quarta-feira, 28 de novembro de 2018

GLEISI VAI DEFENDER LULA LIVRE EM REUNIÃO DOS BRICS

Leia a carta de Lula à família de Maria Maciel, cozinheira que faleceu, e à Vigília Lula Livre

Leia a carta de Lula à família de Maria Maciel, cozinheira que faleceu, e à Vigília Lula Livre

Publicado em 28 novembro, 2018 10:05 pm
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quarta-feira (28) uma carta à Vigília Lula Livre e a família pelo falecimento de Maria Maciel, cozinheira da Vigília que há 236 dias acompanha Lula em Curitiba, desde que foi preso injustamente.
“À família da companheira Maria Maciel e aos companheiros da Vigília Lula Livre,
Há quase oito meses tenho contado com o apoio de um povo de luta e de solidariedade que me acompanha nesta injusta prisão. A companheira Maria Maciel se somava a esse exército de guerreiros e fazia do ato de cozinhar uma manifestação política. Não tenho palavras para expressar a gratidão pelo que essa companheira fez por nossa luta. Minha solidariedade e apoio a sua família, amigos e a todos os companheiros da Vigília.
Abraços,
Lula”
Maria Maciel, cozinheira da Vigília, que faleceu. Foto: Ricardo Stuckert

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Ilegalidade da prisão de Lula pode ser comprovada em dezembro


 
Política

Ilegalidade da prisão de Lula pode ser comprovada em dezembro

A prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a completar oito meses. Desde abril, juristas de todo o mundo, lideranças políticas e instituições nacionais e internacionais denunciam os abusos do ex-juiz Sérgio Moro na condução do processo. Em dezembro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve analisar a situação dos procedimentos disciplinares que foram abertos contra o responsável pela criação da Operação Lava Jato.

Por Iberê Lopes*

Ricardo Stuckert
  
Parlamentares se intercalam em discursos no Congresso Nacional para afirmar que o encarceramento de Lula na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, é resultado de uma farsa jurídica.

Nesta terça-feira (27), o líder do Partidos dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), voltou a falar sobre a possível parcialidade do futuro ministro da Justiça de Bolsonaro à frente das investigações.

“O juiz Sergio Moro, que teve uma participação decisiva no processo de condenação ilegal do presidente Lula; que se notabilizou quando, em diversas oportunidades, rasgou a Constituição para perseguir o presidente Lula”, disse Pimenta.

Em discurso no plenário da Casa, o parlamentar afirmou que o juiz agiu movido também por interesses particulares e “recebe como prêmio o convite para ocupar o "superpoderoso" Ministério da Justiça”, reforçando a tese de perseguição ao ex-presidente.

A situação dos procedimentos disciplinares que foram abertos contra o ex-juiz Sergio Moro, será analisada em dezembro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). São alvo de questionamentos no conselho atos do futuro ministro como decisões envolvendo o habeas corpus concedido pelo desembargador Rogerio Favreto ao ex-presidente Lula, em julho.

Como Moro pediu exoneração para assumir o ministério em janeiro, durante a sessão marcada para o dia 11 do próximo mês, os conselheiros podem decidir pelo arquivamento dos procedimentos. 

De acordo com o deputado Wadih Damous (PT-SP), que é advogado, fica cada vez mais claro que o sistema de justiça brasileiro utiliza o “processo penal como arma política, como arma de perseguição, com métodos de seletividade, com métodos que tangenciam o fascismo”.

Para a vice-líder da Oposição, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o partido está disposto a “entrar de cabeça” na campanha pela libertação de Lula. Ela lembra que o julgamento do habeas corpus do líder petista, em abril deste ano, contou com o voto favorável de cinco dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Esse é um patrimônio que precisamos lançar mão neste momento importante da história do Brasil. Nós precisamos lembrar que houve cinco votos do Supremo Tribunal Federal, num momento histórico, em que o próprio General Villas Bôas dizia que havia uma ameaça (ao Estado Democrático de Direito) clara”, destacou Feghali.

Condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso triplex do Guarujá, o ex-presidente Lula teve seus recursos negados na segunda instância da Justiça Federal e também não teve sucesso no habeas corpus enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Responsável pelos processos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Criminal de Curitiba, Sérgio Moro segue negando qualquer irregularidade em sua conduta. Ele alega que o ingresso no governo de Jair Bolsonaro aconteceu depois de decisões tomadas na Lava Jato.

A tensão entre os defensores da liberdade de Lula e aqueles que o querem ver mantido longe do cenário político deve continuar até dezembro. Isto porque a decisão de Moro em aceitar um ministério pode influenciar e se voltar contra o agora bolsonarista.

Liberdade de Lula pode revelar parcialidade de Moro

Apresentado pela defesa do ex-presidente, o novo pedido de liberdade pode ser julgado pela Segunda Turma do STF antes do recesso de final de ano do Poder Judiciário. O ministro relator da Operação Lava Jato da Polícia Federal, Luiz Edson Fachin, solicitou celeridade aos magistrados e que o processo seja julgado na próxima semana. 

Repetindo outros recursos apresentados e negados os advogados de Lula dizem que Moro agiu com parcialidade. Neste HC, a defesa alega que a ida de Moro para o ministério da Justiça de Bolsonaro comprova "inimizade capital" e "interesses extraprocessuais" que levaram a decisão de condenar Lula.

São integrantes da Segunda Turma do STF, presidida pelo ministro Ricardo Lewandowski: Celso de Mello, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.


*Edição: Inácio Carvalho

Líder evangélico cobra Bolsonaro por nomeação: “Ele tem que se explicar” TOMA LÁ, DÁ CÁ!

Líder evangélico cobra Bolsonaro por nomeação: “Ele tem que se explicar”

Um dos líderes da bancada evangélica no Congresso, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), cobrou nesta quarta-feira (28) o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pela confirmação do deputado Osmar Terra (MDB-RS) para o futuro Ministério da Cidadania. Cavalcante não se opõe ao nome de Terra (que não integra a frente), mas afirma que foi Bolsonaro quem pediu uma indicação para a pasta à frente evangélica – que ofereceu três opções na última terça (27). O capitão da reserva, segundo Sóstenes, fechou com o emedebista sem consultá-los.
"Quem pediu foi o próprio presidente Jair Boslonaro. Então ele é quem tem que explicar como é que ele pede nome e decide por outro, quais foram os critérios que ele usou e decidiu sem comunicar ninguém. Aí é com ele", reclamou Sóstenes, que fez uma cobrança. "Para a gente [deputados], ele vai ter que explicar na hora dos votos [para projetos de interesse do governo no Congresso] no ano que vem", disse.
“A bancada entendeu mal o presidente. Ele quis ouvir, mas não abriu mão do direito de recusar os nomes. Não houve o compromisso de aceitar qualquer indicação”, disse um parlamentar com amplo trânsito no governo de transição.
Sóstenes diz que a bancada não deverá apontar nomes para nenhum dos ministérios que ainda não têm comando definido.
"Se dependesse de mim, não tinha nem indicado os de ontem [terça]", disse. Os evangélicos haviam sugerido os deputados Marco Feliciano (Podemos-SP), Ronaldo Nogueira (PTB-RS) e Gilberto Nascimento (PSC-SP). Os evangélicos deverão somar, ao lado das frentes agropecuária e da segurança - as chamadas bancadas ruralista e da bala -, cerca de 300 integrantes da Câmara na próxima legislatura.
Congresso em Foco pediu um posicionamento sobre o assunto à assessoria de Bolsonaro e aguarda resposta. A matéria será atualizada assim que houver retorno da equipe de transição.
Apesar do desentendimento  nome de Osmar Terra não desagrada os evangélicos. "É um bom companheiro, não tem problema nenhum", diz Sóstenes.