sábado, 10 de novembro de 2018

Mussolini e a ascensão do FASCISMO

https://www.youtube.com/watch?v=z2_h7o9y0w0&feature=youtu.be

Bolsonaristas usam nome de repórter da Reuters em notícia mentirosa contra Gleisi

Bolsonaristas usam nome de repórter da Reuters em notícia mentirosa contra Gleisi: ”A matéria não foi produzida nem divulgada pela Reuters”, informa a agência
Foto: Ricardo Stuckert
DENÚNCIAS

Bolsonaristas usam nome de repórter da Reuters em notícia mentirosa contra Gleisi: ”A matéria não foi produzida nem divulgada pela Reuters”, informa a agência


11/11/2018 - 00h02

por Conceição Lemes
As mentiras, a desonestidade e a má-fé de apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), não têm limites.
Nessa semana, a jornalista Thea Tavares, assessora de imprensa da senadora Gleisi Hoffmann (PR), enviou uma nota, denunciando o mais novo ataque à presidenta do PT.
A nota (na íntegra, ao final), acompanhada da imagem mais abaixo, dizia:
Em postagem caluniosa, perfis no Facebook reproduzem a versão de que a presidenta do PT teria questionado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a intenção de Bolsonaro de doar supostas sobras de sua campanha para o hospital de Juiz de Fora, MG, que teria lhe atendido durante a última campanha presidencial. Colocam até entre aspas trechos do tal documento.
É de uma criatividade criminosa isso! Não existe qualquer documento ou expediente nesse sentido.
Gleisi nunca se dirigiu ao TSE ou a qualquer outro órgão para tratar deste assunto.
A notícia é falsa, mentirosa e visa afetar negativamente a imagem da senadora, liderança expressiva do seu Partido, alimentando ainda mais um ódio contra militantes e simpatizantes dos partidos de esquerda.
Mas a falcatrua é ainda maior.
O texto — em formato de reportagem, inclusive com aspas — foi postado no Facebook, em 5 de novembro de 2018, pelo perfil Mais Saúde Menos Corruptos.
Como ele é assinado, surge imediatamente a pergunta óbvia: quem é?
Na busca, descubro matérias de uma repórter da Agência Reuters, em Brasília, que tem o mesmo nome.
Chequei então para saber se a ‘reportagem’ produzida com o nome de uma jornalista da Reuters era da Reuters.
Resposta ao Viomundo: a matéria não foi produzida nem divulgada pela Reuters.
Ou seja, não bastou aos bolsonaristas publicar e disseminar uma notícia falsa contra a senadora Gleisi e o PT.
Na falsa  ”reportagem”,  usaram ainda fraudulentamente o nome de uma jornalista da Reuters.
Na noite deste sábado (10/11), o post trapaceiro já tinha 14 mil comentários e 18.112 compartilhamentos.
Conclusão: bolsonaristas ludibriando geral, inclusive outros bolsonaristas.
Os advogados da senadora Gleisi vão entrar na Justiça contra os responsáveis pelo perfil Mais Saúde Menos Corruptos, por danos morais e exigir direito de resposta.
Em tempo: até o nome da presidenta do PT grafaram errado. É Gleisi e não Gleise, como podem ver no print abaixo.
Gleisi vira alvo de novas mentiras e difamações nas redes sociais
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) continuam espalhando nas redes sociais notícias falsas, as conhecidas “fake news”, e disparando toda sorte de maldades e de mentiras contra o Partido dos Trabalhadores (PT). No mais novo ataque, o alvo é a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann. Em postagem caluniosa, perfis no Facebook reproduzem a versão de que a presidenta do PT teria questionado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a intenção de Bolsonaro de doar supostas sobras de sua campanha para o hospital de Juiz de Fora, MG, que teria lhe atendido durante a última campanha presidencial. Colocam até entre aspas trechos do tal documento.
“É de uma criatividade criminosa isso! Não existe qualquer documento ou expediente nesse sentido. Gleisi nunca se dirigiu ao TSE ou a qualquer outro órgão para tratar deste assunto. A notícia é falsa, mentirosa e visa afetar negativamente a imagem da senadora, liderança expressiva do seu Partido, alimentando ainda mais um ódio contra militantes e simpatizantes dos partidos de esquerda”, informa a assessoria de Gleisi.
Aliás, a própria intenção de Bolsonaro com relação ao tema reúne um misto de factoide, fisiologismo e jogada de marketing. Além da lei eleitoral definir claramente que as sobras de arrecadação de campanha eleitoral devam ser destinadas especificamente para atividades partidárias, não venceu ainda o prazo para as prestações de contas das campanhas, o que só acontecerá no dia 17 de novembro. Apenas depois disso é que o TSE conhecerá e poderá divulgar com transparência quais foram de fato as receitas e despesas das campanhas eleitorais em 2018.
As eleições deste ano entram para a história do Brasil como um dos episódios mais marcados por manipulações, mentiras, propagandas falsas e pela utilização de “caixa dois”, por parte da campanha que saiu vitoriosa das urnas, para propagar conteúdo difamatório e calunioso nas redes sociais. A parlamentar paranaense é uma das vozes que têm denunciado firmemente esses crimes contra a democracia.
Defesa da Saúde
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem uma trajetória parlamentar muito vinculada à defesa e à atenção à saúde da população, em especial aos hospitais filantrópicos. Apenas entre os anos de 2015 e 2017, ela destinou por meio de emendas parlamentares mais de 4 milhões de reais a essas instituições no estado que representa, o Paraná.
Quando ministra-chefe da casa Civil da Presidência da República, no governo de Dilma Rousseff, Gleisi acolheu demandas de todos os cantos do País e atuou muito fortemente na estruturação da saúde pública nos municípios brasileiros, fortalecendo hospitais, consórcios regionais e ampliando investimento na melhoria da rede de atendimento à população. Os governos de Lula e Dilma são inegavelmente reconhecidos, inclusive, por programas como o Farmácia Popular e o Mais Médicos.
[19:00, 7/11/2018] Conceição Lemes: Onde esta fdp postou isso? Tem a cara dessa canalha?
[19:02, 7/11/2018] Thea Tavares gleisi rosinha: https://www.facebook.com/saudesemcorruptos/photos/a.520743454664470/2331367833602014/?type=3
[19:21, 7/11/2018] Conceição Lemes: Thea, existe uma pessoa da Reuters com este nome: Maria Carolina Marcello. Seria homonimo?
[19:23, 7/11/2018] Thea Tavares gleisi rosinha: credo!!
[19:23, 7/11/2018] Thea Tavares gleisi rosinha: Da onde essa pessoa tirou um documento assim?
[19:23, 7/11/2018] Thea Tavares gleisi rosinha: Vc tem o contato dela?
[19:24, 7/11/2018] Conceição Lemes: Não. Eu vou ligar pra Reut

PRISÃO DE JOESLEY COMEÇA A DESVENDAR ESQUEMA DO MDB PARA O GOLPE CONTRA DILMA

[Nocaute] Caixa-Preta - Feliz Ano-Novo: Juízes do STF vão ganhar R$ 40 mil

https://www.youtube.com/watch?v=njxnCovjQI0

Isso deve ser entendido e lavado a sério. É mais uma face da desgraça do Brasil.

'Não coloco os pés enquanto ele estiver no poder': turistas desistem de ir ao Brasil após eleição de Bolsonaro

De acordo com dados do Banco Central e publicados pelo ministério do Turismo, os estrangeiros que foram ao Brasil em agosto de 2018 gastaram US$ 482 milhões

MARCOS LÚCIO FERNANDES

RFI RFITodos os posts do autor
No dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro, vários franceses fizeram uso da mesma plataforma que ajudou a levar o candidato do PSL à presidência do Brasil: eles invadiram o WhatsApp, só que de mensagens de preocupação e de tristeza a seus amigos brasileiros. Muitos deles não entendiam como o povo do “país do carnaval e da festa” foi guiado por um discurso machista, homofóbico e racista – um discurso de ódio. A RFI entrevistou estrangeiros que já conhecem ou que tinham interesse de visitar o Brasil pela primeira vez mas que, diante do atual cenário, desistiram de fazer uma viagem ao país.
De acordo com dados do Banco Central e publicados pelo ministério do Turismo, os estrangeiros que foram ao Brasil em agosto de 2018 gastaram US$ 482 milhões, 6% acima do valor do ano anterior, que foi de US$ 455 milhões. O ganho nos primeiros oito meses, por sua vez, girou em torno de US$ 4,13 bilhões, um crescimento de 4,7% em relação ao mesmo período de 2017. Mas se depender de turistas como a francesa Corinne Moutout, os lucros nessa área, a partir de agora, só vão diminuir.
“Jurei para mim mesma que não colocaria os pés enquanto esse cara estiver no poder”, disse categoricamente Corinne Moutout, que afirma ter uma forte ligação com o país. “Visitei o Brasil quando dei a volta ao mundo e fiquei apaixonada. Tanto que, quando voltei à Paris, decidi aprender o português e tinha vontade de me mudar para lá. Desde então, devo ter voltado pelo menos uma vez por ano, cinco vezes no total”, conta.
“Minha opinião é parcial, porque tenho uma relação de paixão com o Brasil. É mais do que alguém que planeja suas férias e muda de ideia por causa de Bolsonaro. O que tenho a dizer é que estou decepcionada que uma maioria tenha votado por um fascista”, declara Corinne. “Eu sei, por ter vivido anos na África, que existem países demais vivendo sob uma ditadura que não escolheram e agora temos uma maioria de brasileiros que escolhe para si uma ditadura. É insuportável”, diz.
Corinne explica que o sentimento é de que, após todas suas visitas, há uma face do Brasil que ela ignorou. “Para mim, no país que eu conheço e que eu amo, era inimaginável que os brasileiros pudessem fazer uma escolha dessas. Por essa razão, não posso mais planejar uma viagem ao Brasil. Da mesma forma que não posso colocar os pés nos Estados Unidos de [Donald] Trump. Para mim, não é possível”.
"Não darei dinheiro a governo autoritário"
A atitude de Corinne Moutout, que faz oposição a governos que vão contra seus ideais democráticos, é a mesma de Marc Luc, parisiense que não conhece o Brasil, mas que tinha planos de visitá-lo no futuro. “Sou alguém bastante engajado, temos todos nossos próprios valores e o novo governo brasileiro não tem nada daquilo em que eu acredito. A forma como ocorreu a campanha eleitoral, como Lula não pôde se apresentar... Tudo isso mostra que o novo governo não compartilha de meus ideais. Nem na questão do autoritarismo, nem na repressão de minorias, numa política que não é nem aberta, nem progressista. Não tenho vontade de fazer turismo e dar dinheiro a um Estado que vai aplicar esses valores”, diz.
“Eu tinha uma imagem festiva do Brasil, que deve ser bastante parcial e que não representa a realidade do país, que é grande e complexo. Mas eu pensava que era um país receptivo e onde a vida era agradável e a eleição de Bolsonaro simboliza mais um fechamento dentro de si mesmo do que uma abertura para o exterior. E isso não dá vontade de visitar”, explica Marc Luc.
O francês afirma que o discurso agressivo de Bolsonaro não vai influenciar na escolha de todos os turistas, que querem apenas ver as praias e a vasta natureza do país, mas que isso deveria ser levado em conta na escolha de uma destinação. “Para mim isso é muito importante. Tudo isso dá a impressão de um país onde o contexto social não é calmo. E se eu tiver que enfrentar a polícia, ou a justiça, porque houve uma agressão, eu não seria muito bem ouvido ou levado em consideração [pelas forças de ordem]”. 
O brasileiro Tiago*, que mora na França há vários anos, planejava ir festejar o carnaval em Recife em 2019 e matar a saudade, mas mudou de ideia após a eleição presidencial. “Estou muito desgostoso com o resultado, com uma parte de minha família. É uma mistura de raiva, angústia, medo e frustração que tomou conta. Não estou com vontade de ir ao Brasil”, lamenta.
Africanos se dizem decepcionados com o país "modelo"
Joel Oliveira, cabo-verdiano que mora em Lisboa, planejava ir ao Brasil em janeiro de 2019, passando por São Paulo, Rio de Janeiro, até Belém, terra natal de um amigo brasileiro. “Mas o pai dele disse para a gente não ir, disse que não está bom lá...”, declara. “Desisti porque, em primeiro lugar, temia que a violência aumentasse. Desde que ele foi eleito, já foram efetuados vários ataques em seu nome, e isso não vai mudar do dia para a noite, após todo o discurso de ódio”.
Ele afirma que apenas o fato da violência, uma realidade que perdura há anos no Brasil, não seria motivo o suficiente para desencorajá-lo de visitar o país. Mas o clima após as eleições e, sobretudo, a vitória de um candidato cujas ideias não agradam a Joel, fizeram com que ele deixasse de lado a viagem planejada. “Não entrava em minha cabeça como as pessoas podiam votar em Bolsonaro. Não sei como alguém como ele chegou ao poder num país como o Brasil. Entendo que as pessoas estejam cansadas, querem novas medidas, mas não é assim que se faz”, diz. “Ainda bem que não comprei as passagens”.
Carla Pereira, que também é de Cabo Verde, mas mora em Lille, no norte da França, já visitou o Brasil em 2013 e passou três semanas viajando por diversos estados. Ela disse que ficou espantada com a eleição de Bolsonaro. “No meu país, o PT não é mal visto, com todas as bolsas criadas e com a evolução das classes mais baixas. Então não esperava nem que Bolsonaro fosse passar para o segundo turno”, explica.
A situação do Brasil, no entanto, não é diferente de diversos países, como os Estados Unidos, a Polônia ou a Hungria, de acordo com Alexandra. “As pessoas precisam ter uma certa segurança e, infelizmente, criam esse sentimento nacionalista, que faz com que elas cometam erros. Não sei ainda o quão dramático será a eleição de Bolsonaro. Será como Trump? Ou será algo bom? Não sei, mas fiquei triste, e não me dá vontade de retornar ao Brasil. Se o país antes já não era muito seguro, com os últimos eventos, não dá vontade de voltar e me dá muita pena porque, para mim, o Brasil é um país muito bonito”.
Resistência turística
No entanto, alguns estrangeiros contactados pela RFI afirmaram que a eleição de Bolsonaro não deve ser vista de forma tão radical. “Não acho que seria uma boa ideia boicotar um país quando ele está ‘na merda’, então acho que se tivesse a oportunidade, iria assim mesmo. Mesmo que seja só para ver meus amigos que vivem lá e que estão desesperados”, declara o francês Karl Testevuide, que mora em Paris.
A italiana Elena Menegaldo, que também vive na capital francesa, tem a mesma opinião. “Ficaria um pouco apreensiva, mas isso não me impediria de visitar o país”. Já a marroquina Yousra diz que vai “esperar para ver”. “Quero ir ao Brasil e no momento ainda não me senti desencorajada. Mas se ele de fato fizer tudo o que disse durante a campanha, sobretudo as medidas sociais, claro que não vou querer ir”, afirma.
Três agências de turismo especializadas no Brasil foram contactadas pela RFI. Uma delas afirmou que não tinha dados e duas não deram retorno.
*O nome foi modificado a pedido do entrevistado.
Pixabay
De acordo com dados do Banco Central, os estrangeiros que foram ao Brasil em agosto de 2018 gastaram US$ 482 milhões

Lição que vem da Escócia. O que os nossos bocós pensarão sobre o assunto?

Escócia vai incluir aulas sobre direitos LGBT no currículo escolar

Escolas públicas de todo o país irão implementar aulas sobre história dos movimentos LGBTs, bem como combater a homofobia e transfobia; é o primeiro país do mundo que toma esse tipo de inciativa

REDAÇÃO

Todos os posts do autor
O governo da Escócia anunciou nesta quinta-feira (08/11) que irá incluir temas relativos aos direitos LGBTs no currículo escolar das instituições públicas de educação. Com a medida, o país se torna o primeiro do mundo a proporcionar aulas sobre o tema.
A decisão veio após o governo escocês aceitar por completo as recomendações do grupo ativista Time for Inclusive Education (TIE), organização que trabalha no combate à homofobia nas escolas. Escolas públicas de todo o país terão que implementar aulas sobre história dos movimentos LGBTs, bem como combater a homofobia e transfobia.
Jordan Daly, um dos fundadores do TIE, disse ao jornal britânico The Guardian que a decisão é histórica, pois coloca fim ao "legado destrutivo" da legislação de 1988, que proibia "promoção" da homossexualidade. "A implementação da educação inclusiva LGBT em todas as escolas públicas é um pioneirismo", disse.
De acordo com o TIE, nove em cada dez LGBT escoceses afirmam ter sofrido algum tipo de discriminação na escola. Além disso, 27% da população LGBT no país disse já terem tentado suicídio após serem vítimas de preconceito.
Segundo o vice-primeiro-ministro e secretário de Educação do país, John Swinney, a Escócia "já é considerada um dos países mais progressistas na Europa para igualdade LGBT". 
"Nosso sistema de educação deve apoiar qualquer um para que possa alcançar seu pleno potencial. Por isso é vital que o currículo seja tão diverso quanto os jovens que estudam nas escolas", disse Swinnes ao The Guardian.
A Escócia é conhecida por fornecer proteção legal para pessoas LGBT, apesar do fato de ter descriminalizado a homossexualidade somente em 1980, 13 anos de Inglaterra e País de Gales.
Wikicommons
De acordo com o TIE, nove em cada dez LGBT escoceses afirmam ter sofrido algum tipo de discriminação na escola

O vampiro vetará(contra sua vontade de bajular o judiciário) para não perder a boquinha da embaixada na Itália

Bolsonaro diz que, se fosse Temer, vetaria reajuste para magistrados

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que, se fosse o presidente Michel Temer, vetaria o reajuste de 16% sobre o salário dos magistrados e da Procuradoria-Geral da República com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A afirmação foi feita hoje (10) em entrevista à Rede Record de Televisão e a gravação foi publicada nas redes sociais de Bolsonaro.
Questionado pelo repórter, o futuro presidente disse que, se a decisão estivesse em suas mãos, vetaria o aumento.
"Agora, está nas mãos do presidente Temer, não sou o presidente Temer, mas se fosse, acho que você sabe qual seria minha decisão. Não tem outro caminho, no meu entender, até pela questão de dar exemplo. Eu falei antes da votação que é inoportuno, o momento não é esse para discutir esse assunto. O Brasil está numa situação complicadíssima, a gente não suporta mais isso aí, mas a decisão não cabe a mim. Está nas mãos do Temer. Eu, por enquanto, sou apenas o presidente eleito", disse.
Veja a entrevista em vídeo:

Jair Bolsonaro voltou a dizer que o STF "é a classe que mais ganha no Brasil, a melhor aquinhoada", e que o reajuste do salário dificulta o discurso a favor da reforma da Previdência. "E complica pra gente quando você fala em reforma da Previdência, onde você vai tirar alguma coisa dos mais pobres, você aceitar um reajuste como esse", afirmou.
O presidente eleito descartou que o Congresso vote esse ano uma emenda constitucional para alterar a Previdência, o que demandaria a suspensão da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Bolsonaro negou que vá usar a reforma da Previdência apresentada por Temer e ressaltou que recebeu propostas de mudanças na legislação infraconstitucional que já tramitam no Congresso, mas que só deve apresentar uma proposta quando assumir o mandato.
"Se nós bancarmos uma proposta dessa e formos derrotados [este ano], você abre oportunidade para a velha política vir pra cima de nós. (...) Eu tenho que começar o ano que vem com a nossa proposta e convencer os deputados e senadores a votar a nossa proposta. E tem que ser de forma paulatina, não pode querer resolver de uma hora para outra essas questões", disse.
Em outro momento da entrevista, o presidente eleito disse que mudanças nas regras da aposentadoria devem respeitar os direitos adquiridos dos trabalhadores.
"Nós temos compromisso, temos contrato, as pessoas começaram a trabalhar lá atrás, ou já trabalharam, tinham um contrato, e você tem que cumpri-los, do contrário você perde a sua credibilidade", afirmou.
Sobre a questão fiscal, afirmou que orientou sua equipe econômica para aumentar a arrecadação sem elevar impostos. Disse, ainda, que vai buscar maior abertura comercial para o país como forma de estimular a economia.
"A situação é crítica. Eu apelo a todos. Nós não queremos que o Brasil se transforme numa Grécia [que enfrentou recentemente grave crise econômica]. E a tendência, se nada for feito, e não tivermos a colaboração de todos, sem exceção, nós chegaremos a esse ponto", afirmou.
Balanço da transição
Na entrevista, o presidente eleito fez um balanço dos primeiros dias de transição de governo e as visitas institucionais que realizou na última semana, como o encontro com o presidente Temer, comandantes militares, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli e uma solenidade no Congresso Nacional, além da visita na qual recebeu embaixadores de vários países.
Ao comentar a indicação da deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) para o Ministério da Agricultura, ele observou o fato de atender uma demanda da bancada do setor no Congresso Nacional.
"Pela primeira vez na história da Câmara, tivemos uma ministra indicada pelos parlamentares do agronegócio e da agricultura familiar. Geralmente, aquele ministério ficava com um partido e atendia apenas os seus filiados", finalizou.