terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Sérgio Moro, de 'herói' anticorrupção a aliado do Clã Bolsonaro

Política

Sérgio Moro, de 'herói' anticorrupção a aliado do Clã Bolsonaro

Quando assumiu o superministério, Moro prometeu levar sua experiência de combate à corrupção para dentro do próprio sistema, mas na prática não é assim que a banda toca e a mistura dos poderes

 
19/02/2019 13:03
(Wikimedia)
Créditos da foto: (Wikimedia)
 
O atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comandou a Operação Lava Jato durante quatro anos e ao longo deste período sempre negou ter motivações políticas em suas decisões – muitas vezes – direcionadas apenas aos partidos da esquerda. Considerado por alguns o “herói” do combate à corrupção, também afirmou em diversas ocasiões que não tinha intenção de ser candidato ou ocupar cargos executivos. Hoje integra um governo que em menos de dois meses já está atolado em denúncias de esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, coincidência ou não, a especialidade do juiz. 

No comando da Lava Jato, Moro se inspirou na Operação Mãos Limpas, que levou o sistema político da Itália a um colapso nos anos 1990 e resultou na eleição de Silvio Berlusconi para a presidência do país. O cientista político italiano Albeto Vanucci compara o juiz brasileiro a Antonio Di Pietro, um dos personagens da caça às bruxas italiana que se aproveitou do status de ser um agente “anticorrupção” para alçar voos fora da magistratura. Após passar por ministérios e cargos no Legislativo, se mostrou um oportunista incapaz de usar seu “legado” na política.
Quando assumiu o superministério, Moro prometeu levar sua experiência de combate à corrupção para dentro do próprio sistema, mas na prática não é assim que a banda toca e a mistura dos poderes Executivo e Judiciário pode ser perigosa. Primeiro porque coloca em xeque a atuação do atual ministro enquanto juiz que dizia não ter motivações políticas e depois, porque pode soar como uma espécie de proteção ao governo que mal começou e já está envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro. 
Segundo o cientista político, que em entrevista à BBC Brasil estabelece essa relação entre a Mãos Limpas à Lava Jato, tanto lá, como aqui, a tendência é este movimento do tabuleiro não dar certo. 
O cientista político italiano Alberto Vanucci faz uma comparação entre a Mãos Limpas e a Lava Jato, em entrevista à BBC Brasil, e afirma que tanto lá, como aqui, a tendência é este movimento do tabuleiro não dar certo. Pior, ainda pode levar a opinião pública a duvidar do judiciário, o que para ele, é a falência da democracia. “Tudo bem cidadãos não estarem de acordo ou não acreditarem em políticos, mas é muito perigoso desconfiar de juízes, porque isso é desconfiar da lei, da Justiça. A decisão de Moro [de assumir o ministério] fortalece a visão de que juízes fazem parte da atividade política”. 

Para Vanucci, o combate à corrupção não pode ser atribuído a apenas uma pessoa porque trata-se de um problema enraizado no sistema. “Pensar que ser um ‘herói’ anticorrupção vai lhe dar a habilidade de ser um Ministro da Justiça é bobagem. (…) O trabalho anticorrupção não é feito por heróis, ele é feito por um entendimento profundo da administração pública, da economia, da política. E uma investigação como a Lava Jato, por mais importante que seja, não é garantia desse tipo de conhecimento”, explica o especialista. 

Na Itália, a Operação Mãos limpas não só não acabou com a corrupção, como deixou o sistema político como um todo bastante fragilizado e abriu caminho para figuras como Berlusconi chegar ao poder. No Brasil, após um longo período de estigmatização dos partidos políticos tradicionais, em grande parte apoiada pela mídia hegemônica, surgiu a brecha para o crescimento de um “pseudo-outsider” como é o Bolsonaro. Ele fez uma campanha ancorada na imagem de ser uma alternativa “nova”, mas está inserido no jogo desde o começo da jovem democracia brasileira. 

O velho ditado: “Diga com quem andas...”
Assim que assumiu o superministério, Moro passou a ser o responsável pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O órgão integra o sistema de combate a ilícitos e lavagem de dinheiro e entrou em evidência ano passado ao divulgar um relatório que constatou movimentações financeiras atípicas na conta bancária de Fabrício Queiroz, assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL – RJ) e amigo do presidente Jair Bolsonaro. O relatório mira até a atual primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que teria recebido um depósito de R$ 24 mil.

Flávio Bolsonaro não está envolvido só com este esquema de lavagem de dinheiro com seu motorista. Também cai sobre ele a suspeita de ser muito próximo aos milicianos do Escritório do Crime, que de acordo com as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, pode ser a organização criminosa responsável pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). 

Os próximos relatórios do Coaf estão agora sob a responsabilidade do ministro da Justiça e Segurança Pública que até dezembro passado vendia uma imagem de total imparcialidade. A operação Mãos Limpas ensinou algumas lições para a Itália, entre elas, que não é uma boa ideia um juiz se tornar ministro da Justiça para não cair nesta saia justa em que Moro se meteu.  

Quando Bolsonaro o convidou para integrar seu governo, não aumentou os poderes do herói nacional anticorrupção. Pelo contrário, neutralizou a atuação deste juiz que até então era considerado o paladino da moral. Não sem antes ter sido beneficiado, uma vez que encontrou um caminho com menos obstáculos para chegar à presidência depois que Lula foi preso graças à Lava Jato. 

“Harvard Boy”
Durante as ditaduras militares que dominaram muitos países da América Latina entre os anos 60 e 90, houve um grupo de economistas formados pela Universidade de Chicago, nos EUA. Eles ficaram conhecidos como os “Chicago Boys” e implementaram a política neoliberal por aqui, um deles é o superministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.

Passadas décadas, o modelo usado para influenciar o cenário político de outros países mudou pouco – ou quase nada – e o Departamento de Estado Norte-Americano (DoS) segue com suas cartilhas de doutrinação liberais  vigentes.

Um dos alunos aplicados é o ex-juiz da Lava Jato que em 2007 participou do International Visitors Program, organizado pelo Departamento de Estado Norte-Americano, e fez visitas a agências e instituições dos EUA encarregadas da prevenção e do combate à lavagem de dinheiro.

Em seu currículo Lattes, Moro se define como “especializado em crimes financeiros” com treinamentos em universidades norte-americanas. Em 1998, quando ainda cursava o mestrado na Universidade Federal do Paraná, participou do Programa de Instrução para Advogados na Escola de Direito de Harvard.

Mas a relação do atual ministro com os EUA não é só acadêmica. Antes de assumir o comando da Lava-Jato e ganhar os holofotes da imprensa nacional, ele já era visto pela Casa Branca como uma figura destacada do judiciário brasileiro.

Um documento divulgado pelo Wikileaks mostra que em 2009 o Departamento de Estado dos EUA realizou um seminário do Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, chamado “Projeto Potes: Construindo pontes para a aplicação da lei no Brasil”. Destinado a promotores e juízes, o evento contou com delegações da Argentina, Costa Rica, México, Panamá, Paraguai e Uruguai, além da brasileira, claro, que enviou também policiais federais.

O documento em questão é um relatório do próprio DoS sobre o resultado do seminário e afirma que os latino-americanos receberam o curso com “grande entusiasmo” e ainda solicitaram “treinamento adicional”. Um dos participantes do evento, obviamente, foi Sérgio Moro, que discorreu sobre os “cinco pontos mais comuns acerca da lavagem de dinheiro no Brasil”.

Entre outras “lições”, a equipe norte-americana ensinou os segredos da “investigação e punição nos casos de lavagem de dinheiro, incluindo a cooperação formal e informal entre os países, confisco de bens, métodos para extrair provas, negociação de delações, uso de exame como ferramenta, e sugestões de como lidar com Organizações Não Governamentais (ONGs) suspeitas de serem usadas para financiamento ilícito”.

Foram estes atributos de Moro que levaram a ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, a convidá-lo para ser seu auxiliar no julgamento do Mensalão. Foi assim que ele começou a se destacar no cenário político nacional, até chegar ao comando da Lava-Jato.

A partir daí as visitas do juiz aos Estados Unidos ficaram cada vez mais frequentes, raramente a passeio. Especialista em vazamentos seletivos, em 2016 ele chegou a palestrar sobre a “importância da mídia no apoio a investigações criminais". E foi apresentado em um seminário na Pensilvânia como o “líder central no fortalecimento do Estado de Direito” no Brasil.

Caracterizado pelo jornal Washington Post como um “nerd”, Moro parece ter aprendido muito bem a lição do Departamento de Estado e a colocou em prática no Brasil. Nos últimos anos, suas investigações na Lava Jato basearam-se, basicamente, em delações premiadas, para as quais ele usou o método do “Projeto Pontes” de confiscar bens a fim de pressionar os investigados e se apoiou na grande mídia para dar vazão às informações seletivas que poderiam expor ou proteger quem quer fosse a peça da vez. 

Um caso emblemático deste método do juiz de usar informações privilegiadas de acordo com seus interesses foi quando tornou pública a delação do ex-ministro Antonio Palocci (dos governos Lula e Dilma) a apenas três dias para o primeiro turno das eleições presidenciais. À época a corrida eleitoral estava acirrada entre Bolsonaro e o petista Fernando Haddad.

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Bolsonaro usou o filho Carlos, então com 17 anos, contra a mãe na Câmara dos Vereadores do Rio

Bolsonaro usou o filho Carlos, então com 17 anos, contra a mãe na Câmara dos Vereadores do Rio. Por Vinicius Segalla

 
Bolsonaro, Rogéria e os filhos Carlos, Eduardo e Flávio
Postado originalmente em outubro e republicado à luz da demissão do ministro Gustavo Bebianno, desafeto de Carlos Bolsonaro
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Rogéria Nantes Braga Bolsonaro, mãe dos parlamentares Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, acusou o pai de seus filhos, Jair Bolsonaro (PSL), de ter sido o mandante do espancamento de um assessor político e seu ex-colega de Exército, Gilberto Gonçalves, ocorrido em uma rua da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no mês de setembro do ano 2000.

O motivo, de acordo com o depoimento de Rogéria, foi o fato de Gonçalves estar trabalhando, à época, como cabo eleitoral de sua candidatura à 2ª reeleição a vereadora do Rio. Quando o fato ocorreu, ela já não era mais esposa de Bolsonaro, e o ex-capitão do Exército tentava eleger para o seu lugar na Câmara o filho Carlos, então um estudante do ensino médio com 17 anos de idade.
Tudo isso consta em registros e depoimentos dados à Polícia Civil do Rio de Janeiro pela própria Rogéria Bolsonaro, que afirmou à imprensa na ocasião que seu ex-marido sofre de “desequilíbrio psicológico e mental” (veja abaixo).
Assim, Rogéria é a segunda ex-mulher de Jair Bolsonaro a lhe imputar atos de violência e instabilidade emocional. Conforme publicou a revista “Veja”, outra ex-esposa do candidato à Presidência pelo PSL, Ana Cristina Siqueira Valle, acusou o parlamentar não apenas de agressão, mas de ameaçá-la de morte, ao ponto dela fugir do país para escapar do ex-marido.
“Ele colocou o filho contra a própria mãe”
No ano 2000, Rogéria Nantes Braga Bolsonaro era vereadora do Rio de Janeiro pelo PMDB. Tentava a reeleição para seu terceiro mandato. Nas duas eleições anteriores, fora pelo nome e fama do seu então marido, ex-capitão, ex-vereador e então deputado federal, então pelo PPB, Jair Bolsonaro, que se elegera.
Ele lançara a mulher na política no início da década de 1990, no tempo em que se transferia do cargo de vereador carioca para a Câmara dos Deputados, onde está hoje, por mais de 25 anos. Foi quando ela passou a arrebanhar os votos que, antes, iam para o marido na eleição do Rio, somando, assim, mais um mandato e um salário à família.
Em 1997, o casal se separou. Os reais motivos da separação, só Rogéria e Bolsonaro podem saber. Na época, cada um apresentou uma versão, e o assunto virou notícia na imprensa. O deputado deu uma entrevista à revista “Isto é Gente”, contando o ocorrido segundo o seu ponto de vista:

“O relacionamento despencou depois que elegi a senhora Rogéria Bolsonaro vereadora, em 1992. Ela era uma dona de casa. Por minha causa, teve 7 mil votos e foi eleita. Acertamos um compromisso. Nas questões polêmicas, ela deveria falar comigo para decidir o voto dela. Mas começou a frequentar o plenário e passou a ser influenciada pelos outros vereadores. Eu a elegi. Ela tinha que seguir minhas ideias. Acho que sempre fui muito paciente, mas ela não soube respeitar o poder e a liberdade que lhe dei”.  
Quer dizer: segundo Bolsonaro, o relacionamento dos dois começou a despencar quando ele a elegeu vereadora, em 1992. Mas só veio a acabar mesmo em 1997. O motivo: ela deixou de obedecer a seus comandos no exercício de seu (segundo) mandato. Rogéria não soube respeitar o poder e a liberdade que ele havia lhe concedido. Isso o deputado disse à imprensa, está registrado.
A vida seguiu. Esposa ou não de Bolsonaro, fato é que Rogéria tomou gosto pela vereança. Mesmo divorciada, quis concorrer a um terceiro mandato, no ano 2000. Ocorre, porém, que ao deixar de ser esposa do ex-capitão, deixou também, aos olhos do hoje candidato a presidente do Brasil, de ser uma boa vereadora.
Então, na eleição municipal de 2000, quando a dita dona de casa tentava se eleger vereadora pela terceira vez, Rogéria deixou de contar com o apoio de Jair Bolsonaro. Naquele ano, o ex-capitão lançou outro candidato à Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Seu nome: Carlos Bolsonaro, seu filho, então um adolescente de 17 anos. Abaixo, a inscrição eleitoral do rapaz, protocolada na época junto ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral).
Carlos Bolsonaro tinha 17 anos quando seu pai o lançou na política no ano 2000. Era estudante do ensino médio, menor de idade. Para que pudesse se candidatar, de acordo com a lei, era preciso que fosse emancipado. Jair Bolsonaro então assim o fez, como noticiou a imprensa carioca na época. A partir daí, naquela eleição no Rio de Janeiro, a mãe Rogéria e o filho Carlos passaram a ser adversários, disputando o mesmo eleitorado: os simpatizantes do ex-capitão.
“Bolsonaro emancipou o filho para jogá-lo contra a mãe. Em seu grupo político, não há ninguém merecedor de sua confiança. Já que não é a (ex-)mulher, tem que ser o filho. Um menino ainda, sem o mínimo preparo, com o único objetivo de dizer aos seguidores do deputado-capitão que o seu preposto na Câmara Municipal não é mais a ex-mulher, mas sim o filho, disputando os dois o patrimônio eleitoral do parlamentar. Se isso não é nepotismo, o que é?”
Assim noticiou o fato, no dia 25 de setembro de 2000, o jornal carioca “Tribuna da Imprensa” (que deixou de circular em 2008), um veículo alinhado à direita, simpático a Bolsonaro, mas atento aos fatos, como se pode ver na imagem abaixo, ou em sua versão original, preservada pela Biblioteca Nacional.
No dia seguinte à publicação acima, ocorreu um incidente de violência política no Rio de Janeiro. Um cabo eleitoral de Rogéria Bolsonaro foi espancado por três homens enquanto panfletava na zona norte da capital fluminense. Seu nome: Gilberto Gonçalves, então com 47 anos, ex-militar e ex-amigo de Jair Bolsonaro. O próprio deputado apresentara a vítima a Rogéria, alguns anos antes, na década de 1980, quando Gonçalves prestava o mesmo serviço de cabo eleitoral ao ex-capitão, que tentava se eleger deputado pela primeira vez.

Rogéria Bolsonaro, um dia após o espancamento, não teve dúvidas em afirmar: seu correligionário fora espancado a mando de Jair, que estava inconformado com o fato de o ex-amigo ter-se bandeado para o lado de sua ex-esposa.
De acordo com o que testemunhou Rogéria Bolsonaro, que estava no local e presenciou toda a cena, Jair Bolsonaro passou pela rua onde Gonçalves estava panfletando e não gostou nada do que viu. Logo depois, chegaram alguns homens, dominaram e espancaram o cabo eleitoral.
“Isso prova o desequilíbrio mental e psicológico do deputado Jair Bolsonaro, que chegou a colocar o filho (Carlos Bolsonaro), de 17 anos de idade, para concorrer como vereador, pelo PPB, contra a própria mãe”, desabafou Rogéria.
Eis a descrição do episódio pela própria Rogéria, mãe de Carlos, em entrevista à imprensa carioca, como se pode ver na imagem abaixo, e também no acervo preservado pela Biblioteca Nacional.
Tudo isso virou caso de polícia, abriu-se um inquérito, que meses depois foi arquivado, sem que ninguém fosse fosse responsabilizado pelo espancamento, por “falta de provas”. Rogéria Bolsonaro não foi reeleita. Perdeu a cadeira para o filho adolescente, que recebeu 16.053 votos e entrou para a história como o vereador mais jovem da história do Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro, então, comemorou a vitória eleitoral sobre a mãe de seus filhos Carlos, Flávio e Eduardo, hoje todos parlamentares, acumulando mandatos à família. Na visão do ex-capitão, porém, aquela não tinha sido uma disputa em que um filho derrotara sua mãe. “Não foi uma eleição de filho contra mãe, mas sim de filho com o pai. Para mim, ela já está morta há muito tempo”, disse o “mito”, em entrevista amplamente divulgada pela imprensa na ocasião.
O Ministério Público Eleitoral tentou impugnar a diplomação do jovem Carlos. Alegou que a lei não permite que um menor de idade seja eleito parlamentar. Jair Bolsonaro e o filho recorreram da impugnação junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e saíram vitoriosos. A corte interpretou que a barreira etária prevista na lei se refere ao momento em que o candidato é diplomado no cargo, e não àquele em que se candidata. “A idade mínima de 18 anos para concorrer ao cargo de vereador tem como referência a data da posse”, proferiu o TSE.
Assim, em 1º de janeiro de 2001, data da diplomação, o filho de Rogéria já entrara na casa dos 18, e assim passou a fazer parte daquela legislatura e da história da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, conforme se lê no registro do jornal “O Estado de S.Paulo.