Tem que investigar o canalha!
O sacripanta será investigado em mais uma ação no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na quinta-feira (19), o ministro Benedito
Gonçalves acatou um pedido de investigação apresentado pela coligação da campanha
do presidente Lula da Silva.
Na ação, os partidos alegam que houve abuso de poder
econômico e político quando o pilantra utilizou os palácios da Alvorada e
Planalto para fazer eventos de sua campanha em 2022, no primeiro e segundo
turnos.
Em sua decisão, Gonçalves lembrou que a legislação
eleitoral foi ferida pelo ex-presidente. “Conforme se observa, não foi
concedida autorização irrestrita que convertesse bens públicos de uso privativo
dos Chefes do Executivo, custeados pelo Erário, em bens disponibilizados, sem reservas,
à conveniência da campanha à reeleição. No caso da residência oficial, os atos
de campanha que a lei autoriza são eminentemente voltados para arranjos
internos, permitindo-se ao Presidente receber interlocutores reservadamente,
com o objetivo de traçar estratégias e alianças políticas”.
Bloquear os golpistas. A
Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal que aumente de R$ 6,5
milhões para R$ 18,5 milhões o bloqueio dos bens móveis e imóveis de 52 pessoas
e sete empresas que participaram ou financiaram os atos dos terroristas
bolsonaristas que destruíram os prédios dos Três Poderes, no dia 8 de
janeiro.
No novo pedido, a AGU informa que a primeira conta
levou em consideração apenas os prejuízos relacionados à depredação das
instalações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal
Federal (STF). A nova conta considera também os gastos com a restauração das
obras de arte danificadas e os presentes dados por chefes de Estado danificados
ou roubados.
A Advocacia ressalta que o bloqueio é necessário para
garantir o ressarcimento dos prejuízos ao patrimônio público daqueles que estão
inconformados com o resultado das eleições.
Desde que Lula foi eleito em segundo turno, no final de
outubro, apoiadores do demente, insuflados pelas declarações do ex-mandatário
de que não confiava nas urnas eletrônicas, ficaram inconformados com o resultado
do pleito e começaram a pediram golpe militar no país, para depor o governo
eleito democraticamente.
Começaram ocupando os espaços no entorno dos quartéis
do Exército em várias cidades do país no dia 31 de outubro do ano passado.
Depois, depois, no dia da diplomação de Lula, em 12 de dezembro, voltaram a
praticar atos de vandalismo em Brasília. Tentaram invadir a sede da Polícia
Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal, queimaram veículos estacionados
nas imediações, quebraram vidros de automóveis, depredaram equipamentos
públicos e o prédio da 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.
Qual o motivo do sigilo? Pesquisa da ONG Transparência Brasil, divulgada na
segunda-feira (16) pelo UOL, revelou que canalha decretou 1.108 sigilos de cem
anos em atos do governo federal. O número é recorde e equivale a 80% dos
segredos impostos entre 2015 e 2022.
Só em 2021 foram 342, o maior volume já registrado, 11
vezes maior ao anotado em 2015 (27). Ao todo, segundo a análise, 37% (513) dos
sigilos são indevidos, 80% deles (413) computados durante a gestão do
ex-presidente.
Entre os sigilos decretados está a participação de seus
filhos às reuniões no Palácio do Planalto com pastores que supostamente
negociaram propinas com o Ministério da Educação. Bem como os seus exames de
Covid-19, ou uso de pseudônimos para testes, cartão de vacinação, dados sobre o
afastamento para cirurgia, uso de medicamentos sem eficácia contra o
coronavírus, como Cloroquina e Ivermectina.
Até o partido dele tem medo! Para
integrantes do bandido, a chance de o ex-presidente manter seus direitos
políticos é próxima de zero
Integrantes do PL avaliam que o documento apreendido
pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres, pelo qual seriam
tomadas medidas golpistas de decretação de estado de defesa sobre o TSE, será
usado para abrir uma investigação contra o canalha e torná-lo inelegível,
informa Bela Megale no jornal O Globo.
Para integrantes do PL, após os atos terroristas contra
os prédios dos Três Poderes, a chance de o ex-presidente manter seus direitos
políticos é próxima de zero. Eles também avaliam que o risco de Bolsonaro ser
preso aumentou.
Tudo é uma farra! Os
filhos 03 e 04 do sacripanta, Eduardo e Jair Renan, gastaram mais de R$ 63 mil
no cartão corporativo de uso exclusivo de membros da gestão pública, no caso o
pai da dupla. Eles gastaram tudo isso em um único dia, durante uma visita a
Goiás sem a presença do pai.
Em 30 de agosto de 2021, data em que o então presidente
não tinha agenda oficial no estado, os dois gastaram R$ 63.399,90 no cartão
corporativo, segundo reportagem do portal Metrópoles.
Dois dias antes, no dia 28 de agosto, o bandido esteve
na capital goiana para um encontro de líderes evangélicos, porém, não há
registros de gastos com o cartão corporativo na data.
Também no dia 28 de agosto, Jair Renan esteve em
Goiânia. Na ocasião, ele fez uma tatuagem com o rosto do pai e participou de
uma festa de luxo clandestina, durante a pandemia de Covid-19. O evento foi
encerrado por uma equipe de fiscalização da prefeitura da cidade.
O Eduardo foi a uma homenagem aos policiais que
participaram da operação que resultou na captura e morte de Lázaro Barbosa, que
matou uma família no Distrito Federal e ficou escondido em uma região de mata e
fazendas de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás.
Prefeitos ajudaram na tentativa de golpe. Os
bloqueios nas estradas promovidos por apoiadores do safado depois do resultado
das eleições de outubro contaram com o apoio de veículos que pertencem a prefeituras
aliadas ao ex-presidente.
Pelo menos oito veículos que pertencem ao poder público
foram multados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante os atos golpistas,
sendo que quatro deles são ligados a administrações municipais chefiadas por
políticos aliados a ele.
O Brasil de Fato fez o levantamento a partir de
informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) junto à PRF,
disponíveis na plataforma Consulta E-SIC. O documento analisado cita dados como
nome do proprietário, modelo do veículo, placa e gravidade da infração.
Seis entre os oito veículos das prefeituras multados
pela PRF são ônibus (cinco da marca Volkswagen e um da Mercedes-Benz), um deles
é uma caminhonete (Nova Saveiro, da Volkswagen) e o outro, um carro (Fiat Argo,
da Fiat).
Fazendo justiça! Insultado e demitido pelo canalha que fugiu, o cientista
Ricardo Galvão é o novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq). Ele foi nomeado pela ministra da Ciência,
Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Professor de física da Universidade de São Paulo (USP),
Galvão ganhou notoriedade com a sua atuação à frente do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) de 2016 a 2019. No primeiro ano do governo do
canalha, Galvão foi demitido após alertar para o aumento de desmatamento na
Amazônia.
“Mandei ver quem está à frente do Inpe. Até parece que
está a serviço de alguma ONG, o que é muito comum”, disse o sacripanta à época.
“Com toda a devastação que vocês nos acusam de estar fazendo e de ter feito no
passado, a Amazônia já teria se extinguido.”
Em resposta, Galvão afirmou que “ao fazer acusações
sobre os dados do Inpe, na verdade ele faz em duas partes. Na primeira, ele me
acusa de estar a serviço de uma ONG internacional. Ele já disse que os dados do
Inpe não estavam corretos segundo a avaliação dele, como se ele tivesse
qualidade ou qualificação de fazer análise de dados”.
Ricardo Galvão é formado em engenharia de telecomunicações
pela Universidade Federal Fluminense (UFF), doutor em Física de Plasmas
Aplicada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Botando os milicos na rua! Após os
atos dos terroristas de direita que destruíram as sedes dos Três Poderes em
Brasília, onde entraram com facilidade no dia 8 de janeiro, o governo Lula exonerou
53 militares, 13 deles atuavam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
que era comandado pelo general Augusto Heleno, o mais ligado ao canalha dos
ministros da gestão anterior.
Na terça-feira (17), o Diário Oficial da União (DOU)
publicou a dispensa de 40 militares - sargentos, soldados, um tenente e um
coronel da Polícia Militar do Distrito Federal - cuja função era cuidar do
Palácio da Alvorada e de outras residências oficiais da Presidência, incluindo
a Granja do Torto, ambas encontradas destruídas. Nesta quarta (18), foram
publicadas mais 13 exonerações, todos atuavam no GSI.
Em café com jornalistas, o presidente deu a entender
que desconfia da atuação de militares que trabalham no governo e criticou a
facilidade que os terroristas encontraram para entrar no Palácio do Planalto.
Ele disse que optou por nomear pessoas de confiança para serem seus ajudantes
de ordem porque não confiava em alguns militares nomeados por Augusto Heleno.
Retomar relações com a Venezuela! O
diplomata Flávio Macieira desembarcou na Venezuela na quarta-feira (18) para
desempenhar as funções de encarregado de negócios do Brasil no país.
Essa é a primeira vez que o governo brasileiro tem um
representante diplomático em território venezuelano desde 2020. Na ocasião, o canalha
que governava o Brasil fechou todas as sedes diplomáticas e rompeu relações com
o país vizinho.
O objetivo de Macieira nessa primeira visita é avaliar
e coordenar a reabertura da embaixada e dos consulados brasileiros no país, já
que os edifícios foram abandonados pelos funcionários durante a gestão do
ex-chanceler Ernesto Araújo.
Em Caracas, capital venezuelana, o diplomata foi
recebido pelo vice-chanceler da Venezuela para América Latina, Rander Peña, com
quem realizou a primeira reunião bilateral.
“Em nome do presidente Nicolás Maduro e do chanceler
Yvan Gil, demos as boas vindas a Flávio Macieira, que exercerá as funções de
encarregado de negócios do Brasil na Venezuela. Nossos países avançam a passo
firme na normalização das relações bilaterais”, disse Peña.
Caracas, por sua vez, já nomeou um novo embaixador no Brasil.
O diplomata Manuel Vadell, que já havia exercido a função de cônsul do país em
São Paulo, foi escolhido pelo presidente Nicolás Maduro ainda em dezembro do
ano passado, e agora deve ser aprovado pela Assembleia Nacional venezuelana para
assumir o posto diplomático em Brasília.
Washington vai “subir nas tamancas”. É claro
que a notícia não vai agradar ao pessoal da Casa Branca, mas é um fato real.
O Brasil busca ampliar sua área de exploração exclusiva
de recursos no Atlântico com o objetivo de assegurar o controle sobre a chamada
Amazônia Azul.
No dia 5 de janeiro, ao assumir o comando da Marinha
brasileira, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Oslen declarou que pretende
pedir ao Congresso apoio à ampliação da área marítima brasileira — também
conhecida como mar territorial. A informação foi publicada pelo jornal O Estado
de S. Paulo.
Em entrevista ao jornal, Oslen comentou sobre a
necessidade de defesa e preservação da chamada Amazônia Azul. A Marinha usa o
termo para designar a área marítima brasileira, comparada à Amazônia devido à
ampla diversidade de espécies e de riquezas naturais e minerais encontradas em
toda a sua extensão. Entre as principais riquezas presentes nessa área estão as
reservas do pré-sal.
O território marítimo brasileiro é dividido em três
faixas. O chamado mar territorial é uma faixa marítima de 12 milhas náuticas
(cerca de 22,2 km) para além do limite continental do país. O Brasil tem total
soberania nessa área sobre recursos naturais e o trânsito de embarcações, o que
diminui conforme o afastamento da costa. Nas 12 milhas náuticas (cerca de 22,2
km) para além do mar territorial está a zona contígua, uma área de segurança para
a fiscalização e eventual repressão de embarcações.
Para além dessas duas faixas está a chamada Zona
Exclusiva de Exploração (ZEE), cuja extensão total é de 200 milhas náuticas
(370 km), onde o trânsito de embarcações é livre, apesar de o Brasil deter o
direito a todos os recursos vivos e não vivos da água, além do solo e subsolo.
Nesse contexto, o governo brasileiro já busca
reconhecimento internacional, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU)
da ampliação em 2,1 milhões de km² da ZEE — atualmente em 3,6 milhões de km², o
equivalente a cerca de 40% do território continental brasileiro. A
reivindicação tramita desde 2004 na Comissão de Limites da Plataforma
Continental (CLCS, na sigla em inglês) e busca ampliar a extensão da ZEE em 150
km.
Em 20 dias, mais do que em 4 anos! Em 20
dias de governo Lula, quais as medidas já tomadas? Eis aqui uma lista para vocês.
01) transferência de renda de R$ 600; 02) garantia de
repasse de 2 bilhões de reais para Santas Casas e hospitais; 03) aumento do
piso salarial dos professores; 04) 8,4 milhões de doses de vacina contra a
Covid para crianças; 05) mercado aberto para exportação de algodão; 06) criação
de grupo de trabalho para valorizar salário mínimo; 07) retomada do Fundo
Amazônia; 08) primeiras ações para o fim do sigilo de 100 anos; 09) sanção da Lei
que inclui injúria racial ao crime de racismo; 10) retirada dos Correios, EBC e
Petrobrás da lista de privatizações; 11) criação da Comissão de Prevenção e
Controle de Desmatamento; 12) revogação do decreto que segregava PCDS em salas
de aulas; 13) retomada de investimentos na cultura; 14) revogação da norma que
permitia exploração de madeira em terras indígenas; 15) extinção do decreto que
dificultava a participação do povo na criação de políticas públicas; 16)
reestruturação da política de política de controle de armas; 17) recomposição
integral do Fundo de Pesquisa FNDCT; 18) frigoríficos habilitados para exportação
para a Indonésia; 19) criação do observatório da violência contra jornalistas e;
20) agentes comunitários de saúde e combate a endemias passam a ser
profissionais de saúde.
Barbárie da direita peruana. O Estado tem a obrigação de preservar a vida dos
cidadãos. O Estado não tem o direito de matar cidadãos. Porém, mais de 50 cidadãos
foram assassinados, os últimos em Juliaca com balas explosivas segundo testemunhas.
A resposta do governo golpista continua sendo a morte
dos manifestantes. Este massacre deve ser interrompido. É essencial buscar uma
resposta imediata e, claro, de longo alcance. Mandam a polícia e os soldados
atirar, dizendo-lhes que os manifestantes são terroristas liderados por
líderes, que são narcotraficantes, que são garimpeiros ilegais ou, o mais
absurdo de tudo, que são manipulados por Evo Morales (“estrangeiros”).
Dissimulam conscientemente a realidade, com base em argumentos
pseudo-ideológicos, racistas e chauvinistas.
Encontrar um caminho de solução não é fácil para
ninguém. Não há partido capaz de liderar, mas há lideranças regionais e de
movimentos sociais capazes de criar respostas realistas. Um rascunho sobre a
resposta imediata deve passar pelos seguintes pontos:
Repressão chega à Universidade. A
Polícia Nacional Peruana (PNP) entrou no sábado (21) na Universidade Nacional
de San Marcos e Lima, onde estão hospedados peruanos de diferentes regiões que
vieram a Lima para se manifestar contra o regime de Dina Boluarte.
Os elementos da polícia entraram com violência e
subjugaram os estudantes e lideranças sociais que haviam organizado que o
campus universitário abrigaria as caravanas de comunidades indígenas que
chegaram à capital para os protestos massivos contra o governo peruano.
Eles também prenderam várias pessoas, jogaram-nas no
chão e estão roubando doações e seus pertences, segundo denúncias publicadas
nas redes sociais.
Uma pessoa hospedada na residência estudantil da
Universidade San Marcos afirma que não havia promotor durante a operação violenta
para expulsar os manifestantes do campus, onde eles estavam hospedados com
permissão das autoridades universitárias.
Horas depois da intervenção, um grupo de policiais de
choque se retirou da Universidad Nacional Mayor de San Marcos após o despejo de
manifestantes que ali se hospedavam. Lá dentro ainda há policiais. investigação,
peritos e outras unidades.
A golpista e a direita! Após o
episódio do impeachment de Pedro Castillo, como já falamos, era um golpe já
preparado pela Casa Branca e ocorreu uma série de acontecimentos políticos que
é importante descrever e analisar para entender e caracterizar a configuração
do atual regime político peruano, que obviamente não é um regime estritamente
democrático, mas sim mais próximo de um regime “delegativo”.
O primeiro evento foi a destituição do Presidente
Constitucional Pedro Castillo, o argumento básico para justificá-la consistiu
em partir de um fato concreto realizado por Castillo: Sua tentativa de fechar o
congresso apelando para as regras do jogo desenhadas pela Constituição de 1993.
A decisão de Castillo, tolo e desesperado, coroou uma série de decisões equivocadas
que ele tomou desde sua chegada à Presidência da República, minha hipótese é
muito simples, Castillo foi levado a tomar aquela decisão que basicamente
significou seu suicídio político. As ações que acabaram encurralando o
professor rural foram as seguintes: 1. O candidato da ultradireita
neofujimorista. Keiko Fujimori, como Trump e Bolsonaro, nunca aceitou sua
derrota e desqualificou as instituições eleitorais, além disso, Ele mobilizou
seus apoiadores que perseguiram as autoridades eleitorais em suas casas e
locais de trabalho. 2. O Congresso, formado em sua maioria por parlamentares de
partidos de direita de origem fujimorista, assediou institucionalmente Castillo
e seu gabinete, negando-lhes um voto de confiança em alguns casos ou censurando
seus ministros. O executivo era constantemente obstruído. 3. A mídia nas mãos
da oligarquia peruana se dedicou a destruir a imagem política de Castillo e
seus aliados e; 4. Fogo amigo, o Partido Peru Libre liderado por Vladimir
Cerrón, teoricamente de esquerda e aliado de Castillo, Cerrón tentou impor uma
agenda política e contratualista dentro do aparato estatal ao chefe do
executivo peruano e quando não conseguiu fazer isso, ele decidiu aderir ao
boicote político. Em suma,
Camponeses peruanos na luta. Organizações
camponesas e milhares de pessoas de diferentes regiões do Peru viajaram para a
capital Lima na madrugada de terça-feira para participar da “Marcha dos Quatro
Deles” e exigir a renúncia de Dina Boluarte.
O correspondente da Telesur no Peru, Jaime Herrera,
informou que os camponeses estão viajando em caminhões da região de Apurimac
para a capital peruana para se juntar à grande mobilização.
Da cidade de Cusco, dezenas de camponeses em ônibus e
caminhões também partiram para Lima, para se juntar à marcha para exigir, entre
outras reivindicações, eleições imediatas e a convocação de uma Assembleia
Constituinte.
Em Humay, cidade ao pé da Cordilheira dos Andes, cerca
de 240 quilômetros a sudeste de Lima, cerca de 200 moradores de Andahuaylas que
viajavam nesta segunda-feira em uma caravana de veículos foram bloqueados pela
polícia para realizar verificações de identidade.
Caravanas para a capital. Caravanas
com milhares de manifestantes do interior do país chegaram à capital peruana na
quarta-feira (18) e na quinta-feira (19), quando também começa uma nova greve geral
contra o governo. A renovação do “estado de emergência” mantém latente o risco
de enfrentamentos com o Exército enquanto a presidente Dina Boluarte tenta
abrir um canal de diálogo com manifestantes para garantir a governabilidade.
Depois disso, cerca de 50 mil manifestantes, de
diversas regiões do Peru, sobretudo do sul, chegaram a Lima através de
caravanas de carros e de caminhões para pressionarem pela renúncia da golpista Boluarte.
Paralelamente, nesta quinta-feira começa uma nova greve nacional convocada pela
Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru contra o governo há cinco semanas
em exercício. Pelo país, 99 bloqueios nas estradas reforçam os protestos.
Tentativa de golpe na Colômbia? Na Colômbia, está em curso uma profunda transição que
envolve várias facetas do sistema social, político, econômico e cultural.
Com o exercício e a presença do governo do presidente
Gustavo Petro e do Pacto Histórico, surgem novas realidades e instituições que
convivem com as velhas formas e instrumentos do poder oligárquico que se recusa
a morrer e se retirar da cena política, oferecendo resistência e carregando
sabotagem, para bloquear novas instituições e processos de mudança.
A revista Semana, de reconhecida vocação neonazista,
traçou, em sua edição de 14 de janeiro de 2023, um quadro golpista, com
movimentações dos altos oficiais das Forças Armadas com reuniões, debates, posicionamentos,
estratagemas e propostas para desestabilizar o governo do Presidente Petro em
decorrência dos recentes desdobramentos da estratégia de Paz Total (Veja:
Tensão nas tropas: SEMANA desvenda as inquietações e divergências das Forças
Armadas pelo cessar-fogo bilateral do Governo Petro ) que, em seu mais avanço
recente, estabeleceu um cessar-fogo bilateral temporário e nacional com várias
organizações guerrilheiras e outras estruturas criminosas relacionadas com
paramilitares e tráfico de drogas.
Os militares, ligados ao ex-general fascista Eduardo
Zapateiro - e, claro, a Uribe Vélez -, relacionados com massacres, peculatos e
extermínio dos líderes sociais e reincorporados das Farc, segundo a Semana,
estão se reunindo e se organizando em redes sociais redes para massificar o
bloqueio do cessar-fogo bilateral com ações ofensivas nos territórios onde a
resistência guerrilheira está presente. O Fudra Omega, (em Yari, Caquetá, Meta
e Guaviare), e a Terceira Divisão do Exército, em Cauca, sob o comando do general
John Jairo Rojas, adepto da ultradireita neonazista Uribista, compadre de Zapateiro
e o ex-general Leonardo Barrero (ex-candidato de Uribe a governador do Cauca e
reconhecido aliado das máfias do tráfico), São os dois blocos militares mais
importantes encarregados de sabotar o cessar-fogo bilateral. O Fudra Omega é um
apêndice direto do Comando Sul dos Estados Unidos, responsável pelo
desmatamento da selva amazônica, uma vez que oficiais do exército dessa
estrutura de guerra se enriqueceram ao autorizar criminalmente o desmatamento
dos Parques Naturais Tinigua, Macarena, Lindosa. e Chiribiquete, apesar de
estar à frente do Plano Artemisa para proteger a Amazônia, que tem sido um
fracasso absoluto, levando à sua suspensão pelo Ministro do Meio Ambiente.
Washington não quer a paz na Venezuela. Washington
não conseguiu impedir o diálogo entre o governo e a oposição venezuelana, mas está
fazendo todo o possível para boicotar e assim garantir a demolição gradual dos
acordos alcançados, quando ainda não se recuperou do fracasso de sua farsa
invenção do “presidente interino Juan Guaidó”.
Alguns pronunciamentos e vazamentos recentes sugerem
que os importantes compromissos específicos assumidos no segundo acordo parcial
assinado pelo Governo Bolivariano e a Plataforma Unitária na Mesa Nacional de
Diálogo e Negociação (MDN) do México em novembro do ano passado estão sendo
boicotados -direta e indiretamente- pelo governo estadunidense.
Na terça-feira, 17 de janeiro, o jornal espanhol El
País revelou que os fundos venezuelanos apreendidos ilegalmente pelas sanções
dos EUA, cerca de três bilhões de dólares, prestes a serem liberados após o
acordo no México, continuam retidos. O jornal analisa uma carta enviada à ONU
por James Story, um “embaixador” dos EUA não reconhecido pela Venezuela, onde
indicava que esses fundos poderiam cair nas mãos de credores estrangeiros.
Isso significou "um terremoto dentro da
negociação", diz o El País, e pode ser entendido como uma manobra
encoberta para impedir a liberação dos recursos para enfraquecer a
credibilidade da Mesa de Diálogo Nacional perante venezuelanos e minar a
confiança construída entre os atores.
Quando vão tomar vergonha? No dia
24 de janeiro se celebra em Buenos Aires a VII Cúpula da Comunidade dos Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), encontro ao qual assistirão cerca de 15
presidentes da região, entre eles Lula, e que será presidido pelo anfitrião
Alberto Fernández.
É óbvio que é importante para o governo argentino que a
Cúpula da Celac seja um sucesso, pois em meio à delicada situação política
interna que o país atravessa, com uma eleição presidencial no dia 22 de
outubro, se este evento internacional e a passagem da presidência pro tempore
[a São Vicente e Granadinas, país membro da ALBA] terminarem bem, isso ajudaria
a melhorar a imagem da Argentina em toda a América Latina e o Caribe.
Mas a direita latino-americana, com a ajuda do Departamento
de Estado dos EUA e suas agências de inteligência, conspira para impedir o
crescimento da Celac, que se fortalece com a incorporação de novos governos ao
eixo progressista, como o de Gustavo Petro na Colômbia, o de Gabriel Boric no
Chile e o de Xiomara Castro em Honduras. Este último país em breve se
incorporará a outro instrumento de integração regional como é a Aliança
Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP).
A direita regional e os EUA, que no passado apostaram
na Área de Livre Comércio para as Américas (ALCA), derrotada precisamente na
Argentina, na Cúpula das Américas de Mar del Plata, em 2005, agora joga suas
fichas na Organização dos Estados Americanos (OEA), apesar de que esta terá de
se desfazer o quanto antes da marionete chamada Luis Almagro, o atual
secretário geral da entidade.
Pobreza aumentou! Segundo
estudo da Oxfam divulgado no último final de semana, o 1% mais rico da
população mundial domina quase dois terços de toda a nova riqueza. Isso é seis
vezes mais do que os 7 bilhões de pessoas que compõem os 90% mais pobres da
humanidade.
De acordo com o relatório, a pobreza aumentou pela
primeira vez em 25 anos. Ao mesmo tempo, todas essas múltiplas crises têm
vencedores.
“Os muito ricos ficaram dramaticamente mais ricos e os
lucros corporativos atingiram recordes, gerando uma explosão de desigualdade.
Este relatório se concentra em como tributar os ricos é vital para enfrentar
esta crise sem precedentes e a desigualdade vertiginosa. O relatório explora
como, na história recente, a tributação dos mais ricos era muito maior; como a
conversa sobre tributar os ricos e fazer os bilionários pagarem sua parte justa
é extremamente popular; e como tributar os ricos recupera o poder da elite e
reduz não apenas a desigualdade econômica, mas também as desigualdades raciais,
de gênero e coloniais. O relatório estabelece quanto imposto os mais ricos
devem pagar e as maneiras práticas e testadas pelas quais os governos podem
aumentar esses impostos. Ele nos mostra como tributar os ricos pode nos colocar
claramente no caminho para um mundo mais igualitário e sustentável, livre da
pobreza.”
Para a organização, a desigualdade é uma das questões
mais importantes: “este relatório apresenta uma maneira importante, mas
insuficientemente explorada, de fazer exatamente isso: tributar os ricos. Os
impostos que visam aos ricos permitem que o imposto desempenhe sua função
redistributiva, restringindo o crescimento das desigualdades de renda e riqueza.
O relatório oferece uma solução concreta para o problema da desigualdade que as
ONGs têm trazido à tona em tantas conversas. Dito isto, no entanto, os países
enfrentam desafios significativos na tributação da riqueza, e há necessidade de
propostas concretas sobre como fazê-lo, especialmente para os países em
desenvolvimento.”
Não podia ser diferente. Pela
primeira vez em um quarto de século, o mundo vive o aumento simultâneo da
riqueza e da pobreza extremas: o 1% mais rico representa quase dois terços da
nova riqueza gerada globalmente desde 2020 (42 trilhões de dólares), quase o
dobro a dos restantes 99% da humanidade.
Na última década, os muito ricos foram responsáveis por 50% da nova riqueza gerada, e suas fortunas estão crescendo a uma taxa de US$ 2,7 bilhões por dia, enquanto mais de 1,7 bilhão de homens e mulheres trabalhadores vivem em países
onde a inflação cresce acima de remunerações. Tributar mais os super-ricos e as
grandes empresas é uma porta de entrada para as múltiplas crises que o mundo
enfrenta atualmente, diz um novo relatório da ONG Oxfam (A Lei dos Mais Ricos).
O documento divulgado aquando do início do Fórum
Económico de Davos, da elite, revela a extrema desigualdade que vive o mundo,
onde o 1% mais rico capturou cerca de 50% da nova riqueza e aponta que com a
aplicação de um imposto à riqueza de até 5% para bilionários e bilionários, US$
1,7 trilhão poderiam ser arrecadados anualmente, tirando 2 bilhões de pessoas
da pobreza.
Desde 2020, com a pandemia e a crise do custo de vida,
o 1% mais rico acumulou US$ 26 trilhões (63% da nova riqueza gerada), enquanto
apenas US$ 16 trilhões (37%) vieram para o restante da população mundial. Para
cada dólar de nova riqueza global recebido por uma pessoa nos 90% mais pobres
da humanidade, um bilionário embolsa US$ 1,7 milhão.
Alemanha vai afundando. A
Alemanha foi o “maior perdedor” em uma comparação de 21 locais de negócios
internacionais, caindo quatro classificações desde 2020 para o 18º lugar, de
acordo com um estudo do Centro de Pesquisa Econômica Europeia (ZEW) publicado
nesta segunda-feira.
A atratividade da Alemanha como um local para empresas
familiares não pode competir com os principais locais da América do Norte, Europa
Ocidental e Escandinávia. A Alemanha é avaliada desfavoravelmente, principalmente
nas áreas de regulamentação, carga tributária e energia – neste caso em função
das sanções contra a Rússia impostas pelos Estados Unidos.
O Country Index for Family Businesses examina os
fatores de localização mais importantes para empresas familiares e compara 21
países industrializados com base em seis categorias: “impostos”, “custos trabalhistas,
produtividade e capital humano”, “regulamentação”, “financiamento”, “infraestrutura
e instituições” e “energia”.
O índice envolve empresas industriais que,
independentemente da forma jurídica que assumam, são controladas
majoritariamente por uma família – embora eles podem ser gerenciados por
pessoas fora dessa família – e com receitas de pelo menos € 100 milhões.
Compõem o indicador: Áustria, Bélgica, Canadá,
República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Irlanda,
Itália, Japão, Holanda, Polônia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça,
Reino Unido e Estados Unidos.
E tem a maior inflação anual. A inflação
na Alemanha fechou 2022 em 7,9%, a maior taxa anual registrada no país desde a
Reunificação, em 1990, mostra os dados definitivos divulgados pelo Departamento
Federal de Estatísticas (Destatis) nesta terça-feira (17/01).
A inflação de 2022 foi significativamente mais alta do
que a dos anos anteriores. Em 2021, a taxa havia sido de 3,1%.
As taxas mensais de inflação se mantiveram elevadas ao
longo de todo o ano passado, tendo alcançado 10% em setembro e o índice mais
alto, 10,4%, em outubro. Em novembro, voltou para 10%, e em dezembro recuou
para 8,6%.
A energia das residências saltou 39,1%, com aumentos
particularmente acentuados nos preços do gás natural (64,8%) e óleo para calefação
(87%). A energia elétrica subiu 20,1%, e os combustíveis, 26,8%. Claro que isso
é resultado do boicote ao gás russo.
França em greve pela previdência! Trens
parados, escolas fechadas, sindicatos nas ruas. A França começou a geral na
quinta-feira (19) contra o projeto de reforma da Previdência apresentado pelo
governo de Emmanuel Macron. As centrais sindicais previram adesão em massa dos
trabalhadores aos protestos contra o aumento da idade da aposentadoria, dos
atuais 62 para 64 anos.
A circulação de metrôs, ônibus e trens está fortemente
perturbada nas grandes cidades, como Paris, segundo a autoridade de transportes
RATP. Uma linha de metrô está totalmente fechada, várias funcionam apenas nas
horas de pico e as demais estarão com a circulação reduzida o dia inteiro.
No país “paladino da Justiça”. Espetacular
o artigo de Renán Veja Cantor no site Rebelión. O título da matéria é “Primeiro
aprendem a atirar, depois a ler”!
No artigo ele mostra que a prioridade dos pais, nos
EUA, não é educar os filhos, mas ensinar a usar armas. Diz ele que “Certos
fatos do cotidiano revelam as características fundamentais de uma determinada
sociedade, muito mais do que análises acadêmicas sofisticadas. Fatos
aparentemente pontuais e anedóticos ‒ ou assim a falsa mídia mundial mostra ‒
têm um conteúdo profundo para entender a violência que corrói os EUA e que os
está destruindo por dentro, pelas entranhas do monstro, para tirar a famosa
frase de José Martí”.
Violência armada, tiroteios, massacres indiscriminados
em escolas, shopping centers, igrejas são o pão de cada dia nos EUA. Isso não é
novidade, é tão repetitivo que é quase banal registrar semana após semana um
novo massacre com armas de fogo no "país da liberdade" [liberdade de
matar, inclusive].
E ele cita um fato quase desconhecido. “A ocorrência
específica foi a seguinte: às 13h35, um menino da primeira série, cujo nome não
foi revelado, sacou uma arma de fogo e atirou diretamente contra a professora
Abby Zwerner, de 25 anos, que ficou gravemente ferida, a ponto de estar em
perigo de morte. A professora, após ser baleada, ‘gritou para os alunos fugirem’,
presumindo que seu agressor continuaria atirando. Nas demais salas de aula da
escola, seus 550 alunos se esconderam com medo sob suas carteiras. Após cerca
de dez minutos, a polícia chegou e deteve um ‘suspeito’ que ‘foi identificado
como um estudante de seis anos da Richneck Elementary School’.”
Que país é esse? Isso é civilização?
Qual o resultado disso?
A organização Gun Violence Archive informou na quinta-feira (19) que apenas em
2023 aconteceram 33 tiroteios em massa e quatro assassinatos, já relatados em
diferentes regiões dos (EUA).
Entre
os incidentes que registraram mais vítimas até agora, a entidade cita o que
ocorreu em 4 de janeiro em Utah, onde ocorreram oito mortes e o suposto
assassino é um homem chamado Michael Orwin Haight, 42.
Segundo
a plataforma, que regista os incidentes violentos no “país da liberdade” quase
em tempo real, um tiroteio ocorrido na Flórida, embora não tenha causado
mortos, deixou um saldo de 10 feridos.
Foi
mencionado que 1.254 casos de suicídio com arma de fogo foram registrados até
19 de janeiro, o que significa que uma média de 66 pessoas tiram a própria vida
diariamente.
Por
outro lado, há 20 óbitos entre crianças e 81 entre adolescentes de 11 a 17
anos, vítimas de bala disparada por arma de fogo. Enquanto isso, até agora em
2023, 189 adolescentes e 26 crianças foram feridos com armas de fogo.
Em
2022, houve 647 tiroteios em massa em todo o país e 24.090 suicídios. Além
disso, 1.358 adolescentes morreram devido a ferimentos causados por arma de fogo, observou o Gun Violence Archive.
Contra o militarismo! Milhares
de pessoas se reuniram no sábado (14), na cidade de Nova York, para exigir o
fim da participação dos EUA no conflito na Ucrânia e impedir a expansão da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Os manifestantes se reuniram na Times Square e
marcharam pelo centro de Manhattan entoando slogans contra o militarismo dos
Estados Unidos e da União Europeia.
Outra demanda das organizações envolvidas é a de que os
bilhões de dólares que hoje lubrificam a máquina de guerra sejam destinados à
educação, saúde, emprego e outras necessidades da população.
Os principais organizadores do ato foram a Answer
Coalition e o The People's Forum. Também participaram outros coletivos, como Veterans
for Peace, CodePink, Party for Socialism and Liberation, United National
Anti-War Coalition, Haiti Liberté, Rising Together, Peace in Ukraine Coalition,
NYC-DSA Anti- War Working Group e Massachusetts Peace Action.