quarta-feira, 19 de junho de 2013

Servidores indignados!


SERVIDOR PÚBLICO: EM 2014 NÃO ESQUEÇA DE QUEM O TRAIU

Glauco dos Santos Gouvêa

 

Os servidores públicos que compareceram hoje à Assembleia Legislativa da Paraíba, na esperança de que o Poder Legislativo corrigisse injustiças e ilegalidades praticadas pelo atual ocupante do Palácio da Redenção, saíram decepcionados com o comportamento de total subserviência e pusilanimidade dos deputados que obedecem cega e incondicionalmente a todas as ordens de seu amo, por mais ilegais e absurdas que sejam. Enquanto os(as) deputados(as) que honram seus mandatos defenderam com independência e lucidez os projetos que estavam de acordo com as Leis em vigor, os(as) governistas preferiram o caminho da traição aos servidores e da manutenção das ilegalidades praticadas pelo Governador. Custa a crer que um(a) deputado(a), tendo sido eleito(a) pelo povo, esqueça seu compromisso com esse mesmo povo e passe a rastejar nas antessalas palacianas recolhendo as migalhas que constituem o pagamento de sua traição e de sua vilania. Em vez de se portar com altivez e dignidade, honrando o mandato conferido pelo povo e, consequentemente, passar à História como exemplo de decência, preferem chafurdar nos subterrâneos dos mais vis interesses.

O TEMPORA! O MORES!

Ao final das votações de interesse direto dos servidores públicos ainda assistimos ao espetáculo, tão degradante quanto ridículo, da “comemoração” da fidelidade às ordens do amo.

PARA O FUTURO

De hoje em diante os servidores públicos e a população em geral têm a obrigação moral, em defesa de seus direitos e da moralização da vida pública, de derrotar nas urnas em 2014 os traidores do povo. Temos que informar às pessoas desinformadas quem é quem na política.

 

 

Postado em 26/02/2012 mas completamente apropriado para o momento atual

Mutatis mutandis: a atual vergonha de ser paraibano

Sobre a atual vergonha de ser brasileiro
Affonso Romano de Sant'Anna

(Diante da pesquisa que aponta F.H. (presidente da República Fernando Henrique) como o brasileiro que mais envergonha o país, o cronista se vê forçado a publicar um texto de 17 anos atrás, atualíssimo)


Que vergonha, meu Deus! ser brasileiro
e estar crucificado num cruzeiro
erguido num monte de corrupção.
Antes nos matavam de porrada e choque
nas celas da subversão. Agora
nos matam de vergonha e fome
exibindo estatísticas na mão.
Estão zombando de mim. Não acredito.
Debocham a viva voz e por escrito
É abrir jornal, lá vem desgosto.
Cada notícia é um vídeo-tapa no rosto.
Cada vez é mais difícil ser brasileiro.
Cada vez é mais difícil ser cavalo
desse Exu perverso
nesse desgoverno terreiro.
Nunca vi tamanho abuso.
Estou confuso, obtuso,
com a razão em parafuso:
a honestidade saiu de moda
a honra caiu de uso.
De hora em hora a coisa piora:
arruinado o passado,
comprometido o presente,
vai-se o futuro à penhora.
Valei-me Santo Cabral
nessa avessa calmaria
em forma de recessão
e na tempestade da fome
ensinai-me a navegação.
Este é o país do diz e do desdiz,
onde o dito é desmentido
no mesmo instante em que é dito.
Não há lingüista e erudito
que apure o sentido inscrito
nesse discurso invertido.
Aqui o discurso se trunca:
o sim é não. O não, talvez.
O talvez, nunca.
Eis o sinal dos tempos
este o país produtor
que tanto mais produz
tanto mais é devedor.
Um país exportador
que quando mais exporta
mais importante se torna
como país mau pagador.
E, no entanto, há quem julgue
que somos um bloco alegre
do ‘‘Comigo Ninguém Pode’’
quando somos um país de cornos mansos
cuja história vai dar bode.
Dar bode, já que nunca deu bolo,
tão prometido pros pobres
em meio a festas e alarde
onde quem partiu, repartiu
ficou com a maior parte
deixando pobre o Brasil.
Eis uma situação
totalmente pervertida
-- uma nação que é rica
consegue ficar falida,
o ouro brota em nosso peito,
mas mendigamos com a mão,
uma nação encarcerada
que doa a chave ao carcereiro
para ficar na prisão.
Cada povo tem o governo que merece?
Ou cada povo
tem os ladrões a que enriquece?
Cada povo tem os ricos que o enobrecem?
Ou cada povo tem os pulhas
que o empobrecem?
O fato é que cada vez mais
mais se entristece esse povo num rosário
de contas e promessas num sobe e desce de prantos e preces.
C’est n’est pas um pays sérieux!
já dizia o general.
O que somos afinal?
Um país-pererê? folclórico? tropical?
misturando morte e carnaval?
Um povo de degradados?
Filhos de degredados
largados no litoral?
Um povo-macunaíma
sem caráter-nacional?
Por que só nos contos de fada
os pobres fracos vencem os ricos nobres?
Por que os ricos dos países pobres
são pobres perto dos ricos
dos países ricos? Por que
os pobres ricos dos países pobres
não se aliam aos pobres dos países pobres
para enfrentar os ricos dos países ricos,
cada vez mais ricos, mesmo
quando investem nos países pobres?
Espelho, espelho meu!
há um país mais perdido que o meu?
Espelho, espelho meu!
há um governo mais omisso que o meu?
Espelho, espelho meu!
há um povo mais passivo que o meu?
E o espelho respondeu
algo que se perdeu
entre o inferno que padeço
e o desencanto do céu.
OBS: Publicado no Jornal do Brasil e incluído em "Política e Paixão" (1984)

Protestos na Paraíba

Amanhã iremos demonstrar que o povo paraibano, tal como no Brasil todo, não tolera mais a situação atual de degradação que impera na vida pública brasileira e, particularmente, na Paraíba onde os escândalos se tornaram rotineiros.
Chega de corrupção, injustiças, descumprimento de leis, desigualdades sociais, falta de saúde, educação e segurança, etc.
De forma pacífica mas firme iremos todos às ruas.


                  TODOS ÀS RUAS