sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Moro apenas saiu do armário: o diagnóstico preciso de Lula sobre o político que era juiz

Moro apenas saiu do armário: o diagnóstico preciso de Lula sobre o político que era juiz. Por Kiko Nogueira

 
Moro faz selfie com seus fãs
O diagnóstico de Lula a respeito de Moro, expresso na carta enviada à reunião do Diretório Nacional do PT, é preciso:
Se alguém tinha dúvidas sobre o engajamento político de Sergio Moro contra mim e contra nosso partido, ele as dissipou ao aceitar ser ministro da Justiça de um governo que ajudou a eleger com sua atuação parcial.
Moro não se transformou no político que dizia não ser. Simplesmente saiu do armário em que escondia sua verdadeira natureza.
Moro se fez em cima de Lula, sua nêmesis e sua razão de ser. Rapidamente percebeu que tinha diante de si uma imensa oportunidade para suas ambições.
No novo normal brasileiro, legiões ignaras não viram o absurdo patente quando o depoimento do ex-presidente ao juiz foi descrito como “a luta do século” ou qualquer estupidez do gênero.
Ora, um estava julgando o outro. Nunca houve paridade de condições.
O establishment, mídia à frente, fechou os olhos quando o ex-magistrado foi nomeado pelo sujeito que ajudou a colocar no Planalto.
“Deve haver um tempo entre a saída da magistratura e o ingresso na política”, apontou Gherardo Colombo, um dos juízes que conduziram a Mãos Limpas na Itália nos anos 90.
Antonio Di Pietro, o procurador que virou celebridade italiana no bojo dessa operação, demorou um ano e meio para aceitar um cargo.
Teve uma carreira medíocre e hoje admite, em sua fazenda de oliveiras, que a corrupção continua grassando no país.
O impoluto Moro está totalmente à vontade num ministério coalhado de gente investigada.
Concedeu o perdão divino a Onyx Lorenzoni, recebedor confesso de caixa 2 — ao mesmo tempo em que garante que acabou o indulto com “tão ampla generosidade” para presos.
Moro está de olho na presidência em 2022. O problema, desde já, passou a ser de Jair Bolsonaro.

Lula será indicado ao Nobel da Paz em janeiro

https://www.youtube.com/watch?v=iJUgQiklQjc&feature=push-u-sub&attr_tag=XfvTLUTULgZLfLxq%3A6

Até que enfim, uma boa decisão.

Almirante das Minas e Energia é boa escolha de Bolsonaro

Apesar da mais que justificável preocupação com a “ocupação militar” do Governo, a escolha do Almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, ex-diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, para o cargo de Ministro das Minas e Energia dá, à primeira vista, a ideia de que a Petrobras terá alguma defesa contra aqueles que pretendem desmontá-la.
Albuquerque Júnior sempre foi um defensor da capacitação do Brasil em desenvolver tecnologias e meios para defender-se, apoiou o Projeto Amazônia Azul, o programa de submarinos nucleares (o Prosub) e teve um comportamento digno quando os histéricos da Lava Jato arrastaram na lama o Almirante Othon Pinheiro da Silva, ao menos na entrevista que deu à CartaCapital, onde reconheceu que ele, já posto em desgraça,  é o grande responsável pelo nosso domínio do ciclo nuclear.
O almirante sabe, e por experiência própria, como os nossos irmãos do norte são quando se trata de vetar o domínio e a posse de equipamentos e materiais de ponta por estas nossas bandas. E que se os gringos não deixam, melhor que  os criemos nós.
Em matéria de pensamento de independência e desenvolvimento científico-tecnológico está a anos luz da tragicomédia Marcos Pontes.
Embora seja impossível esperar que ele assuma uma posição de completa resistência à alienação de nossas reservas do pré-sal – do contrário seria inimaginável que participasse de um governo como o atual – é provável que não concordará com o completo “depenamento” da Petrobras.
Num governo que bate continência à bandeira norte-americana é algum alívio que esteja, ao menos à frente da exploração das nossas riquezas minerais alguém que o faça para a bandeira brasileira.

Clamor público e só com os outros, Dra. Dodge?

Clamor público e só com os outros, Dra. Dodge?

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou recurso ao STF  para evitar que a derrubada do auxílio-moradia prive os integrantes do Ministério Público do “mimo” que recebiam há quatro anos, suspenso depois que se concedeu, “de carona”, aos procuradores o mesmo aumento nos vencimentos dados à magistratura.
A senhora procuradora, tão atenta ao clamor público quando se trata de denunciar pessoas com base apenas em alegações de delatores pegos com a boca na botija, não tem o menor pudor de, contra o clamor público contra o auxílio pago a procuradores que trabalham em suas próprias cidades e dispõem de suas próprias moradias.
Depois de receberem todo este tempo por uma ação originariamente destinada ao pagamento da benesse a juízes, sem piar, agora sustenta que “a decisão não poderia alcançar outras carreiras que não integram o polo ativo da ação, que foi proposta por oito juízes federais contra a União”. Ou seja, que não vale para o MP.
O problema é menos o dinheiro que recebem – embora os “penduricalhos” acabem tornando muitas das remunerações absurdas e escandalosas, e mais o apelo ao “xaveco” – que no MP também é feito com o pagamento de diárias a procuradores – 27.413 este ano, até outubro.
Pode e deve haver auxílio moradia, claro, quando o profissional for posto a servir, temporariamente, em outra cidade, distante de seu local funcional de origem. Mas nunca quando ele estiver “em casa”.
O  golpe do “João sem braço” da Dra. Raquel é vergonhoso e imoral, talvez para combinar com a condução que Luiz Fux deu a todo este escandaloso processo.

PT SOBRE PEDIDO DA PGR: ILEGAL FOI A CASSAÇÃO DE LULA, NÃO A CAMPANHA

O que pensa Bolton, o assessor de Trump que se encontrou com Bolsonaro

Diplomacia

O que pensa Bolton, o assessor de Trump que se encontrou com Bolsonaro

por Deutsche Welle — publicado 29/11/2018 11h27
Feroz crítico dos regimes de Cuba e da Venezuela, o ex-embaixador dos EUA na ONU defende também uma posição mais dura em relação ao Irã
Divulgação
O que pensa Bolton, o assessor de Trump que se encontrou com Bolsonaro
Bolsonaro e Bolton se encontram no Rio de Janeiro
O presidente eleito Jair Bolsonaro reuniu-se com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, nesta quinta-feira 29. O encontro ocorreu na residência de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O assessor do presidente americano, Donald Trump, chegou à casa do presidente eleito por volta das 7h, acompanhado do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Garrett Marquis, do diretor de Negócios do Hemisfério Oeste, Mauricio Claver-Carone, do diretor para o Brasil, David Schnier, e do Encarregado de Negócios, Bill Popp.
Os futuros ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e o futuro chefe do Gabinete Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também participaram da reunião, que durou menos de uma hora.
Bolton fez uma parada no Brasil antes de seguir viagem para Buenos Aires, onde a cúpula anual do G20 será realizada sexta e sábado.
"Compartilhamos muitos interesses bilaterais e trabalharemos juntos para expandir a liberdade e a prosperidade em todo o hemisfério ocidental", escreveu Bolton na sua conta no Twitter ao anunciar o encontro com Bolsonaro, na semana passada, se dizendo ansioso para encontrar o futuro presidente.
"Vemos uma oportunidade histórica para o Brasil e os EUA trabalharem juntos numa série de áreas – economia, segurança e outras", disse Bolton a repórteres. Ele afirmou que o encontro desta quinta serviria para preparar o terreno para as relações entre os dois líderes.
Após o encontro, Bolsonaro escreveu no Twitter que a reunião foi "muito producente e grata".
Ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas durante o governo do presidente George W. Bush, Bolton é um crítico feroz de regimes como o da Venezuela e de Cuba e defende uma abordagem mais dura da Casa Branca em relação ao Irã.
Bolton assumiu o papel de conselheiro de Trump em abril deste ano. Ele trabalhou para as administrações dos presidentes Ronald Reagan e George H. Bush no final dos anos 1980 e início dos 1990. Também trabalhou como comentarista na emissora de TV conservadora Fox News.
Logo após a vitória de Bolsonaro nas urnas, Trump foi o primeiro chefe de Estado a parabenizar o presidente eleito. O presidente norte-americano telefonou para Bolsonaro  e os dois concordaram em "trabalhar estreitamente" em "assuntos militares, comerciais e tudo o mais", escreveu o presidente americano no Twitter.
Bolton, por sua vez, descreveu Bolsonaro como um "aliado com ideias semelhantes" durante um discurso que fez sobre a América Latina, no início deste mês, em Miami, nos EUA.
Em mais um sinal de aproximação entre Washington e o futuro governo de Bolsonaro, o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, viajou aos EUA nesta semana. O parlamentar participou de uma série de compromissos, incluindo encontros com representantes do vice-presidente Mike Pence, do Departamento de Comércio e do Conselho de Segurança Nacional e com Jared Kushner, cunhado e assessor de Trump.
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Resultado de muitos anos de governos do PSDB. E a população continua apoiando...

Desigualdade

Mais de 2 milhões de paulistanos ainda moram em favelas

por Eduardo Silva — publicado 30/11/2018 01h00, última modificação 29/11/2018 16h27
Com o maior número de favelas do Brasil, cidade de São Paulo reúne 391 mil domicílios em espaços precários, segundo dados da Secretaria de Habitação
Vagner de Alencar/32xSP
Paraisópolis, uma das maiores favela de SP, pertence ao distrito da Vila Andrade, no Campo Limpo
São Paulo tem o maior número de favelas do Brasil, com 1.715 ocupações cadastradas pela Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB). Estima-se que elas comportam 391 mil domicílios e mais de dois milhões de moradores, o equivalente a 11% da população da cidade.
Em todo o país, o número de brasileiros vivendo em habitações irregulares é de 11,4 milhões. Os dados são do censo de 2010 do IBGE.
As favelas se caracterizam por espaços habitados precários que surgem de ocupações espontâneas, feitas sem definição prévia de lotes. Essas habitações geralmente possuem redes de infraestrutura insuficientes e elevado grau de precariedade.
Excluem-se, aqui, os “núcleos urbanizados”: favelas que possuem 100% de infraestrutura de água, esgoto, iluminação pública, drenagem e coleta de lixo, viabilizadas através de ações por parte do poder público ou não. A Secretaria de Habitação informa que 425 núcleos estão cadastrados em seu sistema e estima 60,6 mil famílias vivendo nestes locais.

RANKING
 Vagner de Alencar/32xSP
Paraisópolis, na zona sul de SP, é a oitava maior favela do Brasil
O estado de São Paulo tem oito das 50 favelas mais populosas do País, segundo o IBGE. No ranking de habitantes, Paraisópolis, na Zona Sul da cidade de São Paulo, está em oitavo lugar com 42,8 mil moradores. Heliópolis, também na parte sul da capital paulista, é a décima favela mais populosa do Brasil, com 41,1 mil pessoas.
Paraisópolis
População: 42.826 Domicílios: 13.071 Esgoto: presente em 11.612 residências (88,8% do total)
Heliópolis
População: 41.118 Domicílios: 12.105 Esgoto: presente em 11.415 residências (94,3% do total)
Em termos de dimensão, Heliópolis é a maior delas. Em uma área de quase um milhão de metros quadrados, a favela reúne 18 mil imóveis e 3 mil estabelecimentos comerciais, conforme levantamento da Unas (União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região).
SUBPREFEITURAS
Das cinco subprefeituras com maior número de residências em favelas, três delas estão na zona sul. São elas: Campo Limpo (com 59.483 moradias em favelas), M’Boi Mirim (42.350) e Cidade Ademar (25.468). As outras duas são Sapopemba, na zona leste, com 18.273 residências e Freguesia/Brasilândia, na zona norte, com 24.708.
As subprefeituras da Sé, no centro da cidade, Pinheiros, na zona oeste, e Vila Mariana, na zona sul, possuem, respectivamente, o menor contingente. O número leva sobre o total de domicílios da região. Confira no Mapa da Desigualdade, da Rede Nossa São Paulo, o índice completo.
Diferença entre favela e cortiço
Enquanto as favelas são formadas a partir da ocupação de terrenos públicos ou particulares, os cortiços são assentamentos que se caracterizam como habitações coletivas de aluguel. Frequentemente apresentam infraestrutura precária e instalações sanitárias compartilhadas entre vários cômodos. As maiores concentrações de cortiços se dão nas regiões centrais da cidade. Existem 1.506 cortiços cadastrados pela Secretaria de Habitação apenas nas subprefeituras da Sé e Mooca.
Com informações de Habitasampa