quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O FIM DA RESISTÊNCIA


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O fim da resistência

Gilvan Freire
O fechamento da Rádio FM 101.7 de forma surpreendente e às pressas, sem que haja motivo convincente e explicação aceitáveis, é um duro golpe nos movimentos sociais de resistência ao governo de Ricardo Coutinho, um tiranato que nos seus primeiros atos de intimidação e força teve como alvo precisamente o SISTEMA PARAÍBA, uma grande organização multimídia que em seu histórico nunca combateu governo nem ficou distante dele. E também nunca assumiu compromissos com setores organizados da sociedade e suas causas. É uma pena, pra não dizer penúria.
Fiel à sua própria natureza, o SISTEMA PARAÍBA estava se violentando mais com seus programas políticos de rádio do que com as perseguições de RC, porque a pauta, com viés de independência e crítica, jogava a emissora para o colo dos mais fracos economicamente: o povo - uma direção que quem quer ganhar muito dinheiro e dele gosta não toma.
A capitulação do SISTEMA PARAÍBA e sua rede estadual de rádio é a mais significativa vitória do governo em tempo de seca, crises e estiagem política. Se Deus deu tudo isso a Ricardo Coutinho de graça é porque está sonolento, ou cansado de ver triunfar o mal sobre o bem, ou porque não quer perder tempo com as fraquezas humanas. Mas, afinal de contas, não foi ELE mesmo quem criou seres humanos tão frágeis? Quem mandou?
Quando o SISTEMA CORREIO esbandeou-se para o lado do governo levando em comboio grande parte de seu qualificado staff mais carente de afetos públicos, o SISTEMA PARAÍBA ocupou o vazio deixado pelo CORREIO. Foi o grande momento da democratização da mídia no Estado, e o mercado profissional local chegou ao auge. Agora, ressurge o vazio, que é ainda maior do que os dois conglomerados juntos, esperando que Deus o ocupe também de graça (se é esse o milagre) para beneficiar seu povo abandonado nesse deserto de água e de homens.
Justiça se faça ao CORREIO: é assumido. E quando teve de pagar o preço para enfrentar um governo que queria lhe comer as vísceras, reagiu sem medo e pagou a fatura. Quem deve pagar pela honra da casa é o dono da casa.
A essas alturas, vendo o CORREIO reinando hegemônico com seu corpo técnico extremamente qualificado e uma administração indiscutivelmente competente, o governo ainda assim talvez precise de oposição para não ficar refém de um sistema único de imprensa e seus custos estratosféricos. Será essa, quem sabe, a única chance de o povo sair novamente do vazio. E, pelo menos, já se sabe qual o caminho que não deve ser seguido.
Jornalistas e intelectuais independentes, líderes políticos e organizações sindicais pensam em criar uma grande frente na mídia eletrônica (fusões de blogs, redes de sites, revista ou jornal eletrônicos) para superar a queda. Você já pensou se esses novos veículos se chamarem, por mera coincidência, Correio Combate e Rede Cabo Branco. Com?
Talvez a falta de sorte de RC esteja embutida na sua capacidade de comprar a sorte a qualquer preço. Veremos.

Rubens Nóbrega e o bloco QUERO MORAR NA GRANJA

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Quero morar na Granja’

Rubens Nóbrega
O bom humor desfilou domingo de braços dados com a irreverência nas Virgens de Tambaú. Tudo para anunciar e mostrar à Paraíba e ao mundo que este ano a grande novidade do Projeto Folia de Rua, de João Pessoa, é sem dúvida alguma o bloco ‘Quero morar na Granja’. O novo bloco é tão animado que repetirá a dose amanhã nas Muriçocas de Miramar, quando deverá dobrar ou triplicar o número de participantes. A previsão baseia-se nas incontáveis adesões que o bloco vem recebendo desde o dia da estréia, anteontem. Melhor ainda: nessa Quarta-feira de Fogo, o ‘Quero morar na Granja’ deve apresentar ao público o seu estandarte. A peça é feita de seda pura que teria sido recortada da camisola da madrinha do bloco, cuja identidade é mantida sob o mais absoluto sigilo. Sabe-se, contudo, que no estandarte o símbolo do bloco virá bordado no centro: uma enorme lagosta parcialmente envolta por folhas do mais rico e limpinho papel higiênico que já existiu. Ladeando o brasão, duas cordas de camarões graúdos da Costa Negra do Ceará.
No Cafuçu também
Diante da possibilidade de acabar ligeirinho o estoque de camisetas e abadás do bloco, a direção do ‘Quero morar na Granja’ decidiu encomendar nova e volumosa remessa à fábrica. A encomenda é para garantir a presença de seus foliões também no Cafuçu, sexta que vem. Por aí vocês tiram o tamanho da repercussão e da receptividade ao novo bloco. Há quem profetize, inclusive, que no carnaval de 2014 o ‘Quero morar na Granja’ vai superar o número de foliões do Picolé de Manga, que este ano (por que será, hem?) não cabia de tanta gente. E quem pensa que o bloco da lagosta vai se limitar à Paraíba está muito enganado. A organização ainda não confirma, mas soube ontem que o bloco foi convidado para desfilar no Galo da Madrugada e em uma escola do grupo especial do Carnaval Carioca. Nesse caso, arrisco palpite: se o convite deu-se em razão do patrono do bloco, ou seja, do provedor da lagosta, do camarão, do papel higiênico primeira de luxo etc., o “Quero morar na Granja’ vai ao Sambódromo dar aquele show e aquela força à gloriosa Imperatriz Leopoldinense.
Enredo da Imperatriz
Para quem ainda não sabe, o enredo da grande escola de Ramos tem tudo a ver com os motivos de fundação do novo bloco paraibano. O tema deste ano da Imperatriz é ‘Sob a nudez forte da verdade, um manto diáfano da fantasia’. É uma homenagem ao Pará, ‘o Muiraquitã do Brasil’. Mas não tem problema a presença do Muiraquitã da Paraíba lá no Rio. Afinal, além de a Imperatriz ser protagonista da realeza, tanto Pará como Paraíba começam com a letra pê, a mesma que inicia prevaricação, perversidade, perdição... Por essas e outras, não se enganem: o ‘Quero morar na Granja’ é mesmo um grande sucesso de público e de crítica e vai contribuir decisivamente para consolidar e ampliar a fama nacional do pré-carnaval pessoense. Como prova, aguardem que o jornal Folha de S. Paulo, a revista IstoÉ e outros importantes veículos da grande imprensa voltarão à Paraíba esta semana para reportagem especial sobre o nascimento do ‘Quero morar na Granja’ e fazer a cobertura da performance do bloco nas Muriçocas, no Galo da Madrugada e no Sambódromo.
Voltando ao ‘batente’
Quase dois anos após a estreia neste espaço, gozei merecidas férias nesse janeiro de 2013. Tive a felicidade e a honra de ser substituído no intervalo pelo Professor Flávio Lúcio Vieira, meu analista político preferido, dono de um texto brilhante que no exercício do colunismo diário também encantou a todos. Digo isso não apenas pela qualidade da escrita do rapaz como, também, por todos os seus predicados pessoais e profissionais e, principalmente, pela repercussão dos artigos que produziu, da opinião segura e equilibrada que emitiu. Ele se fez, enfim, ainda mais respeitado e admirado pelos leitores e colaboradores desta coluna. Outra coisa: tanto a interinidade qualificada quanto o retorno tranquilo deste colunista apenas reafirmam e confirmam que este Jornal mantém inabalável o compromisso com os seus leitores de defender os interesses dos cidadãos de bem e do bem da Paraíba. E nenhum outro mais.
Com diria o velho Adoniran...
Ói nóis aqui traveiz!...

ARTE VINDA DO LIXO

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