sexta-feira, 8 de julho de 2022

Afinal: o que pode levar Bolsonaro à cadeia?

 

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Vocês estão prestando atenção ao que está acontecendo com Milton Ribeiro?

Rápido: Milton Ribeiro é ex-ministro da Educação, cota dos evangélicos governistas (ele é pastor presbiteriano). Foi preso preventivamente suspeito de operar um esquemão de propinas para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para prefeituras – o Bolsolão do MEC. Há fartas provas, como áudios com relatos de prefeitos e um do próprio Milton Ribeiro admitindo que procurou os pastores para atender um pedido de Jair Bolsonaro.

Aí é que está.

Isso tudo está sendo encarado como uma esquema DO Milton Ribeiro.

Será mesmo?

Vamos olhar a coisa por outro ângulo, baseando esse novo olhar nas evidências que temos até então. Porque olha só: está cada vez mais claro que a grana que um dos investigados levantava como propina , o pastor Gilmar Santos, – inclusive em barras de ouro – era um esquema DO Jair, e não do Milton Ribeiro. Quer ver?

pastor Gilmar Santos, presidente Jair Bolsonaro e genro de Santos, Wesley Costa de Jesus
Da esquerda para a direita: pastor Gilmar Santos, presidente Jair Bolsonaro e o genro de Santos, Wesley Costa de Jesus, também enrolado no esquema, em outubro de 2020, em Brasília.

Vamos lembrar da frase do Milton Ribeiro em um grampo, ela é chave pra esse raciocínio:

Imagem

Ou seja: o pastor Gilmar era, segundo fica bastante evidente nesse grampo, um despachante DO BOLSONARO, não do Milton Ribeiro.

O que estou dizendo é que talvez o ex-ministro Milton Ribeiro tenha muito menos a ver com a história do que parece. E que o esquema não seja propriamente dele. Afinal, ele estava recebendo o pastor Gilmar a “pedido especial do presidente”.

Ontem o Fantástico publicou uma entrevista com Edvaldo Brito, responsável pela denúncia que levou à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e dos pastores. Ele disse que avisou Ribeiro sobre o esquema dos pastores. Segundo seu relato, Milton Ribeiro colocou as mãos na cabeça e disse: “Isso é muito grave, é pior do que eu imaginei”.

O empresário Edvaldo Brito.

Pelo relato de Edvaldo Brito, Milton Ribeiro parecia saber do esquema, mas não parecia ter noção do tamanho da sujeira “dos amigos do pastor Gilmar”, que Bolsonaro tinha facilitado a entrada no MEC como um “pedido especial” ao ministro.


Nessa história, o “botar a cara no fogo” de Jair Bolsonaro pelo Milton Ribeiro faz MUITO mais sentido.

🤯


Notem que Bolsonaro segue defendendo Milton Ribeiro (o fez ontem mesmo em uma live com gente caída). E o faz mesmo sabendo que a PF tem quase 2 mil áudios em mãos, grampos que ainda não vieram à público.

Que apego todo é esse?

Bolsonaro já abandonou na estrada aliados muito mais importantes, por muito menos.

Quem cobre esse governo e o conhece por dentro sabe que tem está havendo uma PILHAGEM ao vivo, no estilo rachadinha. Uma miríade de pequenos e grandes esquemas. Tem muitos rolando, quem viver verá. Esse esquema do MEC é só mais um deles.

O que teme Jair? Ele sabe que faltam seis meses para 2023.


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2022 é um ano crucial para nossa democracia. O Brasil não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro. Estamos sendo corroídos por dentro até sobrar só a casca do que um dia foi um país livre e soberano. Quer me ajudar a vencer essa guerra? Junte-se a mim. Não vou me calar e pra isso preciso da sua força!

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Terceiro Ebook do Fórum 21 - Portal das Esquerdas

 

 Prezad@ companheir@ Glauco Gouvêa

Tudo indo?

Estamos lhe enviando o nosso terceiro e-book e gostaríamos de lhe pedir atenção, apoio e resposta para uma questão que nos parece muito importante neste ano tão decisivo politicamente.

O novo site Fórum 21 - Portal das Esquerdas vai completar dois meses no final de junho. E está ocupando progressivamente, e com sucesso, o enorme vazio político-editorial deixado pela Carta Maior.

Você, que já deu apoio à Carta Maior, tem um papel fundamental para a continuidade desse projeto.

Dentro das suas possibilidades, não deixe de cumpri-lo.

Sabemos que são muitos os pedidos de ajuda financeira que você recebe e que logo vamos entrar no período propriamente eleitoral, o que só faz aumentar as solicitações de apoio. 

Mas, no nosso caso, se trata de ajudar a viabilizar uma iniciativa política de comunicação importante (a curto, médio e longo prazos) da qual todos nós fazemos parte.

Precisamos que você faça uma contribuição financeira efetiva pelos próximos três meses - até primeiro de julho; em primeiro de agosto; e em primeiro de setembro -, prazo que consideramos indispensável para conseguirmos consolidar outras fontes estáveis de sustentação. 

Se você fizer um pequeno sacrifício e puder doar R$ 100 agora (até primeiro de julho), depois R$ 50 em agosto e novamente R$ 50 em setembro (a partir daí, o valor que considerar adequado), você vai fazer a sua parte e garantir a viabilidade do Fórum 21 - Portal das Esquerdas.

Pedimos que avalie pelos dois e-books que já lhe enviamos e por esse terceiro (com as principais matérias publicadas nestes quase dois meses), a importância da continuidade do nosso projeto para as batalhas de comunicação que são e serão decisivas neste ano de fundamental importância para o País e para todos nós.

Solicitamos atenção especial para a iniciativa do Fórum 21 de construir coletivamente - com dezenas de outros movimentos, organizações, coletivos e entidades - um amplo e significativo encontro nacional da Intelectualidade Orgânica Progressista com Lula. Um forte encontro de apoio e de diálogo, para o qual está sendo elaborada coletivamente uma Carta-compromisso que deverá ser entregue a Lula no final de julho.

Contamos com o seu indispensável apoio, esperamos a sua contribuição e desde já lhe agradecemos.

(Clique no botão abaixo para entrar no site e fazer a sua contribuição. “Contribua aqui” e “Passo-a-passo” estão no alto da Home. Você pode usar o PagSeguro, o Paypall, o Pixdepósito na conta corrente ou qualquer cartão de crédito pela plataforma Benfeitoria). Leia o passo-a-passo, se necessario).

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Grande abraço.

Grupo de Reflexão Política / Conselho Editorial do Fórum 21 - Portal das Esquerdas.

- Aluisio Schumacher

- Antônio Granado

- Arlete Moyses

- Benedito Tadeu

- Carlos Silveira - Caico

- Carlos Tiburcio (Editor)

- José Luiz Del Roio

- Liszt Vieira

- Magda Biavaschi

- Maria Rita Loureiro 

- Roberto Leher

- Sebastião Velasco

- Vicente Trevas

- Walquiria Leão Rêgo

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Cinco notas sobre as pesquisas eleitorais

 


Cinco notas sobre as pesquisas eleitorais

Imagem de perfil do Colunistaesd
Polarização entre Lula e Bolsonaro, a menos de cem dias das eleições, parece irreversível, mostram pesquisas disponíveis - NELSON ALMEIDA / AFP
Lula disputa a vitória eleitoral ainda no primeiro turno, e é possível, depende de nós

Onde há vontade, há possibilidade.

A honra é a poesia do dever.

Sabedoria popular portuguesa

 

1. Lula disputa a vitória eleitoral ainda no primeiro turno, e é possível, depende de nós. O compromisso de honra da esquerda socialista deve ser a luta incansável para derrotar Bolsonaro. A disputa por um programa de esquerda é necessária e justa, mesmo que se desenvolva em condições desfavoráveis, em função das escolhas do PT, a começar pela indicação de Alckmin. Mas o contexto da relação social de forças impõe que aqueles que defendem a estratégia da revolução brasileira estejam na primeira linha da campanha contra o neofascista. A informação fundamental da média das pesquisas disponíveis é que a polarização entre Lula e Bolsonaro, a menos de cem dias das eleições, parece irreversível em função de três fatores principais:

(a) pela consolidação de preferências, ou seja, a proporção muito alta dos eleitores que afirmam não considerar a possibilidade de mudar de voto: Lula alcança 37% na pesquisa espontânea e salta para 47% na estimulada (quando são apresentados os nomes dos postulantes). Bolsonaro vai de 25% para 28%. Tão importante quanto 70% dos eleitores afirmam já estarem totalmente decididos sobre seu voto, segundo o Datafolha. O percentual é ainda maior entre os eleitores de Lula e Bolsonaro (80%);

(b) a soma de 75% de intenções de voto em Lula (47%) e Bolsonaro (28%) parece um obstáculo intransponível, considerando, também, a estagnação em nível inferior a 10% de todas as outras candidaturas, em especial de Ciro Gomes e Simone Tebet, depois de vários meses de exposição;

(c) embora as taxas de rejeição de Bolsonaro, de 55%, e de Lula 35% sejam elevadas, a taxa de adesão é, também, muito sólida e estável, e estimula um voto estratégico ou “útil” que antecipa a decisão do segundo para o primeiro turno.

 

2. Lula tem 56% contra 20% de Bolsonaro entre as famílias que ganham até dois salários mínimos que somam metade da população; perde ou empata nas demais faixas de renda. Apenas 21% das mulheres votam em Bolsonaro. O impacto da PEC “kamikaze” do Estado de Emergência de aumento do auxílio-brasil pode ter, talvez, como efeito a realização de um segundo turno, muito cedo para avaliar o impacto. Ainda assim o favoritismo de Lula deve permanecer intacto. Somente uma “bazuca” política, algo na esfera do impensável, poderia deslocar o desfecho plebiscitário em outubro. Mas, por outro lado, permanece a ameaça de que Bolsonaro prepara uma baderna, provocação ou “convulsão” golpista para o sete de setembro, uma mobilização de sua base social mais exasperada pela denúncia da lisura das urnas eletrônicas, o que impõe a urgência de uma resposta nas ruas contra o bolsonarismo.

 

3. A segunda informação é que se mantém um grau elevado de indefinição de preferências para as eleições estaduais para governador e senador. Quando não se apresenta aos eleitores uma lista de quais serão as candidaturas, nos três estados do sudeste, dois terços dos eleitores respondem “não sei”. O que permite duas conclusões: (a) que a disputa pela transferência de votos das candidaturas presidenciais para as estaduais ainda está por acontecer, e terá muita importância; (b) que as duas principais candidaturas presidenciais terão um imenso papel na decisão das eleições estaduais. São Paulo tem Haddad na frente e, entre os candidatos de esquerda aos governos estaduais, é aquele que já conquistou um voo próprio, em função da candidatura presidencial de 2018. Lidera a disputa com 34% das intenções de voto. Tarcísio de Freitas e Rodrigo Garcia estão empatados com 13%, sugerindo que o PSDB ainda pode disputar um lugar no segundo turno contra o candidato bolsonarista. Cerca de 63% dos entrevistados disseram não votar numa candidatura apoiada por Bolsonaro. Haddad lidera bem na região metropolitana, mas Bolsonaro é muito forte no interior, e um segundo turno parece inevitável. O PSOL aguarda há meses, com imensa paciência, o desenlace das negociações com França e o PSB, tendo sinalizado a disposição de apoiar Haddad, desde o primeiro turno. Esta localização decorre da análise de que, pela primeira vez, está colocada a possibilidade de derrotar o PSDB na eleição estadual, depois de trinta anos, o que seria histórico. Depois que Boulos chegou ao segundo turno nas eleições de 2020 para a Prefeitura da capital, o PSol ocupou um novo lugar na esquerda paulista, muito mais forte. O PSOL é consciente das novas responsabilidades. Mas o PSB e França foram aliados dos governos tucanos, e só romperam depois que Doria assumiu o controle do PSDB. O PSOL poderá apoiar Haddad para o governo, mas não França para o senado. O PSOL não será um obstáculo na luta para derrotar Garcia e Tarcísio em São Paulo, mas nem mais, nem menos do que isso. Estará presente, lealmente, na campanha de Lula e Haddad, mas preservando a sua independência, e pode considerar a apresentação de uma candidatura própria ao Senado.

 

4. No Rio de Janeiro a eleição estadual será uma luta muito difícil. Com 22% das intenções de voto, Freixo está em empate técnico com o governador Cláudio Castro (PL), com 23%. Lula tem 41% da preferência do eleitorado, contra 34% de Bolsonaro, A distância entre os dois principais pré-candidatos à Presidência registrada no levantamento no Rio de Janeiro é menor do que a apresentada na pesquisa nacional divulgada na semana passada. Nela, Lula tinha 47% das intenções de voto contra 28%. Mas Lula tem rejeição maior do que os 35% detectados no cenário nacional, 42%. Bolsonaro apoiando Castro oferece um impulso importante. O PSOL decidiu apoiar Marcelo Freixo desde o primeiro turno, em função da necessidade de derrotar o bolsonarismo no seu berço. Mas, considerando o giro político de Freixo será um engajamento honesto e crítico.  Não poderá ser uma aposta incondicional. O convite a Cesar Maia é uma manobra muito perigosa que semeia incontornáveis desconfianças. Trata-se de uma aventura política, porque as diferenças político-sociais são irreconciliáveis. A candidatura de André Ceciliano ao senado é, também, indigerível, e o PSOL pode considerar uma candidatura própria ao senado.

 

5. Em Minas Gerais, o PSOL terá candidaturas próprias para governador, Lorene Figueiredo e Senado, Sara Azevedo. A decisão do PT de renunciar a uma candidatura própria e apoiar o prefeito de Belo Horizonte obriga o PSOL a apresentar uma candidatura de esquerda. Apesar de ter sido progressiva na luta contra a pandemia, não é possível sequer argumentar, seriamente, que a prefeitura de Kalil foi um ponto de apoio para construir uma oposição ao bolsonarismo. Apesar da renúncia do PT, que já governou a capital e o estado, a eleição estadual permanece imprevisível, mesmo com Lula atingindo 48% das intenções de voto contra 28% de Bolsonaro. Não é fácil para o PT transferir para Kalil, com o engajamento de Lula, uma quantidade de votos suficiente para reverter o apoio que Zema mantém no interior.

 

*Valerio Arcary é professor titular no Instituto Federal de São Paulo (IFSP), militante da Resistência/Psol e autor de O Martelo da história, entre outros livros. Leia outras colunas.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Vivian Virissimo

Agência Pública

 

O Pauta Pública chegou ao episódio de número 40 graças a você, nosso Aliado e nossa Aliada. Por isso, você já pode ouvir antes de todo mundo o novo episódio do podcast, que hoje recebe a socióloga Sabrina Fernandes, professora e comunicadora que estuda caminhos para construção de novos projetos políticos.

Nos últimos dias, o Brasil e o mundo viram a explosão da violência contra ativistas e minorias, além do retrocesso nos direitos das mulheres e de pessoas com útero, sem falar na perspectiva cada vez mais desastrosa da economia global. Todas essas pautas parecem separadas, mas muitos especialistas entendem que estas questões se cruzam, especialmente em um cenário de avanço do autoritarismo.

Para nos ajudar a pensar sobre qual tipo de sociedade desejamos para o futuro, o Pauta Pública convidou Sabrina Fernandes, que também é autora de Sintomas Mórbidos (ed. Anatomia Literária, 2019) e Se Quiser Mudar O Mundo (ed. Planeta, 2020).


Para se aprofundar no tema da conversa, separamos algumas dicas no quadro “A Boa do Pauta”: 

Bom episódio e até a próxima!

Um abraço, 

Letícia Gouveia
Estagiária de Comunicação da Pública
Continue acompanhando ;)
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Entrevista com Vijay Prashad

 

sgeral@mst.org.br
Para:sgeral@mst.org.br
qui., 7 de jul. às 14:45

 

Camaradas,
Aqui está uma entrevista que eu dei a Jacobin Brasil: https://jacobin.com.br/2022/07/contra-o-poder-ideologico-do-imperialismo/.
Abraços, Vijay.


Vijay Prashad

Executive Director, Tricontinental: Institute for Social Research.

Offices in Buenos Aires (Argentina), Johannesburg (South Africa), New Delhi (India) and São Paulo (Brazil).

 

Non-Resident Senior Fellow

Renmin University of China.

 

       

 

 

 

 


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As principais notícias desta noite no Brasil 247 , em 07/7/2022