Não se trata apenas de alto nível de espionagem, como se viu na gravação de conversas entre Dilma Rousseff e Ângela Merkel”, mas da violação da privacidade de todos nós e “com apoio de um sistema mundial de captura e tratamento de informações do porte da NSA”.
 
Disputa pela atenção
 
Donos de 20% dos investimentos em publicidade no mundo em 2016, com uma arrecadação apenas em receita publicitária de US$ 79,4 bilhões (Google) e US$ 26,9 bilhões (Facebook), as duas empresas foram responsáveis por 2/3 do crescimento dos anúncios entre 2012 e 2016, segundo o relatório “Os 30 Maiores Donos de Mídia no Mundo”.
 
O levantamento também mostra que a Internet desbancou a teve e se tornou o maior meio para o mercado publicitário no mundo. Para entender como funciona esse mercado na rede, são preciosos os estudos de Tim Wu, professor da faculdade de Direito da Universidade de Columbia.
 
Em “The Attention Merchants” (Alfred A. Konpf, 2016), Tim Wu trabalha o conceito de mercado da atenção, explicando que nada é de graça na internet, porque a atenção do internauta se constitui hoje na principal moeda que circula na rede.
 
“Quando um serviço on-line é grátis, você não é o consumidor. É o produto”, alerta Tim Wu, analisando o comportamento de plataformas como o Google e o Facebook. Ele também destaca que em um contexto jamais visto de acesso a dados dos consumidores, em que os algoritmos decidem o que será ou não visto, os mercadores de atenção se lançaram em um verdadeiro “vale-tudo” em busca de audiência.
 
Essas empresas “engolem tudo o que podem aprender sobre você e tentam transformar isso em dinheiro”, aponta autor. Em meio à competição, elas inclusive se utilizam de informações apelativas, em “uma corrida em direção aos mais baixos padrões, apelando para o que se poderia chamar de instintos básicos do público”.
 
Tim Wu também é autor de “Impérios da Comunicação” (Zahar, 2012) que conta a história da trajetória das tecnologias e dos meios de comunicação, apontando a existência de um padrão, um ciclo de abertura e de fechamento, a cada descoberta tecnológica.
 
Ele mostra este padrão ao longo da história, trazendo os bastidores da atuação das corporações durante a descoberta do telefone, do rádio, da televisão, do cinema. Há um período inicial de abertura, democratização e liberdade nos meios de comunicação; seguido de um período de refluxo e fechamento, quando os monopólios do mercado se apropriam desses meios.
 
Ao longo de toda obra paira o questionamento sobre o que acontecerá com a Internet, com um alerta claro sobre os riscos do controle e apropriação do meio pelas corporações às custas da perda de liberdade por parte dos usuários.
 
Nesta terça-feira (27.06.2017), por exemplo, o Google foi multado pelas autoridades regulatórias europeias por ter favorecido ilegalmente seu próprio sistema de comparação de preços (Google Shopping) em seu mecanismo de buscas. As cifras são astronômicas: € 2,42 bilhões, o equivalente a R$ 8,9 bilhões.
 
Segundo a Comissão Europeia, com essa prática irregular, a empresa ampliou em 45 vezes no Reino Unido e em 35 vezes na Alemanha o número de acessos a seus serviços. Às empresas que competiam com o Google nestes países tiveram uma perda do tráfego de 85% e 92% respectivamente.
 
Cifras astronômicas que atestam a dimensão do poder dessas empresas.
 
Internet e eleições 2018
 
Os alertas e questionamentos instigados por Parisier, Snowden, Greenwald, Dowbor e Tim Wu ganham um peso ainda maior se pensarmos o papel que as mídias sociais terão nas eleições de 2018.
 
Dados da última sondagem do Ibope, realizada com o público apto a votar nas eleições presidenciais, apontam que 56% dos entrevistados reconhecem que as mídias sociais terão influência em suas decisões. Para 36%, elas terão “muita influência”.
 
O interessante da pesquisa é que o índice de relevância das mídias sociais, embora seja o mesmo ao atribuído à mídia tradicional (35% apontam “muita influência”), cresce cada vez mais no eleitorado de 16 a 24 anos: 48% deles consideram que as mídias sociais terão “muita influência” na sua escolha.
 
Trata-se, portanto, de uma eleição que se dará em um contexto de forte recrudescimento dessas bolhas de interesse, em um processo global de ampliação do controle pelas corporações que detêm acesso a dados de usuários e poder de decisão sobre o que é destaque ou não nas redes.
 
Um contexto, inclusive, de grandes dificuldades e desafios para a Mídia Alternativa no país. Hoje, a única capaz de irrigar o contraditório na pauta nacional, lamentavelmente, desidratada pelo discurso hegemônico, autoritário e golpista dos caudilhos que se arvoram donos da comunicação brasileira.
 

Ataque 'terrorista' contra prédios oficiais na Venezuela é parte de plano golpista da oposição, diz governo

Ataque 'terrorista' contra prédios oficiais na Venezuela é parte de plano golpista da oposição, diz governo


Helicóptero pilotado por policial fez disparos contra sede de ministério e atirou granadas contra prédio do Tribunal Supremo de Justiça, em Caracas, na tarde de terça
O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou na noite desta terça-feira (27/06) um comunicado em que classificou os ataques contra um ministério e ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) como “terrorista” e disse que o ato faz parte de plano golpista da oposição.
Um helicóptero roubado da polícia, pilotado por Óscar Alberto Pérez, um inspetor da parte científica da corporação, disparou cerca de 15 tiros, no fim da tarde desta terça, contra o prédio do Ministério de Relações Interiores, Justiça e Paz, enquanto acontecia um evento pelo Dia Nacional do Jornalista.
Em seguida, o helicóptero foi até a sede do TSJ, onde ocorria uma sessão do tribunal, e disparou ao menos quatro granadas de origem colombiana e de fabricação israelense. Mais tarde, Pérez divulgou um vídeo pedindo a renúncia de Maduro.
“O governo bolivariano chama ao povo venezuelano a estar alerta frente à escalada golpista que pretende alterar a ordem constitucional na Venezuela e que demonstrou carecer de qualquer escrúpulo para atingir suas ambições políticas e econômicas”, afirma nota divulgada pelo Palácio de Miraflores, sede da Presidência.
Reprodução

Na imagem, helicóptero sobrevoa sede do Ministério do Interior da Venezuela

Reunião de chanceleres da OEA sobre Venezuela é suspensa por falta de votos para aprovar resolução

Maduro nomeia novos ministros; ex-embaixador na OEA substitui Delcy Rodríguez como chanceler

Venezuela: Maduro pede 'insurreição popular' caso algo afete integridade física dele ou legitimidade de governo

 
“Nenhum destes ataques deterá a ativação do processo popular constituinte, nem impedirá o exercício do direito ao voto por parte do povo venezuelano, no próximo dia 30 de junho, para eleger os membros da Assembleia Nacional Constituinte”, diz o texto.
Ex-piloto de ministro
Segundo o presidente Maduro, as primeiras informações indicam o agente era piloto do ex-ministro Miguel Rodríguez Torres, que tem se manifestado contra o governo.
O presidente culpou o partido de oposição Primeiro Justiça de adotar um "caminho de violência" e acusou os principais líderes da legenda de comandarem "todos os fatos violentos" conhecidos.
Além disso, Maduro disse que espera que a Mesa da Unidade Democrática (MUD), principal aliança de oposição, se pronuncie sobre o fato e que o Ministério Público, agora crítico ao governo, tome medidas sobre o assunto.

BARROCAL DESCREVE A QUADRILHA

Barrocal descreve a quadrilha
Paulo Henrique Amorim


Eles estão no poder porque a Globo e o PiG quiseram!

"A história de um presidente ilegítimo (como demonstra a Datafalha) acusado de corrupção pela Polícia Federal (e breve pelo Janot) e líder na última década do assalto ao poder por um grupo (ou quadrilha) do PMDB"

Assim começa a reportagem de André Barrocal na Carta Capital que está nas bancas.

A quadrilha, segundo a reportagem de Barrocal, se compõe de:

Henrique Alves
Eduardo Cunha
Moreira Franco (Gato angorá)
Geddel Vieira (boca de jacaré)
Eliseu Padilha (o Primo)
Rodrigo Loures (o da mala)
(Ao longo de recente trabalho, Barrocal mostrou também o papel decisivo de certo Coronel Lima, cumplice do Michel Temer desde o Porto de Santos.)

Diz Barrocal:

"A liberação de grana dependia de 'caixinha' paga pelos tomadores, decidida antes por Moreira Franco e depois por Fabio Cleto, apadrinhado de Cunha"

"Cunha, Padilha, Geddel... todos conseguiram aumentar bastante as suas fortunas com 'arrecadações de campanha'."

"Em 2010, o patrimônio declarado por Temer engordou em relação ao pleito anterior, sem contar 20 milhões para ajudar amigos".

​Foi para dar o Poder a esses gângsters que o PiG derrubou uma presidenta honesta!

Em nome do combate à corrupção, como dizia o Mineirinho (Aécio).

Tucano tão bandido quanto os do PMDB!


Informativo Semanal do Prof. Ernesto Germano Pares






Diferença entre “viajar” e fazer Política Externa.
As mais recentes trapalhadas de Temer, “O Ridículo”, no exterior certamente farão parte de futuras aulas em cursos de Relações Internacionais. Já podemos adivinhar jovens estudantes universitários tentando entender a nota da assessoria presidencial brasileira dizendo que nosso Presidente iria “à República Socialista Federativa Soviética da Rússia”!
Mas “O Ridículo” não poderia parar só nisso. Da Rússia, sua comitiva foi para a Noruega onde deveria ter encontros para tratar de questões ambientais. Mas, em coletiva com a imprensa, Temer anunciou que iria visitar o Parlamento Brasileiro (precisava ir à Noruega para visitar o nosso Parlamento?) e ter um encontro com o “Rei da Suécia”! Como assim? O Rei da Suécia também estava visitando a Noruega?
As trapalhadas d’O “Ridículo” foram muitas, mas deve ser destacado o fato pouco noticiado em nossos jornais de que não houve recepção oficial no desembarque de Temer em nenhum dos países. Ele chegou sozinho, com sua comitiva, nos aeroportos e foi levado para hotéis de luxo aguardando os encontros protocolares.
Toda essa história nos faz pensar em uma grande diferença a ser também enfrentada pelos estudantes de Relações Internacionais em um futuro muito próximo. Lendo as lambanças do golpista e sua trupe não podemos deixar de pensar no estadista que foi Lula!
Lendo sobre as mancadas de Temer voltei à minha estante para recordar alguns trechos do livro de Celso Amorim: “Teerã, Ramalá e Doha – memórias da política externa ativa e altiva”. Uma obra onde o ex-ministro de Relações Exteriores do Brasil mostra a grandeza de nossa Política Externa naquele período. Não eram “viagens”, como as que agora faz “O Ridículo”, mas intervenções sérias, dignas e importantes para o equilíbrio dar relações internacionais na época.
Saiu tosquiado! Um desastre a visita do golpista à Noruega. Além de suas gafes, ouviu um sermão da primeira-ministra Erna Solberg sobre a falta de credibilidade do governo brasileiro e recebeu do ministro norueguês de meio-ambiente, Vidar Helgesen, a notícia de que a verba para a luta contra o desmatamento no Brasil seria cortada em 50%!
A Noruega já havia manifestado sua insatisfação com o governo brasileiro devido ao aumento do desmatamento na Amazônia, que após anos de queda no Brasil, teve um aumento de 58% em 2016, segundo estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Só para lembrar, o “Fundo Amazônia” foi uma iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, para que o país recebesse fundos internacionais em troca de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, consequência do desmatamento da selva amazônica. E essas ajudas eram usadas para projetos de vigilância e proteção da floresta mantidos por organizações civis e indígenas que trabalham na preservação ambiental.
A Noruega foi líder em doações, tendo contribuído com R$ 2,8 bilhões, valor mais de 45 vezes maior que o da segunda colocada na lista, a Alemanha, com R$ 60,7 milhões, de acordo com dados disponíveis no site do Fundo da Amazônia. O último aporte norueguês, realizado em dezembro de 2016, foi de R$ 330 milhões.
O ministro norueguês classificou o recente aumento do desmatamento como uma “interrupção” no panorama observado anteriormente. “Por causa das mudanças climáticas, nós gostaríamos de dar o maior suporte possível para o Brasil para salvar a Amazônia”, disse ele em reunião com o ministro de meio-ambiente do Brasil José Sarney Filho.
Frente em Defesa da Soberania Nacional. Matéria divulgada pela Agência Senado anuncia que foi instalada, na quarta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. Formado por 19 senadores e 201 deputados, o grupo tem como presidente o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e como vice-presidente a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
De acordo com a notícia, a frente tem oito eixos de ação: defender a exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo; garantir uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento do país; fortalecer a agricultura nas exportações, mas também na alimentação dos brasileiros; estimular o crédito e o capital produtivo nacional; defender o emprego e o salário; garantir um sistema tributário mais justo; consolidar as Forças Armadas na defesa da soberania; e assegurar uma política externa independente.
“O que nós estamos vendo no Brasil é um projeto entreguista, para acabar com qualquer visão consistente de soberania nacional. Um governo que está entregando a Petrobras para grupos estrangeiros, que quer privatizar a água e vender o solo sem limites para especuladores num momento de recessão”, disse Requião no ato de lançamento.
Participaram da instalação da Frente os senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), José Pimentel (PT-CE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA) e Regina Souza (PT-PI). Também integram o grupo os senadores Armando Monteiro (PTB-PE), Elmano Férrer (PMDB-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Hélio José (PMDB-DF), Jorge Viana (PT-AC), Lídice da Mata (PSB-BA), Omar Aziz (PSD-AM), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Romero Jucá (PMDB-RR) e Wellington Fagundes (PR-MT).
Celso Amorim fala de “vendaval neoliberal”. Discursando no lançamento da Frente em Defesa da Soberania Nacional, o ex-ministro de Relações Exteriores nos governos Lula e Dilma disse que “O que existe hoje no Brasil não é uma política neoliberal é um vendaval neoliberal, nunca vi em lugar nenhum do mundo um congelamento de 20 anos das despesas públicas por Emenda Constitucional, nem nos países mais defensores do neoliberalismo uma coisa dessas acontece e isso é algo gritante contra a soberania nacional”.
Ele destacou alguns casos que ilustram o ataque, que também chamou de “assédio” à soberania nacional, como o interesse do governo golpista em aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que integra 35 países de economia elevada.
“Manifestar o interesse em participar da OCDE não é só tomar políticas neoliberais, não é só permitir a livre movimentação de capitais ou de serviços, é fazer isso por meio de um acordo internacional, que passa a ser uma obrigação internacional do Brasil e mudar isso depois é muito difícil. Essa intenção já manifestada por carta é uma das coisas mais graves que ocorrem porque consolida a nível internacional medidas antipopulares que estão sendo tomadas no Brasil”, apontou o ex-ministro. Ele classificou também como “grave ameaça” a autorização para que o exército dos EUA participe de exercícios militares na tríplice fronteira amazônica entre Brasil, Peru e Colômbia.
A reforma segue no Senado. O projeto de reforma trabalhista (e sindical) do golpista continua andando no Senado Federal. Na quarta-feira (21) foi feita a leitura do parecer favorável do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vale lembrar que o Projeto foi aprovado na semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e rejeitado, na terça-feira (20), na de Assuntos Sociais (CAS).
Segundo matéria do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), uma análise prévia da composição da CCJ, cuja maioria é governista, mantida a lealdade dos integrantes da base, pode-se chegar à conclusão, em princípio, que o Planalto poderá ter 15 ou 16 votos favoráveis ao texto aprovado pela Câmara.
A oposição, que tem sido muito aguerrida no combate à matéria, pode ter 10 ou 12 votos. O comportamento dos integrantes do DEM é incerto, embora faça parte da base aliada. O senador Ronaldo Caiado (GO), tem tido uma postura oposicionista ao governo. E a senadora Maria do Carmo (SE), sequer votou na CAS.
A matéria deve ser votada na próxima quarta-feira (28). Antes, o colegiado vai realizar, na terça (27), duas audiências públicas. Uma pela manhã e outra à tarde.
Quais as probabilidades? A favor da Reforma devemos ter 15 votos (5 do PMDB, 3 do PSDB, 2 do DEM, 2 do PP e PTB/PRB/PR com um voto cada) e 10 votos contrários (5 do PT, 1 do PMDB, 1 do PSB, 1 do PDT, 1 do PSD e 1 da REDE). Dois votos da comissão estão indefinidos.
O Brasil e o Cone Sul. Muito boa a matéria “Brasil e o Cone Sul na geopolítica estadunidense”, de Silvina Romano e Amílcar Salas Oroño. Logo no seu primeiro tópico o artigo acerta em cheio em alguns pontos que temos levantado aqui no Informativo. Vejamos alguns trechos.
Falando sobre a “Lava Jato”, os autores demonstram que o fato da operação centrar os ataques no Partido dos Trabalhadores e, em especial, em Lula e Dilma não é casual. Trata-se de uma “luta contra o Estado e o público”. O texto fala que esses ataques “estão relacionados com os interesses de empresas petroleiras estadunidenses em ter uma participação mais protagônica e direta na exploração das enormes reservas submarinas de gás e petróleo em águas do Atlântico e na área do Pré-Sal”. E, segundo o texto, isto fica demonstrado ao lembrar as ações de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA contra a Petrobras, hackeando computadores da empresa e interceptando conversas telefônicas.
Falam também de encontros realizados pelo embaixador estadunidense no Brasil com altos funcionários de diversas empresas de petróleo para criar condições de “pressionar” o Congresso brasileiro “a favor da mudança na legislação e tirar o monopólio das mãos da Petrobras”.
Pouco adiante os analistas demonstram a importância de garantir o domínio sobre o pré-sal ao revelarem que, em 2011, a empresa inglesa Rockhopper anunciou a descoberta de uma reserva de petróleo e gás calculada em cerca de 1,4 bilhão de barris de petróleo no litoral das Malvinas, atualmente sobre controle britânico, e dizem que seria muito importante para a geopolítica estadunidense assegurar o controle sobre a exploração de petróleo no Atlântico Sul.
Em outro ponto, os autores registram uma informação muito importante. “Outro detalhe é que o fundador de Stratfor, George Friedman, em seu livro ‘A próxima década’ (2012) advertia que o Brasil, por si mesmo, não era uma ameaça aos EUA, porém poderia representar um desafio econômico no caso de conseguir um maior desenvolvimento de seu poderio naval e aéreo, estendendo seu controle sobre o Atlântico Sul, até as costas da África. O ‘especialista’ recomendava ao governo estadunidense que buscasse uma aproximação com a Argentina para contrabalançar a liderança do Brasil, porém incluindo-o nos programas relativos à América Latina, questão que também ajudaria a combater Chávez na Venezuela. Esclarece que a estratégia ‘custará dinheiro, porém será mais barato do que enfrentar o Brasil em 2030 ou 2040 pelo controle do Atlântico Sul”.
Vamos continuar a analisar o documento no próximo Informativo.
Cristina Fernández lança “frente da resistência”. Na terça-feira (20), a ex-presidente da Argentina Cristina Fernández participou de gigantesco ato público para o lançamento da frente partidária Unidade Cidadã, que irá competir nas eleições legislativas de 22 de outubro e “colocar um limite ao governo e aos ajustes”.
“Peço a união do povo, a união de todos os argentinos e de todas as argentinas, porque estou convencida de que esta etapa histórica de agressão neoliberal em todos os níveis da sociedade não é uma questão de partidos políticos”, disse em um comício realizado em um estádio na província de Buenos Aires.
Cristina governou o país entre 2007 e 2015 e não se afastou da vida política, mas ainda não esclareceu se irá se apresentar como candidata ao Senado nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso) pela província de Buenos Aires como parte dessa coalizão que inclui as principais forças da Frente para a Vitória (FpV), exceto, a priori, o Partido Justicialista (PJ).
A ex-presidenta manterá a expectativa sobre uma possível candidatura até o dia 24, quando termina o prazo para definir as listas de quem estará nas primárias. “O que precisamos é colocar um limite no governo nas próximas eleições para que pare com os ajustes”, disse ela para cerca de 50 mil pessoas que foram ao estádio Julio Grondona, em Sarandí, na região metropolitana de Buenos Aires.
No evento, Cristina esteve acompanhada de vários dirigentes kirchneristas, como o ex-ministro da Economia Axel Kicillof, o ex-candidato presidencial Daniel Scioli e seu filho Máximo Kirchner, além de importantes nomes do PJ da província de Buenos Aires, principal distrito eleitoral do país.
“Novamente nosso país vive o fantasma do desemprego, da precarização trabalhista e dos baixos salários que esteve distante por tantos anos. Temos uma dívida de quase 100 bilhões de dólares que foi contraída em apenas um ano e meio e ainda querem prolongar essa dívida por mais 100 anos”, disse ela.
Prisão para Menem? A Justiça argentina confirmou na quarta-feira (21) a condenação por contrabando de armas do ex-presidente Carlos Menem, de 86 anos. O atual senador foi condenado a sete anos de prisão e 14 de inabilitação para desempenhar cargos públicos pela venda ilegal de armas à Croácia e ao Equador durante seu mandato presidencial (1989-1999).
A Câmara Federal de Cassação Penal rejeitou o recurso da defesa de Menem e reafirmou a condenação à prisão, ditada em 2013. Foi a primeira vez que um presidente argentino da era democrática foi condenado à prisão.
Entenda o caso: graças a decretos assinados por Menem e seus ministros autorizando a venda de armas ao Panamá e à Venezuela, armas argentinas foram vendidas à Croácia a partir de 1991. Mas sabe-se que nem Panamá nem a Venezuela pediram ou receberam o armamento argentino, que foi adquirido quase integralmente pela Croácia, na época envolvida na guerra da ex-Iugoslávia. Uma pequena parcela do armamento foi enviada clandestinamente ao Equador em 1995, durante o conflito fronteiriço entre o país e seu vizinho Peru conhecido como Guerra de Cenepa.
Na época, vigorava um embargo para a venda de armas ao país balcânico e ao sul-americano. Além disso, a Argentina era um dos garantidores do Tratado de Paz entre Equador e Peru.
Mas ele não irá para a cadeia! O ex-presidente continuará em liberdade pois goza de imunidade parlamentar à prisão, já que é senador do PJ (Partido Justicialista) pela província argentina de La Rioja desde 2005. Seu mandato acaba no dia 10 de dezembro, mas ele é candidato à reeleição no pleito legislativo que acontece em outubro e pode evadir a prisão por mais seis anos, caso seja reeleito.
“Cuba não se rende”! O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, afirmou na segunda-feira (19) que Havana segue aberta ao diálogo com Washington, mas que “não negociará seus princípios nem aceitará condicionamentos”, em referência à anulação parcial por Trump das políticas de reaproximação entre os dois países anunciada na sexta-feira (16).
Em Viena, na Áustria, onde se encontra em visita para avançar as relações bilaterais entre Cuba e o país europeu, Parrilla disse que a política do governo Trump em relação a Havana recrudesce o bloqueio imposto há quase seis décadas, constituindo “um retrocesso nas relações entre os dois países e um retorno à mesma política falida aplicada por administrações estadunidenses no passado”.
“Não será um decreto presidencial dos EUA que irá desviar o rumo soberano de Cuba”, disse o chanceler. “Cuba não realizará concessões inerentes a sua soberania e independência, não negociará seus princípios nem aceitará condicionamentos, como nunca o fez ao longo da história da Revolução”, prosseguiu.
“O governo de Cuba repudia a manipulação com fins políticos e o falso tratamento do tema de direitos humanos. O povo cubano desfruta de direitos e liberdades fundamentais e exibe, com orgulho, conquistas que são inimagináveis para muitos países, incluindo os EUA, como o direito à saúde, à educação, à segurança social, ao salário igual por trabalho igual, aos direitos das crianças, à paz e ao desenvolvimento. Com seus modestos recursos, Cuba contribui também para melhorar os direitos humanos em muitos lugares do mundo, apesar das limitações que são impostas pelo terrível bloqueio”, disse ele.
“Oposição democrática” venezuelana queima caminhões. A “oposição democrática” da Venezuela, elogiada pela imprensa mundial e financiada por Washington, continua com seus atos terroristas para desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.
Agora, em um falso protesto contra a convocação de eleições para a Assembleia Constituinte no país, os extremistas ligados ao grupo que se intitula Mesa de Unidade Democrática e reúne diversos partidos da direita queimaram três caminhões diante da base aérea militar Francisco de Miranda, em La Carlota, Caracas. O ato foi uma clara demonstração de que os “opositores” não vão se dignar a aceitar a lei e continuam provocando a desordem no país.
O grupo derrubou a cerca que separa a área militar da autoestrada Francisco Fajardo e atravessou caminhões na pista. Na base militar funciona uma escola primária e os alunos, principalmente crianças, foram muito atingidas pela fumaça dos incêndios.
Curiosamente, os terroristas e os jornais amestrados chamaram o movimento de “fechamento pacífico” da autoestrada!
Novo choque petrolífero em 2020, afirma o presidente da Total
por Charles Sannat
Eis uma informação enorme, não porque não a conhecêssemos mas sim por quem a diz: Patrick Pouyanné, presidente diretor geral da Total [1] .
A cada ano a produção de petróleo baixa 3% e a procura aumenta 1%.
Ou seja, uma diferença de 4%. Em cinco anos, a diferença chega aos 20%!
Em cinco anos será preciso encontrar 20% de novas jazidas, mas não as encontramos e não investimos o suficiente porque os preços são demasiado baixos – o que em parte é verdadeiro.
Assim, simplesmente falta petróleo!
E mesmo que encontremos mais, por vezes tropeçamos no rendimento energético [2]. Ou seja, se consumirmos um barril de energia para extrair um outro, isso não serve para nada...
Mas se consumirmos meio barril para cada novo barril extraído, nosso rendimento será igualmente muito alterado.
Em resumo, daqui até 2020 assistiremos a um novo choque petrolífero. Será tanto mais violento quanto mais forte for o crescimento econômico!
Assim, toda a retomada econômica real fracassará devido aos preços do petróleo, que poderão desencadear uma nova recessão.
[1] A Total é uma das sete maiores companhias de petróleo do mundo (ver a nota adiante).
[2] O autor refere-se ao EROEI (Energy Returned on Energy Imputed).
Matéria em https://resistir.info em 22/06/17
Nota do Ernesto: a Total S. A. é comercializadora, não produtora. É um grupo empresarial do setor petroquímico e energético com sede mundial em La Défense, Paris (França). A empresa está presente em mais de 130 países, empregando 100.000 pessoas. As atividades financeiras da Total S.A. representam a maior capitalização da Bolsa de Paris e por seu volume de negócios, é a maior empresa da zona euro.
Mundo terá mais 2,2 bilhões de pessoas até 2050
EUA está entre os países com maior crescimento da população
A população mundial chegará a 8,6 bilhões até 2030, um aumento de 1 bilhão de pessoas em 13 anos, mostram projeções demográficas apresentadas pela ONU nesta quarta-feira. As Nações Unidas esperam que a população mundial aumente até aproximadamente 9,8 bilhões pessoas em 2050 e que, para 2100, o mundo tenha quase 11,2 bilhões de habitantes. Os dados constam do relatório Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2017, lançado pelo Departamento dos Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
Mais da metade do crescimento populacional entre hoje e 2050 se concentrará em nove países. Oito não surpreendem: Índia, Nigéria, República Democrática do Congo, Paquistão, Etiópia, Tanzânia, Uganda e Indonésia. O nono país chama atenção: os Estados Unidos,
O relatório da ONU revela que, no Brasil, ao contrário do exemplo dos EUA, o crescimento demográfico será mais lento devido às taxas de fertilidade. O Brasil está entre os dez países que registraram menor fertilidade em relação ao nível de reposição entre 2010 e 2015. O quadro é preocupante, pois indica um ritmo de natalidade de um país maduro, mas que representa problemas – na Previdência, por exemplo – em um país em desenvolvimento.
A Índia – que atualmente tem 1,3 bilhão de habitantes ou 18% da população mundial – passará em aproximadamente sete anos a China – cerca de 1,4 bilhão de habitantes atualmente – como o país mais populoso do planeta.
Apesar da população do mundo seguir aumentando, isso acontecerá a um ritmo mais lento do que nos últimos anos devidos a uma redução da taxa de fertilidade em praticamente todas as regiões, inclusive em lugares onde segue alta, como na África.
Matéria em Monitor Mercantil, 22/06
Provocação perigosa e desnecessária. É difícil dizer o que se passa na cabeça dos “generais” da OTAN, mas não é difícil entender que estão brincando com os destinos da humanidade!
Na quarta-feira (21), caças do tipo F-16 comandados pela OTAN aproximaram-se perigosamente do avião que conduzia o ministro da Defesa da Rússia, Serguéi Shoigú. Segundo o professor Evgueni Kozhokin, professor do Instituto de Relações Internacionais de Moscou, “incidentes desse tipo são muito perigosos: qualquer erro técnico, qualquer erro do piloto e estaremos em uma zona imprevista de acontecimentos”.
Ele diz que as pessoas que deram tal ordem desejavam pressionar as autoridades russas. “Parece-me que estão totalmente equivocados quanto à possibilidade de exercer pressão psicológica”, assegurou.
Rússia é maior fornecedor de petróleo para a China. A Rússia mantém sua condição de principal fornecedor de petróleo para a China depois de exportar 5,74 milhões de toneladas em maio passado. A importação de petróleo russo pela China aumentou 9,4%, em maio de 2017, contra 4,72 milhões de toneladas importadas em abril.
Em segundo lugar aparece Angola que, em maio, exportou 5,56 milhões de toneladas, um crescimento de 79% em relação a 2016. Segundo a Administração Geral de Aduanas da China, a Arábia Saudita ficou em terceiro lugar, fornecendo 4,43 milhões de toneladas.


Noruega anuncia corte de 50% em repasses contra desmatamento no Brasil em 1º dia de visita de Temer

Noruega anuncia corte de 50% em repasses contra desmatamento no Brasil em 1º dia de visita de Temer


Diante do aumento de 58% no desmate no Brasil em 2016, Noruega, maior doadora do Fundo Amazônia, cortou pela metade sua contribuição; Sarney Filho, ministro do Meio Ambiente, disse que 'só Deus pode garantir' redução do desmatamento no país
No primeiro dia da visita de Michel Temer à Noruega, o governo do país nórdico anunciou nesta quinta-feira (22/06) um corte de 50% no dinheiro enviado ao Brasil para enfrentar o desmatamento na Floresta Amazônica.
A Noruega já havia manifestado sua insatisfação com o governo brasileiro devido ao aumento do desmatamento na Amazônia, que após anos de queda no Brasil, teve um aumento de 58% em 2016, segundo estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O país nórdico é o maior doador do Fundo Amazônia, instituído em 2008 para captar recursos para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e para promover o uso sustentável da floresta.
Desde então, Oslo já doou R$ 2,8 bilhões, valor mais de 45 vezes maior que o da segunda colocada na lista, a Alemanha, com R$ 60,7 milhões, de acordo com dados disponíveis no site do Fundo da Amazônia. O último aporte norueguês, realizado em dezembro de 2016, foi de R$ 330 milhões.
O contrato entre a nação nórdica e o Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pelo fundo, não prevê limite máximo de recursos, mas diz que o dinheiro será usado em projetos até 2020. Pelo acordo, o valor dos repasses noruegueses estaria atrelado à taxa de desmatamento brasileira.
Agência Efe

Michel Temer entre o ministro de Relações Exteriores da Noruega, Børge Brende, e seu chanceler, Aloysio Nunes, em Oslo (22/06)

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Oslo também já havia mostrado preocupação com a aprovação pelo Congresso de duas medidas provisórias que reduziam a área de proteção ambiental na floresta, ambas vetadas por Temer dias antes do início de sua visita oficial ao país.
O ministro do Meio Ambiente do Brasil, José Sarney Filho, integra a comitiva que acompanha Temer na Noruega e se reuniu nesta quinta-feira (22/06) em Oslo com o titular norueguês da pasta, Vidar Helgesen.
O ministro norueguês classificou o recente aumento do desmatamento como uma “interrupção” no panorama observado anteriormente, mas disse estar confiante de que o Brasil consiga voltar a reduzir o desmate. “Por causa das mudanças climáticas, nós gostaríamos de dar o maior suporte possível para o Brasil para salvar a Amazônia”, afirmou após a reunião com Sarney Filho.
Já o ministro brasileiro disse que o aumento do desmatamento se deve a "cortes no orçamento" promovidos pelo governo de Dilma Rousseff. Questionado se pode garantir à Noruega que o desmatamento da Amazônia irá diminuir, Sarney Filho afirmou que “só Deus pode garantir isso”, mas que as medidas para isso foram tomadas e que o governo tem “a expectativa e a esperança” de que o desmatamento diminua.
Temer e sua comitiva desembarcaram em Oslo nesta quinta-feira, após uma passagem pela Rússia. O peemedebista teve um encontro na capital com investidores noruegueses, com quem também tenta obter recursos para o setor energético.

*Com ANSA

Ao lado de Temer, premiê da Noruega cobra solução para corrupção no Brasil

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Depois das críticas de Erna Solberg, Temer tomou a palavra e declarou que visitaria o 'Parlamento brasileiro' e se encontraria com o 'rei da Suécia', quando na verdade visitou o Parlamento da Noruega e se reuniu com o rei norueguês, Harald V
A primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, criticou a corrupção no Brasil e disse estar preocupada com a operação Lava Jato e questões ambientais no país. A declaração se deu durante encontro oficial com Michel Temer em Oslo nesta sexta-feira (23/06).
A premiê afirmou em nome de seu país que “estamos preocupados com a Lava Jato e é preciso fazer uma limpeza e encontrar uma solução”. Solberg ainda disse que o Brasil vive uma época de “desafios” e “turbulência” e que está “preocupada com forças que querem reduzir” a proteção ambiental no país.
No encontro, a chefe de Estado confirmou que haverá um corte de quase R$ 200 milhões no envio de auxílio financeiro da Noruega para o Fundo Amazônia. O corte havia sido anunciado ontem pelo governo norueguês, que é o maior doador do fundo internacional para a preservação da Amazônia, e é a expressão concreta da insatisfação de Oslo com o aumento do desmatamento no Brasil no último ano.
Beto Barata / PR

'Estamos preocupados com a Lava Jato e é preciso fazer uma limpeza e encontrar uma solução', declarou Erna Solberg, primeira-ministra da Noruega

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Depois das críticas de Solberg, Temer tomou a palavra e declarou que visitaria o “Parlamento brasileiro” e se encontraria com o “rei da Suécia”, quando na verdade visitou o Parlamento da Noruega e se reuniu com o rei norueguês, Harald V.
Em resposta à primeira-ministra, Temer afirmou que, no Brasil, "as instituições funcionam com regularidade extraordinária". "A democracia é algo plantado formalmente pela Constituição e praticada na realidade", disse o presidente que chegou ao poder por meio da destituição de Dilma Rousseff em 2016.
O peemedebista ainda disse que governa com “muito apoio do Congresso Nacional” e que “não é sem razão que as medidas tomadas são amparadas pela Constituição, prestigiadas e incentivadas pelo governo”. 
Temer ainda foi alvo de protestos em Oslo. Diante do prédio em que houve o encontro dos dois líderes, manifestantes seguravam placas em inglês com frases como “respeito à democracia”, “respeito aos indígenas” e “respeito aos direitos humanos”.
Para jornalistas brasileiros, Temer minimizou os efeitos do corte anunciado pela premiê e afirmou que “eles colaboram enormemente para o Fundo Amazônia; as explicações dadas por mim e pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, deixaram claro que há uma revisão desses aspectos”.
Agência Efe

Manifestantes protestam contra Temer em Oslo (23/06)